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domingo, 31 de janeiro de 2016

Pedra - Capítulo 17 - Pedra Sólida e Perpetuada - Por Luiz Domingues

Eu (Luiz Domingues) em ação com o Pedra, no Centro Cultural São Paulo em agosto de 2014. Click, acervo e cortesia: Leandro Almeida

O Pedra foi uma banda que representou uma das mais importantes etapas da minha trajetória na música, sob vários aspectos. 
Tal trabalho começou de uma forma totalmente inesperada, no sentido de que não fora algo que eu planejara ardentemente, como uma meta de vida, como fora o caso de outras bandas anteriores que eu tive, como o Boca do Céu, que representou o sonho primordial infantojuvenil (mas ainda sem noção alguma de nada sobre a realidade da música profissional), ou no caso do Sidharta, que teve por meta resgatar a mesma energia juvenil que eu tivera em 1976, mas naquele instante, em condições mais adequadas para formar uma banda poderosa e mais que isso, para levantar a bandeira retrô/vintage sob múltiplos aspectos, ao extrapolar até a música em si. 
Eu (Luiz Domingues) a ensaiar com o Pedra, no estúdio Overdrive, em janeiro de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa      

Em certo sentido, o início do Pedra em minha vida, me lembrou o começo do Língua de Trapo ou mesmo do Pitbulls on Crack que foram projetos idealizados por outros músicos e nos quais eu me inseri, para levar a minha contribuição ao trabalho, mas por não serem cem por cento coadunados com algo que fizesse parte dos meus ideais na música. 
Além disso, o convite primordial para iniciar esse trabalho do Pedra, me chegara em um momento onde eu estive muito esgotado, física e psicologicamente, após quase seis anos a bordo da nave da Patrulha do Espaço, a banda pela qual eu exercera o meu sonho Rocker mais decisivamente, ao atender muitas das expectativas geradas pelos meus devaneios através do Boca do Céu e do Sidharta, mas que continha também o seu outro lado obscuro da Lua...
Da esquerda para a direita, em pé: Xando Zupo e Alex Soares. Sentados: eu (Luiz Domingues), Rodrigo Hid e Tadeu Dias. Momento de pausa no ensaio do Pedra, na sala de estar do estúdio, Overdrive. Janeiro de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Dessa maneira, quando eu recebi o telefonema de Xando Zupo, ao me convidar para conhecer o novo trabalho que estava a articular, e da minha parte, nessa época eu cogitava até abandonar a música, de tão esgotado que estava, no entanto, quando eu fui ao seu estúdio para ouvir a sua proposta, gostei do projeto e aceitei fazer parte, ao final de 2004. 
A gravar as guias do primeiro disco da banda. Fevereiro de 2005. Rodrigo Hid e e eu, Luiz Domingues, a trabalharmos no estúdio Overdrive. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
A proposta se mostrou aberta, não fechada no Rock tão somente, mas ao contrário, a abrir possibilidades com a MPB e a Black Music. Não que eu estivesse farto do Rock, jamais, visto que eu sou um Rocker assumido e ainda que seja eclético e goste de gêneros nada a ver com o universo Rocker, também, a minha postura e lealdade ao Rock é eterna, pois assumo ser um Rocker e morrerei assim. 
Entretanto, a possibilidade de estar aberto aos estilos que mencionei, e dos quais também aprecio, me agradou muito e na primeira audição do material que o Xando Zupo já detinha disponível e estava a ensaiar com alguns outros músicos já inseridos no projeto, eu gostei bastante das composições e isso foi a injeção de ânimo que me tirou da apatia em que eu estava mergulhado, após a minha saída da Patrulha do Espaço e isso me deu a devida sobrevida como músico & artista, naquele instante. 
Da esquerda para a direita: eu (Luiz Domingues), Renato Carneiro e Xando Zupo. Estúdio Overdrive, dia da gravação do baixo nas faixas do primeiro disco da banda. Fevereiro de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
O primeiro momento do Pedra, se mostrara leve ao extremo e eu estive por adorar aquela serenidade para trabalhar. 
Precipitaram-se a seguir, mudanças rápidas na formação da banda e no ano de 2005, o primeiro disco estava a ser preparado com o time fechado com: Rodrigo Hid (a suprir a voz, teclados e guitarra), Xando Zupo (na guitarra e voz), Alex Soares (na bateria e voz) e eu, Luiz Domingues (no baixo e voz). 
A primeira manifestação de euforia veio quando o grande diretor de vídeoclips, Eduardo Xocante entrou em nossa vida e comprou a nossa luta, ao vestir a nossa camisa. 
Still da filmagem do vídeoclip da música: "O Dito Popular", em maio de 2005. Eu (Luiz Domingues) no destaque. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Um vídeoclip simples enquanto analisado pelo seu roteiro, mas lindo pela produção em película de cinema e com a assinatura de um profissional que havia feito dezenas de clips com grande sucesso mainstream ao longo das décadas de oitenta e noventa, foi uma oportunidade maravilhosa para um impulso inicial. 
Mas serviu também para percebermos a realidade de que a difusão mainstream estava toda contaminada e um lindo clip assinado por um diretor renomado já não abria as portas mais, como antigamente. 
Capa do primeiro disco do Pedra, gravado em 2005 e lançado em 2006
Finalmente o disco ficou pronto, e é bom se destacar que a banda teve uma extrema paciência nessa época para lidar com os seus próprios passos em câmera lenta nessa fase inicial. 
Graças a uma ruptura inevitável, ocorrida por força do choque de mentalidades antagônicas, às vésperas do lançamento do disco de estreia, tal fato nos convenceu de que não seria possível mais nós contarmos com o baterista, Alex Soares em nossa formação. 
Foi um horror tomar essa atitude pelo aspecto humano e sei que o Alex Soares se chateou comigo na época, pois eu fui o "agraciado" para ser o porta-voz da banda nessa comunicação. Peço desculpas pelo ocorrido, ainda que considere que foi inevitável na época esse rompimento e a se revelar a posteriori, melhor para ambas as partes. 
Pedra em ação no Via Funchal de São Paulo, em 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Reitero, só fomos convidar o Ivan Scartezini, depois dessa decisão e não ao contrário como ele, Alex, suspeitara de nós. 
O disco lançado precipitou a melhor fase da banda, com uma incrível sequência marcada por boas novas, que durou até o início de janeiro de 2007. Depois entramos em uma fase de dificuldades que foram quebradas por pequenas conquistas, mas o propósito até então, esteve de pé, inabalável. 
           Capa do segundo álbum do Pedra, lançado em 2008
O segundo disco ainda mais forte, musicalmente e embalado por uma obra de arte gráfica, sensacional, nos deu alento.
Mas os tempos foram muito difíceis e não bastava ser “bom”, tampouco aberto para alcançar ouvidos mais propensos às sonoridades de outros nichos diversos.
Da esquerda para a direita: Rodrigo Hid, Xando Zupo, eu (Luiz Domingues) e Ivan Scartezini. O Pedra no estúdio da emissora Brasil 2000, em 2006, para um especial ao vivo. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Com o tempo, fomos verificar que a banda se colocara sob um cadafalso estrutural. A nossa música era sofisticada demais para ser executada em um circuito de casas noturnas onde a ambientação era propícia para baladas inconsequentes, porém, oportunidades para exercermos a nossa arte em espaços adequados, foram raras. 
A “máxima da bolacha” surgiu a nos atormentar: “vende mais por que é mais fresquinha ou por vender mais está sempre fresca?” Em nosso caso, significara: “valeria a pena tocar em casas noturnas para embalar bebedeiras nas baladas de quem não estava nem aí para nós, ou esperarmos por oportunidades raríssimas a visar tocarmos em espaços com ótima infraestrutura e melhor adequação à nossa proposta artística?”
Pedra em ação no Centro Cultural São Paulo, em 2009. Eu (Luiz Domingues) no destaque. Click, acervo e cortesia: Fabiano Cruz
Em 2009, flertamos com novas oportunidades ao chamarmos a atenção de um jornalista de primeira linha, a serviço de um órgão mainstream de reconhecida grandeza. 
Logo no início desse ano, a euforia esbarrou na frustração, mas ao final, uma outra chance nos abençoou, pois aparentemente alguém "lá em cima", oriundo do mundo mainstream, gostara de nós, até que enfim!
Mesmo assim, não conseguimos romper o bloqueio histórico imposto veladamente para artistas do nosso patamar e o desânimo minou as nossas forças. 
                           Cartaz promocional criado em 2006
Eu não considerei que a banda deveria acabar em 2011 e nesse caso, elucubrei que para renovar as nossas combalidas forças, bastaria tirarmos férias prolongadas. No entanto, não foi o que aconteceu e eu fui obrigado a cuidar da minha vida em outros quadrantes, ao aceitar convites para atuar com outros trabalhos. 
Suspeitei que um pedido de reunião, ocorrida em 2012, seria motivado apenas para cumprir um show pendente, mas os demais colegas haviam resolvido que a banda deveria voltar. Não tenho o espírito de um provocador contumaz que gosta de tripudiar, portanto não falei nada, mas ficara claro que o meu voto vencido em 2011, teve uma forte razão de ser naquela época, e afinal de contas, a se comprovar, enfim. 
Houve então a retomada do trabalho, mas nesse novo instante, eu me mostrava dividido, pois não houve cabimento para que eu deixasse tais trabalhos novos que abraçara durante o hiato provocado pela vontade dos demais e além do mais, gostei de fazer parte dessas outras bandas e delas não tive intenção alguma de deixar de fazer parte, só por que o Pedra voltara à ativa. 
Pedra no Sesc Consolação, em São Paulo, no ano de 2012. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Adveio um momento sob pequena euforia entre o final de 2012 e o início de 2013, mas os bons ventos que sopraram, foram meramente sazonais e não indicaram uma sequência sustentável. 
Lá vieram as suspeitas manifestações populares de 2013, e o Pedra se pautou pela ideia de que o Brasil, ou até o mundo, viraria de cabeça para baixo em cada coquetel molotov arremessado por um Black Blocker, e o Fuzuê seria a bola da vez em meio à essa pseudo-revolução ética. Todos pensaram isso, menos eu, que a cada dia me convencera que envelhecer e acumular experiência é um grande privilégio da vida.
Pedra em ação no Sesc Belenzinho, em São Paulo, fevereiro de 2013. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Uma boa nova aqui e ali e muita tensão... a banda a se deteriorar e a gerar insatisfações, infelizmente. Veio o ano de 2014 e o panorama só piorou para essa banda, infelizmente. 
Nessa altura, eu que não desejei ter parado em 2011, mas não me empolgara com a volta de 2012, estava a me distanciar, como um astronauta que sai a vagar no espaço, após perder o contato com a nave mãe. 
Fiquei muito doente, vi a morte de perto e isso protelou a minha decisão de deixar o trabalho, mas as contingências fizeram com que no meio de 2015, isso fosse anunciado enfim. 
The end, finito, muito obrigado!
Tais expressões análogas, descritas acima, como profeticamente o Xando deixara inscrito na última postagem no Blog da banda, no início de 2016, cabem aqui para o meu caso, também. 
Pedra no Sesc Belenzinho, em fevereiro de 2013. Eu (Luiz Domingues) em destaque e Ivan Scartezini ao fundo. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Sobre o trabalho, é óbvio que eu tenho muito orgulho dele, pois o considero artisticamente, impecável. Discordo de algumas letras e ideias expressas como mote, por manter convicções diferentes, meramente, porém só em termos estéticos e culturais, enquanto mentalidade que não se coadunam com os meus princípios, no entanto, mesmo nas partes em que discordo, enxergo que há qualidade na força poética, e no ato da expressividade ali apresentada. 
No todo, acho a obra do Pedra, espetacular e me orgulho por ter feito parte dela, ao trazer a minha pequena contribuição, com poucas parcerias nas composições, igualmente nas ideias para arranjos, uma única letra escrita que culminou em ser descartada a posteriori e claro, aí sim integralmente, na concepção das linhas de baixo das canções que gravei, para os três discos da banda.
Pedra (2006) - Na íntegra. 
Eis o Link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=_3oM8BaRwu8

