Eu,
Luiz Domingues", preparado para receber os leitores na minha noite de
autógrafos dos meus primeiros quatro livros. 6 de maio de 2023. Acervo e
cortesia: ICBR/Catia Bolívia. Click: Alexandre Chagas
Eu
sempre gostei de muito de ler e concomitantemente a minha voracidade
para ler jornais, revistas e sobretudo, livros, posso afirmar que
gostava de ler antes mesmo de me alfabetizar, porquanto pedia para os
adultos que me cercavam (principalmente a minha mãe), que lessem em voz
alta tudo o que eu me interessava, para poder absorver o teor dos
textos.
Daí
foi natural que eu também nutrisse a vontade muito grande de escrever, o
que veio a acorrer com voracidade eu diria, assim que iniciei o
processo de alfabetização. Tanto foi assim, que ainda de forma muito
rudimentar no trato às palavras, eu esbocei escrever um "livro", aos
sete para oito anos de idade, para dar vazão à minha vontade de me
expressar.
A maravilhosa coleção: "Trópico-Enciclopédia ilustrada em cores"
Claro
que guardo com carinho o manuscrito que redigi no longínquo ano de
1968, ao escrever essa "obra" que chamar-se-ia: "O mundo em qualquer
época", que de uma forma muito audaciosa e ao mesmo tempo absolutamente
ingênua, haveria de ser na minha concepção infantil, um livro de
história geral da humanidade, a refletir as influências que me
impressionaram nesses primeiros anos de vida, isto é: os filmes,
principalmente de origem norte-americana que eu via na TV, seriados com
tal teor, como "O Túnel do Tempo", de Irwin Allen, a leitura da
enciclopédia Barsa e sobretudo a coleção com o mesmo teor chamada:
"Trópico - Enciclopédia Ilustrada em Cores", da editora Martins
(licenciada pela editora Larousse da França), que eu ganhara de presente
de aniversário em 1963, mas que só comecei a ler de fato, em 1968.
Todavia, desde que ganhei a coleção e na mesma predisposição que eu
mencionei acima, esperava avidamente a passagem do almoço familiar, todo
dia, quando a minha mãe dedicava o início do período vespertino para
ler as páginas dessa enciclopédia que me fascinava.

A
singela capa da minha suposta primeira obra escrita em 1968, "O mundo
em qualquer época", um pretenso livro de história geral da humanidade,
ou sendo mais realista, uma ingênua, porém sincera forma de expressão da
minha infância, a viver o início do processo de alfabetização e ao
mesmo tempo a desejar desesperadamente me expressar nos mesmos moldes
das obras cinematográficas e literárias que me impactavamNa
medida em que cresci e cheguei à adolescência, tive a convicção de que
estudaria jornalismo e enveredaria para essa profissão, provavelmente a
me dedicar às editorias de cultura, esportes ou política, que mais me
interessavam e em paralelo, a escrever livros para fomentar uma possível
carreira como escritor.
Só
que aquele negócio da "tal" da música e do Rock mais em específico,
também vinha a acontecer na minha vida, desde 1963, mas a ficar mais
próximo da minha percepção após o ano de 1966 em diante e assim, no
decorrer da década de setenta, ao entrar no período da adolescência, foi
a vez do cabelo crescer e o mergulho profundo que eu dei, me levou de
encontro a um outro mundo, embora, na prática, fosse o mesmo mundo, a
englobar o espectro da cultura como um todo, é claro.
Enfim,
entre 1970 e 1975, eu não deixei de gostar de escrever, ler e a viver a
minha rotina como cinéfilo inveterado e nem mesmo deixei de ser um
acompanhante assíduo das arquibancadas de estádios de futebol, no
entanto, a verdade foi que o Rock me arrebatou e assim, de 1976 em
diante esse foi o meu foco principal e salvo um poema que eu publiquei
em um jornal de bairro em 1979, e uma matéria que escrevi para a revista
"Rock Brigade" a pedido do editor-chefe dessa publicação, Toninho
Pirani (em 1988), ocorreu que não dei vazão para esse meu lado de
"escritor", obscurecido desde a tenra infância.
Eu, Luiz Domingues, na sala de ensaio d'A Chave do Sol, em janeiro de 1984. Click, acervo e cortesia: Fabio RubinatoNesse
ínterim, de certa forma eu exerci a escrita quando sempre tomei a
frente para escrever releases, históricos, curriculum e até documentos
burocráticos para suprir a parte de textos, praticamente para todas as
bandas das quais fui componente, além de escrever todo o texto para o
fã-clube de uma delas, no caso, "A Chave do Sol", inclusive a manter um
jornal informativo trimestral para ser enviado aos membros cadastrados
desse clube de admiradores da nossa banda. Nesse mesmo sentido, no tempo
do "Sidharta", outra banda que eu tive entre 1997 e 1999, eu participei
de uma tentativa de editarmos um fanzine cultural que seria uma
publicação para movimentar o ambiente pelo qual tencionávamos transitar,
mas desta feita não prosperou tal intento.
Mais
ou menos em 2009, eis que fui solicitado pelo guitarrista do "Pedra",
banda pela qual eu atuava na ocasião, a escrever alguns textos com tema
livre para serem publicados no Blog que a banda mantinha no ar, como uma
novidade extra aos boletins de atividades específicas da banda que ali
eram publicadas, mas ao se deparar com a minha completa vontade de não
falar sobre música e abordar temas do cotidiano de uma forma livre, a
minha participação não prosperou.

De
uma forma muito tardia, mas não por alguma resistência da minha parte
contra a tecnologia, todavia, por absoluta falta de oportunidade
anterior, finalmente eu me conectei com a internet e mesmo a tatear o
mais básico do básico da aprendizagem inicial do uso de um computador
bem simples, pus-me a interagir imediatamente em diversas comunidades de
meu interesse que existiam na extinta rede social Orkut, mesmo que
aquele ambiente estivesse decadente em 2010, quando ali ingressei,
graças a uma campanha difamatória insuflada exatamente com tal objetivo
de degastá-la e esvaziá-la, ação sabotadora esta que fora supostamente
orquestrada pela concorrência, no entanto, e foi algo que logo percebi
nitidamente, com total anuência da própria rede vilipendiada, ou seja,
tudo foi fruto de uma fonte única de manipulação.
Juma
Durski, o blogueiro & Rocker que me deu a primeira chance de
escrever oficialmente para um veículo de internet, no longínquo ano de
2011Foi
quando eu recebi o primeiro convite para escrever para um Blog, da
parte de um abnegado Rocker da cidade de Campo Mourão, no estado do
Paraná, que se chama: Juma Durski. Graças ao seu apoio, eu passei a lhe
enviar textos quinzenais, inicialmente com temas díspares entre si,
contudo, ele desejava algo mais direcionado ao Rock e ao mesmo tempo, me
deu mais um impulso extraordinário ao me indicar blogs de amigos seus
para eu enviar textos com outras temáticas, como por exemplo o Blog
Pedro da Veiga, gerido pelo simpático senhor do mesmo nome, que mantinha
o seu Blog sobre política com nítido viés conservador, mas ele nunca
reclamou dos textos que lhe enviei com outra visão bem mais amena do que
a dele.
Então
eu passei a escrever resenhas de cinema, baseadas em filmes de Rock
para o Blog do Juma e como a receptividade do público leitor foi muito
acima da esperada nas redes sociais, ele me incentivou a tratar o tema
com assiduidade e assim, quinzenalmente eu me esforcei para lançar uma
nova resenha sobre um filme e claro, os primeiros que eu escolhi para
analisar foram os que eu mantinha mais nítidos na minha memória afetiva.

