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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Trabalhos Avulsos - Capítulo 46 - Ópera Rock: "O Renascer dos Tempos" - Um bom encontro de amigos! - Por Luiz Domingues

Ao final do ano de 2019, eu recebi a comunicação do meu velho amigo, Claudio Cruz (baixista e irmão do Beto Cruz, com quem eu trabalhei em duas bandas, nos anos 1980: A Chave do Sol e A Chave/The Key), a convidar-me para participar de uma gravação. Ocorre que ele havia escrito o libreto e as canções para uma Ópera-Rock, nos idos de 1979, que chamar-se-ia em tal ocasião: "O Renascer dos Tempos", mas o projeto não avançou e permaneceu engavetado por anos a fio. 

Muito bem, eu aceitei com prazer fazer parte do projeto e foi designado que eu gravasse uma faixa chamada: "Moby John". Segundo o Claudio, tal canção dentro do libreto, revela a condição pela qual a música exerce uma explosiva energia psíquica para um garoto que perdera os pais, e estava a ser criado dentro de um orfanato. Esse garoto seria o fruto do amor entre Janis Joplin e Jimi Hendrix, daí o fato em deter em seu DNA, o talento misturado de seus pais, e mesmo ainda bem pequeno, a demonstrar um ímpeto incontrolável para exercer o seu talento libertador. 

Bem, uma melhor explicação prévia sobre o mote dessa Ópera-Rock, encontra-se no site específico da mesma, além da descrição de uma enorme quantidade de músicos convidados que já estavam a gravar diversas canções da peça, quando eu finalmente fui ofertar a minha colaboração modesta para o projeto. 

Entre outras particularidades, um elemento chave da história é a questão da frequência, pois consta a ideia de que toda a afinação dos instrumentos, revertida para 432 hertz, ao invés do tradicional padrão em 440 hertz, estabeleceria a sincronia com esferas extra-dimensionais superiores, capazes em provocar mudanças significativas à vida das personagens e por conseguinte, a ditar uma outra perspectiva para a humanidade. Para saber mais sobre a ideia da Ópera-Rock, "O Renascer dos Tempos", há um site específico com diversas informações sobre a obra em si e também sob a sua produção, além das pessoas envolvidas no projeto.              

Site do projeto da Ópera-Rock "O Renascer dos Tempos":
https://opera-rock9.wixsite.com/meusite/noticias

Então, eis que marcamos para a tarde do dia 28 de janeiro de 2020, a minha gravação. Antes mesmo de gravar, eu já sabia que a bateria gravada fora executada pelo meu amigo, José Luiz Dinola e que a guitarra a ser colocada a posteriori, seria do meu outro amigo, Rubens Gióia. Portanto, Claudio Cruz realmente premeditara reunir o Power Trio d'A Chave do Sol, para a gravação dessa música. Sensacional, fiquei muito contente com essa perspectiva.

Anísio Mello Júnior e Claudio Cruz a preparar a sessão de captura do meu baixo. Gravação da faixa "Moby John", da Ópera-Rock "O Renascer dos Tempos". 28 de janeiro de 2020. Click e acervo: Luiz Domingues

O som dessa música, mostrou-se fortemente influenciado pelo Blues-Rock sessentista, a lembrar o trabalho do "Cream" em uma primeira instância. Fui orientado previamente pelo Claudio, a regravar apenas o início da música, a seguir a sua gravação com o baixo guia e posteriormente, a criar livremente.

Da esquerda para a direita: Claudio Cruz, eu (Luiz Domingues) e Anísio Mello Júnior. Gravação da faixa "Moby John", da Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos". 28 de janeiro de 2020. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Foi um prazer receber em minha residência, dois amigos de longa, data, ambos grandes baixistas e pessoas da melhor qualidade, a tratar-se de Claudio Cruz e Anísio Mello Júnior. Claudio, como eu já falei, é irmão de Beto Cruz e foi durante anos, o baixista do Harppia e o Mello, foi baixista do grupo Excalibur, com o qual, a minha banda, A Chave do Sol, dividiu muitos shows na década de oitenta. 

Foto promocional do grupo, "Excalibur", datada de 1984. Mello é o segundo da esquerda para a direita a usar camiseta preta. Acervo e cortesia: Anísio Mello Júnior. Click: divulgação                  

Portanto, sem tirar o foco da gravação, a conversa foi ótima, com muitas lembranças que vieram à tona, comum aos três e diversos outros assuntos que vieram à baila, incluso uma boa explicação sobre a Ópera-Rock em si, e eu pude perceber o quanto ambos estavam entusiasmados pelo projeto. 

Com espírito marcado pelo empreendedorismo cultural, Mello contou-me também, que estava a abrir um mini centro cultural no bairro do Jardim Bonfiglioli, na zona sudoeste de São Paulo e o seu plano para tal incrementar iniciativa, impressionou-me muito positivamente.

Gravei enfim, com o apoio decisivo de ambos e foi um grande prazer ouvir a prova inicial da captura e verificar que o som do meu baixo Fender Precision ficou com o timbre muito próximo do som de Noel Redding, baixista do grupo: Jimi Hendrix Experience, que também usava costumeiramente nas gravações dos álbuns de sua banda, o baixo Fender Precision. Ou seja, que satisfação ter ainda na captura inicial o ronco de baixo semelhante ao de um músico que eu admiro.
Parece a mesma foto postada acima, mas é outra, na verdade, quase igual e clicada em sequência. Gravação da faixa "Moby john", da Ópera-Rock "O Renascer dos Tempos". 24 de janeiro de 2020. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Bem, este capítulo ganhará uma continuidade, certamente, na medida em que fica no ar a expectativa pelo lançamento do álbum a apresentar a Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos".

Portanto, continua...

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