Pedra II (2008) - Na íntegra. 
Eis o Link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=cAhUKnto7bc

Fuzuê (2015) - Na íntegra. 
Eis o Link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=1DrNgZ-1cJg

Tenho muito orgulho também pelo áudio dos discos, que considero os melhores, tecnicamente a falar, de todos os dezoito discos oficiais que gravei em minha vida (a se contar até aqui, 2016, além de participação em dois discos de outros artistas, e nessa projeção eu não incluo as participações em coletâneas e fitas demo), na somatória de todas as bandas pelas quais atuei, de 1976, até este presente, de 2016, quando escrevi este trecho da minha autobiografia. 
Eu (Luiz Domingues), Renato Carneiro e Xando Zupo. Estúdio Overdrive, 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa

Espero permanecer vivo e a trabalhar por muito anos ainda e torço para que eu possa gravar mais discos, e obter um áudio tão bom ou mesmo superá-los, mas até este momento, os três discos do Pedra, representam o melhor áudio da minha carreira (com menção honrosa para os CD's "Missão na Área 13" e "Capturados ao Vivo no CCSP em 2004", da Patrulha do Espaço e  o EP "Seja Feliz", dos Kurandeiros, que são bons trabalhos nesse quesito, também), e nesse caso, agradeço publicamente a Renato Carneiro & Xando Zupo, por me proporcionarem tal feito. 
Pedra a lançar seu primeiro álbum, no Centro Cultural São Paulo, em julho de 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa

Agradeço aos companheiros dessa jornada e para todas as pessoas que passaram pela nossa vida, nesses anos todos, por sua inestimável ajuda e torcida pelo nosso sucesso, e aos fãs que apreciaram e hão de continuar a gostar muito do trabalho da banda, que na verdade está eternizado, e já é um legado ao Rock Brasileiro, e por que não (?), também da MPB, Black Music brasileira, e ao Folk em geral. 
Reta final da minha história com o Pedra, falta falar sobre as pessoas, apenas.  
Eu (Luiz Domingues), a aguardar a ordem do diretor, Eduardo Xocante, para filmar uma nova tomada do vídeoclip da canção: "O Dito Popular". Maio de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
É a hora para falar dos companheiros dessa jornada e das pessoas que nos ajudaram, direta ou indiretamente.
2004
A contar da minha entrada na formação da banda, em outubro de 2004, daí a até dezembro, não existem menções a serem destacadas em termos de pessoas que nos ajudaram, a não ser a fotógrafa, Grace Lagôa, que obviamente será destacada ao final, como uma importante persona da nossa equipe técnica permanente  
2005
Viviane Marques
A cineasta, Vivi Marques, a cuidar da claquete no dia das filmagens do clip de: "O Dito Popular". Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Vivi Marques era amiga de adolescência do Xando Zupo e sob um dado instante, já no avançar da vida adulta, houvera se distanciado dele, por ter ido morar no nordeste, onde passou muitos anos de sua vida. 
Envolvida com cinema e audiovisuais em geral, ela trabalhava nessa área, há anos, através dos diversos ramos desse campo, dos comerciais de TV, aos vídeoclips musicais, a passar pelo cinema autoral e pelos documentários e curta-metragens. 
Com grande conhecimento nessa área, ela abordou o Xando Zupo, ainda em 2004, para lhe dizer que era amiga e já trabalhara com um grande diretor de vídeoclips, chamado: Eduardo Xocante e que este poderia dirigir um clip da nossa banda, assim que o Xando sinalizasse que estivéssemos prontos em termos de áudios gravados. 
Por volta de abril de 2005, a Viviane recebeu o sinal positivo da parte do Xando, para estabelecer tal contato, pois já tínhamos algumas músicas prontas ou em vias de, no processo de mixagem, portanto, nós poderíamos pensar no vídeoclip em si. 
Foi quando ela nos apresentou a figura sensacional do Eduardo Xocante, que realmente se tratava de um grande profissional e dotado de um currículo enorme, com grande sucesso. 
Segundo Vivi Marques, Eduardo Xocante ostentava o apelido de "Midas" no meio, pois os seus trabalhos se tornavam "ouro" em via de regra, haja vista a enorme quantidade de clips que produzira e o histórico de artistas que graças ao impulso proporcionado por esses clips produzidos por ele, deslancharam na carreira. 
Ela foi muito atuante conosco, portanto, nesse período de 2005 e trabalhou intensamente na produção do clip da música: "O Dito Popular", e por tal feito, eu lhe sou muito grato por essa ajuda que nos ofertou, não só por nos colocar o Eduardo Xocante em nossa rota de trabalho, mas também pela atuação como coprodutora e codiretora do vídeo e pela sua torcida em favor do nosso sucesso, a partir dele, como ferramenta para tal. 
Não aconteceu nada demais com o seu lançamento, foram outros tempos e um simples clip não abria mais as portas para artistas musicais no Brasil e creio que no mundo, mas claro que nos foi benéfico em muitos aspectos e assim, eu lhe sou muito grato por esse esforço!
Eduardo Xocante
Eduardo Xocante à direita, ao lado de Xando Zupo (esquerda). Dia da filmagem do Clip "O Dito Popular", maio de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Eduardo Xocante já era muito famoso há tempos, quando o conhecemos através da Vivi Marques. Diretor e editor de vídeos de primeira categoria, Eduardo Xocante ostentava um currículo recheado por sucessos acumulados, impressionante. 
É difícil até arrolar a quantidade de artistas famosos com os quais trabalhou, tamanha a profusão gerada e só para resumir, digamos que quase todo rol que atuou no bojo do dito movimento "BR-Rock 80's", quase todas as bandas mainstream dos anos 1990, inúmeros artistas da MPB e muitos artistas do mundo popularesco mainstream, notadamente as duplas sertanejas. 
Ele foi também editor-chefe da MTV, da sua fundação até o final dos anos 1990, trabalho pelo qual acumulou prêmios e prestígio no meio televisivo. 
Mas apesar dessa fama toda, quando o conhecemos, ficamos muito contentes por saber que ele era muito simples no trato pessoal, sem nenhuma afetação e convenhamos, nesse meio que é tradicionalmente repleto por gente vaidosa, fora uma raridade alguém se manter tão simples, sem desenvolver soberba e arrogância. 
Além de ser gentil ao extremo, Xocante mantinha uma outra particularidade: era muito elétrico pela sua força de trabalho incansável. Frenético por natureza, ele seguia o padrão de seu estilo de edição alucinante, na vida real. Parecia que a sua energia nunca terminava, nunca se cansava e parava para dormir. 
Bom demais para nós, Xocante se afeiçoou ao nosso trabalho e dessa forma, ele reduziu drasticamente o seu cachê e a cobrança dos custos operacionais para um patamar a estabelecer a dita "camaradagem" isto é: foi inacreditável, que ele tenha vestido a nossa camisa e daí, assinou os nossos primeiros dois clips, com produção e qualidade para ser veiculado em qualquer TV aberta. 
Portanto, entre 2005 e 2006 nós convivemos bastante com ele e assim, eu o agradeço pela ajuda inestimável, apoio, torcida, camaradagem e pela assinatura de sua "grife", nos clips de "O Dito Popular" e "Sou Mais Feliz", que tanto nos ajudou naqueles momentos iniciais do trabalho da nossa banda. 
Depois disso, já não nos vimos tanto, foram poucas as ocasiões, infelizmente. Soube que ele foi para a Rede Globo em 2008 ou 2009, mais ou menos e lá permaneceu, pois percebi o seu nome nos caracteres a discriminar a equipe técnica das produções feitas por aquela casa. Grato por tudo, amigo Eduardo Xocante!