Logo
o Blog do Juma também se transformou em uma emissora de rádio web e
ganhou uma boa notoriedade, e sendo assim, ele se entusiasmou com o
sucesso da emissora e me forneceu o terceiro impulso de sua parte para
me ajudar, ao abrir uma plataforma para eu criar o meu próprio Blog, no
sentido de que não usaria mais o seu Blog para tal. E foi assim que em
janeiro de 2012, coloquei no ar o meu primeiro Blog, "Blog do Luiz
Domingues". Inicialmente, me dediquei a republicar todos os textos que
eu havia escrito não só para o Blog do Juma e Blog Pedro da Veiga, mas
também publicados em outros blogs que haviam me convidado ainda em 2010 e
com intensificação forte no decorrer dos anos de 2011 e 2012.
Por
exemplo, em paralelo ao Blog do Juma, eu já havia recebido o convite
para escrever textos para uma revista eletrônica de cinema, denominada:
"Cinema Paradiso", conduzida pela professora de cinema, Claudia
Mogadouro, e eu ali fui introduzido graças a intervenção de uma amiga
querida que também havia conhecido através da rede social Orkut, que me
abordou inicialmente após ler uma resenha que eu publiquei sobre um
filme brasileiro chamado: "Noite vazia", na comunidade específica do
diretor dessa obra, Walter Hugo Khoury. Tal amiga se chama: Janete Palma
e ela como cinéfila e esposa de um professor universitário de cinema,
conhece como ninguém a obra desse cineasta e gostou da minha abordagem,
embora o meu texto estivesse muito longe do rigor acadêmico e profundo
da compreensão do cinema como o seu marido, o professor Renato Pucci
mantém pela sua formação avantajada sobre o tema, porém, ainda assim ela
gostou da minha escrita e me indicou para colaborar nessa revista sobre
cinema.
Na
mesma época, colaborei com um dos projetos do inquieto poeta e ativista
cultural, Luiz Carlos Cichetto, o popular, "Barata" e assim escrevi
para o Blog da emissora webradio que ele criara nessa ocasião, a "KFK".
Através
do jovem jornalista esportivo, Thomas Lagôa, filho do baixista. Norton
Lagôa (do grupo "Burmah", famosa banda de Blues-Rock setentista,
brasileira e argentina), a minha paixão pelo futebol também ganhou vazão
quando escrevi textos para o seu blog, "Futebol apaixonante" e com
temas a envolver os bastidores desse esporte e não necessariamente sobre
o jogo em si. Isso inclusive até surpreendeu o Thomas, pois ele me deu
carta branca referente à pauta, mas é claro que esperava algo em torno
da análise de um rodada ou de um jogo em específico.
O músico e blogueiro, Eduardo Sandoval, que me convidou para escrever em dois blogs seus: Planet Polêmica e "Rock Imortal"
Foi
então que surgiu o convite de um músico e ativista cultural de Santa
Catarina, chamado: Eduardo Sandoval, que usava o pseudônimo, "Brian
Priest", nessa ocasião. Foi dessa maneira que eu passei a ser colunista
do seu Blog denominado: "Planet Polêmica", que em princípio eu relutei
para participar, pois a proposta da parte dele foi no sentido de que eu
escrevesse textos provocativos para gerar polêmica, mas esse não é meu
estilo, pacificador e diplomata por natureza que sou, ou seja, não é o
meu estilo pessoal buscar confrontos e nesse sentido, eu tenho como
norma de conduta jamais provocar ninguém, pois sou respeitoso ao extremo
com a opinião adversa.
Mas
nesse caso eu dei um jeito de escrever sobre temas fortes, mediante
margem para a controvérsia, porém sem desrespeitar ninguém, e assim
mantive uma atuação contundente e profícua nesse blog por vários anos. E
também colaborei com outro blog do Eduardo, este mais direcionado ao
Rock, chamado: "Rock Imortal".
Fernanda Valente, musicista, professora e blogueira que me convidou para escrever para o seu Blog: "Limonada Hippie"
Ainda
em 2012, eu recebi o convite de uma jovem blogueira de Niterói-RJ,
chamada: Fernanda Valente, que mantinha no ar um blog com forte
inspiração sessenta-setentista, sob a alcunha de: "Limonada Hippie" e
com o qual eu colaborei bastante, a escrever sobre contracultura,
geralmente, e dessa forma a repercutir fatos do passado e do presente
sobre tal tema. Dessa colaboração, eu tenho como um ponto de honra o
fato de que o grande filósofo, Luiz Carlos Maciel, considerado como o
"guru" da contracultura no Brasil, tenha lido um texto meu a falar ao
seu respeito e ter gostado, pois se manifestou de forma pública a
demonstrar o seu agrado pelo teor do meu texto.
Também
abordei o tema da contracultura nos blogs Psychedelic Girl e Olhar
Poético, além de tratar sobre assuntos gerais no Blog Bicho do Paraná
(este também do Juma Durski).
Por
um bom tempo eu mais usei o meu Blog próprio para republicar textos que
estavam a ser publicados nesses diversos blogs nos quais eu atuava como
colunista fixo ou com colaborações sazonais, e logo percebi que para
fomentar melhor o meu próprio blog, também precisava criar textos
inéditos nessa plataforma e assim comecei a criar textos especialmente
concebidos para o meu blog, sem no entanto deixar de alimentar os blogs
de outros amigos com a minha colaboração.
Mario
Figueiredo Filho, o popular: "Marinho", que impulsionou a comunidade
"Luiz Domingues" no Orkut e abriu campo para eu começar a escrever a
minha autobiografia na músicaEm
2011, um amigo querido de Lavras-MG, chamado: Mario Figueiredo Filho,
popular "Marinho", abriu tópicos baseados em todas as bandas pelas quais
eu atuei e atuava na ocasião, em uma comunidade que existia na rede
social Orkut desde 2006, chamada: "Luiz Domingues", aberta por fãs e
admiradores da minha carreira musical e que eu sabia que existia, mas
somente passei a interagir diretamente com os meus admiradores em 2010.
Esse
foi o estopim para eu começar a escrever a minha autobiografia na
música, pois em cada tópico ali aberto pelo Marinho, eu respondia as
perguntas que ele formulava a respeito daquele trabalho em específico e
nesse esforço de memória que tive que fazer, passei a escrever o longo
texto que compõe o meu livro: "Quatro Décadas de Rock", que eu finalizei
em 2015, e que se encontra inteiramente publicado nos meus blogs 2 e 3 e
aguarda apenas um tempo a mais para ser publicado de forma tradicional,
mediante livro impresso.
E
foi por conta desse texto que já se fazia enorme nessa época, escrito
como rascunho inicial a usar a plataforma dessa comunidade do Orkut, que
em abril de 2012, eu lancei o meu Blog número dois, para dar vazão ao
que eu já tinha escrito da minha autobiografia e prosseguir rumo à
finalização do texto. Concomitantemente, ao pensar na função de um
segundo blog, eu também pensei em dar espaço para textos alternativos de
minha autoria que não caberiam no meu Blog número um, como crônicas,
contos e até poemas, além de uma outra vertente que abracei, ao investir
nas entrevistas de personalidades da cultura em geral e também, ao
convidar outros autores para colaborar, na contramão de que eu sempre
usei o espaço generoso de muitos blogueiros que me convidaram para atuar
nos seus blogs e sites.
E
assim, o poeta e meu amigo de velha data, Julio Revoredo, autor de
letras para três bandas que eu tive ao logo da minha carreira musical (A
Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço), ali esteve atuante como
colunista meu por muitos anos, além do escritor, Marcelino Rodriguez e
as cronistas espiritualistas, Telma Jábali Barretto e Tereza Abranches,
além de participações sazonais de Luiz Cichetto, Juma Durski, Eduardo
Sandoval e Fernanda Valente.
Nesse
blog dois (Blog do Luiz Domingues 2), eu decidi usar a partir do texto
que eu já havia escrito no Orkut, uma formatação da minha autobiografia
dividida em micro-capítulos, ou seja, como se fossem micro crônicas, eu
pude tornar a leitura muito leve, rápida e muita gente acompanhou e
ainda acompanha o texto por esse blog, com atualizações constantes,
mediante uma rígida organização numerada que lhes permite ler o texto
continuado sem confusão alguma, a lhes bastar seguir a ordem e procurar
no arquivo do Blog.
