Em junho de 2019, voltamos ao Santa Sede Rock Bar e anunciamos mais uma vez um show a conter a presença de convidados especiais. Desta feita, contamos com dois amigos guitarristas, Geraldo "Gegê" Guimarães e Nição Altino.
Ora, que prazer tocar com ambos, a representar duas gerações distintas.
Gegê em nossa faixa etária e Nição, a representar a juventude total e o
mais interessante nessa junção, com todos a comungar dos mesmos ideais
na música.
Flagrantes
da atuação d'Os Kurandeiros como um quarteto, no Santa Sede Rock Bar, de
São Paulo, em 20 de junho de 2019. Foto 1: Kim Kehl & Phill
Rendeiro na linha de frente, com Carlinhos Machado e eu (Luiz Domingues), na
retaguarda. Foto 2: Kim Kehl em destaque. Foto 3: Phill Rendeiro em
destaque. Foto 4: eu (Luiz Domingues) em destaque. Foto 5: Carlinhos
Machado em destaque. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock
Bar de São Paulo, em 20 de junho de 2019. Clicks, acervo e cortesia:
Tili Roxy Andreotti
Além dos
convidados, tivemos a presença de Phill Rendeiro a contribuir conosco, e
assim a tornar Os Kurandeiros como um quarteto, mais uma vez.
Dessa forma, tocamos uma entrada completa a mesclar o trabalho autoral da nossa banda com alguns clássicos internacionais do Rock e do Blues.
E na
segunda entrada da noite, tivemos a presença dos nossos convidados
especiais. Primeiramente contamos com o amigo, Geraldo "Gegê" Guimarães,
que quis tocar conosco um clássico de Rita Lee & Tutti-Frutti:
"Corista de Rock". Ele também executou conosco, a nossa canção, "O Filho
do Vodu"
Com uma massa de guitarras, visto que Phill Rendeiro continuar a tocar conosco, foi uma versão animada, e que emendou com o som de Alice Cooper, quando executamos, "School's Out", com bastante vigor. A seguir, foi chamado ao palco, o jovem, Nição Altino.
Na primeira foto, Nição Altino no destaque, com Kim Kehl, atrás e na segunda foto: Kim Kehl, Nição Altino e Phill Rendeiro na linha de frente, com Carlinhos Machado e eu (Luiz Domingues), na retaguarda. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 20 de junho de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Pat Freire
Com Nição, tocamos uma versão livre para "Red House", do Jimi Hendrix, além de "Minha Vida é o Rock'n' Roll" do Made in Brazil e mais duas canções d'Os Kurandeiros.
E a presença de tais convidados foi um enorme prazer para nós, a revelar um clima de camaradagem muito grande e que de certa forma fez com que lembrássemos com saudade do tempo em que Os Kurandeiros usaram a vestimenta diferente, como "Magnólia Blues Band" e a cada quarta-feira dos idos de 2014 a 2016, recebíamos um convidado diferente.
Pois foi parecido desta feita e com a intensidade em tratar-se de dois
amigos com os quais tínhamos um convívio fraternal, há tempos.
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=6Dd3xnKe9ps
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zRlnTEqlqms
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=CEJif5ngswg
"Rabo de Saia" (Kim Kehl) (parte 2), com Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 20 de junho de 2019. Filmagem: Ana Cristina Domingues
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=v4vPzmeWDWM
Na primeira foto, Kim Kehl & Os Kurandeiros com o convidado especial, Nição Altino e na segunda, a banda com o outro convidado da noite, Geraldo "Gegê" Guimarães. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 20 de junho de 2019. Foto1: acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap. Foto 2: Click, acervo e cortesia: Pat Freire
Confraternização pós-show. Da esquerda para a direita na foto 1: Kim Kehl, Carlinhos Machado, o convidado especial, Nição Altino, eu (Luiz Domingues) e Phill Rendeiro. Na foto 2: na mesma configuração, a não ser pela presença de Tili Roxy Andreotti no lugar de seu namorado, Nição Altino. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 20 de junho de 2019. Acervo e cortesia: Tili Roxy Andreotti. Clicks: Tili Roxy Andreotti (foto 1) e Nição Altino (foto 2)
Em julho, teríamos mais uma execução radiofônica e dois convites bons para shows a ser cumpridos em agosto e setembro de 2019.
Ao final de julho, nós recebemos a notificação que haveria um show sob grande proporção ao ar livre, a ser realizado na Praça da República, no centro de São Paulo e que Edy Star, o grande astro com o qual realizáramos uma boa turnê, no ano de 2018, solicitara a nossa inclusão para a realização de tal espetáculo.
Ora, que boa oportunidade para revivermos aquele repertório com o qual lidamos com muito prazer em 2018, e a conter como espinha dorsal, as canções de Raul Seixas, além de algumas outras provenientes dos álbuns do próprio, Edy e certamente, dos Kavernistas, grupo onde Edy foi membro, assim como Raul, igualmente.
Esse evento foi
concebido para fazer parte de uma celebração em torno da memória de Raul
Seixas, justamente ao completar-se trinta anos de seu falecimento e
nesses termos, vários grupos tocariam canções do Raul e o show teria
como encerramento o espetáculo de Edy Star & Os Kurandeiros.
Edy sugeriu que incluíssemos as canções: "A Maçã" e "Ainda Queima uma Esperança", ambas do Raul, para que a nossa convidada especial, a cantora, Renata "Tata" Martinelli, pudesse atuar conosco, ainda que através de duas canções, apenas, visto que ela já havia firmado outro compromisso na mesma data e tornara-se impossível atuar em nosso show durante o tempo inteiro, ou seja, uma grande pena para todos.
E há por
destacar-se que no caso da canção, "Ainda Queima uma Esperança", apesar
de ser uma composição do Raul, na verdade esta foi uma peça escrita por
ele, sob encomenda para ser usada no disco de uma cantora popular,
chamada: Diana, em 1971. Portanto, mesmo com a embalagem popularesca em
que tal peça revestiu-se em sua gravação original, evidentemente que
mediante a nossa interpretação, haveria por tornar-se mais robusta, com
um tratamento mais Rock a extrair-lhe o ranço popularesco.
Um ensaio
foi marcado para o dia 8 de agosto de 2019, no estúdio Curumim,
pertencente ao nosso amigo, Fernando Ceah e ali, com a presença do nosso
querido amigo, Michel Machado à percussão, fizemos um ótimo apronto, ao
colocarmo-nos em ordem para o show do dia 10.
O Link
abaixo direciona para uma filmagem feita pelo amigo, Fernando Ceah,
enquanto ensaiávamos em seu estúdio, Curumim. Contém um trecho da canção: "Sessão Das Dez", do Raul Seixas.
https://www.facebook.com/estudiocurumim/videos/364803130866767/
Chegamos juntos à Praça da República, na tarde de 10 de agosto de 2019, a bordo do automóvel do Carlinhos Machado, eu, Luiz Domingues e Kim Kehl. Apesar de haver já no meio da tarde um público gigantesco ali presente para assistir os shows, tivemos um apoio muito bom da equipe de segurança terceirizada pelo evento, para rapidamente sermos conduzidos ao camarim.