Grato à Aníbal Fontoura, diretor de fotografia e toda a equipe da "Oito Filmes", pelo apoio que deu para Eduardo Xocante e Vivi Marques, na produção do primeiro clip e grande parte da mesma equipe que nos ajudou no segundo, realizado em 2006.

Raul Borges

Muito grato por ter nos fornecido o impulso inicial para a criação do primeiro site da banda! Mesmo seriamente doente na ocasião, ele driblou o mal-estar e nos ajudou nessa tarefa. Raul nos deixou poucos meses depois e espero que esteja bem, lá no "outro lado".


Obrigado, Dney Di Courel, pela dica preciosa sobre a Rede NGT, onde de fato fomos muito bem tratados. Sou-lhe grato pela ajuda, camaradagem e torcida! 
Sérgio Salce: grato pela força através do canal NGT & programa: “Totalmente Livre”.
2006
Fábio Mulan

Fábio é um tremendo baixista e fora a primeira opção do Xando Zupo para fazer parte da banda, como componente. Mas algo não deu certo e a vaga veio a ser oferecida para a minha pessoa. 
Grande sujeito, Fábio tem também experiência em diagramação e lay-out gráfico e dessa forma, nos auxiliou muito, quando o encarte do primeiro disco foi produzido, portanto, tem o meu reconhecimento.
Tiago Skolaude, obrigado pela criação e arte-final da capa do primeiro CD.

Rodrigo Oliveira, merece ser mencionado por nos emprestar o seu programa com plugins para teclados vintage, que propiciou ao Rodrigo Hid que ele pudesse gravar a "tecladeira" do primeiro disco com timbres setentistas fidedignos.
Caio Ignácio & Robson Luis, por nos emprestarem os seus respectivos talentos musicais, a abrilhantarem o nosso primeiro disco, com as suas participações especiais.
Xando Zupo, Tony Babalu, Marina Abramowicz e Suzi Medeiros em foto de 2006, nos bastidores de um show do Pedra. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Tony Babalu, Suzi Medeiros, Marina Abramowicz e Karen Holtz, pela ajuda inestimável em nome da gravadora Amellis Records, que cuidou de toda a parte burocrática do nosso disco de estreia.
O Pedra nos estúdios da emissora Brasil 2000 FM, a posar com seus diretores: Osmar "Osmi" Santos Jr. (jaqueta vermelha e camiseta dos Beatles) e Rubinho (jaqueta verde). Cerca de 2007. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Osmar "Osmi" Santos Jr. & Rubinho pela ajuda incrível que nos ofertaram, ao fazer o nosso som acontecer na rádio Brasil 2000 FM, em meio a uma rara emissora do dial oficial em que ainda foi possível um artista extra-mainstream, obtivesse uma difusão livre.
Da esquerda para a direita: Cris "Boka de Morango" Escudeiro, moça não identificada, Carlos Zoffo, Xando Zupo e rapaz não identificado. Camarim da casa de shows: "Avenida Bar", em São Paulo. 1º de agosto de 2007. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
            O guitarrista e produtor musical, Marcelo Francis

Marcelo Francis, pela oportunidade de uma produção grande, ao nos possibilitar abrirmos o show de um artista dinossauro, setentista e internacional (Uriah Heep).
Cris "Boka de Morango" Escudeiro, Carlos Zoffo & "Chapéu de Couro" e todos os demais componentes do grupo de Rock, "Irmandade do Som", além de toda a equipe da Rede NGT de TV, pela força, entusiasmo, apoio e ..."sabe o que é isso, banda?". Eu sei e agradeço muito!
Da esquerda para a direita: Lu Vitti, Ivan Scartezini, a professora Patrícia "Pat" Neves e Rodrigo Hid. Maio de 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Agradeço a Patrícia Neves, uma pessoa sensacional, por todo o apoio. A professora Pat, nos ajudou muito nos tempos do lançamento do primeiro disco. Ainda me lembro dela a trabalhar forte na concepção das camisetas ao estilo “Tie Dye”/psicodélicas que lançamos na ocasião e por se voluntariar para ajudar na lojinha móvel da banda, montada nos shows que fizemos na época e também nos anos vindouros.
Daniel Alvim e Claudia Cavalheiro, atores profissionais que participaram da dramaturgia do clip da canção, "Sou Mais Feliz", em 2006, a posar ao término da primeira fase das filmagens. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Daniel Alvim & Claudia Cavalheiro, atores talentosos que nos emprestaram a sua categoria para ilustrar a dramaturgia e assim colorir o vídeo de "Sou Mais Feliz". Aceitem, ambos, o meu super obrigado!

2007
Marco Carvalhanas, músico e produtor musical que tentou nos ajudar de uma forma entusiasmada e mesmo que não tenha podido apoiar como gostaria, eu saúdo o seu esforço, luta e torcida por nós.
Diogo Oliveira
Diogo Oliveira em 2007 sob o click de Grace Lagôa e abaixo, a genial capa do CD Pedra II de sua autoria
Acho que eu já mencionei tanto e elogiei o talento fora do comum do Diogo Oliveira, que seria enfadonho repetir tudo neste trecho da minha autobiografia. 
Sou-lhe grato por tudo o que fez por nós e se o arrolei aqui neste ponto, ao pensar em 2007, foi por que realço a capa espetacular que esse grande artista nos proporcionou para o CD Pedra II, mas na verdade ele já nos ajudava anteriormente e continuou a ajudar muito, com diversas intervenções visuais e musicais até o último dia de atividades da banda. 
Artista genial, está aí a todo vapor, a atuar como um super design gráfico, artista plástico ultra criativo e um músico da pesada. Que ele nos brinde com a sua arte genial e múltipla, por muitos anos.
Da esquerda para a direita: Ana Paula Dias, Lu Vitti e Lucia Capuchinque, em cena durante a sketch da companhia teatral "Comédia de Gaveta", no Centro Cultural São Paulo em fevereiro de 2007, a interagir com o Pedra e outros participantes do evento. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Lu Vitaliano (Vitti), Lucia Capuchinque e Ana Paula Dias, e todos os demais atores e equipe técnica do grupo teatral, "Comédia de Gaveta", pela sua atuação muito boa em sketchs teatrais que muito enriqueceram os dois shows multimídia que fizemos no Centro Cultural São Paulo, por duas ocasiões distintas de 2007.
Thiago San e Diogo Oliveira: grato pelas participações sensacionais no álbum Pedra II, com percussão e cítara, respectivamente! Meu muito obrigado por nos emprestarem o seu talento musical para abrilhantar o nosso disco.