Eis
que surgiram oportunidades maiores, quando a partir de 2013, fui
convidado a escrever para o Blog Junk Box do saudoso jornalista, Dum de
Lucca, da revista Dynamite. Ali ele mantinha uma audiência gigantesca,
assim como o Luiz Cichetto que me convidou para escrever para uma
revista impressa, a "Gatos & Alfaces" que acabara de lançar. Nessa
mesma dinâmica, eis que surgiu a seguir o convite para outra revista
impressa, a "Bass Player" e embora eu nunca tenha sido fã de revistas
para músicos baseadas em pautas sobre técnica, equipamentos e afins,
propus uma linha de atuação mais a ver com o meu gosto, a falar sobre a
vida e obra de baixistas do Rock Brasileiro sessenta-setentistas e por
incrível que pareça, a pauta agradou a cúpula editorial da revista e
também aos seus leitores, pois eu mantive essa temática por quase dois
anos, em uma ambiente tem como público alvo um nicho de músicos e
aspirantes a músicos, majoritariamente, e que tende a valorizar mais os
músicos virtuoses oriundos da vertente do Jazz-Fusion ou do Hard-Heavy
virtuosístico pós-anos 1980. Fui parar na editoria da revista Bass
Player por conta da generosidade de grandes músicos e amigos meus,
Fernando Tavares e Milton Medusa.
Nessa
mesma época, eu senti a necessidade de criar um terceiro blog próprio, a
abranger todo o texto da minha autobiografia, já no formato preparado
para o livro impresso, ou seja, a juntar diversos micro capítulos
publicados anteriormente no meu Blog 2, para formatar capítulos longos
com uma linha narrativa coerente ao desenvolvimento da abordagem
histórica e neste caso a formatar o texto para o padrão de um livro
impresso. E a aproveitar o ensejo, para armazenar todo o material da
carreira a envolver, fotos, portfólio, documentos, vídeos, áudio de
todos os discos e demo tapes gravados, fotos de objetos de "memorabilia"
e material em geral, ou seja a tornar o Blog do Luiz Domingues 3, o meu
museu virtual da carreira musical.
Eu, Luiz Domingues, a atuar com Kim Kehl & Os Kurandeiros em 2018. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi Nessa
altura, os textos complementares da minha carreira após abril de 2016,
também passaram a formatar um segundo livro autobiográfico, denominado:
"Mais Rock depois dos quarenta" e as inúmeras crônicas que eu publiquei
no meu Blog 2, a narrar casos não contidos nos livros "Quatro décadas de
Rock" e "Mais Rock depois dos quarenta", se avolumaram ao ponto de me
deixar claro que eu já tinha mais um livro pronto em mãos, que receberia
o nome de "Crônicas da autobiografia".
Concomitantemente,
o texto do segundo livro autobiográfico, "Mais Rock depois dos
quarenta", também ficou enorme e assim, abriu campo para que de um
determinado ponto em diante, eu separasse a continuação da narrativa de
carreira para formatar um terceiro livro, chamado: "Rock no fim do
Mundo".
Em
paralelo, também escrevi contos e crônicas livres, sem conotação alguma
com a minha autobiografia e daí saiu a essência para finalizar o livro:
"Humanos Pitorescos", que foi publicado em 2023.
Assim
como há também já em curso, uma boa quantidade de textos criados sob
uma linha de crônicas que escrevi sobre o tema da percepção inicial da
vida sob o ponto de vista do bebê recém-nascido e absorto naquela
confusão mental que o norteia em seus primeiros meses de vida, em
contraponto à visão dele mesmo como adulto ao relembrar tais sensações
pelo ponto de vista positivo e negativo de tais percepções. Esse projeto
ainda está em fase de elaboração, mas possivelmente também culminará em
um livro impresso.
Esboço
feito por Cesar Benatti e Sérgio Rocha por volta de 2017, para o que
seria a capa do meu livro: "Quatro Décadas de Rock", no qual eles
trabalharam para me ajudar em termos de diagramação
Bem,
foi por volta de 2016, que eu fui abordado por um profissional da
editoração de livros e revistas (Cesar Benatti), que também era
admirador da minha obra musical, e ele, ao saber da existência do meu
texto autobiográfico inicial (o livro: "Quatro Décadas de Rock"
compreende a minha carreira de seu ponto inicial, em abril de 1976, até
abril de 2016, ou seja a delimitar a marca de quatro décadas preconizada
pelo seu título), ele se prontificou a prover a diagramação e mais do
que isso, agregar uma colega sua, bem experiente também, para fazer a
revisão gramatical e melhor ainda, César me disse que conhecia algumas
editoras que possivelmente publicariam a obra de forma gratuita, graças
aos seus bons contatos no ramo e que eu teria que arcar com pequenas
despesas de praxe. O serviço dele seria feito de forma gratuita, pela
amizade e apreço à minha pessoa e obra musical.
Foi
nessa fase que eu verdadeiramente me senti um escritor, pois nem mesmo o
fato que nessa altura os meus textos espalhados nos meus três blogs e
muitos nos Blogs, sites e revistas impressas com as quais colaborava
desde 2010, me garantiam tal sensação sedimentada, pois tal como uma
banda de Rock pode realizar centenas de shows, mas se não gravou um
disco sequer com a sua música autoral, permaneça com a sensação de que
não se realizou inteiramente (embora muitos colegas pensem o contrário,
como músicos de baile ou bandas cover de reprodução do trabalho de
artistas consagrados e claro que os respeito muito por isso). Porém, na
minha ótica pessoal, se eu tivesse chegado até aqui, 2023, sem ter
gravado sequer um álbum de música autoral, eu não me sentiria
realizado.
"Still"
do documentário: "Onde está a música" (produção de Ronaldo Estevam e
Renata Corrêa), do qual participei com um depoimento. Em
suma, eu precisava lançar um livro impresso para me sentir
verdadeiramente um escritor e sem que nesse caso viesse a importar se a
obra não atingisse a notoriedade popular para me elevar nesse sentido de
uma consagração pública e notória.
Mas
o tempo passou e as reuniões que eu realizei com esse rapaz, nunca
passaram das especulações sobre editoras que eu gostaria de abordar e
conversas sobre diagramação que ele travou com um outro rapaz que se
agregou para colaborar no meu projeto. Da parte desse segundo rapaz
(Sérgio Rocha, que também é um bom músico, além de profissional da
editoração), houve um avanço até, pois ele chegou a preparar uma
diagramação bonita do trabalho, para o formato "e-book", mas como a
parte do livro impresso diagramado não avançou com o outro rapaz, o
projeto foi abandonado.
Além
do mais, por ser um texto autobiográfico, a quantidade de pessoas que
eu citei, ficou enorme e em muitos casos, eu precisei repensar a forma
como abordar certas situações e sobretudo, como citar seus nomes nesse
aspecto, sem que houvesse margem para que alguém citado tivesse a
interpretação errônea e assim se sentisse ofendido com certas
colocações. Por outro lado, simplesmente omitir certas passagens mais
espinhosas para não melindrar ninguém citado, seria contraproducente
para a inteligibilidade da obra, pois mediante um corte desse porte,
várias situações ficariam confusas para a compreensão do leitor.
Portanto,
o texto que já era gigantesco por natureza, me gerou trabalho extra,
pois perdi meses de trabalho duro, com dias de até 16 horas gastas atrás
do monitor de um computador, a reformular o texto, além de aproveitar
para colocar inserções extras na medida em que sempre fui a me lembrar
de fatos não narrados anteriormente, ou nas citações, ao descobrir o
nome completo de certas pessoas ou a citar datas e acontecimentos com
maior precisão, mediante descobertas novas que se revelaram na minha
pesquisa.