Uma banda tocava a todo o vapor o repertório do Raul Seixas, com desenvoltura e o público estava a cantar juntamente, visivelmente emocionado. Tal clima, sinceramente eu já esperava, pois qualquer manifestação que seja realizada a evocar a memória de Raul Seixas, provoca a comoção, visto que o seu público permanece enorme e muito fiel, praticamente ao constituir-se em mais que um séquito de admiradores do artista em questão e da sua obra, mas a portar-se no limiar de uma torcida uniformizada de um clube de futebol, senão como uma seita, no bom sentido do termo, ao levar-se em consideração a devoção pela qual idolatram o Raul, ao ponto em perpetuá-lo.
Esse é um
caso sério, visto que é público e notório que artistas que foram até
mais populares do que ele em termos midiáticos, após perecer, caíram no
esquecimento à medida em que os seus fãs envelheceram e estes artistas também
partiram desta vida, e em muitos casos, bem antes desse fenômeno
ocorrer. No entanto em relação ao Raul Seixas, muito pelo contrário, a
sua imagem mostra-se absolutamente viva e preservada por uma multidão
que não o abandona nunca.
Chegamos
ao camarim e os simpáticos seguranças, a caracterizar um casal, foram rápidos em
advertir-nos a não deixarmos objetos pessoais perto da ponta da lona que
sustentava a tenda improvisada como acomodação, visto que pessoas em
situação de vida a viver sem teto, estavam a tentar furtar o que podiam
nesse camarim e nos demais ao lado, montados para os outros artistas.
Neste caso em específico, revelou-se como uma situação triste a constatar-se sobre o estado do centro da cidade, ao estar a cada dia mais degradado, fator que faz com que há anos, inclusive, eu evitasse caminhar por ali e somente dirigir-me a tais logradouros, se fosse absolutamente necessário.
Na contrapartida, tirante esse problema com
furtos a ocorrer pela ação de braços inconvenientes que poderiam surgir
abaixo da lona, o tratamento foi ótimo por conta dos seguranças e dos
demais funcionários da produção, que foram muito solícitos para conosco.
Antes
do show, no camarim. Da esquerda para a direita, na foto 1: o
histórico guitarrista d'Os Panteras", Carlos Eládio, Renata "Tata"
Martinelli e Edy Sar. Na foto 2: Renata "Tata" Martinelli e o ótimo
fotógrafo, Weber Japoneis. Kim Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao
vivo no Festival: "O Início; o Fim e o Meio", realizado na Praça da
República, centro de São Paulo, em 10 de agosto de 2019. Acervo e
cortesia: Weber Japoneis. Click (foto 1): Weber Japoneis. Click (foto
2): autor desconhecido
A banda
que precedeu-nos, entrou no palco e tocou igualmente com bastante
fluidez e até trouxe em sua formação um mini naipe de metais, a
enriquecer a sua sonoridade. E também chamou-me a atenção quando eu
ainda estava no camarim, quando eu pude ouvir que o seu vocalista chamou ao palco
uma atração especial, a cantora/atriz, Mariana de Moraes, a participar
em duas ou três canções e entre elas, a música, "Gita".
Imediatamente eu estabeleci uma reminiscência pessoal, ao recordar-me de uma passagem ocorrida em 1987, quando eu tocava com A Chave do Sol e encontramo-nos com Mariana Moraes nos estúdios da TV Cultura de São Paulo, onde participamos do programa: "Panorama", então apresentado pelo jornalista, Maurício Kubrusly.
Nem conversamos nessa ocasião, mas eu recordo-me bem
dela a assistir a nossa entrevista e participação ao vivo e nós também
termos assistido a sua performance. Bem, terminada a apresentação dessa
boa banda que precedeu-nos, fomos chamados ao palco.
Flagrantes
do show! Foto 1: Kim Kehl e Edy Star. Foto 2: Renata "Tata"
Martinelli a ser filmada por um fotógrafo. Foto 3: Edy Star em
destaque. Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao vivo no Festival: "O Início; o
Fim e o Meio", realizado na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Carol Mendonça
Enquanto
preparávamo-nos, vimos que um dos organizadores do evento, faria uma
apresentação acústica e singela ao cantar uma canção do Raul. Não estava
previsto inicialmente, mas eu compreendi inteiramente o caráter
emocional de sua parte de querer também expressar o seu tributo ao Raul e
assim, de uma maneira rápida, ele cantou com delicadeza uma canção.
Na contrapartida dessa manifestação tão emocional, uma nota zero precisa ser dada para certos elementos da plateia que o hostilizaram bastante, talvez por estarem em adiantado estado de embriagues e frustrados pela queda da adrenalina, visto que quatro bandas de Rock já haviam apresentado-se com grande energia, e assim, uma pausa para uma apresentação acústica na base da voz & violão causou-lhes um desconforto.
Bem, nem mesmo uma plateia formada por fãs do Raul Seixas e por extensão, supostamente ligados em outro tipo de conexão com o Rock vintage, gerou necessariamente um público a demonstrar uma postura mais aberta a apreciar sonoridades mais leves, um fator que fora notório e adorável nos anos setenta.
Observei com pesar a hostilidade de alguns mais exaltados a
manifestarem-se com essa impaciência e para agravar ainda mais, tratou-se
de uma canção do Raul, enfim. Ainda bem, não foi algo generalizado, e
dessa forma, circunscrito a cinco ou seis pessoas em meio a mais de três
mil ali presentes, mas certamente que chateou-me tal atitude da parte
desses incautos.
Tudo
pronto, iniciamos com o tema instrumental criado pelo Kim a insinuar
diversas canções do Raul em um mini pout-pourri, com muita energia.
Seguimos com a canção d'Os Kurandeiros, "Pro Raul", que no set list, o
Edy descreveu como: "Raul foi para o Beleléu", por conta do que
canta-se no seu refrão. E a seguir, entramos com muito balanço em "Toca
Raul" e "Como Vovó Já Dizia".
Edy entrou em seu estilo grandioso, versado pela sua experiência e influência em torno das tradições do teatro de Revista de outrora.
Apesar de termos realizado um único ensaio, o entrosamento no palco demonstrou que ao contrário, não houvera um hiato tão grande entre essa apresentação e a última que fizéramos juntos em 2018.
O som no palco estava robusto, apesar do inexistente
soundcheck ter sido substituído por uma parca passagem prévia e em
festivais ao ar livre, é sempre difícil que não seja realizado de uma
outra forma.
Foto
1: eu (Luiz Domingues). Foto 2: Michel Machado. Foto 3: Edy Star. Foto 4:
Carlinhos Machado. Foto 5: Kim Kehl. Foto 6: Renata "Tata" Marinelli.
Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao vivo no Festival: "O Início; o
Fim e o Meio", realizado na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Sol Rodrigues
Seguimos
em frente com muita energia nos Rocks sessentistas, "Rua Augusta" e "O
Bom" e avançamos pelas músicas do LP "Sociedade da Grã-Ordem
Kavernista".
Evidentemente que este álbum haveria de ser um objeto de
culto daquela massa formada por fanáticos adeptos de Raul Seixas. Não
deu outra, houve um frenesi quando executamos: "Sessão das Dez", "Êta
Vida" e "Quero Ir".
