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domingo, 5 de junho de 2016

1962 - Minha Ligação Inicial com o Rock na Infância e Começo da Adolescência - Ao Começar a Absorver os Signos Culturais - Por Luiz Domingues

1962, foi o ano em que comecei de fato a entender, interagir e absorver o mundo e toda a inacreditável gama de informações nas quais ele se mostrava e se colocava ante a minha percepção infantil. A viver a tenra infância, é claro, e assim a absorver de uma forma bem lenta, sem nada fora da normalidade, eu não fui nenhum gênio infantil, nenhum precoce fora de série e tampouco um menino "indigo" ou "cristal", mas apenas uma criança comum.  
Eu, Luiz Domingues, em 1962, aos dois anos de idade, quando comecei a receber o legado cultural do mundo...
 
Mesmo assim, a carga que comecei a receber foi significativa e pelo fato de eu ter uma boa memória para acontecimentos de longo alcance, posso afirmar que tenho sim, lembranças desse ano.
Claro, nessa idade, tudo o que absorvi foi circunscrito ao âmbito familiar e o que absorvi de forma externa, foi via Rádio, TV, discos, e jornais & revistas. Com o rádio, TV e vitrola de casa a todo vapor...
E também com as revistas e os exemplares do jornal, "Folha de São Paulo" que o meu pai assinava, mas evidentemente que o meu interesse inicial e capacidade de entendimento se restringia somente à apreciação das ilustrações e convenhamos, nessa idade, sem maior condição para estabelecer associação de ideias, mas apenas a apreciar as suas formas superficiais, logicamente. Havia também os exemplares do jornal dominical, Shopping News, um simpático jornal de bairro, distribuído gratuitamente nos lares de diversos bairros da minha cidade de São Paulo.

Ao falar de música, o rádio colocado estrategicamente na cozinha, tocava o dia inteiro. A minha mãe preparava o almoço a escutá-lo e costumava cantarolar junto com os artistas que soavam, algumas canções que gostava. A minha lembrança consegue recuar ao ponto de reconhecer músicas que tocavam em maior profusão, brasileiras ou internacionais.  
Lembro-me de artistas da velha guarda da MPB, tais como: Vicente Celestino, Silvio Caldas e Dalva de Oliveira, mas também houve a minha atenção para Ângela Maria, Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves e sambistas como Cyro Aguiar, Miltinho, Elza Soares, Moreyra da Silva, o grupo "Demônios da Garoa" e muitos outros.  
Artistas dito "jovens", tais como: Carlos Gonzaga, Tony & Cely Campelo, Sérgio Murilo, Demétrius e outros, também entravam nesse esquadro...

Rapidamente eu comecei a associar as músicas à figura dos artistas pela TV. Dei sorte, porque a grade das emissoras tinha muita programação musical nessa época, e daí se tornou automático associar as músicas aos artistas, além de absorver os comentários dos adultos ao meu redor, a reforçar tais signos.

O que era regular na tela da TV em 1962: muita música! Na primeira foto: Jair Rodrigues, Bibi Ferreira e Elis Regina. Na segunda, Elizeth Cardoso e Cyro Aguiar.

Uma das primeiras observações que eu fiz por dedução ingênua, dada a tenra idade e da qual se tornou um paradigma por algum tempo, foi que o artista em geral, era um ser "especial", um tipo de pessoa notável, acima da normalidade das pessoas comuns. Na minha então imaginação infantil, ouvir as vozes dos cantores no rádio e vê-los a cantar na TV, acompanhados de músicos, geralmente em formação orquestral, denotava uma grandiosidade notável.  

Fora isso, achava o gestual dos artistas ao se apresentarem na TV, acrescido de sua formalidade do seu vestuário (com homens geralmente a trajarem smokings e as moças com vestidos aptos para festas), algo fora do comum, como se fosse sempre algo a denotar um caráter excepcional. 

Claro que eu achava isso imponente, sob uma primeira leitura bem prosaica, infantil e distante da compreensão mais categorizada da realidade, mas não muito distante da verdade, ao se considerar como se portava o métier artístico da época, ainda impregnado por valores tradicionais, ao remeter fortemente aos signos das décadas anteriores e com a ideia glamorizada de artistas a se apresentarem com pompa e circunstância em night clubs, shows em cassinos etc. 

