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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Crônicas da Autobiografia - Incensos Versus Esgoto - Por Luiz Domingues

                                Aconteceu no tempo do Sidharta, em 1998       

Queríamos evocar o sonho hippie na concepção do Sidharta, não apenas como inspiração e fonte primordial para a criação de nossas composições, mas também em múltiplos aspectos, alguns deles, bem sutis, mas em nossa visão, seria algo importante para gerarmos a atmosfera adequada para que esse trabalho fluísse a contento de nossos ideais. 
 
Um exemplo desse esforço obstinado para buscar tal ambientação que desejávamos, deu-se pelo fato de que usávamos muitos incensos para perfumar as salas de ensaios que usávamos para trabalhar. Ao longo da história dessa banda, fizemos uso de quatro salas e uma delas, foi a que mais usamos, a caracterizar uma temporada maior em suas dependências. 
 
Por ter como seu proprietário um músico que simpatizava com muitos valores parecidos com os nossos, tal sala tinha uma certa aura freak sessentista, embora esse músico fosse um egresso de uma banda que fora mega popular nos anos oitenta e apesar dele, pessoalmente, possuir uma influência sessenta-setentista primordial em sua formação pessoal, a sua banda fora regida pelos valores oitentistas antagônicos, versados pela cartilha do movimento Pós-Punk. 
 
Independente desse aspecto, o tal artista era uma pessoa boa, sempre tratou-nos muito bem e além disso, o seu estúdio parecia uma caverna hippie, o que foi acolhedor para o tipo de vibração que desejávamos ter para trabalhar em nossa criação.
Dessa forma, fomos autorizados a usar incensos a vontade em suas dependências e mais que isso, ele pedia-nos varetas para acender em sua residência em anexo. Ora, que vibração boa, tocávamos com o perfume sessentista no ar. 
 
No entanto, essa prática que era um prazer aromático e ao mesmo tempo uma autoafirmação de nossos propósitos enquanto artistas comprometidos com as tradições contraculturais mais puras, tornou-se com o decorrer do tempo, uma necessidade mais que premente. 
Pois o rapaz em questão, em princípio tinha três cães, mas logo tal número subiu, ao tornar-se uma verdadeira matilha em sua residência e dessa forma, com onze cães da raça Sheep Dog, a urinar e defecar constantemente pelos corredores e até dentro do próprio estúdio que alugava-nos, o fato foi que o advento do incenso tornou-se a nossa única forma para ensaiarmos com um mínimo de preservação de nossa dignidade, em termos olfativos. 
 
Entretanto, tudo piorou quando um dia chegamos ao estúdio, munidos da nossa tradicional caixa com incensos, e percebemos que mesmo ao caracterizar uma enorme quantidade de varetas disponíveis que tínhamos, tal montante não daria conta, simplesmente por um fato novo ali instaurado: um caminhão da Sabesp, a companhia paulista de água e esgoto estava estacionada na porta da residência/estúdio desse nosso amigo e os seus funcionários trabalhavam a todo vapor, e que o leitor entenda a palavra “vapor” pelo duplo sentido, visto que o odor horroroso que ali instaurara-se, mostrou-se impressionante. 
 
Mexiam tais trabalhadores, justamente nos encanamentos do esgoto da calçada e com uma extensão quase até a porta do estúdio, na edícula da residência. 

Bem, diante de tal quadro insalubre, gastamos todo o nosso arsenal de incensos e o melhor resultado que alcançamos nesse sentido, foi apenas adocicar o odor exalado pelos encanamentos expostos a céu aberto, que mostrara-se indescritível em seu caráter insalubre. 

Todos nós já havíamos ouvido falar sobre a podridão humana, em termos hipotéticos, mas naquele instante, tal expressão ganhou uma conotação mais realista, digamos assim. 