Foto
1: eu (Luiz Domingues). Foto 2: Kim Kehl. Foto 3: Michel Machado. Foto 4:
Renata "Tata" Martinelli. Foto 5: Edy Star. Foto 6: Carlinhos
Machado. Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao vivo no Festival: "O Início; o
Fim e o Meio", realizado na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Weber Japoneis
Quando
iniciamos a execução de "Maluco Beleza", eis que notamos que o Edy havia
saído do palco. Como essa ausência não fora combinada, ficamos
apreensivos em princípio, talvez a considerar a hipótese que Edy
estivesse com algum desconforto de ordem física e buscara ajuda nos
bastidores, mas ao mesmo tempo, sem deixar transparecer a nossa
estupefação ao público, e pelo contrário, a minha lembrança remete ao
fato de que criamos um improviso dos mais agradáveis para esticar a
introdução, até que a situação ficasse esclarecida entre nós. Pois eis
que ouvimos a voz de Edy no monitor a iniciar a cantoria e tudo ficou
sanado e entendido.
Pois ele fora rapidamente ao camarim, trocara de roupa e munido de um microfone sem fio, surgiu pela lateral do palco, acompanhado de um segurança e caminhou em direção ao público. Ótimo, mesmo tendo sido algo feito sob improviso total, a ideia foi muito boa e assim, quando a música atingiu o seu clímax, mediante a intenção gerada pelo seu refrão, ele estava no meio da plateia a cantar junto ao povo.
Bem, foi bonito como efeito dramático do show, mas ao mesmo tempo
preocupante, visto que em determinado instante, a euforia sempre
impensada em meio a uma multidão, deu trabalho ao segurança para que não
esmagassem o Edy com o excesso de ímpeto gerado nessa massa, mas
experiente, assim que percebeu que a situação poderia sair de controle,
Edy bateu em retirada e após passar pela grade de segurança, apressou-se
em voltar ao palco e encerrar a interpretação da canção, conosco.
Renata "Tata" Martinelli em ação, com a minha presença (Luiz Domingues), ao fundo. Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao vivo no Festival: "O Início; o
Fim e o Meio", realizado na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Click, acervo e cortesia: Weber Japoneis
A seguir,
Renata permaneceu conosco e assim tocamos: "Ainda Queima a Esperança".
Confesso que subestimei a reação, por antecipação, ainda no ensaio,
visto que achei que tal escolha houvesse sido algo exagerado, no sentido
em ser uma canção obscura gravada por uma cantora popularesca de um
passado remoto e somente pelo fato do Raul a ter composto, tal
referência soou-me superficial.
No entanto, o desinformado ali fui eu, visto que notei enquanto tocávamos, que muitas pessoas da plateia a cantarolavam, a denotar que aquele público realmente era aficionado ao ponto de conhecer não apenas a obra do Raul, em todos os seus meandros, mas também ao deter o profundo conhecimento das inúmeras canções que ele escreveu para alimentar artistas obscuros e populares, visto que ele foi por muitos anos, antes de estourar como um artista solo, um executivo de gravadora.
Muito bem, houve uma razão de ser e assim
tocamos a canção da cantora, Diana, com muito respeito e certamente com
uma vestimenta mais Rock'n' Roll.
Tocamos a seguir, o ótimo som, "Rock'n' Roll é Fodaço", do último álbum de Edy, com direito a mini solos de cada membro da banda e a conter as habituais brincadeiras do Edy na hora de apresentar-nos, individualmente. Emendamos com "Rock das Aranhas", com a voz do Kim no comando, como acontece normalmente nos shows dos Kurandeiros e em seguida, mais um improviso ocorreu.
Edy Star e Carlos Eládio em destaque. Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao vivo no Festival: "O Início; o
Fim e o Meio", realizado na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Click, acervo e cortesia: Weber Japoneis
Eis que
Carlos Eládio, ex-integrante da banda de Raul Seixas nos anos sessenta,
"Raulzito & Os Panteras", foi convocado a participar e ali no calor
da indefinição sobre o que tocaríamos com ele, o Kim sugeriu,
"Metamorfose Ambulante", que nós não tocaríamos naquele show, por uma
solicitação do Edy, visto que essa canção fora executada por quase todas
as bandas que apresentaram-se anteriormente e ele não quis repeti-la.
Nessa circunstância especial, nós tocamos e foi bastante prazeroso ter Eládio, um músico histórico, a cantar conosco.
Eis que iniciamos uma
saborosa versão Country-Rock para: "Let Me Sing" e encerramos com
bastante contundência, com "Sociedade Alternativa", a gerar um coro que
ecoou forte na Praça da República, certamente a produzir emoção entre as
pessoas ali presentes que comungam com as ideias libertárias, oriundas
da concepção do saudoso, Raul.
Foto
1: uma visão do palco pela retaguarda. Foto 2: Kim Kehl e Edy Star
com a perspectiva do público. Foto 3: o Power-Trio Kurandeiros a
confraternizar-se após o término do espetáculo. Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, ao vivo no Festival: "O Início; o
Fim e o Meio", realizado na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Acervos e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
Missão
cumprida e com muita satisfação, foi um ótimo show, com emoção, boa
performance no palco e encontros muito prazerosos nos bastidores. Aliás,
encontrei-me com muitos amigos queridos nos bastidores e pude enfim
conversar com a cantora, Mariana Moraes, que muito simpática, falou-me
sobre os seus projetos artísticos, mais focados na música do que o
cinema, naquela atualidade.
E assim foi, noite de 10 de agosto de 2019, com
cerca de três mil pessoas na plateia, que cumprimos mais um bom show dos
Kurandeiros, com Edy Star e reforçados por Renata "Tata" Martinelli e o
ótimo percussionista, Michel Machado.
"Toca
Raul" (Zeca Baleiro)/"Como Vovó Já Dizia" (Raul Seixas), Kim Kehl
& Os Kurandeiros + Edy Star no Festival "O Início; o Fim e o Meio",
na Praça da República, centro de São Paulo, em 10 de agosto de 2019.
Filmagem: Fátima Costa
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=udJbwN0_yzw
Mini
especial com Kim Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, no Festival: "O
Início; o Fim e o Meio" na Praça da República, centro de São Paulo, em
10 de agosto de 2019. Filmagem: Celso Giannazi
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=_zPy5oySLng
Após um show ao ar livre consagrador, na companhia do grande, Edy Star, o próximo compromisso d'Os Kurandeiros foi um festival que prometeu ser alvissareiro e na prática, não somente confirmou-se em tal previsão otimista, como eu creio ter superado em muito tal projeção.
Ocorre que havíamos firmado uma boa amizade com o pessoal de uma Webradio, no caso, a Crazy Rock, operada a partir de uma cidade do interior de São Paulo, chamada, Lins, bem distante da capital, mais de quatrocentos kilômetros, no entanto, a bem da verdade, em termos de Internet, é óbvio que a distância geográfica é inexistente e assim, tal emissora cativou-nos por executar diversas canções nossas.
Além disso, por muitas vezes, o nosso guitarrista, Kim Kehl, e também o nosso baterista, Carlinhos Machado, foram convidados a elaborar listas com artistas e suas respectivas canções para compor a grade de um programa em específico dessa emissora, chamado: "Só Brasuca", produzido e apresentado pelo radialista, Julio Cesar Sousa.
