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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Trabalhos Avulsos - Capítulo 58 - Um dia no parque sob o Sol abrasador (Uncle & Friends) - Por Luiz Domingues

Foi então que o segundo compromisso da "Uncle & Friends" surgiu poucos dias depois da apresentação ocorrida na Casa de Cultura Chico Science (e devidamente relatado em capítulo anterior), a se tratar de uma participação dentro de uma festival gastronômico ao ar livre.

Tal empreendimento foi organizado por uma empresa especializada na realização de festas dessa característica, e geralmente produzidas em ambientes fechados tais como pavilhões de exposições e salões de uma maneira geral, mas desta feita, foi mobilizada no ambiente de uma enorme praça pública, com ares de parque, na verdade, localizada teoricamente no bairro da Vila Mariana, e neste caso cabe uma pequena reflexão da minha parte antes de avançar sobre a nossa participação musical em si.

O primeiro ponto é justamente essa percepção do local, pois se de fato, pela demarcação da prefeitura de São Paulo, ali naquele local é território pertencente ao bairro da Vila Mariana, na prática, essa referida praça se encontra mesmo é no bairro vizinho, Aclimação. 

Ainda sobre tal local em específico, há de se ressaltar que tal espaço havia se transformado em uma enorme praça pública há cerca de vinte e poucos anos antes (escrevi este trecho em 2022 e a aludir então ao final dos anos noventa), depois que deixou de ser uma garagem da antiga "CMTC", a companhia municipal de transporte coletivo, ou seja, se tratava de uma garagem gigante, encravada em uma parte do bairro extremamente residencial e aliás, com residências de alto padrão em sua maioria, portanto, por décadas, foi considerada como um estorvo pelos moradores do entorno desse quadrante do bairro. Em suma, a tal "Praça Rosa Alves da Silva", na verdade se tornara um parque bem grande e nos dias de 2022, já com arborização avantajada, brinquedos para a criançada, quadras esportivas, equipamento de ginástica e até com um campo de futebol americano/rugbi, ou seja, se mostrou completamente sedimentado como um espaço de lazer e esportes para atender os moradores do bairro.

E finalmente, eu devo acrescentar a minha experiência pessoal ao relatar que na condição de ex-morador desse bairro, me lembro sim da garagem da "CMTC" ainda em funcionamento regular, do ponto inicial do famoso trólebus da linha "Machado de Assis" (a se tratar da rua onde fica a entrada principal do parque e no caso da antiga garagem) até o ponto final: "Cardoso de Almeida", isto é, a ligação bem longa entre os bairros da Aclimação na zona sul e Perdizes na zona oeste e no caso, a ser considerado histórico por ser a linha de ônibus elétrico mais velha da cidade, a remontar a sua inauguração para o longínquo ano de 1949. 

E também me recordei que na face lateral do parque, onde se encontra a rua José do Patrocínio, ficava localizado o estúdio "Alquimia", pertencente ao popular guitarrista conhecido como "Formiga" no bairro, local no qual os primeiros ensaios da nossa formação da Patrulha do Espaço foram ocorridos em março de 1999, portanto, a se tratar de uma outra lembrança importante de minha parte com aquele ambiente.

Bem, para encerrar esse longo prólogo, eu preciso observar que se por um lado a organização de tal feira gastronômica se mostrava experiente em seu nicho, a inclusão de bandas de Rock como atração musical, destoou certamente da ambientação regular com a qual esse tipo de produção estava habituada, pois ficou nítido na minha avaliação de que tudo ali remetera a um tipo de orientação burguesa em sua essência e que nesses moldes, o Rock ali se mostrara como um elemento estranho para o tipo de público que a feira buscava atender. Portanto, eu preciso realçar a boa manobra pela qual a Associação Cultural do Rock, a valorosa "ACR", empreendeu para vender um pacote composto por várias bandas de Rock em um ambiente que não era exatamente adequado para tal. Eu que sempre fui crítico de "associações", "cooperativas" e similares dessa monta, dada a frustração com tais tipos de estruturas com as quais lidei décadas atrás, devo salientar que neste caso em específico, estava bastante feliz com as ações que a "ACR" estava a implementar nessa época de 2022, com êxito inquestionável.

A semana que antecedeu a nossa participação nesse dito festival gastronômico, foi extremamente chuvosa em São Paulo. Dessa forma, ficamos todos apreensivos em relação ao que aconteceria no dia da nossa apresentação. Todavia, o sábado (dia 10 de dezembro de 2022), nasceu com o tempo firme em São Paulo, mediante a presença do céu azulado e sobretudo, com sol forte. Então, se em tese teríamos um dia considerado como "bom" no jargão da meteorologia, isto é, com ausência de chuvas, por outro lado o sol se mostrou abrasador ao extremo.