Foi portanto, uma concepção antiga e de certa forma americanizada da cena artística, muito embora a maioria desses artistas que eu via nos programas musicais da TV, fossem bem brasileiros, ao apresentar um cancioneiro enraizado na cultura nacional, notadamente o samba sob várias vertentes e outros com tendências latinizadas, no sentido hispânico do termo.  

Ainda a falar sobre música, a vitrola caseira também passou a exercer uma influência forte na minha formação cultural. Meus pais gostavam de ouvir música e com volume bem alto, além do fato de que haviam discos do acervo familiar, muito interessantes.  

Ecléticos, ambos gostavam de muitos gêneros diversos e assim, os discos que compravam eram variados, ao ir da música brasileira à latino-americana/hispânica, muita música instrumental orquestrada, antiga e moderna (de Glenn Miller, que meu pai adorava a Billy Vaughan, mais moderno para a época), a música Pop do momento, como Cely Campelo, música erudita que a minha mãe gostava por ser formada como professora de piano, coletâneas de sucessos norte-americanos & europeus e muitas, muitas mesmo, trilhas de filmes, que o meu adorava e eu herdei esse gosto que ele mantinha.  

Esse disco rodou bastante na pick-up de casa. Trilha sonora do filme: "Show Boat" ("O Barco das Ilusões"), e com a incrível música, "Old Man River" em destaque, provavelmente o primeiro blues que eu apreciei, conscientemente... 
 
Tais discos com trilhas de filmes, em breve ajudariam a fomentar em minha percepção, a paixão pelo cinema, quando os associei aos filmes em si e comecei a ter contato e entender de fato, mais para frente, os filmes e seriados que eram exibidos na TV.   

Portanto, um veículo apoiava o outro e entre rádio, TV, discos e impressos em geral (livros, revistas e jornais), rapidamente me encantei com as várias formas de arte e signos culturais em geral.  

Sobre os acontecimentos gerais do ano, ao iniciar enfim os rudimentos da fala e começar a entender o significado das coisas, eu comecei a interagir e despertar a curiosidade sobre tudo, como qualquer criança normal de dois anos de idade. 

No meu caso em específico, comecei também a me interessar por notícias, mesmo ao conter a parca compreensão dos fatos. Achava fascinante prestar atenção no meu pai quando ele lia o jornal e comentava em voz alta o que lia. Em minha percepção ingênua, achava que tudo o que ele discutia por ter lido no jornal, devia ser interessante e assim, mesmo sem compreensão e sendo analfabeto, passei a nutrir grande simpatia pelo jornal impresso, mesmo que na prática, demoraria anos para poder degustá-lo por conta própria.  

O mesmo se deu com o jornalismo do rádio e da TV. Achava imponente o tom empregado pelos locutores, e de fato, nessa época os noticiários eram muito mais formais dos que os dos dias atuais. Ficar a ouvir/assistir aqueles homens a narrar com voz impostada, me passava a impressão de algo solene, como se sempre narrassem fatos importantes. 

E assim, me pus a gostar daquilo, mesmo sem entender o conteúdo, mas já a alimentar uma simpatia pelo jornalismo. Claro, o impacto da TV, mais diretamente em meu caso, se deu com os desenhos animados e programas infantis em geral. Desenhos estrangeiros em sua maioria esmagadora, mas que eu nem percebia isso na época por conta da dublagem, obviamente.  

Em 1962, e por muitos anos, a programação de desenhos exibia desenhos modernos, notadamente da produtora norte-americana, Hanna-Barbera, mas também de outras companhias como a Warner (através da sua série: Looney Tunes), a de Walter Lantz e produções antigas que remetiam aos primórdios das animações, desenhos produzidos especialmente para o cinema e que eram exibidos antes dos filmes, nos anos trinta, quarenta e cinquenta. Pouco tempo depois surgiria a Depatie-Freleng Enterprise e a Mirisch, que na verdade eram um só companhia, embora parecessem distintas.