Como sugeria o seu título, tal programa era voltado exclusivamente para os artistas do Rock brasileiro, uma bela iniciativa, por sinal. Então, os laços reforçaram-se ainda mais, quando o Julio convidou-me também a elaborar uma lista para o seu programa e em seguida, tal iniciativa de sua parte incrementou-se ainda mais, pois surgiu o convite complementar para que eu elaborasse mensalmente uma lista, a caracterizar uma participação permanente como colaborador.
Portanto, com esse clima fraternal bem alinhavado, eis que a nossa banda
foi convidada a participar de um micro festival, que seria comemorativo
ao aniversário da emissora e a ser realizado em uma casa noturna na
zona sul de São Paulo.
Da
esquerda para a direita: eu (Luiz Domingues), Carlinhos Machado, Kim Kehl e
Phill Rendeiro. Ensaio de Kim Kehl & Os Kurandeiros, no dia 12 de
setembro de 2019. Estúdio Nosso Som, em Pinheiros, São Paulo. Acervo e
cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
Convite
aceito com muito bom grado, teríamos a companhia de bandas de alto
quilate técnico e também consagradas no meio, ainda que mais pesado, em
termos de Hard-Rock/Heavy Metal, no entanto, de nossa parte não
haveria nenhum problema em participar, visto que das três outras bandas
anunciadas, nós conhecíamos e mantínhamos uma boa amizade com os
componentes de duas, e de longa data, aliás.
No caso do King Bird, eu já havia tocado com eles em outras ocasiões, quando eu fui componente do "Pedra", nos anos 2000. E quanto ao Javali, os próprios Kurandeiros já haviam feito show em dobradinha com tal banda, no ano de 2016, fato esse, amplamente documentado nesta autobiografia.
Isso sem contar o fator da
amizade com todos os componentes, pessoas de nossa alta estima. Só não
conhecíamos o pessoal do grupo, "Living Louder", mas certamente que o
som deles haveria por ser bem tocado, visto que confiamos na indicação
do radialista, Julio.
Não é a mesma foto publicada acima, mas bem parecida. Ensaio
de Kim Kehl & Os Kurandeiros, no dia 12 de setembro de 2019.
Estúdio ProduSom, em Pinheiros, São Paulo. Acervo e cortesia: Kim Kehl.
Click: Lara Pap
Em
princípio, nós apenas estranhamos o fato do show ter sido marcado em uma
casa noturna que costumava promover shows de samba; pagode &
derivados, localizada no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo, no
entanto, a boa justificativa que recebemos, foi no sentido de que a casa
estava a lançar um balão de ensaio para testar a realização de shows de
Rock, para diversificar a sua atuação e nesse sentido, consideramos a
sua iniciativa plenamente válida, naturalmente.
Na semana
do espetáculo, que estava marcado para o dia 14 de setembro de 2019, nós
realizamos um ensaio prévio, em um estúdio localizado no bairro de
Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, com a presença do guitarrista,
Phill Rendeiro, que participaria conosco, mais uma vez.
Assim que cheguei às dependências do Boteco Dona Jurema, verifiquei que a casa ostentava uma boa estrutura para shows ao vivo, com um palco alto e amplo, portanto muito superior ao padrão da maioria das casas noturnas.
Assim que estacionei o meu carro nas imediações e cheguei próximo da casa, notei que outros estabelecimentos comerciais do entorno, estavam a operar com a limitação pela falta de energia elétrica. E quando adentrei o simpático “Boteco Dona Jurema”, local onde o festival transcorreria, fui informado que de fato, a energia elétrica fora interrompida.
E também pude enfim conhecer pessoalmente a figura extraordinária do radialista, Julio Cesar Sousa, pessoa que eu só conhecia virtualmente até então. Simpático, solícito e muito empolgado em estar ali a organizar o festival, estava duplamente feliz, pois comemorava igualmente o seu natalício.
Veio a seguir o “Living Louder” e na prática, tratava-se da única banda cujo trabalho eu não conhecia anteriormente e tampouco os seus componentes.
Chegou a nossa hora, e após três bandas bem mais pesadas, o nosso som talvez tenha tido um resultado mais tênue, no sentido do impacto sonoro, mas a resposta do público foi excelente. A proposta do nosso som mais tradicional em torno do Rock’n’ Roll tradicional e Blues-Rock em predomínio, foi bem aceita e eu fiquei muito feliz por tal recepção.
Tocamos como quarteto novamente e apesar do som estar bem embolado na monitoração, fizemos uma apresentação boa, eu quero crer. Na confraternização final, eu fiquei muito feliz em conhecer outros membros da emissora Crazy Rock, cuja sede ficava em Lins, no interior de São Paulo.
"Cocada Preta" (Kim Kehl) - Kim Kehl & Os Kurandeiros no Crazy Rock Fest de São Paulo em 14 de setembro de 2019. Filmagem: Lara Pap
Eis o Link para assistir no YouTube:
"Maria Fumaça" (Kim Kehl) - Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Crazy Rock Fest de São Paulo, em 14 de setembro de 2019. Filmagem: Lara Pap
Eis o Link para assistir no YouTube:
"Andando na Praia" (Luiz Domingues/Kim Kehl) - Kim Kehl & Os Kurandeiros no Crazy Rock Fest de São Paulo, em 14 de setembro de 2019. Filmagem: Lara Pap
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=7PO_awnWkMA
Saí dali com o sentimento bom por ter participado da festa promovida pela emissora e sobretudo, a homenagear a persona de Julio Cesar Sousa, um radialista abnegado, e a revelar-se como mais um batalhador incansável em prol do Rock brasileiro, em meio a tantos que eu conheci nesses quarenta e três anos em que milito no meio artístico.
Ainda em setembro, e por falar em Webradio Crazy Rock, eis que novamente fomos relacionados para tocar uma canção nossa em meio à lista do programa, "Só Brasuca". Tratou-se da canção: "Miséria e Solidão", uma balada recorrente em nossas apresentações, desde 2017.
Em outubro, teríamos mais um show ao ar livre para cumprir.
Tarde fria, surpreendentemente para um dia de outubro em plena vigência da primavera, eis que eu cheguei acompanhado do meu amigo, Kim Kehl, à Praça Cornélia.
Na
primeira foto, um álbum do The Spark's, no início dos anos sessenta e na
segunda foto, o disco que eu recebi gentilmente, a tratar-se do último
lançamento do grupo, denominado: "Beyond the Stars"
Parece que a
tarde foi marcada pelas reminiscências mais profundas, pois eis que um amigo
que eu conhecia apenas virtualmente, abordou-me e ali travamos uma longa
conversa sobre a sua atividade pregressa como gerente de loja de discos nos
anos setenta e a conversa foi longe sobre a indústria fonográfica, a
distribuição antiga feita pelas gravadoras e sobretudo pelo Rock Progressivo e
a música erudita, estilos de seu apreço mais detalhado.
Tratou-se de Vinício
Meira, que trabalhou muitos anos na loja Hi-Fi e também foi distribuidor de
discos, a serviço de pequenos selos europeus, quando trabalhou com a produção da
música erudita.