Nesse
sentido, tive a colaboração de muitos colegas de ex-bandas, e de certos
colaboradores tais como Chris Skepis, Deca, Jason Machado, Rubens
Gióia, José Luiz Dinola, Beto Cruz, Laert Sarrumor, Aru Junior, Edmundo
Gusso, Rodrigo Hid, Adelaide Giantomaso e Pollyana Alves, entre outros,
que me relembraram fatos que eu havia esquecido ou me forneceram dados e
datas precisas para eu citar com maior complexidade acrescida ao texto.
Em
outubro de 2015 com o saudoso amigo, Ciro Pessoa, em meio à sua noite
de autógrafos e solenidade essa que gerou uma apresentação, quando
subimos juntos ao palco do Café Delirium de São Paulo para realizarmos o
show da nossa banda. Acervo e cortesia: Herdeiros de Ciro Pessoa.
Click: Isabela Johansen
Então,
eis que o meu saudoso amigo, Ciro Pessoa, lançou finalmente o seu livro
("Relatos da Existência Caótica"), e eu participei da sua noite de
autógrafos, pois a nossa banda "Nu descendo a escada" fez o show no
mesmo espaço dessa celebração literária. Mais ou menos na mesma época,
um outro amigo músico, Walter Possibom, também lançou um livro de
romance: "Um Brilho nas Sombras" e logo a seguir, mais um amigo músico
(Áureo Alessandri), lançou: "Conspiração Andron", um romance com teor
Sci-fi em clima de guerra fria. Li os três, prestigiei os seus
respectivos lançamentos e os resenhei no meu Blog 1. Isso sem contar que
o músico e ativista cultural, Antonio Celso Barbieri, também lançara na
mesma época a sua obra: "O Livro negro do Rock".
E
claro que ao ver amigos próximos, todos ligados na música e também a
escrever e lançar livros, tal precipitação resultou que tal iniciativa
da parte deles viesse a me motivar no sentido de que tal coincidência
culminasse na obviedade de que eu me sentisse ainda mais estimulado a
lançar enfim a minha autobiografia.
No
entanto, após a frustrada experiência adquirida com os rapazes que
haviam se prontificado a me ajudar em 2016/2017, eu decidi repensar o
projeto, pois eles haviam me advertido na ocasião que o meu texto era
gigantesco e seria impossível ser acomodado em um tomo apenas. Foi
sugerido dividi-lo em dois ou três volumes e mesmo assim, seriam livros
com bem mais de quinhentas páginas cada um, a tornar tudo muito caro e
inviável para o leitor padrão.

Finalmente,
em algum momento entre os anos de 2018 e 2019, eu tive uma ideia que
mudou completamente o meu
planejamento. Ao invés de debutar no mundo literário com a minha própria
autobiografia, que seria caro para investir, trabalhoso para produzir e
ao mesmo tempo com tal estratégia não ser possível demarcar claramente
ao público que eu pretendia me
lançar oficialmente como escritor e não apenas ser enxergado como um
músico que escreveu a sua autobiografia musical. E a despeito de ter
sido
de fato uma autobiografia e não um texto ditado para um "ghost writer",
como um mérito a ser realçado nessa vontade de me lançar como um
escritor, verdadeiramente, ainda assim eu repensei e cheguei à
conclusão de que a estratégia deveria mudar.
Foi
então que eu cheguei à preparação do que veio a se tornar de fato o meu
primeiro livro: "Luz; Câmera & Rock'n'Roll". Mesmo assim, eu tive
alguns percalços e aprendi muito com isso, ao finalmente lidar com o
mundo literário.
O
primeiro ponto a ser mencionado, foi no sentido de quando eu resolvi que deveria
acelerar a produção do meu primeiro livro, ponderei que para a minha
trajetória especificamente como escritor, não seria a melhor estratégia
começar com um livro de teor autobiográfico. Isso porque se eu fosse um
músico que houvesse escrito uma autobiografia da minha própria
trajetória, porém sem nenhuma pretensão a mais no sentido literário, não
haveria prejuízo algum. No entanto, para demarcar um posicionamento
nesse sentido de querer me impor como escritor, não seria a melhor estratégia a ser adotada.
A
foto ficou invertida, mas o que importa foi o momento de felicidade que
eu tive no dia em que peguei na mão, finalmente, um livro impresso que
escrevi. Abril de 2020. Click (selfie) e acervo: Luiz DominguesPortanto,
eu optei por lançar inicialmente uma obra autoral para realçar a minha
entrada no mundo literário, com a implícita intenção de assumir esse
feito como o início da minha carreira literária em paralelo à atuação na
música, ou seja, para deixar claro que doravante eu iria me dedicar a
lançar discos e livros, e não necessariamente em uma "casa no campo", porém
mesmo dentro da urbanidade total, com esse espírito, certamente.
E
a minha dúvida nesse instante foi: qual livro lançar então, fora da minha autobiografia ou próximo disso?
Bem, o livro mais pronto para ser finalizado, mediante tal perfil que eu
precisava, seria em torno da compilação de resenhas de filmes de Rock,
e aí, a base foi mesmo centrada naqueles textos iniciais que eu lançara em 2011,
no Blog do Juma, mas com algumas republicações em outros blogs e no meu
blog 1, naturalmente.
Entretanto,
os textos originais que eu já havia escrito, eram curtos em demasia,
condensados propositalmente para a adequação ao padrão de um blog, com
leitura mais rápida e segundo ponto, apesar de haver uma boa quantidade
(cerca de cinquenta resenhas), para compor um livro, eu julguei ser
muito pouco material. Dessa forma, acelerei em duas frentes, a conter a
tarefa de rever e aumentar os textos já existentes e criar mais resenhas
inéditas já a se configurar tal formato.
Para
criar mais resenhas de imediato, foi relativamente fácil avançar, pois
eu ainda mantinha na memória afetiva mais próxima, diversos filmes dos
quais eu passei a analisar para dar vazão a compor para o livro. Porém, a
pesquisa para escrever também englobou a necessidade de assistir pela
primeira vez alguns filmes desconhecidos até então, ou ver de novo
muitos desses filmes.
Nesse
momento, entrou em voga o fator imponderável, ou seja, empolgado com a
perspectiva, pus-me a escrever livremente, sem uma meta pré-estabelecida
em termos de metragem. Sem uma maior noção sobre como funciona o
processo de diagramação de um livro, o máximo que eu havia absorvido
daqueles rapazes que tentaram me ajudar entre 2016 e 2017, foi que o
texto do meu livro autobiográfico era gigantesco ao ponto de que mesmo
que eu o dividisse em três partes, ainda sim renderiam três volumes com
mais de quinhentas páginas para cada um. Mas eles não me informaram com maior precisão nessa época, como eu
deveria proceder no aplicativo "word" para calcular exatamente quantas
páginas ali escritas (e com qual fonte de letras e tamanho eu deveria usar), isto é, a repercutir no
quanto isso seria calculado em laudas tradicionais, tampouco o que
representaria em termos de páginas para um livro impresso.

Forro
para travesseiros comemorativos do lançamento dos meus livros e alguns
exemplares dos mesmos colocados nesse cenário. Abril de 2020. Click e
acervo: Luiz DominguesFoi
então que sem essa noção básica, fruto de ser um escritor debutante no
meio, apesar da idade cronológica avançada na época, que sem limites, escrevi
livremente e à medida que eu pesquisava informações sobre os filmes que
eu estava a analisar, descobria filmes obscuros, porém interessantes,
dos quais alguns eu já havia ouvido falar, mas nunca tivera a
oportunidade de assistir, e outros completamente desconhecidos na minha
percepção e que me chamaram a atenção.
Quase
ao final de 2019, mesmo sem a real noção do tamanho do texto que eu
preparava, ainda tive o ímpeto de esperar o lançamento de dois filmes
que chegaram às salas de cinema ("Rocket Man", cinebiografia do astro
Elton John e "Yesterday", uma comédia romântica misturada com o gênero Sci-Fi e
cujo mote era mais do que a música do quarteto britânico "The Beatles" em si, mas a se tratar de uma
fantasia sobre a sua não-existência no mundo).