Eis acima um desenho de 1937, produzido pelos estúdios Fleischer, feito para exibição nos cinemas, mais um entre vários que passavam fartamente na TV, durante as décadas de cinquenta e sessenta, sendo divertido, muito bem feito e a tocar música de qualidade. Geralmente, desenhos dessa natureza, apresentavam obras eruditas (o que exemplifiquei acima, contém trechos da Rapsódia Húngara Nº 2 de Franz Liszt, por exemplo), Jazz sob diversas vertentes e o cancioneiro Folk norte-americano em versões de gravações dos anos vinte e trinta, principalmente. Foi uma tremenda influência rica para a criançada da época, eu incluso. Recomendo o canal do YouTube, de onde extraí esse link acima, que tem vários outros exemplos com animações dessa natureza e época.

Havia uma carga forte de música nos desenhos, também e por conseguinte, a influência de várias vertentes da música norte-americana se mostrava brutal, através dos desenhos. Apreciar standards de jazz, música erudita, cancioneiro Folk norte-americano; country & western e Blues, passou a ser um prazer, logicamente.  
Sobre a TV em si, além dos desenhos, e da música que já citei, a carga de seriados e filmes foi arrebatadora e já a partir de 1962, eu fui capturado para sempre, pelos dois gêneros.  

Ao assistir com os meus pais e muitas vezes na companhia de minha avó paterna, tios e primos, ter contato com o cinema e seriados, se tornou um hábito que perpetuei na minha vida.

Ao sair dos aspectos artísticos, a absorção de cultura sob outros parâmetros também foi massificante a partir de 1962. O contato com a rua passou a ser mais um objeto de minha observação mais arguta.

Eu gostava imensamente de passear com a família e nessa época, não por mal, mas por conta das regras de segurança frouxas, ninguém usava cinto de segurança nos automóveis. Pior que isso, eu viajava no colo da mamãe, geralmente e sem notar nenhuma preocupação adicional com a segurança dos meus pais ante tal predisposição muito arriscada. 

Na necessidade de uma freada mais brusca, o meu pai tirava a mão do volante e nos segurava, eu e mamãe, ao mesmo tempo no braço, literalmente, ou seja, nada mais prosaico.  

Eu gostava de olhar os letreiros dos cartazes de rua (outdoors) e placas das lojas, ver a iluminação no período noturno, ver pessoas estranhas nos carros ao redor, nos ônibus e gente a caminhar pelas ruas.


Como eu já disse em capítulo anterior, a cidade de São Paulo tinha garoa quase o ano inteiro, no período noturno. O frio era de rachar, mas eu gostava muito da sensação do ar gelado e por ver os meus pais e todo mundo, aliás, bem agasalhado. Achava todo mundo elegante nos dias frios e associava isso imediatamente aos seriados e filmes norte-americanos e europeus que eu assistia na TV. 

Tal percepção se tornou um signo forte para a minha formação, ao ponto de eu demorar para entender o caráter tropical do Brasil, mesmo por que, São Paulo era uma cidade fria e garoava toda noite, portanto, na minha primeira avaliação do mundo e sem nenhuma noção sobre geografia básica é claro, achava que éramos iguais aos povos do meridiano norte.

A formalidade moldou a minha primeira impressão do mundo. A educação a ser forjada pela máxima de se respeitar os mais velhos sem contestação e o apuro para verbalizar a linguagem da melhor maneira possível, a pronunciar perfeitamente as palavras, conjugar corretamente os tempos verbais e por ser estimulado a aprender vários sinônimos para cada palavra, a fim de enriquecer o vocabulário, se mostrou uma regra geral, pelo que eu entendia na época.

Sobre os aromas e sabores do mundo, rapidamente elegi os meus preferidos e os detestáveis, igualmente. Através dos lápis de cor e da observação das roupas que as pessoas ao meu redor usavam, foi que eu também pude escolher minhas cores prediletas e as que me desagradavam. 

Sobre os sabores, a minha predileção inicial recaiu sobre os alimentos adocicados, em detrimento dos salgados. Tal predileção persistiu por anos, até chegar em um ponto da vida adulta em que finalmente eu estabeleci um maior equilíbrio entre os dois polos, mas ainda prefiro a vertente doce.