Então, chegou a vez d'Os Kurandeiros entrar em ação e apesar do frio, o público não dispersou com o fim da tarde e início da noite e assim, com um som bem razoável em termos de equipamento, fizemos um ótimo show, bem animado mesmo e até digo que a superar as nossas expectativas.
Noite avançada, frio e garoa, e assim, de certa forma só reforçou a minha lembrança sobre o bairro e o bom período em que ali morei, na tenra infância (e sem suspeitar nessa época, que morava a poucos quarteirões da residência dos irmãos Dias Baptista, das famílias Carlini; Paolillo e Vecchione, ou seja, entre Os Mutantes; Tutti-Frutti e Made in Brazil, todos esses grupos em fase embrionária nessa época).
"A Noite Inteira" (Kim Kehl) - Kim Kehl & Os Kurandeiros na 10ª Feira de Artes e Cultura da Lapa, em São Paulo. 20 de outubro de 2019. Filmagem: Carlinha Manha
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=63w7LzyuXRg
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=0CkwIS8Y7JY
Eis o Link para assistir no YouTube:
Em síntese, foi uma tarde/noite plena em lembranças, com Rock sessenta/setentista para embalar os sonhos de um velho Rocker e sim, com uma boa apresentação dos Kurandeiros, para contabilizar na história e ser relembrada no futuro, com carinho.
Para quem não conhece esse bairro super populoso de São Paulo, deixo a informação que ele é tão grande sob o ponto de vista territorial, que é dividido em três grandes quadrantes, chamados como: Lapa, Lapa de Baixo e Alto da Lapa.
A Lapa de Baixo é uma parte onde existe uma enorme quantidade de galpões industriais, a Lapa, é o coração do bairro com o seu comércio popular e diversos quadrantes residenciais, e o Alto da Lapa é uma parte mais requintada, com um panorama residencial de alto padrão. Isso sem contar a grande quantidade de subdistritos, ou seja, micro-bairros que estão inseridos no contexto da Lapa, como a Vila Ipojuca, Vila Romana, Vila Anglo-Brasileira etc.
Em suma, trata-se de um bairro muito
tradicional, dividido em quadrantes bem diferentes uns dos outros, e
assim foi uma honra estarmos inseridos com outros artistas em um
festival bem no centro do bairro, em uma parte bem popular, próximo à
estação de trem que serve os seus moradores e a conter o centro comercial mais popular.
Bem, assim que eu cheguei ao local, uma viela para pedestres (viela Ema Angelo Murari), que geralmente passam por ali apressados para chegar à estação de trem ou ao terminal de ônibus do bairro, notei que seria muito interessante tocar em um beco estreito e todo grafitado, como um ambiente muito rústico, porém a conter o seu charme urbano.
O beco onde o evento ocorreu, em foto clicada na parte da manhã, quando da montagem do palco e das barracas. Kim
Kehl & Os Kurandeiros no Festival "Lapa Rock and Roll", no bairro
da Lapa, zona oeste de São Paulo, em 9 de novembro de 2019. Click, acervo e cortesia: Geraldo "GG" Guimarães
Nesse instante, já havia
bandas a apresentar-se e algumas já haviam encerrado a sua participação,
mas os seus componentes circulavam atrás do palco.
Caso do pessoal da banda, "Matilha", que eu não conhecia, mas a julgar pela extrema juventude de seus componentes e também da sua entourage que os acompanhava, e sobretudo pelo estilo da sua indumentária, logo deduzi que tais rapazes praticavam o Hard-Rock ao estilo oitentista, como estética adotada para tal banda.
Nesse ínterim, muitos amigos e companheiros que tocam em outras bandas estiveram presentes e claro que foi um prazer estar com eles mais uma vez, nos momentos em que ali estivemos a aguardar o momento da nossa apresentação.
Deu para assistirmos o show do grupo, "Marquês", que é na
verdade a representação do seu próprio vocalista, que também foi o
mestre de cerimônia do evento. Gostei da sonoridade Pop Rock, bem
tocada, com músicos competentes em sua formação. Após a apresentação do
bom grupo, "Pompeia 72", eis que chegou a nossa vez.
A banda em ação! Kim
Kehl & Os Kurandeiros no Festival "Lapa Rock and Roll", no bairro
da Lapa, zona oeste de São Paulo, em 9 de novembro de 2019. Acervo e
cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
Com a
presença do nosso grande tecladista, Nelson Ferraresso, em seu posto,
fizemos um show muito animado e com resposta excelente do público ali
presente. Tocamos um set list autoral, e apesar do som estar muito
prejudicado pela má qualidade do equipamento, levamos adiante a apresentação, com
resignação.
É bem verdade que os instrumentistas das cordas, eu, Luiz Domingues, Kim Kehl e Phill Rendeiro, fomos os que mais sofremos nessa tarde, por conta de amplificadores muito ruins ali disponibilizados. O aparelho usado pelo Kim, estava um horror, ao ponto de falhar muitas vezes e no meu caso, foi pior ainda, pois simplesmente, quando eu fui plugar o meu instrumento, o técnico responsável avisou-me que o aparelho ali presente, havia sido inutilizado por falha técnica.
Conclusão, eu tive que tocar na "linha" e quem é músico, sabe muito bem o quanto esse dispositivo é desagradável. Além de todo o incômodo que esse tipo de disposição causa em termos de timbragem do instrumento, ainda tive que lutar contra o fato de que o monitor estava péssimo, portanto, a acrescentar o fato do timbre ter ficado horroroso, eu nem conseguia ouvir-me a contento.
Enfim, o lado
bom em envelhecer é poder criar um grau de resiliência bem
significativo, pois talvez em uma outra época passada, esse fator tão
adverso teria perturbado a minha concentração e ânimo para
apresentar-me, no entanto, nesta altura da carreira e da vida, à beira
da idade sexagenária, apenas toquei e sorri, sem irritar-me e assim, a preocupar-me tão somente em não frustrar a plateia, que em via de regra, nem
suspeitara da dificuldade que enfrentamos pela estrutura não estar boa.
Paciência, o show tem que continuar, com o perdão pelo clichê.
E assim levamos adiante e nesses termos, em meu/nosso entendimento, foi um ótimo show, a reverberar a reação efusiva da plateia e novamente usarei um clichê ao afirmar: é o que realmente importa no cômputo geral, não é mesmo?
Na
primeira foto, Nelson Ferraresso no primeiro plano, com Luiz Domingues e
Carlinhos Machado, na retaguarda. Na foto 2, Kim Kehl em destaque, com
Phill Rendeiro ao seu lado. Kim
Kehl & Os Kurandeiros no Festival "Lapa Rock and Roll", no bairro
da Lapa, zona oeste de São Paulo, em 9 de novembro de 2019. Acervo e
cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
Já estava
escuro quando encerramos a nossa participação e mais um dado precisa ser
mencionado. Por ter sido realizado em uma viela que é tradicional ponto
de passagem de pedestres, há décadas, é claro que pessoas alheias ao
festival por ali trafegaram durante o tempo todo, a cumprir a sua rotina
em ir e vir para a estação de trem e terminal de ônibus.