Munido
de bloco de anotação e caneta, escrevi notas a assistir tais filmes em salas de cinema, ou
seja, foi nos estertores da produção do livro, com tais obras ainda nas
telas grandes em plena exibição, que eu concluí a obra. Já havia
indícios de outros filmes ligados ao Rock que estavam em fase de
produção e isso sem contar o fato que em meio à minha pesquisa, eu havia
chegado à conclusão de que além dos cento e trinta e um filmes que analisei sob resenhas, havia
mais de quatrocentos e cinquenta outros filmes de Rock, produções ao longo da década de cinquenta aos dias
atuais, para ver e analisar.
O
meu amigo e editor, homem de múltiplos talentos e entre eles, como
escritor tarimbado: Cristiano Rocha Affonso da Costa. Fonte: Facebook
Nesse
ínterim, eu havia tido o contato de um amigo meu de longa data
(Cristiano Rocha Affonso da Costa), que por ser músico igualmente, tinha
aberto em seu nome uma produtora cultural para prover os shows da sua
banda (Matilda Rock Band), e pelo fato de também ser escritor, ele usava tal produtora como
editora igualmente, para lançar os seus livros. Falamos sobre essa
possibilidade em 2018, e no início de 2019, quando eu estive no sul do
país para fazer shows e ele acompanhou essa fase minha com a Patrulha do Espaço e não só assistiu como nos ajudou
muito na logística dessas apresentações ocorridas em muitas cidades dos
estados do Paraná e Santa Catarina. Ao reafirmar a sua gentil oferta,
ficou essa porta aberta da sua produtora.
Mesmo
assim, ao ver que meus amigos, Ciro, Walter e Áureo haviam lançado os
seus respectivos livros por uma editora portuguesa que anunciava estar a
abrir as portas para autores novos, julguei que seria o meu caminho
também. No entanto, ao consultar um deles, Walter Possibom, ele me disse
que se decepcionara em demasia, não exatamente com a sede dessa editora
em Lisboa,
mas com a direção do escritório dessa companhia em São Paulo, no tocante
às contas não prestadas devidamente e também com a distribuição dos
exemplares, além da divulgação inexistente segundo o seu relato e assim,
no seu livro
subsequente ele mudou de editora e lançou o novo trabalho por uma
editora de Brasília.
Entretanto,
ele me disse que ali nessa outra casa editorial com a qual trabalhara
não havia a liberdade artística que sentira na
editora portuguesa, pois o editor era um sujeito temperamental, cujo
crivo para aceitar ou rejeitar uma obra era mensurado pela condição
volátil
do seu humor ao acordar a cada manhã e pior, toda a despesa técnica
referente à
revisão gramatical e diagramação, arte de capa e despesas com a obtenção
do código ISBN (o famoso código de barras emitido pela Biblioteca
Nacional e sem o qual, não é possível vender o livro em grandes
livrarias físicas ou sites de vendas virtuais), além da despesa na
gráfica com uma cota mínima de exemplares pré-estabelecida, estaria por
conta do autor (fora todo o esforço de divulgação). E além do mais, para
o próprio autor obter exemplares foi uma dificuldade, pois ele havia
recebido apenas duas
cópias do seu livro até então, apesar dos pedidos insistentes para
contar com mais exemplares.
Ora,
se fosse para pagar tudo, seria preferível lançar como o Cristiano
havia proposto, ou seja, ao usar o selo da sua produtora, e mandar
imprimir através do "Clube de Autores", uma cooperativa na qual qualquer
autor publicava, sem avaliação de editores, sem cobrança de nada, a
imprimir gratuitamente e o livro era impresso por demanda, conforme
vendia ao público em geral e não apenas através do próprio site dessa
cooperativa, mas a respingar em sites famosos de vendas da internet.
Ao
ponderar sobre tais vantagens, claro que fechei a parceria com o
Cristiano e assim, a "Matilda Produções", mesmo não sendo oficialmente uma
editora, passou a ser a minha casa editorial. Cristiano assumiu a
posição de meu editor e mediante a sua experiência em torno de seus
próprios livros lançados anteriormente, se tornou o meu conselheiro, ao
emitir todas as dicas, para lidar com os trâmites todos exigidos pelo
Clube de Autores.
A
jovem, Alynne Cavalcante, responsável pela revisão, diagramação e
outros detalhes dos meus livros até aqui e espero, por muitos outros.
Fonte: internet
Dentro
do próprio site do Clube de Autores, eu logo descobri um imenso
cadastro com profissionais da editoração a oferecer seus préstimos para
os autores associados e mediante uma pesquisa básica, resolvi abordar
uma jovem profissional pernambucana, chamada, Alynne Cavalcante, que
oferecia vários serviços dessa natureza.
Dei
muita sorte, pois ela é uma profissional muito competente, além de simpática no
trato com o autor e assim, o bom trabalho que desenvolvemos juntos,
motivou o convite para ela trabalhar novamente comigo, quando lancei em
2023, uma segunda obra, no caso o livro: "Humanos Pitorescos".
E
foi ela, que na qualidade de diagramadora, me advertiu que seria
inviável lançar o livro, "Luz; Câmera & Rock'n' Roll" como um tomo
único, pois ele ficara com uma metragem com mais de setecentas páginas, aliás a
ultrapassar a meta do próprio Clube de Autores, e daí, foi muito
solícita ao me orientar e ajudar a dividir a obra, ao fracioná-la em três
volumes.
Foi
uma construção súbita, pois devido à minha inexperiência, eu planejei
lançar um livro e na prática, lancei três a demandar despesa em triplo,
em todos os quesitos.
A
jovem, Victoria Costa, popular "Vick" e que foi a responsável pela arte
das capas e material de divulgação dos meus livros. Fonte: internetVictoria
"Vick" Costa é filha do Cristiano e profissional das artes gráficas.
Foi sugestão do pai dela, mas eu dei aval total para que Vick cuidasse
da arte das capas dos três volumes, pois já conhecia o trabalho dela na
preparação das capas dos livros lançados pelo seu pai e eu havia
gostado bastante do resultado. Ela também cuidou de todo o aparato de
divulgação do livro.
O
grande "uncle", Lincoln Baraccat, cuja grife forte que tem naturalmente
ao assinar as minhas fotos de autor nos livros, abrilhantou em demasia
as obras
E
finalmente para fechar a equipe, eis que eu convidei o "uncle", Lincoln
Baraccat, para criar a minha foto de autor nas três capas e ele fez uma
sessão maravilhosa para compor esse item com muita categoria e dessa
sessão, muitas outras fotos foram e ainda são usadas para a minha
divulgação em geral.
Eu
planejei, ainda em 2019, produzir uma noite de autógrafos para lançar tais
volumes e com direito a um show d'Os Kurandeiros. Pensei até em
convidar um amigo para fazer uma apresentação de entrada do espetáculo,
na base da voz & violão, para interpretar canções oriundas de
diversas trilhas sonoras dos filmes analisados nos três volumes e teria
sido na casa noturna, "Santa Sede Rock Bar", do amigo, Cleber Lessa, ou
seja, um autêntico "oásis hippie woodstockiano" encravado na zona norte de
São Paulo e do qual eu havia tocado muitas vezes com Os Kurandeiros.
Todavia,
eis que em meio à produção do livro em si, a pandemia mundial estourou e
frustrou completamente o meu plano. Os livros foram lançados em maio de
2020, mesmo assim e para compensar esse momento difícil, eu tive uma cobertura acima do que esperava, com muitas
solicitações de entrevistas para podcasts, programas de YouTube,
emissoras webradio e até jornalismo mainstream, pois eis que fui parar
no jornalismo da Rede Globo sob um súbito convite, além de um enxurrada de entrevistas
impressas em revistas eletrônicas de blogs e sites.