2008
O pessoal simpático do Centro Cultural Cidadão do Mundo de São Caetano do Sul-SP, que alheios à entidade centralizadora que geria a maioria dos festivais independentes pelo Brasil afora, eram pessoas do bem e abriram as suas portas humildes para nós.

Sidney Tuzzi, pela acolhida hospitaleira no seu aconchegante, "Acervo do Tuzzi", um misto de casa de shows, com discoteca, recheada por uma acervo de discos centrados pela estética do Classic Rock, realmente incrível.

Célia Coev, produtora de programas ao estilo de talk-shows de Internet, em que participamos, pelo apoio não só nesse ano, mas posteriormente em outras produções.

"Seu" Valmir, motorista da mão segura e das histórias hilárias, grato por nos conduzir em segurança pelas estradas e a nos fazer rir.
Renê Seabra (in memorian) e Marcello Schevano a visitar o estúdio Overdrive, em 2008. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
O que dizer de um amigo sensacional como fora o saudoso, Renê Seabra? Tremendo músico, ele nos auxiliou na parte burocrática do CD Pedra II, ao abrir caminhos e a facilitar os trâmites. 
Renê deixou saudade pelo seu espírito zen, simpatia, amizade e o seu baixo, que foi um dos mais bem tocados que eu já ouvi. Descanse em paz, aí, meu amigo. Encontraremo-nos novamente, um dia!
Antonio Celso Barbieri pelo seu entusiasmo, empreendedorismo, produção, divulgação, e sobretudo pela beleza plástica dos dois clips que nos proporcionou com devoção e carinho. Gratidão eterna!

Raquel e os seus colegas pela tentativa de nos proporcionar alguma iniciativa com a gravadora, Atração.  

2009
Luiz Calanca, pelo entusiasmo em querer ajudar o Pedra e a nos elogiar tanto nas rodinhas de conversas onde ele sempre era (é) protagonista, assediado que é pela mídia e diversos setores da produção musical brasileira. 
Grato por nos inserir em duas edições do seu projeto, no Teatro Olido e reitero, se critiquei e ironizei o paradigma indecente do mote infame em torno da falácia: "Show de Investimento de Carreira", certamente que o isento dessa prática e pelo contrário, ele sempre batalhou para quebrar essa regra esdrúxula dentro da Secretaria de Cultura e se sentia, eu sei, constrangido em nos dizer que não haveria cachê.
Sérgio Martins
Creio já ter expressado amplamente o quanto foi animador para nós, sabermos que um jornalista que militava na mídia mainstream, pudesse ter enxergado a qualidade do nosso trabalho, sem preconceito e sobretudo, sem as amarras malditas dos seus inúmeros pares comprometidos com paradigmas engessados e plenos de preconceitos inconcebíveis. Isso por si só, já fora algo extraordinário, porém, Martins foi além e nos deu a sua mão, em muitas oportunidades, portanto, lhe sou muito grato pelo apoio, dicas, amizade e por acreditar em nosso trabalho, sobretudo.
Fabio Gracia & Allan Ribeiro, pela camaradagem, apoio e também por dividir a sua arte conosco em shows compartilhados.
Junior Muelas & todo o pessoal d'A Estação da Luz, pelo apoio, carinho, dedicação e por emprestar o seu talento em dois shows compartilhados e sobretudo, por fazer aquela micro turnê pelo interior de São Paulo, acontecer...

Rogélio Stopato, gratidão por ter filmado os shows d'A Estação da Luz e do Pedra, em Ribeirão Preto-SP, no ano de 2009.
Parffit Balsanelli & o pessoal d'Os Depira, pela extrema gentileza e pelo seu talento em show compartilhado em Joinville-SC, ocorrido em 2009.

2010
Dedé Kanashiro, grato pela coprodução do incrível clip de "Cuide-se Bem".

Guilherme Arantes, pela emocionante demonstração de carinho que nos ofertou em público, e reservadamente também. Estendo o agradecimento ao pessoal do seu fã-clube oficial, igualmente.

Cida Ayres, a minha velha amiga e grande produtora, que tentou ajudar o Pedra, e mesmo ao não obter êxito nessa tentativa, é claro que eu lhe sou muito grato pelo esforço e boa vontade empreendida nessa época.

Cesar Gavin, pelo apoio em ocasião de nossa entrevista ocorrida no programa, "Radar Cultura", da Rádio Cultura de São Paulo, quando ele tomou rapidamente a dianteira e reproduziu tudo no seu aclamado canal do YouTube: "Vitrola Verde". 

2011

Atílio Bari
e o seu sempre ultra simpático programa de TV: "Em Cartaz". Grato, amigo!
Laert Sarrumor a interagir no último show do Pedra em sua primeira fase, no projeto: "Harmonizassom", em abril de 2011. Click, acervo e cortesia: Sandra Lozano
Laert Sarrumor & Marcinha Oliveira, pela hospitalidade e apoio no projeto "Harmonizasom" sob a sua curadoria.

2012
Luiz Domingues, acompanhado do casal Vera Mendes e Michel Camporeze Téer, nos bastidores de um show do Pedra, no Bourbon Street de São Paulo, em 2014. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Michel Camporeze Téer & Vera Mendes e Fausto & Alessandra Oliveira, dois casais que nos acompanharam e apoiaram, desde 2006, em quase todos os shows que fizemos, inclusive ao viajarem para cidades interioranas, para nos prestigiar. Eu poderia citá-los em todos os anos da história da banda, mas deixei para nomeá-los aqui, pois os dois casais se responsabilizaram pela filmagem e edição de um show no Sesc Consolação, a demarcar a "volta" da banda. 
A dedicação desses dois casais foi enorme e eu lhes sou muito grato pelo apoio incondicional, torcida, entusiasmo, ajuda em diversos aspectos, fé no trabalho da banda etc. Por fazer parte dessa confraria, igualmente, cabe também agradecer a Nazir Correa e Yara Borges, que também foram solícitos para conosco, muitas vezes.

Silvana Castro, pelo apoio nas Redes Sociais e sobretudo pelo contato para sermos entrevistados na Rádio CBN, uma rara oportunidade que tivemos em um órgão mainstream.

Isaura Garcia, pelo contato que fez com um produtor de shows amigo seu, e que embora não tenha logrado êxito, atesto que apreciei a sua sincera iniciativa e esforço para nos ajudar.

2013
Estúdio Overdrive por volta de 2013. Da esquerda para a direita: Xando Zupo, Capo Neto, Luiz Domingues e Nando Fernandes. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Capo Neto e Nando Fernandes, pelo apoio em filmagens. Nando, era (é) um dos maiores vocalistas de Heavy-Metal do Brasil e um velho amigo nosso e foi através dele, que conhecemos o film-maker, Capo Neto. Grato a ambos pela força!
Helton Ribeiro, por se lembrar de nós em sua festa mensal no Bourbon Street. Grato também a Pietro & Claudyana Buccaran, pelo apoio nas duas ocasiões em que tocamos no Bourbon Street.
Caio Rossi, pela ajuda como roadie.
Um agradecimento especial aos Irmãos Suman, Chico & Vitor (e ao ótimo baterista, Pedro Silva), pelos dois shows compartilhados e a amizade fortalecida nos camarins.
2014
Marcelo "Pepe" Bueno e o pessoal do Tomada, pela força nos anos todos em que caminhamos juntos, mas especificamente pelos tantos shows compartilhados, e em especial aquele ocorrido em agosto de 2014, que se tratara de uma data exclusiva para eles, em princípio.

Renata "Tata" Martinelli, André Knobl e Marcelo "Mancha", por emprestar-nos os seus respectivos talentos musicais para abrilhantar o álbum: "Fuzuê".

José André (Site "Nave dos Deuses"), e selo "Lado B", pela inclusão de uma música do Pedra, no CD Coletânea: "Independente ou Morte ", lançado nesse ano.

Kôlla Galdez, pelo apoio como técnico, ainda que muito brevemente pelas circunstâncias. Mas valeu, como sempre, pois é um amigo sempre solícito e pronto a cooperar. Haja Luz!

Fernando Ceah, Carlito Perren e o Estúdio Curumim, por abrirem as suas portas para um apoio ao álbum "Fuzuê". Não deu certo a entrada dessas canções lá mixadas para o disco, mas um dia, tais gravações poderão vir à tona. Assim espero, pois, as músicas são ótimas.