Um fenômeno muito interessante me ocorreu desde os primeiros meses de vida, em 1960, e cuja explicação lógica não disponho até hoje, mas o fato é que sou um vegetariano de nascença. Ainda bebê rejeitava sumariamente as primeiras papinhas a conter qualquer tipo de alimentação carnívora e assim ao gerar estupefação familiar, fui levado a diversos pediatras, como se isso fosse algo bizarro e de fato, naquela época e pela minha idade mínima, o foi, certamente.  

Mediante exames e avaliações dos doutores, nada de anormal foi constatado no meu organismo e tal fato foi atribuído ao paladar natural, com rejeição sumária de tal tipo de alimento. Apesar de ter tido a sorte de ter nascido em uma família que nunca desrespeitou a minha rejeição natural e aceitou assim, a minha opção natural pelo vegetarianismo, fui alvo de um tipo de "bullying", não violento, mas bem desagradável, da parte de muitos parentes por toda a infância e adolescência, ao dar conta de que jamais se conformariam com essa situação e não me poupavam de brincadeiras idiotas à mesa, em inúmeras circunstâncias ocorridas em refeições familiares festivas ou mesmo fortuitas.  

O Papa João XXIII, Sumo Pontífice da Igreja Católica, em 1962

A questão religiosa teve o seu papel forte, também. Com a esmagadora parte da família paterna, que foi mais presente nos meus primeiros cinco anos de vida, a professar o clássico catolicismo, claro que observar orações, símbolos religiosos e a liturgia de missas, fez parte da vida. É lógico que achava entediante e não há como um menino de dois anos de idade, considerar o ritual contido em uma missa, estimulante, com todo o respeito. 

Impressionava-me a morosidade do ritual e o respeito subserviente, quase sob um tom de temor que os adultos demonstravam em relação ao padre e seus comandos, além das imagens a conter toda a morbidez que norteia o catolicismo como um modus operandi, ao fazer de um templo, quase um set de filme de terror. 

Foi em tese, o meu primeiro contato com a ideia de morte e sofrimento, medo e obediência servil. Claro, tais observações não correspondem ao que eu poderia analisar racionalmente à época, mas ilustram o que eu percebia, mas não entendia, logicamente, reforçados agora pela consciência do adulto que me tornei, posteriormente.  

A minha mais remota lembrança viva sobre o esporte e o futebol em específico, vem desse ano. Lembro-me de ouvir gritos e o ensurdecedor efeito dos fogos de artifício ao redor de casa e meus pais a comentarem que as pessoas estavam eufóricas pelo fato do Brasil ter ganho um campeonato. Nada disso eu entendia, propriamente dito. Nem mesmo o conceito sobre o que era o "Brasil". Menos mal, eu conseguia entender que existia o bairro do Belenzinho, que fazia parte de uma cidade chamada, São Paulo e cujo nome era assim por causa de um santo católico. A dimensão do que era realmente o "Brasil", eu apenar só vim a conhecer depois. E sobre o futebol, só no ano seguinte, 1963, comecei a entender o que era tal jogo e o que representava ao suscitar tanto entusiasmo.

Nessa altura, eu já havia dominado as nuances da ordenação do tempo. Sabia a noção de dias da semana e meses do ano e já começava a associar efemérides aos meses e estações climáticas do ano. Portanto, já sabia que o meu aniversário era sempre comemorado sob o frio de inverno e isso me agradava, ao passar a ter um certo prazer recôndito pelo fato, por conta da simpatia que nutria pelo frio.  

Eu, Luiz Domingues, em 1962, com papai e mamãe em meio a um passeio a um local não identificado e ao posarmos para a foto em frente ao carro da família, um valente Volkswagen, um grande ícone sessentista no Brasil...
 
Entretanto, eu nunca gostei de festa de aniversário. Não demonstrei isso claramente durante alguns anos, mas cheguei em um ponto onde tal rejeição me fez extravasar isso abertamente, aos meus pais. Portanto, muito pequeno, eu não tive alternativa a não ser tolerar festas organizadas por eles, com toda a boa vontade do mundo, eu sei e agradeço, mas a verdade é que nunca gostei de comemorar aniversário. 