Claro,
mesmo não sendo a minha autobiografia a ser lançada, a conexão com a
música, o Rock em específico e o cinema, foi estabelecida, e nesse caso a
aproveitar a minha "fama" no mundo do Rock underground, foi automático
que tal prestígio tenha aberto tantas portas e como eu já disse, algumas
bem inesperadas. Enfim, aproveitei ao máximo tal "onda" midiática e vendi uma quantidade de livros bem acima do que mensurei.
O
tempo passou, a pandemia se arrefeceu e eu levantei recursos em 2023,
para lançar um novo livro. Mais experiente para lidar com todo o
processo da produção, convidei todos os componentes da equipe de
trabalho do livro anterior, e por sorte minha, todos aceitaram trabalhar
na produção do novo livro.
Com
muito maior rapidez, eis que eu consegui publicar o livro: "Humanos
Pitorescos", uma obra de contos que eu também escrevi aos poucos, e
quando cheguei a um número razoável histórias concluídas, e já a ciente da
importância de se coibir o fator do exagero na metragem, dei por encerrada a obra,
preparei prefácio, texto de contracapa, orelhas e press-release e
coloquei a obra na rua com muito maior rapidez.
Sobre a obra, "Humanos Pitorescos", aí sim eu me desgarrei da minha imagem como
músico, Rocker e ativista cultural com muita proximidade desse universo e
criei um conjunto de contos de motivações as mais diversas, mesmo que
alguns deles, sejam ambientados com a música, mas a se valer de ser algo meramente ocasional. Em
suma, finalmente a demarcar a aura de uma obra literária elaborada por um
escritor e não da parte de um músico que gosta de escrever.
E
assim foi a minha história com a escrita, da infância transcorrida na década de sessenta até 2023, quando
finalmente eu pude fechar o ciclo, a cumprir um rito da literatura que
me faltara até então, na realização de uma "noite de autógrafos", algo
tão protocolar na vida de um escritor, quanto um show de lançamento de
disco representa para um músico.
Eu, Luiz Domingues, absorto em minha "noite
de autógrafos" no Instituto Cultural Bolívia Rock (ICBR). 6 de maio de
2023. Acervo e cortesia: ICBR/Catia Cristina. Click: Alexandre Chagas
Eu
já falei sobre isso anteriormente, eu sei, mas vale a pena recapitular
que demorei anos para enfim lançar um livro impresso e quando o fiz, não
pude cumprir o rito de seu lançamento com o advento da tradicional
noite de autógrafos. Sob uma analogia bastante oportuna, eu diria que
assim como colocar um novo disco no mercado, mas sem a existência de um
show de lançamento é algo muito frustrante na carreira de qualquer
músico, creio que a comparação é muito plausível na medida em que também
sou músico e me acostumei a gravar e lançar discos, portanto, sei que a
situação é absolutamente igual.
De
fato, quando eu estava nos preparativos editoriais para lançar os três
volumes do livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll", eis que a pandemia
mundial decorrente do Covid-19, frustrou inteiramente os meus planos
nesse sentido.
A
intenção seria ter lançado os livros com um show da minha banda, Os
Kurandeiros, em uma casa noturna muito amiga da banda e minha igualmente
pela sua atmosfera super "hippie" sessentista, gerida pelo amigo,
Cleber Lessa, chamada: "Santa Sede Rock Bar", localizada na zona norte
de São Paulo. De fato, ao final de 2019, assim que comecei a produzir a
parte de editoração do livro, eu havia fechado verbalmente o acordo com o
Cleber, para que isso se realizasse assim que o livro ficasse pronto,
no primeiro trimestre de 2020, como eu esperava que acontecesse.
Pensei
em até convidar algum amigo para fazer um show de abertura na base da
voz & violão, com a solicitação para que este viesse a preparar o
seu repertório baseado em músicas de trilhas de filmes que eu resenhei
para o meu livro e teria sido uma noite memorável.
Mas
aí veio a pandemia, a exacerbar a angústia, a contaminação monstruosa,
os amigos e parentes que se contaminaram nesse ínterim inevitável, as
internações assustadoras, o sofrimento, medo e morte dramática de muitos
à nossa volta.
Enfim
consegui lançar o livro de forma virtual, foi muito bom o apoio que
recebi, e até surpreendente, pois este se revelou bem acima do que eu
esperava e apesar dessa frustração do autor que tanto demorou para
publicar um livro e quando o fez, teve esse empecilho de ordem sanitária
sob âmbito apocalíptico para não realizar a sua noite de autógrafos,
não pude me queixar inteiramente pois o livro repercutiu bastante e
vendeu muitos exemplares.
O
tempo passou, a vacinação segurou muito o ímpeto da contaminação em
massa, a vida social e cultural se colocou a voltar aos poucos com
medidas profiláticas rígidas sob uma primeira instância e a se arrefecer
de forma lenta, porém progressiva a seguir. E nesse ínterim, eu reuni
recursos para colocar em fase de produção editorial, mais um livro,
entre tantos que eu já havia escrito, e a aguardar publicação,
devidamente guardados em relação aos seus originais, nos meios virtuais.
O Santa Sede Rock Bar infelizmente não suportou a fase da
pandemia e fechara as suas portas sempre tão acolhedoras. Mas eis que
bem no início de 2023, uma outra casa com as mesmas características
abrira em São Paulo, encravada no bairro da Penha, na zona leste de São
Paulo e ficara implícito que Os Kurandeiros ali apresentar-se-iam a
qualquer instante. Tratou-se do "Instituto Cultural Bolívia Rock", ICBR.
Enquanto
isso, eu notara que a casa em questão, por ter característica não
apenas como casa de espetáculos musicais, também mantinha uma aura mais
eclética, como um centro cultural multifacetado e dessa forma, estava a
promover outras atividades ali em suas dependências e de fato, o
baterista da famosa banda Punk dos anos oitenta, "365" ali lançara o
livro com a sua autobiografia bem recentemente e com direito ao show da
banda, mediante grande sucesso. Não pensei duas vezes ao lançar a
proposta para os meus companheiros de banda e mediante a sua aprovação
com louvor, conversei com o gerente artístico da casa, o radialista,
Rogério Utrila, e ele aprovou de imediato a ideia, também com entusiasmo
e certamente que a proprietária da casa, a simpática, Catia " Bolívia",
também haveria de reagir dessa forma (e reagiu, é claro!).

Bingo,
eu havia reconstruído o plano traçado em 2019, e o interrompido de
forma dramática pela incidência da pandemia mundial e assim ficou
determinado que no dia 6 de maio de 2023, eu faria a noite de autógrafos
dos meus três volumes do livro "Luz; Câmera & Rock'n' Roll" e
também da nova obra, "Humanos Pitorescos".
Para
tornar o evento ainda mais atraente, situação análoga houvera ocorrida
com a minha banda, Os Kurandeiros, pois nós havíamos gravado o CD
"Cidade Fantasma" em 2021, em meio à pandemia e tirante alguns poucos
shows ao ar livre e alguns espetáculos filmados ao vivo no formato de
"lives" para internet, a verdade foi que não tivemos um show de
lançamento clássico para realizar, referente ao novo disco e para
acentuar ainda mais, em 2022, o mesmo disco ganhou logo a seguir um
formato melhor, com uma embalagem estilo "digipack", e a acrescentar
mais faixas como "bonus track", a criar um diferencial para os
colecionadores em geral.
Esse
tal elemento serviu para tornar a noite que realizamos, perfeita para
contemplar diversos lançamentos que anunciamos como um pacote de
atrações. Enfim, sobre a noite pelo ponto de vista do show, tal relato
pode ser lido com muitos detalhes no capítulo referente aos Kurandeiros
em minha autobiografia.