Parceiros:
Os compositores da canção, "Nossos Dias", gravada pelo Pedra no CD Pedra II, de 2008: Osmar "Osmi" (1ª foto) e Tom Hardt (2ª foto)
Osmar "Osmi" Santos Jr. & Tom Hardt, dupla de compositores e letristas que nos forneceu a música: "Nossos Dias", imortalizada no CD Pedra II. Grato pela canção que sempre nos garantiu muitas alegrias. 
Sob uma coincidência neste caso em específico, um fã anônimo que não conseguimos descobrir a identidade até o dia de hoje (2016), fez uma singela e bonita animação para compor um clip para essa canção da dupla citada. Só disponível no Facebook.

Eis abaixo o Link do Facebook, onde só lá é possível assisti-lo:
O genial, Cezar de Mercês: baixista, guitarrista, vocalista, compositor e letrista da pesada, e com lugar garantido na história do Rock brasileiro e da MPB
Cezar de Mercês, um ídolo setentista nosso, Rocker que admirávamos e que se revelou um amigo sensacional, por ser portar de uma maneira muito simples, humana e sempre solícito, brindou-nos com duas parcerias. São dele as letras das canções: "Jefferson Messias" e "Luz da Nova Canção". Tenho muito orgulho por ter gravado tais canções com a assinatura dele, junto às nossas.
Marcello Schevano em ação em um show do seu "Carro Bomba", compartilhado com o Pedra, em 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Marcello Schevano, meu querido amigo e companheiro de jornada com a Patrulha do Espaço, grato pela parceria de "Misturo Tudo e Aplico", um riff que ele desenvolvera com o Xando Zupo nos primórdios do Pedra.

Bandas:
Não posso deixar por destacar que interagimos muito com o Carro Bomba, no começo das nossas atividades em 2006. A camaradagem fora sensacional e nesse aspecto, foi bom aquele convívio mais forte que tivemos em 2006. Tomada, Baranga, Golpe de Estado, Cracker Blues, Massahara, The Suman Brothers Band e A Estação da Luz interagiram e nos auxiliaram em várias ocasiões, também. Sou grato ao pessoal do Irmandade do Som, com quem nunca tocamos ao vivo, mas que muito nos apoiou nos bastidores e sobretudo no ambiente da Rede NGT de TV. Outras bandas interagiram menos (Os Depira, Verticais Hussman, Daniel Kid & Os Rockers, Cavalo a Vapor, Salário Mínimo e Tropa de Choque), mas eu lhes sou grato por tudo. E além das citadas, acrescento também muitas bandas e artistas solo, que tocaram conosco em situações de festivais, portanto, não cabe nomeá-los aqui, mas ao longo dos capítulos, foram citados.  

Amigos:

Além dos vários que citei por ações ao longo dos anos, cabe acrescentar outros tantos que foram amigos muito importantes na história da nossa banda. Os músicos superb:
Marcião Gonçalves, Roby Pontes, Lennon Fernandes, Marciano, Alaor Neves, Faíska Borges, Zé Brasil & Silvia Helena, Nelson Brito e os saudosos: Renê Seabra, Paulo de Tharso e Hélcio Aguirra, entre tantos outros, enfim, são alguns dos quais eu me lembro a grosso modo e que vibraram conosco pelo sucesso da banda, nesses anos todos.
Carmen Vilela Arid (Carminha) e Ivana Simão, amigas mega simpáticas, pela energia sempre positiva, meu muito obrigado à ambas!

Kico Stone, um amigo film-maker que eu conhecera através de um outro trabalho (Kim Kehl & Os Kurandeiros), mas que se afeiçoou pelo Pedra, também e nos deu apoio em muitas ocasiões.
Foi o mesmo caso de Leandro Almeida, Deco Ferracini, Naty Farfan, o casal Bolívia & Cátia, Marcelo Teixeira, Osvaldo Amaro, Jani Santana Morales, Zemyr Bretas e o casal Cavalcanti, entre tantos outros amigos que apoiaram a banda nesses anos todos.

Familiares e parentes:
Camarim do Centro Cultural São Paulo, em 2009. Da esquerda para a direita: Xando Zupo, Thomas Lagôa e eu (Luiz Domingues). Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Como não deixar de agradecer ao jornalista, Thomas Lagôa, sobrinho de Zupo e filho do grande baixista, Norton Lagôa (este, irmão da esposa de Zupo, Grace Lagôa)? Figura sensacional, nos apoiou muito e se dependesse dele, pela forma como costumava nos divulgar entre os amigos de sua idade pelas Redes Sociais e ambiente de sua faculdade, a nossa banda teria alcançado um sucesso mainstream retumbante. 
Sou-lhe grato pelo apoio, entusiasmo e até pela oportunidade de participar de um programa de rádio, no qual ele era componente fixo ("Futebol Apaixonante"), focado no futebol, logicamente, e no qual eu e Scartezini fomos fazer parte da sua "mesa redonda" para analisarmos uma rodada do campeonato brasileiro de 2012. 
Sou-lhe grato também por haver me convidado a escrever no Blog "Futebol Apaixonante", no qual eu publiquei três ou quatro matérias sobre futebol entre 2011 e 2012.
Thomas Lagôa à esquerda e Norton Lagôa, à direita, pai e filho e ambos super gentis. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Grato também ao seu pai, Norton Lagôa, baixista superb ("Burmah"), detentor de uma bela história de serviços prestados ao Rock Brasileiro das décadas de 1960 & 1970 e que acumula histórias fantásticas de sua vivência pessoal. 
Norton posta algumas das suas reminiscências, paulatinamente, na Rede Social Facebook, mas é pouco, diante do que tem acumulado em sua memória. Falo isso para ele há anos: que ele deveria escrever as suas memórias. Crie um Blog, Norton Lagôa!  
Melissa Lagôa, filha de Norton, pela simpatia e apoio, sempre. Tenho guardada a "pedra" que ela me deu no Sesc Consolação, como presente e símbolo de boa sorte pela "volta" da banda. Os demais sobrinhos de Grace Lagôa; sua cunhada "Padó" e sua irmã, Kate Lagôa.

Cristiano Zupo, irmão de Xando, foi uma das pessoas mais entusiasmadas pela banda, sempre a apoiar. E o pai do Xando, Mário Zupo, que também foi uma figura extraordinária para a banda, com o seu entusiasmo sem igual. Foi dele uma observação importante para o seu filho e por conseguinte, a servir positivamente para a nossa banda: -"você precisa cantar, também". Esse impulso foi importante para que o Xando viesse a se esforçar mais a exercer tal lado de seu talento artístico. Lastimo muito que a sua mãe, a produtora e publicitária, Francis Vargas, tenha falecido tão precocemente em 2003, pois teria sido uma apoiadora fantástica para a banda. Contudo, espiritualista que sou, tenho certeza de que ela nos acompanhou e ajudou lá em outra dimensão, onde foi morar.
A simpatia de Beth Scartezini, espoda do Ivan e a alegria de seus filhos, Melissa & Lucas, duas crianças adoráveis e que apoiavam o seu pai, mesmo que fossem pequenas na época. Beth tentou se aventurar como produtora da banda em uma época (2008), e por ser bem articulada, deter traquejo com vendas e ótima aparência, chegou a conversar com produtores de várias unidades do Sesc, na ocasião. Através desse esforço foi que o show no Sesc Consolação vingou, muitos anos depois, mesmo que tenha sido através de um efeito retardado, dado o tempo transcorrido. Agradeço aos pais do Ivan, também, por vibraram muito pela banda. Grato: Luiz & Catarina Scartezini!
Sobre a família do Rodrigo Hid, eu já falei amplamente sobre eles nos capítulos referentes ao Sidharta e Patrulha do Espaço, principalmente. Acho desnecessário repetir o quanto gosto de seus pais, Solange & Tufi, e da sua irmã, Renata Hid. E também de sua tia, Marcia Mastrobuono, que foi assídua nos shows e sempre nos apoiou com entusiasmo pelas redes sociais. Não foi diferente com o trabalho do Pedra, tivemos apoio integral deles, o tempo todo. 
Lu Vitti (Vitaliano): atriz & cantora, em foto de 2005. Click; acervo e cortesia: Grace Lagôa
Acrescento aqui, a figura de Lu Vitaliano (Lu Vitti), que foi casada com Rodrigo Hid em grande parte da história dele com o Pedra e por ser também artista (cantora e atriz), muito nos auxiliou nos bastidores ao empreender na produção, mas também a atuar como atriz figurante no clip de "Sou mais Feliz", e principalmente ao vivo nas atuações do grupo teatral, "Comédia de Gaveta" em dois shows de 2007 e igualmente por inspirar a letra da música: "To Indo a Mil". Ela e Rodrigo se separaram ao final de 2008, mas até então, Lu Vitti sempre foi muito atuante e entusiasmada.
Luciana Pandolfe, namorada do Rodrigo, quando da volta da banda a partir de 2012, que também vibrou pelo nosso sucesso, merece menção.
Sobre a minha família, agradeço o apoio de minha mãe, Maria Luiza e irmã, Ana Cristina e acho que cabe dizer que o meu pai, Milton, no último ano de sua vida, em 2006, mesmo muito doente, ouviu bastante nos seus derradeiros dias, o CD de estreia do Pedra. 
Muitos primos meus apoiaram a banda com entusiasmo, e logo mais vou destacar um deles, que interagiu diretamente com a banda.
 
A equipe técnica:

Falo agora sobre as pessoas que interagiram diretamente conosco.
Phelipe Del Mestre
Dia de filmagem do clip da música: "O Dito Popular". Roadies do Pedra: Daniel "Kid" Ribeiro e Phelipe Del Mestre. Maio de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Esse rapaz foi roadie apenas uma vez, por indicação de Daniel "Kid". Ele trabalhou conosco na produção do clip de "O Dito Popular", em 2005. Foi simpático, solícito neste trabalho e eu lhe agradeço pela força.

Jurandir "Jura"

Roadie profissional há décadas, "Jura" é um homem com muitas histórias e lembranças. Roadie de Guilherme Arantes desde os anos setenta, trabalhou também com o aclamado, Secos & Molhados em seu auge, além das produções teatrais, "Hair" e "Jesus Christ Superstar", portanto, era (é) super experiente. Infelizmente ele só trabalhou conosco em uma produção, no Sesc Belenzinho, em 2013, mas eu lhe agradeço pela ajuda preciosa, e pelos "causos" incríveis dos anos setenta que me contou nas poucas horas em que convivemos.
O guitarrista do grupo de Rock, "O Livro Ata": Caio Rossi. Fonte: Internet
Caio Rossi
Guitarrista e vocalista da banda de Rock, “O Livro Ata”, de Santo André-SP, Caio foi roadie do Pedra poucas vezes entre 2013 e 2014, mas foi muito simpático e solícito nessas ocasiões. Indicado por Samuel Wagner, se tornou doravante um bom amigo, certamente.  
 
Kôlla Galdez
O ótimo técnico de som, Rocker e pessoa muito gentil: Kôlla Galdez
Kôlla Galdez foi o técnico de som que operou a gravação do CD ".Compacto" da Patrulha do Espaço, em 2001. Figura sensacional, interagiu pouco com o Pedra, apenas ao nos dar um pequeno suporte técnico na mixagem do CD "Fuzuê", mas eu lhe agradeço muito por isso.
Edgard Veçoso
Muito bom guitarrista, Edgard Veçoso trabalhou conosco muitas vezes como roadie. Acima, em foto de 2007, no palco da casa de Shows, "Avenida Bar". Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Também amigo e colega de Daniel "Kid", em empreitadas musicais (ele foi guitarrista da banda: "Daniel Kid & os Rockers"), Edgard foi extremamente simpático e prestativo para conosco. Foi roadie em diversas ocasiões e sempre foi um prazer contar com a sua presença.
           Músico, roadie e luthier, Ivan Pieri. Fonte: Internet
Ivan Pieri

Muito amigo de Ivan Scartezini e Diogo Oliveira, Pieri é um grande baixista, mas que também se profissionalizara como roadie. Por trabalhar no mundo mainstream, atuou a serviço de artistas do espectro do Pop-Rock popularesco, casos de Sandy & Junior e da banda do filho de Fábio Junior, o Fiuk. 
Muito profissional, ele sempre nutriu um respeito muito grande pelo Pedra e nos confidenciou que citava a nossa banda para os garotinhos “emo” com os quais interagia, como exemplo de excelência musical, isso para os que estavam realmente a se interessarem em abrir a mente e descobrir o Rock de fato, para se libertarem da superficialidade do mundo infantil em torno do Indie Rock. Não foram muitos shows em que pudemos contar com a sua eficácia profissional, mas foi muito bom, quando isso aconteceu.  
Emmanuel Barreto
Emmanuel Barreto com a câmera mini VHS na mão, pronto a filmar os bastidores e eu (Luiz Domingues). Bastidores das filmagens do vídeo clip da canção, "Sou Mais Feliz" em 2006.  Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 

Emmanuel é meu primo e se entusiasmou pela banda, por que também é músico e baixista por sinal, além de possuir a força de vontade de se tornar um empreendedor cultural, desde sempre. Entre 2006 e 2007, ele atuou como roadie e film-maker dos shows e bastidores da banda, fortemente. 
 
Ele foi até figurante no clip da canção: "Sou mais Feliz", ao ser visto com muita facilidade na famosa “cena do jantar” e em cenas de rua, ao caminhar atrás dos atores protagonistas, como figurante. 
 
Emmanuel agendou um show para nós, em 2008, no Sesc Piracicaba e mesmo ao se distanciar da banda, por força de ter ido morar no interior de São Paulo, ele sempre vibrou com o nosso trabalho. 
 
Em 2010, ele lançou um site de cultura, chamado: "Orra Meu" e a partir de 2011, eu mesmo fui seu colaborador como colunista do Blog interno desse site, com matérias a abordar aspectos e personagens da cultura paulista & paulistana.   
 
           Nesta foto acima, Samuel Wagner em sua adolescência
Samuel Wagner
Samuel foi roadie durante anos da Patrulha do Espaço, no tempo em que eu e Rodrigo fazíamos parte da banda. Ele acompanhou o Pedra, ao trabalhar como roadie, durante praticamente a carreira toda da banda. 
Figura querida por todos, Samuel foi testemunha ocular de diversas histórias que eu contei neste capítulo e outras tantas que ficaram de fora, mas que virão à tona em outro formato, no futuro. Agradeço a sua força, apoio, amizade, e pelas risadas que demos juntos.
Daniel "Kid" Ribeiro
Daniel "Kid Ribeiro, excelente baixista, guitarrista & cantor e compositor e também experiente roadie de muitos outros artistas. Camarim do Via Funchal de São Paulo, em 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Ao lado do Samuel, foi Daniel o roadie mais frequente na história do Pedra e também vinha de uma convivência comigo, Luiz Domingues e Rodrigo Hid, quando atuamos com a Patrulha do Espaço. 
Muito educado, calmo, objetivo e prestativo, Daniel foi além e ao se especializar, hoje em dia é um produtor experiente, a trabalhar em produções grandes para o Sesc e na Virada Cultural de São Paulo. 
É também um grande músico, por tocar guitarra, violão e baixo com desenvoltura e atualmente é baixista da banda de apoio de Walter Franco e de diversas bandas cover pela noite paulistana.  
Cida Cunha
A produtora e persona mega simpática, Cida Cunha, em foto extraída da Internet
Pessoa extremamente doce, Cida Cunha foi mais que uma amiga entusiasmada pela banda, mas por se esforçar muito para tentar ser uma produtora eficiente, a nos abrir caminhos. A sua tenacidade, bom astral e força de trabalho foram extraordinárias e se lhe faltou conhecimentos e traquejo na área, certamente que sobrou força de vontade. Ela nos ajudou muito e pela dedicação exemplar, tem o meu agradecimento eterno.
Empresária do Língua de Trapo, Marcinha Oliveira. Fonte: Internet
Marcinha Oliveira 
Esposa do Laert Sarrumor e empresária do Língua de Trapo, Marcinha aceitou o desafio de nos empresariar, mas não teve tempo hábil para apresentar resultados, pois a banda vivia tempos difíceis e logo a seguir precipitou um momento de ruptura, ao atrapalhar os seus planos e justamente quando ela estava a nos providenciar as primeiras datas marcadas. 
Agradeço pela boa vontade em ajudar e lamento que não tenha tido tempo suficiente para convivermos e comemorarmos vitórias, em conjunto.

Grace Lagôa
A extraordinária fotógrafa, Grace Lagôa, retratada por Emmanuel Barreto, em 2010, por ocasião de uma apresentação do Pedra, em um programa de TV.
O que dizer de nossa fotógrafa de todos os momentos, torcedora número um da banda e uma das pessoas mais doces que já conheci na vida? 
Muito além de ser uma esposa dedicada para o Xando e apoiar a banda do marido, Grace adorava o Pedra e a sua torcida pelo nosso sucesso, foi apaixonada ao ponto de nos contagiar. 
Sou-lhe muito grato pela simpatia, hospitalidade, bondade (grato por me ajudar com as fotos no "Orkut", quando eu ainda engatilhava no mundo virtual!), pelos litros de café que nos preparou com muito carinho através desses anos todos, pelas fotos magníficas e preocupação com a minha saúde, quando tomou conhecimento do problema que eu enfrentei em 2015!
Renato Sprada
A consumir o seu lanche, por que nem os Rockers são de ferro, o sensacional técnico de som e homem de muito currículo e histórias, Renato Sprada. Foto extraída da internet
Um técnico de som sensacional, Rocker contumaz e com muitas histórias para contar, tremenda figura do bem. 
Orgulho-me muito por ser amigo de um grande Rocker que é Renato Sprada e também por termos feito muitos shows com a sua operação de áudio, superb. Com Sprada a operar o PA dos nossos shows, eu tinha a certeza de que muito mais que observar a excelência sonora, a pressão e a timbragem por ele conduzidas, seriam de verdadeiros "Concertos de Rock", a moda antiga. 
Sprada atualmente (2016), é técnico de som de uma casa de espetáculos em São Paulo, cuja programação tem a hombridade de abrir espaço para bandas autorais extra-mainstream e eu sei que tem o seu dedo nessa determinação, como uma espécie de curador. 
Espero trabalhar com ele no futuro, muitas vezes ainda. E viva o Gentle Giant e o The Kinks! 
*Como nota triste de adendo, relato que Renato Sprada nos deixou infelizmente, em 2020. Faz muita falta aqui conosco e certamente que comanda o som no céu com maestria, desde que lá chegou.
Wagner Molina
No camarim do Centro Cultural São Paulo, o "mago da luz", Wagner Molina (esquerda) e eu (Luiz Domingues) (direita). Click; acervo e cortesia: Grace Lagôa
Conheci o iluminador, Wagner Molina, em 1999, através do Rolando Castello Junior e daí em diante, ele iluminou muitos shows da Patrulha do Espaço. 
Em 2007, por conta desses reencontros promovidos por Redes Sociais, e na época, o Orkut era a rede mais usada, Molina se reaproximou da Grace Lagôa e ao reativar a amizade que ambos tiveram nos anos setenta, ele se afeiçoou ao Pedra e passou a iluminar os nossos shows. 
Como profissional, não tenho muita coisa a acrescentar ao se considerar o que eu já falei sobre o quanto ele é extraordinário. 
Muitos shows que ele iluminou, foram tão incríveis por esse aspecto, que realçaram demais os nossos espetáculos. Um amigo leal, profissional com alto nível e um artista na manipulação das luzes, costumo chama-lo como: "Mago da Luz". 
*Como nota triste de adendo, relato que Wagner Molina nos deixou, infelizmente em 2018. Ele faz muita falta aqui conosco e certamente que ilumina o céu com maestria, desde que lá chegou.
Renato Carneiro
Camarim do Avenida Bar de São Paulo, em agosto de 2007, logo após o soundcheck. Eu (Luiz Domingues) à esquerda e o excelente técnico de som, Renato Carneiro, à direita. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Renato Carneiro foi considerado por todos nós, o quinto membro da banda, tamanha a sua cumplicidade com o trabalho. Técnico extraordinário, reputo que tenha sido o técnico de som em estúdio, que me proporcionou os melhores timbres de baixo da minha carreira, ao se somarem todos os discos que gravei em todas as bandas, e apenas a ter algo aproximado em relação aos CD's: "Missão Na Área 13"; "Capturados ao Vivo no CCSP em 2004", da Patrulha do Espaço e no EP “Seja Feliz” d'Os Kurandeiros, lançado em 2016. 
Figura sempre bem-humorada, solícito e disposto a ouvir sugestões, foi um prazer muito grande trabalhar com ele na produção dos dois álbuns iniciais do Pedra, além de alguns shows, em que ele operou o nosso áudio ao vivo. 
Carneiro não tem tempo para pensar, pois há anos, opera o PA de duplas sertanejas, mainstream. Quando o conheci, ele operava Zezé Di Camargo & Luciano, e depois e até os dias atuais (2016), esteve com Bruno & Marrone. Espero um dia voltar a trabalhar com ele, também. É um grande amigo e um tremendo técnico.
Ex-Membros
"Marcelo Mancha" 
Marcelo "Mancha a atuar na noite paulistana com grande maestria. Fonte: Internet 
Marcelo "Mancha" fora o vocalista inicial da banda, assim que eu entrei para o grupo, em outubro de 2004, e com o qual ensaiamos daí até o início de dezembro, aproximadamente. Trata-se de um cantor sensacional, que atua pela noite paulistana há anos, e de fato é reconhecidamente uma grande voz, sem dúvida alguma. 
Quando eu cheguei à banda, ele, assim como os demais, já ensaiava desde julho ou agosto, não sei ao certo, mas a sua saída se tornou inevitável quando o Xando Zupo notou que apesar dele ser um ótimo vocalista, no tocante à sua verve natural, esta não seria para a música autoral e portanto, a sua maneira para interpretar, mantinha os vícios da repetição mecânica que a atuação contínua pela noite causa a quem trabalha muito com covers e pouco ou nada possibilita o exercício da criação autoral. 
Não foi isso o que o Xando desejara e assim, ao estabelecer uma conversa franca, o Marcelo entendeu a situação, sem problemas. 
Tanto que a amizade nunca se abalou entre ambos e em 2014, ele gravou backing vocals na canção: "Furos nos Sapatos" (da qual é creditado como coautor), e posteriormente, em 2016, em uma das canções que Xando Zupo lançou de uma forma solo, que contém a sua voz no comando. 
Marcelo é um grande sujeito e palestrino como eu, daí o apelido artístico, "Mancha", a denotar a sua ligação com essa torcida uniformizada do Palmeiras, "Mancha Verde". 
Marcelo "Mancha" continuou a tocar pela noite paulistana, nesses anos todos, e ainda está firme com as suas bandas cover e notadamente a brilhar com uma banda tributo ao grande Stevie Wonder, que é uma delas. 
Tadeu Dias
Tadeu Dias (a usar uma guitarra Fender Stratocaster), à direita, ao lado de Xando Zupo, no estúdio Overdrive, em janeiro de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa

O guitarrista Tadeu Dias também fazia parte da banda, assim que eu entrei em 2004, mas logo que a gravação do primeiro disco se iniciou, ele começou a demonstrar sinais de contrariedade com o trabalho e o deixou. 
Tadeu é um excelente guitarrista e a sua permanência no Pedra teria sido bem proveitosa, como projetávamos em 2004, mas apesar de eu achar que ele gostava da nossa tendência de explorar a Black Music, sob uma primeira instância e de fato ele se mostrava muito apto nessa seara musical, pela sua técnica apurada, conhecimento de harmonia e principalmente por ser o guitarrista da banda de apoio do cantor, Simoninha, nós não percebemos que ele na verdade queria fugir desse campo da música, pois o seu real desejo foi tocar Heavy-Metal, a sua verdadeira paixão na música. 
Hoje eu enxergo isso claramente, mas na época, demoramos para perceber que o Pedra o desapontava, por estar a caminhar pela mesma trilha que ele cumpria com o Simoninha, a contragosto. 
Tadeu segue a tocar, já fez muitos trabalhos e continua a ser um dos mais elogiados guitarristas de São Paulo.
Alex Soares
Alex Soares nos primórdios do Pedra, na gravação do primeiro disco da banda, no início de 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Como Tadeu Dias e Marcelo "Mancha" ficaram muito pouco na banda, e menos ainda o Fábio Mulan, eu já falei sobre eles anteriormente. Mas o caso do Alex é diferente. A sua presença na banda fora como um membro oficial desde o começo, não cogitávamos outra predisposição, mas as circunstâncias fizeram com que ele saísse da banda e fosse creditado apenas como convidado no nosso disco de estreia. 
Tudo isso está bem explicado nos capítulos correspondentes dessa cronologia, não serei enfadonho ao repetir, aqui. 
O que cabe acrescentar, é que Alex é um baterista técnico, com muita criatividade e pegada. Tem um ótimo repertório de recursos ao instrumento, opina bem nas ideias para arranjos, também toca violão e compõe, canta bem e escreve letras. 
Gentil como pessoa, é um profissional responsável, companheiro etc.
Alex Soares na filmagem do clip de "O Dito Popular", em 2005. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
A grande diferença que o separou da banda, esteve na questão da concepção artística diferente da nossa e projeção gerencial, por conseguinte, a se pensar no que ele considerava ser o ideal para o Pedra. Foi embaraçoso esse rompimento e nos gerou um incômodo a mais pela questão da produção do disco, mas foi inevitável. 
Apesar desse momento desagradável em torno do rompimento, eu o agradeço pelo empenho, nos quase dois anos iniciais da existência da banda, em que trabalhamos juntos. 
Alex Soares toca em bandas cover pela noite paulistana e torço para que seja muito feliz em sua carreira.

E para encerrar, os companheiros da jornada com o Pedra...

Ivan Scartezini
Ivan Scartezini em ação em um show do Pedra, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, fevereiro de 2013. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Conheci Ivan Scartezini quando ele era ainda muito jovem, a tocar em uma banda chamada: "Quarto Elétrico", que abrira alguns shows da Patrulha do Espaço. 
Impressionei-me com a sua técnica e pegada, desde a primeira vez em que o vi a tocar. Ivan tem um técnica incrível e pegada do nível de um baterista internacional. 
As suas referências musicais são ótimas, baseadas em Rock vintage, mas ele também gosta de algumas coisas boas do Rock contemporâneo, ainda que comprometidas com sonoridades vintage ("Gov't Mule", hein?). 
Ivan Scartezini a tocar com o Pedra em 2014, no Bourbon Street de São Paulo. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Como pessoa, Ivan Scartezini é um dos sujeitos mais bem-humorados que eu conheço. Sempre a brincar e disposto a enfrentar qualquer adversidade com objetividade e bom humor, Ivan é o tipo de colega que deixa o ambiente bom para se trabalhar, mesmo que haja problemas. 
Também bom cantor, com um belo timbre de voz, Ivan toca violão & guitarra, e até arrisca-se em solos. Sou-lhe muito grato pela bateria extraordinária que gravou nos dois discos em que participou conosco e executou ao vivo, nos tantos shows que fizemos. 
A sua capacidade para o improviso é imensa, a sua volúpia Rocker é emocionante e entre tantos bateristas incríveis com os quais eu toquei na minha carreira inteira, seguramente Ivan Scartezini e Rolando Castello Junior foram os dois mais Rockers, com pegada igual ou até melhor que a de feras internacionais e icônicas que gostamos (José Luiz Dinola, é igualmente técnico como os dois, mas este nunca foi um "Rocker", propriamente dito, fica a ressalva). 
Ivan prossegue a tocar com Xando Zupo, agora em regime de carreira solo desse nosso guitarrista e paralelamente em bandas cover pela noite paulistana.
Outra foto no Bourbon Street em 2014, do Pedra. Ivan Scartezini no destaque. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Desejo-lhe muita sorte em sua carreira, que será bem longa, visto que ele é ainda muito jovem!
Rodrigo Hid
Rodrigo Hid a cantar em um especial de TV que o Pedra realizou em 2010. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Já falei tanto sobre o talento do Rodrigo Hid, em tantos capítulos da minha autobiografia, que não sei o que acrescentar mais, neste trecho. 
Para falar especificamente de sua atuação com o Pedra, creio que por ele ter estado mais maduro do que o fora em relação aos tempos do Sidharta e também da Patrulha do Espaço, em que convivemos igualmente, a maturidade só o aprimorou ainda mais. 
A impressão que eu tenho sobre ele, é que o seu talento que é gigantesco e de nascença, tende a se intensificar na medida em que envelhece. 
Quando entrou para a formação do Pedra, ele ainda estava a viver os seus vinte e poucos anos, portanto, Rodrigo construiu a sua participação nessa banda, no avançar dos trinta. No Pedra, ele teve mais espaço para desenvolver o seu lado MPB & Folk, que não conseguira colocar para fora no tempo da Patrulha do Espaço. 
Rodrigo Hid em destaque, no Centro Cultural São Paulo em julho de 2007. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
E além de ser um excelente guitarrista, cantor e tecladista sensacional de Rock, com marcantes influências vintage em tudo o que faz, o seu lado acústico de raiz se aflorou, ao nos proporcionar lindas canções ao sabor rural, além da performance perfeita em violões, sob vários estilos, do nylon tradicional ao Folk e a passar pelo som campestre do "doze" cordas. 
Como compositor, a sua contribuição ao Pedra foi incrível. E por estabelecer um contraponto ao estilo mais agressivo do Xando, as letras que escreveu a evocar o esoterismo, são belíssimas ao meu ver. 
Mais que um contraponto à concepção de Zupo, tal contribuição positiva e apaziguadora, nos manteve um lado etéreo muito importante em minha visão e certamente mais palatável ao meu gosto pessoal. 
Ao vivo com o Pedra, no Via Funchal de São Paulo, em 2006. Rodrigo Hid em ação. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Como pessoa, Rodrigo é um amigo dos mais bondosos que eu já conheci. Profundamente humano e solidário, ele se preocupa com os amigos e não se furta de ajudar até estranhos, sempre que pode. 
Rodrigo está atualmente a atuar pela noite, com vários projetos simultâneos. Eclético e genial como o é, abre muitas possibilidades para atuar. Pode se apresentar a trabalhar com voz & violão, voz & piano, pode cantar, tocar guitarra, violão, baixo e teclados em bandas cover de Classic Rock e até na flauta transversal, eu sei que ele se desenvolveu, também. 
Tirante o ganha pão a atuar na noite, ele é sempre solicitado para gravações. Já perdi as contas sobre quantos discos ele gravou como convidado especial, com outras bandas e artistas solo. 
Sou-lhe muito grato pelo seu companheirismo, amizade, lealdade, e claro, por sua genialidade. Orgulho-me em ter mais três discos da minha carreira, ao citar o Pedra, com a sua performance brilhante como cantor, multi-instrumentista, compositor & letrista. 
Rodrigo Hid no Bourbon Street de São Paulo, em 2014, a atuar com o Pedra. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Reputo ser Rodrigo Hid, um artista genial. Portanto, só tenho a lhe agradecer por tudo e torço para que tenha uma longa e ainda mais vitoriosa carreira e assim há de ser, jovem que ainda o é.
Xando Zupo
Xando Zupo em ação com o Pedra em 2014, no Espaço Cultural Gambalaia de Santo André-SP. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Zupo foi o aglutinador principal desta história. O seu esforço para formar a banda, o transformou naturalmente em um dínamo para o Pedra e assim o foi do primeiro ao último dia de vida dessa banda. 
Como guitarrista, acho o Xando mais que um grande nome do instrumento no Brasil. Ele é na verdade um dos melhores do país em atividade e não só pela questão técnica, mas também por ser um especialista em timbragens. Os seus conhecimentos sobre guitarras, amplificadores e pedais, o credenciam para ser um especialista em se obter os melhores timbres e neste caso, ele é um consultor em potencial. 
Considero-o um grande compositor e bom letrista, ainda que eu tenha uma posição sob certo antagonismo com a sua maneira de se expressar e sobretudo pela sua mentalidade cultural, estética e socio-comportamental com a qual costuma expressar as suas ideias. 
Como pessoa, ele é obstinado, trabalhador, esforçado, muito expansivo nas relações sociais e antenado no cotidiano. O seu lado mais coloquial é generoso, solidário, leal, justo e de uma honestidade exemplar e rara neste planeta.
Xando Zupo no Centro Cultural São Paulo, em 2007, a atuar com o Pedra. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Agradeço-o por ter tido o ímpeto para me ligar em um momento difícil da minha vida, quando eu cogitara largar a carreira na música, mas graças ao projeto do Pedra, que ele me mostrou, eis que eu segui em frente e tive muitas alegrias, discos, vídeos & portfólio para vir a me orgulhar. 
O legado do Pedra é eterno e está expresso no seu material construído.
Xando Zupo em ação com o Pedra, em 2007. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa 
Agradeço mais uma vez às pessoas que nos auxiliaram de forma direta ou indireta, aos jornalistas que nos enxergaram com a real envergadura artística que detínhamos, aos amigos abnegados, à nossa equipe técnica de primeira linha, aos fãs do trabalho... e aos companheiros dessa luta!
O Pedra a posar no palco do Teatro X de São Paulo, antes do espetáculo se iniciar. Março de 2008. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Eis o Blog do Pedra, chamado: “Letras Miúdas”, para visitação permanente, e que também conta a história da banda:
E o canal de YouTube do Pedra, onde todos os vídeos que eu sugeri ao longo dos capítulos, se encontram alojados e outros tantos, também.
https://www.youtube.com/channel/UCtztREbJ-6tde9cotZhhY2A
Foto promocional do Pedra, de 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Foto promocional do Pedra, de 2012. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Está encerrada esta importante etapa da minha jornada musical. 
Daqui em diante, o leitor segue a ler a continuação da minha autobiografia na música, através do capítulo a enfocar próxima etapa da minha carreira com a banda: Kim Kehl & Os Kurandeiros. 

Muito obrigado por ter acompanhado este capítulo, amigo leitor!