Em 1962, os meu pais organizaram uma festa pelo meu natalício, da qual me lembro, claramente. Nesse dia, eu usei calça azul, camisa branca e uma gravata borboleta, de cor vermelha. Havia uma paletó a combinar com a calça e como acessório, um suspensório. 

Foi mais uma festa para adultos, no entanto, pois eu não tinha relações de amizades com crianças da minha idade pela vizinhança, não frequentava escolinhas infantis e isso era raro para qualquer criança nessa época, aliás, e além disso, o grande contingente de meus primos, filhos dos irmãos da minha mãe, moravam em cidades interioranas distantes uns dos outros. Eu tinha quatro primos por parte de mãe que viviam em São Paulo que não puderam ir e assim, além de eu mesmo, só havia uma criança na festa, meu primo por parte de pai, que a ostentar nove anos de idade na ocasião, não foi uma companhia ideal para brincar, dada a diferença etária entre nós.

Meu presente mais interessante, ganho em 1962, foi bem parecido com esse carro real de polícia norte-americana, da foto acima. 

Ganhei muitos presentes, no entanto e um dos que mais gostei, foi um carro de polícia, ao estilo norte-americano. De fato tratou-se de um Impala (acho que era, não tenho certeza), com inscrições na sua lataria da polícia de Nova York (NYPD), "giroflex" no teto que acendia, portas que abriam e tudo movido a pilha. 

Fiquei louco pelo carro, por que imediatamente o associei aos seriados e filmes que eu via na TV. Infelizmente, em um ato de imprudência tipicamente infantil, o quebrei na mesma noite, quando no afã de fazê-lo andar mais rápido do que o normal lhe permitia pela ação das pilhas, através do meu impulso, eu o arremessei contra a parede, ao avariá-lo. 

Fiquei muito frustrado com tal desfecho e a justificativa de meu pai ao me dizer que o levaria para o conserto na segunda-feira, não amenizou a minha contrariedade. Enfim, fatos desagradáveis aconteciam na vida, a gerar insatisfações e assim, eu estava a começar a lidar com tal dissabor. 

Muita coisa importante aconteceu no ano de 1962 pelo mundo, mas ao contrário dos dois capítulos anteriores, quando eu mencionei muitos fatos de 1960 e 1961, a partir deste, foco no que mais me influenciou diretamente, visto que a partir desse ano, eu estava a criar consciência, progressivamente, neste instante e ao longo dos anos vindouros, naturalmente. 

Resumidamente: guerra fria a ficar quente e quase a ferver com a crise dos mísseis em Cuba, guerras por independência em países da África, guerra do Vietnã a se agravar, movimento pelos direitos civis na América, turbulência política no Brasil, morreu Marilyn Monroe.

Ano da criação do personagem do "Incrível Hulk", aqueles garotos de Liverpool que eu mencionei nos textos sobre 1960 e 1961, trocaram de baterista e começaram a sua trajetória rumo ao ultra sucesso mundial, James Bond saiu dos livros e também se tornou um ícone do cinema e os anos sessenta estavam por começar a se destacarem além do esperado, para se tornar na verdade, a mais revolucionária década do século XX, e eu estava ali vivo em meio a esse furacão, não com a idade ideal para absorver tudo isso em cheio, todavia, sou muito grato aos cosmos por ter estado vivo nessa década.

Escrevi em 2012, uma matéria a traçar um paralelo entre o lançamento do primeiro single dos Beatles e o primeiro filme de James Bond. Ambos em outubro de 1962, fenômenos britânicos e  com a capacidade explosiva de se tornarem icônicos mundialmente, e foi o que ocorreu. Coincidência? Acho que não...

Abaixo, o Link para ler a matéria citada no meu Blog 1:

http://luiz-domingues.blogspot.com.br/2012/10/love-me-do-mr-bond-por-luiz-domingues.html

Bem vindo aos anos sessenta... que os jogos comecem!
Continua...

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