Na
primeira foto, a minha irmã, Ana Cristina Domingues a arrumar a
bandeira no espaço do autor. Nas fotos subsequentes, as bandeiras a
representar os livros que eu lancei e na quarta foto, a produtora d'Os
Kurandeiros, Lara Pap, e Ana Cristina Domingues na mesa de vendas dos
meus livros e material da banda, igualmente. Noite de autógrafos no
Instituto Cultural Bolívia Rock (ICBR). Foto 1, click, acervo e
cortesia: Marcos Kishi. Fotos 2 e 3: Clicks, acervo e cortesia: Ana
Cristina Domingues. Foto 4: Click, acervo e cortesia: Marcos Viana
"Pinguim"
Sobre
a noite de autógrafos, cheguei cedo às dependências do Instituto
Cultural Bolívia Rock, e acompanhado de minha irmã, Ana Cristina
Domingues, que me ajudou na preparação do evento. Usei um espaço do
mezanino da casa para arrumar a minha ambientação e claro, a aproveitar
toda a decoração da casa com motivação Rocker ao redor.
Por
volta das 18:30 horas, o ambiente estava preparado e eu desci ao palco
para participar com a banda do trabalho de soundcheck, que foi cumprido
de uma maneira muito eficaz, dada a boa qualidade do equipamento de som e
iluminação ali presente e sobretudo pela boa ação do técnico de áudio
da casa, Luciano, que bastante competente, nos auxiliou de forma pronta e
rápida, mediante bastante eficiência e simpatia.
Às
19 horas e alguns minutos, a casa abriu as suas portas para o público
em geral e eu subi ao mezanino para receber as pessoas que foram
prestigiar o meu lançamento. E ali eu tive muitas surpresas agradáveis.
O
casal, Ana Gallian e Isidoro Hofacker Junior na primeira foto, eu (Luiz
Domingues) e o guitarrista, Gegê Guimarães, e na terceira foto, dois
companheiros da minha primeira banda, o Boca do Céu (Laert Sarrumor e
Osvaldo Vicino, que me rodeiam). Foto 1, acervo e cortesia: Isidoro
Hofacker Junior. Click: desconhecido. Foto 2: Click, acervo e cortesia:
Marcos Viana "Pinguim". Foto 3: Click, acervo e cortesia: Marcos KishiApesar
de estar com quase sessenta e três anos de idade na ocasião e com
quarenta e sete anos de experiência na música, e por conseguinte com
lançamento de discos aos montes para agregar como bagagem pessoal, a
emoção foi grande ao realizar a minha primeira noite de autógrafos,
embora, é claro, amparado pela larga experiência no setor da música, e
pela faixa etária, é claro que sem apresentar nenhum vislumbre juvenil,
mas apenas com grande felicidade interior e sensação de dever cumprido.
Mais
que isso, o carinho recebido da parte de tantos amigos queridos, fãs de
meus trabalhos na música e também de leitores de meus blogs, foi algo
verdadeiramente sensacional nessa noite de 6 de maio de 2023.
Foi
muito bom poder gastar a caneta com tantas dedicatórias e exercer uma
prática interessante de criatividade para não estabelecer uma
padronização nas dedicatórias, mas a garantir personalizar cada
dedicatória ali assinalada.
Com
os companheiros da própria banda, que legal! Phil Rendeiro na foto 1,
Renata "Tata" Martinelli na segunda e na terceira, com Renata novamente e
Kim Kehl a rodear-me. Noite de autógrafos no ICBR de São Paulo 6 de
maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Kishi
É claro que eu fiquei bastante feliz por verificar mesmo em um ambiente eminentemente musical e Rocker para ser mais preciso,
que a procura foi bem equilibrada pelos livros ali expostos em
lançamento, ou seja, não foi por conta do apelo Rocker da obra sobre
cinema & Rock que a noite de autógrafos se pautou, pois o novo livro
que eu lançara, "Humanos Pitorescos", teve uma sensacional procura
nessa noite, a vender quase todos os exemplares que eu levei para suprir
o evento.
Mais
flagrantes da noite de autógrafos de meus livros no ICBR de São Paulo. 6
de maio de 2023. Na primeira foto, com os componentes da banda de Rock,
Capitão Bourbon, Vander Bourbon e Eduardo Osmédio. Na foto 2, lá estou
eu, Luiz Domingues, rodeado pelo casal amigo, Flavia e Adilson Oliveira.
Na foto 3, Eu estou acompanhado do casal de músicos e amigos, Fernando e
Renata Tavares. Na foto 4, com o fotógrafo e músico, João Pirovic.
Clicks, acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim"
Além
da conversa agradabilíssima, das risadas e das lembranças remotas
levantadas através de reminiscências das mais inusitadas, foram muitas
as conversas específicas
em torno dos livros e nada pode ser mais agradável para um autor do que
a conversa que se desloca naturalmente sobre as suas obras.
Nesse
aspecto, de fato, a conversa foi boa sobre o conteúdo dos livros e eu
pude discorrer bastante sobre o teor das obras, o que me deu bastante
prazer.
Nesta
sequência, mais alguns flagrantes da minha noite de autógrafos no ICBR
de São Paulo em 6 de maio de 2023. Na foto 1, com o músico e amigo, João
Régis. Na foto 2, com o músico e ativista cultural, Dalam Junior. Foto
3, com o colecionador e ativista cultural, Raphael Rodrigues. Foto 4 com
o músico, Paulo Krüger. Foto 5, com o músico, David Di Cunto. Acervo e
cortesia: ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas
Quando
chegou a marca das 21 horas, eu recebi o comunicado da produtora d'Os
Kurandeiros, Lara Pap, a dar conta de que os meus companheiros de banda
me aguardavam no camarim da casa para realizarmos os últimos
preparativos que sempre precedem a entrada em cena para um show. Essa
foi uma das raras vezes nas quais eu não cumpri esse período de
concentração de pré-show com a minha banda, mas tudo sob controle, eu
estava feliz por tudo o que ocorrera e os companheiros cientes da
situação e pelo contrário a me fornecer todo o apoio.
O
show foi esplendoroso para reforçar a sensação de que a noite fora
perfeita. Ainda tive tempo para voltar ao ambiente da noite de
autógrafos após o seu término e receber mais alguns amigos que me
aguardaram cumprir o show para que eu pudesse retomar a função literária
com muita alegria.
No
momento que ficou mais concorrido, com várias pessoas a me abordar. Na
foto 1, nota-se a presença dos músicos: Isaac Maia Bezerra, Marcião
Pignatari e Leandro Reinikova. Na segunda foto, Os membros do grupo de
Rock psicodélico, Capitão Bourbon, Na foto 3, Vê-se o músico, Paulo
Krüger e sua família a escolher qual livro levaria para a casa nessa
noite. De colete e de costas, o fotógrafo, Alexandre Chagas, outro
profissional que cobriu muito bem o evento. Noite de autógrafos no ICBR
de São Paulo. 6 de maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Viana
"Pinguim"
Muito
bem, demorou bastante, mas eis que eu fechei o rito de entrada no mundo
da literatura, finalmente, ao realizar a noite de autógrafos de meus
livros lançados até então. A pandemia não estava exatamente extinta mas
bem controlada no ambiente de 2023 e a vida social e cultural parecia
estar a voltar.
De
minha parte, a alegria que eu senti por enfim passar por esse momento,
foi muito grande. Assim como eu imaginara, a noite foi perfeita por
agregar duas das minhas atividades em meio a um verdadeiro "happening",
com tudo a ocorrer simultaneamente.