Pois digo que foi engraçado testemunhar muitas reações da parte de pessoas completamente estranhas ao mundo do Rock, ao entrar na viela e deparar-se com um palco a conter bandas de Rock a tocar e além disso, pela enorme quantidade de cabeludos, desde veteranos como nós, até uma garotada mais jovem, caso da banda que citei no início, e estes com figurino bem específico e igualmente pela observação do uso de maquiagem bem forte e característica, ou seja, para as pessoas comuns, deve ter sido um choque tal visão e vou além, pois vimos várias a demonstrar até um certo temor em fazer uso do seu caminho tradicional, com tanta gente "esquisita" aos seus padrões, ali concentrada.
Daí, foi possível imaginar que tipo de raciocínio elucubraram, inclusive ao alimentar o temor pela sua própria integridade física. Um amigo brincou conosco e despertou muitas gargalhadas, ao refletir que para um sujeito desavisado que apenas dobrou a esquina e pensava em atravessar a viela como todo dia em sua rotina e foi surpreendido pela situação ali completamente inusitada ao seu padrão, este só pode ter imaginado em ter entrado em um filme de terror.
É claro, imediatamente outras piadas foram agregadas
como a sugerir uma outra dimensão de um mundo bizarro, ao estilo das
histórias do Superman da DC Comics, um episódio do seriado de TV "The
Twilight Zone", um planeta visitado pela nave Enterprise do seriado Star
Trek, portais para mundos espirituais e por aí foi a pilhéria.
Tarde muito agradável entre amigos, com equipamento ruim, mas com forte poder de reação da nossa banda ante a adversidade, como resultado final, saímos contentes dali. Dia 9 de novembro de 2019, no famoso beco da Lapa, a cumprir mais uma jornada heroica com Os Kurandeiros. A próxima atividade da banda estava marcada para o final desse mesmo mês, com uma volta ao Santa Sede Rock Bar, casa tradicional em nossa trajetória, mas que fazia tempo em que não a visitávamos.
Eis o Link para assistir no YouTube :
https://www.youtube.com/watch?v=_PD93iCjRJQ
"Anjo" (Kim Kehl), ao vivo no Festival "Lapa Rock and Roll", no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, em 9 de novembro de 2019. Filmagem: Ana Amb
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=iKqVBpd3ZT0
Eis que a nossa próxima apresentação estava marcada para o dia 29 de novembro de 2019, na casa de espetáculos, Santa Sede Rock Bar e alguns dias antes do nosso show, fomos surpreendidos positivamente com a publicação de uma página cultural da Rede Social, Facebook, chamada: "Nas Vertentes".
Em tal publicação, foi traçado um interessante paralelo entre a nossa banda em relação ao estabelecimento, Santa Sede Rock Bar e grandes bandas dos anos sessenta e setenta, em relação aos auditórios Fillmore (East e West), localizados nos Estados Unidos.
Ora, quando eu li a reportagem, fiquei muito enaltecido, pois a colocação soou-me como uma lisonja, tanto para a nossa banda, quanto para a casa.
Honrados por tal colocação
muito perspicaz da parte de quem redigiu tal texto e estabeleceu essa
analogia feliz ao extremo, eis que voltamos ao Santa Sede, acima citado,
após um longo e raro hiato.
A banda em ação, nas três fotos acima. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 29 de novembro de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
E assim, felizes por estarmos mais uma vez em uma casa onde mantínhamos uma tradição boa em apresentarmo-nos com regularidade, fizemos uma animada performance.
Mais uma panorâmica da banda no palco. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 29 de novembro de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Rogério Utrila
No dia seguinte, 30 de novembro, a nossa banda mais uma vez teve uma música escalada para participar de sete execuções do programa: "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock, a tratar-se de "Rabo de Saia". E no domingo posterior, participaríamos mais uma vez de uma Feira de Artes ao ar livre, desta feita no bairro da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo.
Em um domingo com previsão para o tempo bom, dia 1º de dezembro de 2019, a nossa banda mais uma vez esteve escalada para atuar em uma apresentação ao ar livre, decorrente de uma feira de artes.
Desta feita, tal apresentação fora marcada para fazer parte da 2ª Feira de Artes da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. Eu nunca tive uma grande proximidade com tal bairro, mas houve época em minha vida em que eu ali passei com uma certa constância, pelo fato em ter morado na Vila Pompeia, por dois anos (1966-1967), e por este ser um bairro da zona oeste, naturalmente que muitas pessoas deste e de outros bairros vizinhos, costumavam frequentar com regularidade o então chamado, "Ceasa" (anos depois mais conhecido como "Ceagesp"), que vem a ser a maior central de abastecimento de produtos agrícolas de São Paulo, localizado em tal bairro, portanto, a oferta por frutas, legumes, hortaliças e laticínios, vindos diretamente dos produtores rurais interioranos com qualidade e preços baixos, sempre foi um chamariz natural, visto que tal central não vendia apenas pelo atacado, mas também sob o regime de varejo.
Portanto, eu fui algumas vezes com o meu
pai nesse entreposto gigantesco, isso sem contar que uma tradição ali
forjara-se nesse ambiente rústico, em torno da sua famosa "sopa de
cebola", que de tão famosa, tornou-se uma atração improvável, mas que
solidificara-se, principalmente no período noturno e assim, tornou-se um
programa exótico ir ao Ceasa, para degustar tal prato, principalmente
no período da madrugada, enquanto caminhões carregavam e descarregavam a
carga de produtos, de uma maneira frenética em suas dependências.
Tal fama
perpetuou-se e eu lembro-me bem, nos anos oitenta, já adulto e a atuar
com A Chave do Sol, eu fui com os companheiros da banda e amigos, muitas
vezes ao Ceasa para degustar a famosa sopa da madrugada, após a
realização de shows.
Porém, nessa fase oitentista, apesar do ambiente insalubre do complexo, a parte do restaurante havia sofisticado-se, justamente por ter tornado-se uma atração turística/gastronômica na cidade e por conta disso, apesar da sua famosa "sopa de cebola" ainda ser um chamariz, a diversificação de pratos já mostra-se enorme, inclusive com o incremento de festivais da sopa, principalmente no período do inverno, com uma infinidade de outros sabores disponíveis, inclusive.
Já no avançar dos anos noventa e também nos anos dois mil, eu cheguei a ler matérias em jornais de grande circulação, a dar conta que o bairro da Vila Leopoldina havia passado por transformações urbanísticas radicais e que vários galpões que ficavam nas cercanias do Ceagesp (ex-Ceasa), haviam sido demolidos e que prédios residenciais de alto padrão estavam a erguer-se em profusão.
E também que outros tantos,
foram transformados em modernas agências de publicidade e tecnologia,
além de estúdios de cinema/produção audiovisual em geral.
Eis que eu cheguei ao bairro na tarde de 1º de dezembro de 2019, e de fato constatei que aquele bairro longínquo; repleto por galpões e caminhões carregados por frutas e legumes que lotavam as ruas em dias de outrora, estava muito mudado.
Fiquei bastante impressionado com a transformação radical ali efetuada e além dos prédios residenciais sob alto padrão, o comércio sofisticado e a presença de restaurantes e cafés charmosos, não deixou-me dúvida de que estava tudo muito modificado ali.
Portanto, a
ideia de uma Feira de Artes ao ar livre, caiu como uma luva para a Vila
Leopoldina, nessa fase em que estávamos às vésperas dos anos vinte do
novo século, com todo esse progresso ali observado.
A banda em ação! Kim Kehl
& Os Kurandeiros na 2ª Feira de Artes da Vila Leopoldina, em São
Paulo, no dia 1º de dezembro de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Léo
Cabrera
Havia dois
palcos, um mais sofisticado e o outro mais simples, onde atuamos, e
apesar da sua simplicidade e tamanho diminuto (vide as fotos onde
estamos retratados a tocar), o importante foi que o som estava bem
conduzido pelo responsável pelo áudio e a resposta do público foi
excelente.
Feira animada, nem mesmo o repentino surgimento de nuvens
carregadas e que precipitou alguns pingos de chuva ameaçadores, tratou
por estragar a festa e muito pelo contrário, simplesmente a chuva não
prosperou e assim, o povo permaneceu in loco.
O
palco foi diminuto, mas a apresentação foi bastante animada ! Kim Kehl
& Os Kurandeiros na 2ª Feira de Artes da Vila Leopoldina, em São
Paulo, no dia 1º de dezembro de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Léo
Cabrera
Dessa
forma, ficamos muito contentes com a apresentação, e eu ainda tive uma
boa surpresa quando reencontrei um velho amigo, com o qual não
encontrava-me desde os anos oitenta, na figura de Claudio T. de
Carvalho, mais conhecido como "Capetóide", e que fora um amigo;
colaborador e testemunha ocular da carreira d'A Chave do Sol, a minha
banda nos anos oitenta.
Fiel amigo dessa banda, assíduo em nossos shows desde o primeiro, realizado no longínquo ano de 1982. Agora baixista de uma banda ("Alô Ayala"), onde atuava com o bom baterista, Léo Cabrera, foi um prazer conversar com ele nos bastidores e poder assistir boa parte da sua apresentação.
Missão cumprida na Vila Leopoldina e não por caso, Claudio "Capetóide" foi conosco ao Ceasa em algumas madrugadas dos anos oitenta, em momentos pós-show que A Chave do Sol cumprira, portanto, que coincidência agradável.
"A
Noite Inteira", ao vivo (apenas um trecho), durante a apresentação de
Kim Kehl & Os Kurandeiros na 2ª Feira de Artes da Vila Leopoldina em
São Paulo, no dia 1º de dezembro de 2019. Filmagem: Akemi Akishi.
Apoio: Marcos Kishi
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=IIN9gjxGs60
"Eu Sou Duro", ao vivo, durante a apresentação
de Kim Kehl & Os Kurandeiros na 2ª Feira de Artes da Vila
Leopoldina em São Paulo, no dia 1º de dezembro de 2019. Filmagem: Akemi Akishi. Apoio: Marcos Kishi
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=2CoyF-da_CE
Outro fato
digno de nota, foi que esse show d'Os Kurandeiros realizado na Feira de
Artes da Vila Leopoldina, marcou um significado extra para a minha
carreira musical, pois representou o meu milésimo show!
No cômputo geral, desde que eu fizera a minha primeira apresentação oficial, em 12 de fevereiro de 1977, eis que por muitas bandas atuei e cheguei enfim a uma marca emblemática na carreira.
Fiquei feliz, e mesmo ao ter plena consciência que artistas populares detém uma agenda infinitamente mais cheia do que eu jamais tive e portanto, justifica-se o fato de que demorei quarenta e três anos para chegar em um número que tais artistas alcançam em tempo muito menor, sei bem que na inversa proporção, a minha trajetória foi construída sob outros termos diametralmente diferentes e assim, na devida realidade em que sempre atuei e ainda atuo, esse número é grandioso, sem falsa modéstia de minha parte.
Fiquei satisfeito também pela prorrogação que obtive, após sobreviver aos graves problemas de saúde que sofri em 2015, e que ameaçou fortemente a possibilidade de que eu avançasse a trabalhar, portanto, eu comemorei internamente o meu feito pessoal sem no entanto comentar com os colegas, para que isso não fosse alardeado ao microfone durante o show, e eu sei que eles teriam feito isso com muita alegria, certamente, mas eu optei por manter o sigilo da informação e apenas deixar para registrar a marca, aqui, neste texto autobiográfico.
E aproveito para agradecer à todos, literalmente,
que auxiliaram-me ao longo desses anos todos, para que eu pudesse
atingir tal marca!
De volta a
focar n'Os Kurandeiros, a nossa próxima missão seria em mais uma feira
ao ar livre, e dessa forma a provar que 2019, foi um ano pródigo em
shows dessas características para Kim Kehl & Os Kurandeiros.
O próximo compromisso para Kim Kehl & Os Kurandeiros, foi novamente através de uma participação em um festival ao ar livre, em meio às belas ruas da Vila Pompeia, na zona oeste de São Paulo. Como já mencionei em outras oportunidades, tais ruas desse bairro sempre provocam-me nostalgia pelas boas lembranças pessoais que ali mantenho com carinho.
Tratou-se de um evento que recebeu o pomposo nome: 1º Festival de Rock da Vila Pompeia. Ora, ao tratar-se de um bairro cuja tradição em conter uma histórica relação com o Rock brasileiro, foi algo até surpreendente que somente ao final do ano de 2019, com o século XXI a adentrar a casa da sua terceira década, que um festival nesse molde fosse realizado em suas ruas, visto que naquelas tantas vias tão íngremes, o Rock pulsara desde a década de cinquenta do século passado, com uma explosão mais acentuada durante o curso das décadas de sessenta e setenta.
Entretanto,
foi o que ocorreu, e dessa forma, assim fechamos o evento como
"headliners" do palco "Caraíbas", instalado bem no cruzamento das Ruas
Caraíbas e Ministro Ferreira Alves, ao final da tarde do dia 22 de
dezembro de 2019.
Na
primeira foto, Kim Kehl em destaque, com Carlinhos Machado ao fundo, na
bateria. Na segunda foto, Phill Rendeiro, Carlinhos Machado, Kim Kehl e
eu (Luiz Domingues). Kim Kehl & Os Kurandeiros no 1º Festival de Rock da
Vila Pompeia, em São Paulo. 22 de dezembro de 2019. Acervo e cortesia:
Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
Cheguei
ao local do show, acompanhado do meu amigo, Kim Kehl, e ambos
verificamos que a feira estava a transcorrer em pleno vapor, com uma
multidão a usufruir dos shows, distribuídos em dois palcos e certamente a
aproveitar as inúmeras barracas e Food Trucks à disposição dos
moradores do bairro.
Apesar do dia estar nublado, a possibilidade da chuva não esmoreceu o ímpeto das pessoas presentes e assim, famílias inteiras passeavam entre as barracas e aglomeravam-se ante os dois palcos, para apreciar as apresentações.
O som estava bom em uma primeira análise como ouvinte (mas eu sei bem que tudo muda, quando sobe-se ao palco para tocar, ou seja a percepção é bem diferente), a multidão mostrava-se enorme e deveras animada com os shows, portanto, a primeira impressão foi ótima.
Bem, problema recorrente em feiras ao ar livre, a produção não pensou mais uma vez em facilitar a vida dos expositores, artistas e técnicos que ali compareceram para trabalhar, portanto, a inexistência de um estacionamento conveniado e próximo, a pensar que todos que vão trabalhar, naturalmente carregam utensílios os mais diversos, foi como sempre em tais circunstâncias, um martírio.
Em meu caso, a carregar apenas um instrumento, nem foi assim tão preocupante, no entanto, há quem carregue uma bateria em meio às suas inúmeras peças, teclados e/ou amplificadores, portanto, essa necessidade para descarregar o material de trabalho e a obrigar-se em procurar uma vaga posteriormente para o seu automóvel, foi algo bastante desagradável.
Paciência, eu estacionei na Rua Tucuna, quase na esquina com a Rua
Venâncio Aires, ou seja, relativamente perto e a caminhada não foi
tão severa, mas se houvesse um estacionamento gratuito e próximo, é óbvio
que teria sido o ideal.
Na
foto 1, eu (Luiz Domingues) em destaque, com Carlinhos Machado ao fundo na
bateria. Foto 2: Carlinhos Machado em destaque. Foto 3: Kim Kehl em
ação! Kim
Kehl & Os Kurandeiros no 1º Festival de Rock da Vila Pompeia, em
São Paulo. 22 de dezembro de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Marcos
Kishi
Eis
que chegou a nossa hora para subirmos ao palco e enquanto preparávamos o
nosso "set up", o nosso tecladista, Nelson Ferraresso, foi traído pela
pressa e sem notar, "plugou" o seu instrumento em uma rede elétrica com
voltagem em 220 volts.
Ao perceber que queimara instantaneamente o seu teclado, chateou-se, naturalmente e ficou sem meios para atuar conosco. Uma ocorrência desagradável, e certamente que tal situação tratou por abalar a confiança de todos, mas fazer o que?
O show precisava continuar, com o perdão pelo clichê e de fato, várias pessoas em meio ao público, gritavam, bem em torno daquela expectativa típica de início de show.
Claro, em shows assim, produzidos em feiras ao ar livre, por
melhor que seja a equipe técnica que forneça o suporte aos artistas, a
troca de "set up" entre uma banda e outra, é sempre muito complicada.
Então, aliado ao fato de que o público nem percebeu o nosso drama em
relação ao ocorrido com o Nelson, ficou claro que aquela adrenalina
pré-show estava instaurada, e mesmo por que, por sermos a última banda
do festival, a euforia já estava sedimentada, com o público
absolutamente "aquecido", como fala-se no jargão da música.
Mais flagrantes da banda em ação! Kim
Kehl & Os Kurandeiros no 1º Festival de Rock da Vila Pompeia, em
São Paulo. 22 de dezembro de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks:
Lara Pap
Dessa
forma, lá fomos nós e mesmo com algumas dificuldades técnicas, sentidas
desde a primeira música executada, superamos todas as adversidades,
pois o público estava muito receptivo e o show foi, música após música, a
verificar um ímpeto em crescer, de uma forma impressionante em termos
de euforia.
Nesses termos, é claro que a sincronicidade observada tende a suplantar qualquer intempérie, e por essa troca efetuada entre público e artista, há o efeito retroalimentador, ou seja, foi esse o nosso combustível para provocarmos dois pedidos de "bis" e sairmos do palco absolutamente extenuados, porém felizes pelo prazer que tivemos em termos cumprido uma apresentação tão boa e sobretudo, prazerosa.
Tivemos
dois convidados, a apresentarem-se, o guitarrista da banda, "Power Blues",
Daniel Gerber e também o vocalista, Marquês, que estiveram conosco na
jornada, para tocar e cantar em músicas diferentes, ambos.
Nas
duas primeiras fotos, o convidado especial, Daniel Gerber a tocar
próximo de Kim Kehl e com Carlinhos Machado ao fundo, na bateria. Nas
fotos 3 e 4, o convidado especial, Marquês, a interagir com a banda. Ele
é o penúltimo na linha de frente, da esquerda para a direita. Kim
Kehl & Os Kurandeiros no 1º Festival de Rock da Vila Pompeia, em
São Paulo. 22 de dezembro de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks:
Lara Pap
Como
de praxe, a quantidade de amigos encontrados nos bastidores, foi
enorme, o que potencializou em muito a tarde/noite muito boa que
tivemos, mesmo com o problema muito desagradável que o nosso tecladista
sofrera.
Algumas horas depois, em conversação travada através do grupo
particular da banda em uma rede social, notamos que o Nelson estava mais
conformado com o ocorrido, pois todos relataram passagens semelhantes,
com acidentes iguais em outras ocasiões e outros fatos correlatos a
relatar casos sobre danos ocorridos com instrumentos e equipamentos, e
claro que isso estraga o dia de um músico, mas o sentimento ruim passa
logo, ainda bem e mesmo com o inevitável vilipêndio ao bolso, que tais
acidentes geram.
"Cocada
Preta" ao Vivo - Kim Kehl & Os Kurandeiros no 1º Festival de Rock
da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 22 de dezembro de 2019. Filmagem:
Ju Rendeiro
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=2VFUSjyarog
"Maria Maluca" (Kim Kehl) - Kim Kehl & Os Kurandeiros no 1º
Festival de Rock da Vila Pompeia, em São Paulo, no dia 22 de dezembro de
2019. Filmagem: Fatima Stoppelli
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=vFUUjBk1DRw
"O Filho do Vodu" (Kim Kehl) (apenas a introdução) - Kim Kehl & Os
Kurandeiros no 1º Festival de Rock da Vila Pompeia, em São Paulo, no dia
22 de dezembro de 2019. Filmagem: Fatima Stoppelli
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=AFpV5v7_eMg
Notícia
boa, no dia seguinte ao show, 23 de dezembro, eu soube que o site
"Rockbrasileiro.net", em parceria com o canal de YouTube, "Vitrola
Verde", elegeu-me pelo segundo ano consecutivo, o melhor baixista do
ano. Opinião cravada em editorial assinado pelo empreendedor cultural e
editor dos dois veículos, Cesar Gavin, é evidente que provocou-me o
sentimento bom da lisonja e honraria.
Eis o link para acessar a matéria:
http://www.rockbrasileiro.net/?fbclid=IwAR3lbnaizK58xFHF2oQ_xjwBT14M844HHb39ca3oaSV1nKbGBiOqABahWNk
Mais uma panorâmica da banda! Kim
Kehl & Os Kurandeiros no 1º Festival de Rock da Vila Pompeia, em
São Paulo. 22 de dezembro de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click:
Lara Pap
Em
2019, não tocamos tanto quanto em 2017 e 2018, mas foram shows intensos
em meio a muitos em festivais ao ar livre, perante multidões.
Creio que
lembrarei-me do ano de 2019, por tal característica, principalmente em
seu segundo semestre. Fechamos as atividades da banda para as festas de
final de ano, mas a prenunciar um ano de 2020 alvissareiro, estávamos
com a perspectiva em participarmos de um ensaio gravado ao vivo, em um
estúdio, para o mês inicial do novo ano.
Continua...
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