Ainda bem que tínhamos entre as nossas composições, uma canção chamada: “Tudo Vai Mudar”, pois eis que serviu-nos como um alento naquelas duas horas em que nem se queimássemos o dobro de incensos disponíveis, conseguiríamos amenizar aquela fétida situação.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Crônicas da Autobiografia - A Noite em que Eu Tocava um Blues, Quando Vi o Meu Carro Quase ser Roubado - Por Luiz Domingues

      Aconteceu no tempo da Magnólia Blues Band, em 2014 

As atividades da Magnólia Blues Band foram intensas enquanto tal banda existiu, mas houve uma curiosidade sui generis ao seu respeito. Por ter sido criada para ser uma banda fixa da casa de espetáculos, Magnólia Villa Bar, a banda nunca apresentou-se em outro lugar. Todos os cento e poucos shows que a banda cumpriu em sua trajetória, foram realizados no palco dessa citada casa noturna, localizada no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo.

A casa ficava localizada em um ponto nobre do bairro, exatamente na esquina das Ruas Aurélia e Marco Aurélio e para quem conhece bem aquele quadrante do simpático bairro da Lapa, sabe bem que havia poucas casas noturnas e mesmo comerciais diurnas ali, pois trata-se de uma área completamente residencial. 
 
Então, era costumeiro tocarmos a olhar o movimento da rua e se dentro do estabelecimento, o clima era quente com a presença de um animado público e com o Blues e o Rock a contaminar o ambiente com energia, nas ruas, o panorama era semelhante a um deserto, com os moradores recolhidos em suas residências. 
 
Era comum ver senhores idosos a sair na calçada para depositar o lixo, trajados com pijamas, o que chegava a ser engraçado.
Mas o movimento do bar atraia muitas pessoas à cata de estacionamento nas redondezas e assim, as ruas ficavam desertas em termos de pessoas, mas lotadas com carros estacionados naquele entorno. Infelizmente, tal profusão de automóveis chamara a atenção de malfeitores e houve relatos de ações de furtos nos carros, com o roubo de objetos do seu interior e algumas vezes, até de pneus.
Pois foi em uma dessas noites de quarta em que apresentávamo-nos que eu presenciei uma cena bizarra. Estava a tocar e olhar vez por outra o movimento da rua, pelas muitas janelas que a casa possuía, quando avistei quatro jovens aparentemente embriagados a caminhar pelo meio da rua. 
 
Logo que avistei-os, não suspeitei de nada, pois os três rapazes e um moça, não tiveram nenhuma atitude suspeita em princípio, a não ser o sinal de embriaguez em comum para todos. Talvez fossem jovens universitários a voltar para a casa, pois tinham boa aparência, no uso de vestimentas em ordem, e nada que chamasse a atenção em demasia. 
 
Foi quando percebi que pararam bem perto de meu carro. No início, não preocupei-me exatamente, mas logo vi que passaram a olhar para todos os lados e a confabular entre si. 
 
Tal atitude pareceu-me suspeita e tudo confirmou-se negativamente, quando vi que um dos rapazes forçou a maçaneta da porta do motorista, enquanto outro correu para forçar as maçanetas do lado oposto. A moça parecia vigiar, ao olhar freneticamente para todos os lados e o outro rapaz foi tentar arrombar o porta-malas.

Foi ainda mais surreal tal cena, pois a banda tocava a todo vapor e eu não parei e abandonei o palco para esboçar alguma razão, pois naquela fração de segundos, percebi que o porteiro da casa já havia flagrado a situação e sinalizara ao segurança do posto de gasolina do outro lado da calçada, que não funcionava no período noturno, mas ele costumava ficar ali atento, durante a noite inteira. 

Eles mantinham um combinado entre si, para vigiar a esquina e assim, rapidamente marcaram presença e o quarteto do mal saiu a correr. Provavelmente não eram bandidos propriamente ditos e nem armados deviam estar. 

Talvez fossem apenas usuários de drogas e vislumbraram um furto tranquilo para obter algum objeto de valor, tanto que não possuíam ferramentas para arrombar o carro e apenas testaram as portas no intuito em ter a sorte para descobrir alguma porta destrancada. 