Eu,
Luiz Domingues e um dos fotógrafos que cobriu a noite de autógrafos e o
show: Marcos Viana, o popular, "Pinguim". 6 de maio de 2023 no ICBR de
São Paulo. Click (selfie), acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim"
E
como se não bastasse a noite de autógrafos super agradável e o show
incrível qua a nossa banda realizou, o prazer de reencontrar tantos
amigos, teve ainda a minha satisfação interna por proporcionar encontros
por pura coincidência entre amigos dos amigos, o que também me deixou
muito feliz. Laert Sarrumor, por exemplo, assim quando chegou ao
Instituto, foi saudado de uma forma incrível por muitos admiradores seus
em torno do seu trabalho com o Língua de Trapo. E ele se emocionou ao
ser avisado que o logotipo dessa banda que lidera com tanta firmeza
desde o ano de 1979, e da qual eu também fui membro, estava devidamente
pichado na parede externa da casa em meio ao logotipo de outras tantas
bandas. Claro que a festa que fizeram com ele ali presente, culminou em
fotos registradas para para ele pudesse expressar a sua alegria ao
celebrar tal fato in loco.



Laert
Sarrumor ao ser saudado no ICBR, nos mostra o logotipo do Língua de
Trapo a constar na parede externa da casa, e depois ao conceder
dedicatória na foto do Língua de Trapo feita pelo casal, Bolívia &
Cátia e por fim, a exibir a foto ao lado da proprietária do
estabelecimento, Catia Cristina "Bolívia". Noite de autógrafos no ICBR
de São Paulo. 6 de maio de 2023. Foto 1: Click, acervo e cortesia:
Marcos Kishi. Fotos 2 e 3: Acervo e cortesia: ICBR/Catia "Bolívia".
Clicks: Alexandre Chagas
E
mais ainda, no museu que a casa mantém para abrigar o acervo incrível
de fotos de shows clicados pelo casal, "Bolívia & Catia", ele foi
convidado a autografar uma bela foto ali mantida em exposição, a
registrar um momento do Língua de Trapo ao vivo, com a presença dele e
de Serginho Gama, o guitarrista dessa banda em destaque. Foi, portanto,
um momento de pura emoção para ele e para a Catia, proprietária da casa,
viúva de Edgar Franz, o grande "Bolívia", fotógrafo superb.
Outra
constatação muito boa, se deu quando algumas pessoas ali presentes já
sabiam da novidade em curso a respeito do Boca do Céu, a minha primeira
banda de carreira, estar a se preparar para entrar em estúdio e gravar
em pleno ano de 2023, uma música do nosso repertório dos anos setenta.
Esse "vazamento" de informação não foi a toa, na medida em que alguns
leitores argutos dos meus blogs e espectadores de meus canais de
YouTube, já estavam a acompanhar tal movimentação. Laert Sarrumor e
Osvaldo Vicino, dois de meus companheiros nessa tarefa, ficaram
estupefatos com os comentários que ali ouviram, e eu, feliz por saber
que meus blogs mantinha muita funcionalidade pública!






Mais
flagrantes da minha noite de autógrafos: Foto 1: Osvaldo Vicino
(guitarrista do Boca do Céu), Ricardo "Cadinho" Alpendre (cantor do
"Tomada"), Catia Cristina "Bolívia"(proprietária do ICBR), Renata "Tata"
Martinelli e Laert Sarrumor. Foto 2: Paulo Krüger (de costas), Laert
Sarrumor, Osvaldo Vicino e Carlinhos Machado (baterista da minha banda,
Os Kurandeiros e que gravaria o single "1969" do Boca do Céu em estúdio,
como convidado). Foto 3: o guitarrista Adilson Oliveira, Osvaldo
Vicino, eu (Luiz Domingues), e o guitarrista e escritor, Áureo
Alessandri. Foto 4: Minha irmã, Ana Cristina Domingues conversa com
Osvaldo Vicino e Laert Sarrumor a respeito das suas lembranças os
ensaios do Boca do Céu promovidos na nossa residência em 1977, quando
ela assistia aos dois anos de idade que tinha na ocasião. Foto 5: Eis a
minha pessoa rodeada pelo simpático casal, Raquel e Márcio Calabrez.
Foto 6: Três quintos da formação clássica do Boca do Céu presentes nessa
foto: Laert Sarrumor, eu (Luiz Domingues) e Osvaldo Vicino. Foto 7:
Laert Sarrumor, o entusiasta da música, Pedro Henrique, eu (Luiz
Domingues) e Osvaldo Vicino. Fotos 1,2, 4 e 6: Acervo e cortesia:
ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas. Foto 3: Acervo e
cortesia: Adilson Oliveira. Click: Flavia Oliveira. Foto 7: Acervo e
cortesia: Pedro Henrique. Click: Ana Cristina Domingues
E
assim foi: além do show, da noite de autógrafos, da reunião de amigos
queridos, as conexões improváveis também ocorrerem e eu fiquei muito
feliz também por ter podido proporcionar a oportunidade de promover,
ainda que de forma indireta, muitos encontros e conversas das mais
agradáveis entre os que foram ali prestigiar o evento!
Ninguém
da minha equipe técnica editorial e responsável pelos livros, pôde
estar presente, um pena. Alynne morava no Recife, Cristiano e Vick em
Curitiba e apenas o Lincoln Baraccat em São Paulo, mas absolutamente do
outro lado da cidade e dentro da cidade de São Paulo, as distâncias
entre bairros podem chegar a mais de cinquenta kilometros, ou seja, não é
fácil superar isso e o Lincoln não teve como me prestigiar nesse dia.
Mas tudo bem, todos da minha equipe maravilhosa estiveram em espírito
comigo, tenho certeza.
Encontro
de fotógrafos na foto 1: Marcos Kishi e Marcos Viana "Pinguim". Na
segunda foto, a proprietária do Instituto Cultural Bolívia Rock de São
Paulo, Catia Cristina " Bolívia" e o gerente da casa, Jaime Antoniolli
Filho. Noite de autógrafos no ICBR de São Paulo, em 6 de maio de 2023.
Foto 1: Click (selfie), acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim". Foto
2: Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi
E
assim foi a minha noite de autógrafos dos livros: "Luz; Câmera &
Rock'n' Roll (três volumes) e "Humanos Pitorescos". Nessa altura dos
acontecimentos, eu já estava a reunir recursos para preparar a
preparação gráfica do primeiro volume da minha autobiografia na música,
ou seja, devidamente sedimentado como escritor, já não havia empecilho
algum para postergar enfim o lançamento da minha autobiografia na
música, dividida em quatorze volumes, com mais um livro autobiográfico a
demarcar uma continuidade já inteiramente escrito, uma terceira parte
em construção e já com bastante volume escrito, e um livro de crônicas
livres concernentes à minha trajetória na música, através de histórias
não contadas nos livros autobiográficos, igualmente pronto para ser
lançado. Em suma, a continuidade da carreira literária estava plenamente
delineada em 2023, com perspectiva de médio e longo prazo, assegurada.
Agradeço
o apoio de todos que me incentivam a escrever, a englobar todas as
minhas contribuições para os blogs, sites e revistas de amigos, desde o
longínquo ano de 2010, a equipe de meus livros lançados entre 2020 e
2023, pessoas que me prestigiaram nessa primeira noite de autógrafos de 6
de maio de 2023 e claro, muitos amigos, os fãs oriundos dos meus
trabalhos musicais, parentes e companheiros da música e literatura. E
claro, à minha família, a incluir a irmã, primos, tios e meu avô materno
que sempre me incentivou a ler e em especial aos meus pais, que ao me
presentearem no meu aniversário de três anos em 1963, com a coleção da
enciclopédia "Tropico ilustrado em cores", despertou o meu interesse de
uma forma inexorável para a literatura. Ler é uma maravilha e escrever,
melhor ainda!






As
capas dos livros: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll, volumes I, II e III e
a capa do livro "Humanos Pitorescos" de minha autoria. Abaixo eu, Luiz
Domingues estou a posar ante as bandeiras promocionais das duas obras,
durante a noite de autógrafos realizada no Instituto Cultural Bolìvia
Rock de São Paulo, em 6 de maio de 2023. Capas dos quatro livros com
arte de Vick Costa. Fotos abaixo da minha pessoa (Luiz Domingues):
Acervo e cortesia: ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas