Diferente de uma outra publicação na qual eu já havia providenciado a publicação no YouTube, com quase o mesmo teor anteriormente, desta feita se mostra engraçada a abordagem bastante frenética da parte do locutor (desconfio ter sido o "DJ" Edgard Piccoli, mas não tenha a certeza dessa informação para afirmar que tenha sido ele de fato), e devo acrescentar que no auge da sua performance, ele chegou a entoar certos trechos da canção simultaneamente à nossa gravação.
Isso certamente se deu pelo fato da orientação da emissora na época que era o de insistir nessa estética histriônica, concomitante ao estilo que também ocorria através da MTV, bem ao estilo dos anos noventa, com tudo a ocorrer de maneira frenética, ao estilo de um vídeo game com edição estroboscópica, digamos assim e de certa forma, bem alienante. Bem, fato histórico à parte, chega a ser engraçada a narração e o cantarolar do DJ no decorrer da nossa música em plena execução no ar.
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zyC3SoMaGP8
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=HTPRriTLl6o
E o mesmo fenômeno se deu com a peça publicitária criada para promover o show de lançamento do CD Lift Off que faríamos em 13 de dezembro de 1996, e que foi ao ar por alguns dias antes dessa data, através da 89 FM de São Paulo, igualmente.
A verborragia é tão histriônica da parte do locutor, que mal dá para entender o que ele pronuncia e para piorar a compreensão do ouvinte, eis que a música, "Ups and Downs", escolhida do nosso disco, para compor o "BG" ("Background", a chamada "música de fundo"), foi mixada muito alta em relação à voz do rapaz e assim, tornara tal experiência como um exercício de escuta impossível, praticamente.
Bem, sob o ponto de vista da estética da época, a predisposição foi exatamente a mesma, ou seja, o estilo de locução aos gritos a se parecer com um surto de nervosismo incontrolável e bem ao estilo dos costumeiros vídeoclipes produzidos nessa década, mediante edição ultra rápida, como se o mundo estivesse a acabar a cada música exibida na MTV etc. e tal.
Bem,
não posso me queixar, certamente, pois o importante foi que tivemos
esse apoio extraordinário de uma emissora que brigava na linha de frente
pela audiências das maiores FM's de São Paulo naquela década, incluso
as pertencentes às grandes redes de alcance nacional. Portanto, sou
muito grato mais uma vez por essa ajuda incrível. Todavia, creio que as
minhas críticas ao estilo de locução praticado nessas peças noventistas
são pertinentes, ou seja, concorda, leitor?
Mais novidades sobre o Pitbulls on Crack eu ainda teria para publicar em meus canais de YouTube!
Conforme eu já assinalara anteriormente, a minha dúvida maior ao decupar o material contido nas fitas K7 resgatadas e devidamente digitalizadas pelo meu amigo Kim Kehl em 2020 (e neste caso a visar organizar o possível lançamento de um disco Bootleg e esse plano ainda está de pé, naturalmente), se deu no sentido de que eu ficara com a impressão de que a entrevista, permeada por piadas hilárias, deveria ser preservada, certamente.
Todavia, como muitas partes dessa conversação estavam mescladas às músicas, se eu deixasse a conversa editada assim, "in natura", as faixas ficariam muito longas. E um outro detalhe: longe de mim ser um editor implacável e com ranço de censor reacionário, mas ao ouvir detidamente as conversas ali travadas no calor de 1994, algumas colocações soariam inoportunas à luz da sociedade de 2022, quando concluí a escrita desta parte do capítulo.
Em suma, ao ponderar sobre certas opiniões ali gravadas e sobretudo a respeito de piadas descabidas para a realidade da sociedade pós-anos 2020, eu decidi suprimir a maior parte da conversação, a fim de preservar todos os membros da nossa banda, eu incluso, apesar de que quase não falei na prática e também o nosso anfitrião, o locutor e entrevistador nessa atração radiofônica, o também brincalhão contumaz, Tatola.
A respeito da parte musical, a proposta foi fazer um som descompromissado ao extremo, haja vista que o programa não costumava promover shows no estúdio da emissora e aliás, não havia condição técnica para tal em suas dependências. Nesses termos, nós tocamos algumas músicas de forma acústica, com microfones improvisados e sem nenhum requinte de equalização possível de ser feito, além do padrão normal de uma clássica sonoplastia radiofônica adaptada para sonorizar conversação tão somente e executar músicas com o recurso da radiodifusão mecânica mediante discos de vinil, CD's, fitas e cartuchos a se pensar na tecnologia dos anos noventa, ou seja ainda a se adaptar ao mundo digital que chegava e à internet na ocasião.
A gravação ocorreu no dia 4 de junho de 1994 (um sábado), e foi ao ar no dia 6, segunda-feira. Dessa forma, eis abaixo as faixas que eu disponibilizei para os fãs do trabalho:
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=7LzYMZqGHPk
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=tgnvo63PDvM
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=hyY_Am-VRxo
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=yZSSjsMHhps
"Answer Machine" - Pitbulls on Crack no programa "A Vez do Brasil" da 89 FM de São Paulo - 6 de junho de 1994
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=gN4WJume_gc
"Sympathy for the Devil" (The Rolling Stones) - Pitbulls on Crack no programa "A Vez do Brasil" da 89 FM de São Paulo - 6 de junho de 1994
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zFQXmH_oPa
"Nevermind" - Pitbulls on Crack no programa "A Vez do Brasil"da 89 FM de São Paulo - 6 de junho de 1994
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zcxQS7vnKwY
Sobre a performance em si, apesar do caráter super descontraído e de certa forma a se parecer com um clima de "Luau" improvisado, ficou bem convincente a se imaginar uma apresentação acústica informal. Com Deca, Chris e eu (Luiz) a tocar violões e o Juan Pastor a tocar bongô, ou seja, uma instrumentalização muito fora da nossa realidade de banda de Rock super elétrica, por incrível que pareça, a banda soou bem nessa circunstância adversa para nós.
E o acréscimo inesperado de "Sympathy for the Devil", um clássico dos clássicos dos Rolling Stones, não apenas surpreendeu à todos, como gerou uma certa euforia nos funcionários que estavam presentes no estúdio da emissora nesse dia, e isso ficou até registrado na gravação do áudio, quando encerramos e o entrevistador, Tatola, fez a menção e claro, nos divertimos muito com tal fator.
A
priori, eu esgotara as possibilidades de lançar mais peças raras do
Pitbulls on Crack baseadas nas fitas K7 descritas, no entanto,
permanecera a ideia de lançar discos Bootleg e entre os ex-membros a
vontade de se promover um show reunião esteve mantida, portanto, este
capítulo sobre o Pitbulls on Crack possivelmente poderia ser estendido a qualquer
momento. E foi o que ocorreu, mas por uma outra alternativa extra, além das que eu imaginara.
Foi então que eu finalmente comecei a engatinhar no sentido de usar aplicativos acoplados ao PC e consegui a duras penas colocar o show do Pibulls on Crack realizado no Black Jack Bar de São Paulo em 1995, dentro do meu computador, mas no entanto, ele ganhou uma incômoda tarja involuntária, com propaganda do aplicativo que usei. Ora, se fosse uma marca d'água discreta, alojada em um canto, eu a deixaria no vídeo sem prejuízo algum às imagens, entretanto, se tratou de algo de proporção muito espalhafatosa, bem no meio do enquadramento e dessa forma, seria ridículo colocar o vídeo no YouTube com esse abuso da parte do aplicativo usado, a desrespeitar completamente a banda e os seus admiradores.
Em suma, me esforcei para achar um outro aplicativo que removesse a marca d'água indesejável, mas o segundo aplicativo usado também não entregou-me um serviço de qualidade, pois sim, apagou a tarja, mas em seu lugar a imagem ficou distorcida. Paciência, enquanto eu não aprendesse a lidar melhor com as ferramentas foi o melhor que eu pude fazer e entre esperar para me aprimorar no aspecto do uso de tais ferramentas e acelerar a publicação do material para a pronta exposição, haja vista que esse material de quase três décadas atrás não poderia mais ficar guardado em um DVD na minha residência.
Bem, sobre a apresentação em si sobre qual contexto ela ocorreu naquele dia 30 de abril de 1995, no meu texto autobiográfico, alojado há muitos capítulos anteriores, eu já narrei amplamente, portanto, não vou repetir a história toda e para quem já leu, sabe se tratar de uma passagem bonita da minha/nossa trajetória.
Portanto, vamos direto aos vídeos.