Seria possível até que quebrassem um vidro com um tijolo, se não houvessem sido surpreendidos, o que prova que tratava-se mesmo de ladrões de ocasião, pois bastaria andar mais um quarteirão para achar muitos outros carros estacionados e aí estariam completamente fora do campo de visão de quem estava dentro da casa noturna em que tocávamos. 

Enfim, o importante foi que o meu carro não foi molestado naquela noite e eu pude tocar os meus Rocks e Blues e no caso dos Blues, apenas a ficar nos lamentos poéticos que tal escola musical traz em sua raiz primordial e não a lamentar um prejuízo desagradável.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Cronicas da Autobiografia - Os Palermas Sabem Indicar Caminhos - Por Luiz Domingues

           Aconteceu no tempo da Patrulha do Espaço, em 2002

Viajamos muito com a Patrulha do Espaço. Foram turnês longas a ser cumpridas, o que naturalmente representa em tese, a meta de qualquer artista que sonha em possuir uma agenda lotada. Tanto foi assim, que motivou que nós comprássemos um ônibus próprio para o nosso conforto e minimização de custos, algo incomum para uma banda de Rock, a atuar sem nenhum esquema de produção mais avantajado, a bordo das mordomias inerentes de quem frequentava o mainstream da música e portanto, a contar com empresário, gravadora, algum mecenas a bancar a produção ou tudo isso ao mesmo tempo, sorte adquirida por alguns poucos artistas.

Entretanto, mesmo os artistas mais celebrados, com alcance mundial, sofrem em turnês exaustivas, sendo assim, sob condições muito mais modestas, é claro que cansávamo-nos e tínhamos que enfrentar dificuldades no cotidiano vivido na estrada. 
 
Na contrapartida, além da obviedade em ficarmos gratificados com os resultados artísticos obtidos e o carinho dos fãs em cada cidade (isso parece discurso piegas, geralmente proferido por atores de novelas da TV, mas é um fato, tal suporte popular e espontâneo traz prazer e ânimo para qualquer artista), também colecionamos muitas histórias agradáveis e outras tantas, engraçadas.

Por exemplo, sempre algo pitoresco acontecia quando entrávamos ou saíamos de alguma cidade e nesta crônica eu vou contar sobre algo inusitado que ocorreu e que nos dias atuais poderia ser classificado como algo “politicamente incorreto”, por insinuar ser objeto de uma piada de mau gosto. Particularmente, eu tendo a não gostar de humor sarcástico que possa ofender; humilhar ou suscitar o desdém como modus operandi, todavia, neste caso, sei que o autor da colocação, não o cometeu com má intenção deliberada em debochar de ninguém, mas simplesmente deu vazão ao que pensou sem nenhum freio moral naquele instante e a sua fala tão espontânea resultou em uma gargalhada coletiva que custou a cessar dentro do nosso ônibus. Isso ocorreu em novembro de 2002, na cidade de Ribeirão Preto-SP.

Entramos no perímetro urbano e ao seguirmos as placas, chegamos rapidamente ao centro da cidade. Estávamos a procurar um endereço em específico, onde ficava localizado o hotel onde hospedar-nos-íamos. Sem GPS e com os poucos telefones celulares disponíveis entre nós, ainda com tecnologia arcaica, sem acessar a internet, a solução foi recorrer a transeuntes pelas ruas ou parar em estabelecimentos comerciais, para efetuar perguntas sobre como chegaríamos à rua que procurávamos. 

Após duas ou três consultas infrutíferas, eis que o clima passou a ficar tenso dentro do nosso carro, com alguns membros da nossa comitiva a não demonstrar levar na brincadeira a falta de perspectiva imediata para chegarmos ao nosso destino. 


Foi quando uma voz levantou-se e ao dirigir-se diretamente ao nosso motorista, afirmou, categoricamente a apontar para um rapaz com aparência simplória, que caminhava pela calçada : 
-“pergunta para esse sujeito aí. Ele tem cara de idiota, pois assim deve saber”...
 
A reação imediata serviu não apenas para apontar uma possível solução para o nosso problema premente, mas como acréscimo, provocou a substancial descontração do ambiente, visto que a gargalhada gerada foi total. Mesmo em meio àquela balburdia, o nosso motorista acatou a sugestão, parou, abriu a porta e abordou o rapaz para fazer-lhe a pergunta. 
 
Porém, teve que esforçar-se para não rir, também, enquanto formulava o questionamento. Nunca esqueço-me da feição do sujeito, atônito ao deparar-se com aquele ônibus repleto por cabeludos a gargalhar e ele ali no arroubo de seu bom mocismo a explicar o caminho mediante uma gesticulação manual concomitante. 

Bem, não sei se o rapaz era de fato um incauto, contudo, talvez o membro da nossa comitiva que indicou-lhe, teve razão em um aspecto: ele sinalizou-nos o caminho, absolutamente correto...

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Crônicas da Autobiografia - Não Bastava "Entender" de Música - Por Luiz Domingues

Aconteceu em 1990, quando eu estava sem atuar em uma banda autoral, mas a realizar diversos trabalhos avulsos

Ainda em 1989, eu já havia escutado muitos boatos a respeito da criação de uma filial da MTV, no Brasil. O grupo Abril Cultural tentara obter a sua concessão de TV nos anos oitenta, mas não passara de um experimento tal ação, quando montara uma programação sua, em espaço alugado pela TV Gazeta de São Paulo, para assim iniciar os seus trabalhos, enquanto a permissão para que pudesse enfim possuir o seu canal próprio, não saia nos gabinetes de Brasília. Mas isso nunca ocorreu e logo a dita, "TV Abril", deixou o espaço da TV Gazeta. 

Mas isso não significou que desistira da ideia, pois ao final dos anos oitenta, não como TV Abril, mas a dar vazão a outro nicho de atuação, abriu a franquia brasileira da MTV, a famosa: "Music Television", um canal exclusivamente dedicado à música, e com o foco na música Pop em geral, com abertura para diversas vertentes do Rock. 

A novidade gerou alvoroço no meio, principalmente no patamar abaixo, o dito underground da música profissional, onde eu habitava e sei bem que o sentimento que eu e todos os colegas que militávamos nesse subterrâneo da música, nutrimos em termos de esperanças para que um canal exclusivo para a difusão musical, pudesse não estar comprometido com os interesses escusos que regiam as resoluções tomadas pelos canais abertos e o seu odiável apartheid em relação aos artistas independentes, o nosso caso. 

E logo surgiu a nova de que o canal ocuparia como instalação física para os seus estúdios e maquinário de edição, o antigo prédio da extinta Red Tupi de Televisão, na Avenida Alfonso Bovero, no charmoso bairro do Sumaré, em São Paulo. Incrível, aquele prédio detinha história, por ter sido o primeiro canal de TV do Brasil, ao apresentar tantos programas, tanto jornalismo e tantas novelas que ali foram produzidas a partir de 1950, portanto, um resgate desses, após quarenta anos, haveria de fornecer sorte ao jovem canal musical. 

Já em 1990, por volta de fevereiro ou março, recebi o telefonema de um amigo de longa data, que havia tomado conhecimento de que uma seleção havia sido anunciada pela produção da Abril Cultural a fim de recrutar pessoal para trabalhar na emissora que estava a ser formatada. Haveriam, portanto, vagas a ser oferecidas para todo o pessoal técnico, redação e claro, os apresentadores do canal, que seriam chamados como: "VJ's", para cooptar a ideia antiga a cerca dos "DJ's", das emissoras de rádio.

O meu amigo estava eufórico, pois recebera a informação de que privilegiariam pessoas que possuíssem um bom conhecimento do mundo da música, não sendo necessário ser jornalista ou ostentar o diploma de um curso universitário de rádio & TV, para pleitear uma vaga. 

Então, ele exortou-me a ir com ele nessa seleção, que fora marcada para ocorrer em uma famosa casa de espetáculos da zona oeste de São Paulo (Aeroanta, no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros), em um dia de semana no período da tarde. 

Eu ainda argumentei que não desejava participar dessa seleção, pois a despeito de naquela época estar a viver um breve hiato observado  sem estar inserido em uma banda de carreira, o meu objetivo seria prosseguir na luta, mas ele logo contra argumentou a dizer-me que isso em nada atrapalharia a minha carreira e pelo contrário, se eu fosse aprovado, muito pelo contrário, eu deveria encarar como uma grande oportunidade para abrir portas e conhecer contatos dos patamares mais altos da esfera musical, ou seja, a facilitar a minha carreira, em qualquer outra banda onde eu fosse atuar, doravante. Certo, um argumento sensato.

Então, ele mesmo prontificou-se a datilografar (sim, a maioria das pessoas ainda não acessava computadores, nessa época) e assim, preparou o meu currículo e se a ideia fosse assim tão simples, a denotar valorizar-se uma história na música e "entender" minimamente desse universo, o meu histórico ficara bem razoável. 

Eu tocava desde 1976, passara por bandas com projeção, gravara discos e fizera bastante programas de TV e rádio, ou seja, acumulara tal bagagem pessoal interessante. E sobre conhecimentos musicais, é óbvio que eu não era nem um expert, tampouco musicólogo catedrático, mas ao acompanhar o Rock com foco e outras vertentes, igualmente, desde 1968, pelo menos, a minha vivência não era nada desprezível, convenhamos. 

Então, em uma tarde quente de verão, eu e o meu bom amigo, Carlos Muniz Ventura (fotógrafo de algumas capas de disco que eu gravei, inclusive), fomos ao apontamento. Mas assim que aproximamo-nos do Aeroanta, eis que toda a nossa inocente expectativa gerada em torno de música, propriamente dita, demoliu-se por completo, ao verificarmos que a gigantesca fila formada na porta de tal estabelecimento, estava composta por modelos, meninas muito bonitas em predominância, com "photobook" debaixo do braço e todas, extremamente produzidas, exatamente prontas para um teste de câmera, para compor elenco. 

Foi quando sob um arroubo de consciência, eu e Carlão travamos um rápido diálogo a dar conta que não haveria nenhum cabimento em postarmo-nos naquela fila, pois o critério para a seleção seria pautado pela beleza física dos postulantes; desenvoltura diante de uma câmera e talvez a dicção e capacidade para pronunciar palavras em idiomas estrangeiros, notadamente o inglês. Nada tenho a reclamar sobre tais critérios, é bom fazer a ressalva, mas definitivamente, "entender de música" seria o quesito menos importante ali e então, demos meia volta e abandonamos resolutamente a nossa equivocada pretensão. 

Saber quem foi Ray Davies ou Peter Hammill, ou mesmo citar a discografia do Traffic, seria irrelevante para sensibilizar um recrutador, certamente. Antes de encerrar esta crônica, preciso estabelecer uma ressalva: a despeito da maioria dos VJ's e redatores que passaram por tal emissora, certamente não entender patavina de música, houve exceções honrosas e no primeiro time de profissionais que assumiu, em 1990, eu tive ali três amigos que eram muito preparados e bem intencionados, sem dúvida alguma : Gastão Moreira; Fábio Massari e Luiz "Thunderbird". Além de pessoal da parte técnica, onde também houve pessoas muito gabaritadas, tais como Eduardo Xocante e César Cardoso. Mas a imensa maioria que ali trabalhou, fora contratada pelos critérios que animaram aquelas meninas bonitas que ficaram horas na fila do Aeroanta, com o seu Book de modelo em mãos...