Neste caso, subverti a ordem e deixei o preâmbulo, quando a banda gastou cerca de dois minutos para arrumar o seu "set up" e iniciar o espetáculo, para ser lançado ao final.
Sobre a qualidade do vídeo e áudio, independente da questão da tarja e da distorção adquirida após a eliminação da tarja, já não era boa. A imagem foi oriunda de uma filmagem amadora mediante câmera mini-VHS, foi passada para uma fita cassete normal e depois de digitalizada em DVD, ficou com o áudio mono.
Além do mais, a falta de uma iluminação mínima que fosse na casa noturna, Black Jack ali no calor do show in loco, também já prejudicara na fonte e mais um dado, o rapaz que filmou (não me recordo, mas acho que era irmão ou primo do Jason Machado, este roadie da banda e presidente do nosso fã-clube), ficou estático para filmar, pois a casa estava absurdamente lotada (ainda bem se visto por tal aspecto, pois o show foi um sucesso), e assim, ele não teve meios para buscar outras opções de enquadramento e foi o único a filmar, ou seja, nunca houve a opção de uma edição dinâmica das imagens. E sobre o som, além da digitalização ter imposto o modo 'mono" como opção única (que absurdo!), o fato ´foi que com um microfone tímido de filmadora mini-VHS, não poderia haver uma captura boa, nem de longe.
No entanto, como eu sempre saliento sobre o resgate de materiais antigos de todas as bandas pelas quais atuei, o importante é colocar o material à disposição do público em geral, admiradores do trabalho em si e eventuais pesquisadores sobre a história do Rock Brasileiro.
Dessa maneira, a seguir, eis os vídeos que foram para o YouTube a registrar esse show de 1995:
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=rBdjjWzreOc
"Dead News" - Pitbulls on Crack no Black Jack de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para ver no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=GBJd1vi9B1k
"Under the Light of the Moon" - Pitbulls on Crack no Black Jacj Bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=cVBEYwOIbHg
"Overload" - Pitbulls on Crack no Black Jack bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para ver no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=63jVMURusf0
"Mama Weer Crazze Now" (Slade) - Pitbulls on Crack no Black Jack Bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=ER7PEqty3qk
"The Dying Day" - Pitbulls on Crack no Black Jack Bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para ver no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=EWLjalVv7ms
"Down at the Hellhole" - Pitbulls on Crack no Black Jack Bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=2EEMf48P22A
"The Shadow of the Light" - Pitbulls on Crack no Black Jack Bar de São Paulo. 30 de abril de1995
Eis o link para ver no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=lpxWf0gqyQA
"Answer Machine" - Pitbulls on Crack no Black Jack Bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=J0L2PcB1Jl0
"Nevermind" - Pitbulls on Crack no Black Jack Bar de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para ver no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=HTY036XhCc4
Preparação do set up - Pitbulls on Crack no Black Jack de São Paulo. 30 de abril de 1995
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=eZKXSL_YAxM
O show do Black Jack, na íntegra - 30 de abril de 1995
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=IKnjwwSCUdk
Ainda havia material a ser resgatado, porquanto a possibilidade desse show ser publicado na sua íntegra, estava plausível, mas uma boa nova ocorreu nos primeiros dias de 2023, quando o Chris Skepis me disse que se lembrara de ter guardado duas fitas VHS com shows filmados do Pitbulls on Crack. De um deles eu me lembrei que de fato uma pessoa houvera filmado e curiosamente, a se tratar de um show na mesma casa de espetáculos, o Black Jack Bar, desta feita ocorrido em 1994.
E mais uma perspectiva boa ele anunciou, ao dizer ter convicção de possuir, ainda que não soubesse em que lugar havia guardado, fitas K7 da nossa banda a ensaiar. Ora, se ele realmente achasse tal material, haveria de ser incrível.
Nesse
ínterim, recebemos a notícia de que a música: "The Winding Moon" estava
relacionada para ser executada na programação de uma emissora de rádio
interiorana, mais uma vez.
E dessa forma, o programa, "Planeta Música" da Rádio Nova Cultura/93.1 FM de Botucatu-SP , relacionou o Pitbulls on Crack para constar da sua seleção na edição 29 de março de 2023, a se tratar de mais um alento para a nossa banda extinta mas em vias de se reagrupar para um show comemorativo, possivelmente.
Portanto, possivelmente...continua.