Quando eu cheguei ao parque, notei que a estrutura da feira se mostrara bem grande, mediante uma infinidade de barracas e também de "food trucks" estacionados em seu interior, ao comprovar a vocação do empreendimento em torno da gastronomia que estava plenamente justificada, com muito boa organização. Já da rua localizada na lateral norte do parque, na qual eu estacionei o meu carro, eu ouvi o som produzido por um "DJ", certamente contratado para sonorizar a feira dentro de seus propósitos mais adequados, ou seja, pelo fato do som por ele proposto estar a envolver música eletrônica com aquele sentido mecânico na acepção do termo e sobretudo, pelo volume muito alto que mesmo à distância e no posicionamento contrário do PA por ele usado, já deu para notar com muita veemência e na minha opinião, já bem desagradável pelos dois aspectos citados (escolha de "repertório" e volume excessivo imposto por tal rapaz).

Bem, à medida em que eu caminhei pela face lateral do parque em direção ao portão principal localizado na rua Machado de Assis, me impressionei, como já citei, com a quantidade de opções gastronômicas ali oferecidas nas barracas, caminhões culinários e também negativamente pelo som ambiente proposto pelo DJ, que realmente se mostrara muito alto. Tudo bem, eu entendo a intenção do rapaz e com a qual certamente fora apoiada pela direção da Feira, no sentido de se manter o volume muito alto para que o som chegasse na feira como um todo e a se considerar a dificuldade para sonorizar um espaço ao vivo de forma mais equânime como devia promover em ambientes fechados. Todavia, ali perto do PA contratado pela organização, estava ensurdecedor e sim, houve a presença de muitas barracas também instaladas naquela cercania e as pessoas simplesmente evitavam ir conhecer as bebidas e comidas oferecidas por tais expositores, por simplesmente não aguentarem a trilha musical sob um volume inadequado, a se parecer como uma "boite" ou casa noturna similar. 

Uma pessoa ligada à Associação Cultural do Rock, no caso, Fátima Stoppelli, foi conversar com a organização da Feira e solicitou que o DJ atenuasse um pouco aquele volume acachapante e também reivindicou alguns minutos para que a nossa banda pudesse organizar o som minimamente antes de se apresentar e anote-se, não seria um soundcheck profissional de fato, mais minucioso e imprescindível para nós e igualmente para a técnica de som responsável pelo PA, porém, a se tratar de uma arrumação muito ligeira, inadequada certamente, mas melhor do que nada para que pudéssemos fazer o show com condições mínimas para tal. 

A resposta que ela obteve não foi malcriada da parte de um rapaz que se apresentara como um assessor da organizadora geral, mas o que ele proferiu, infelizmente se mostrou insensível e descabido no sentido de que o sujeito não fazia a menor ideia da nossa necessidade e dessa forma, tal pedido formulado pela Fátima, deve ter sido interpretado na sua avaliação incauta, como um arroubo inconveniente da nossa parte. Além, é claro, de que na ótica dele o DJ não poderia ser interrompido de forma alguma, a não ser enquanto tocávamos. Bem, isso denotou bem o tipo de mentalidade à qual eu aludi anteriormente, isto é, a Feira não tinha familiaridade com o Rock e vice-versa e neste caso, não caberia reclamação de ambas as partes, embora a disparidade causasse espécie para todos, eu acredito. 

Muito bem, já que os shows de Rock foram contratados, devo ressaltar mais uma vez a perspicácia da parte da Associação Cultural do Rock (ACR), que vendeu o pacote para a Feira e por outro lado, incômodo a parte, aguentar certos disparates teria que ser relevado da parte dos músicos envolvidos e assim, no cômputo geral, creio que suplantar certos aspectos inconvenientes de parte a parte se tornou prudente.

Também acho que faltou uma tenda a ser usada como camarim e algumas cadeiras de plástico para que os músicos tivessem um refúgio para aguardar a vez de tocar e se abrigar do forte calor, mas tudo bem, eu entendo que a Feira não estivesse preparada para tal tipo de abordagem e ao contar com um "PA" para que um DJ sonorizasse o evento, lhes bastara apenas isso para suprir o tipo de ambientação com a qual estavam acostumados a produzir os seus eventos com vocação gastronômica.

Cabe destacar também o estranho nome que a Feira utilizou: "Big Food Festival - Festival da Iguinorança", algo que realmente me despertou a atenção de uma forma negativa. Veja, não quero passar a imagem de um sujeito intransigente, mas na minha ótica, "Big Food Festival", apesar do anglicismo desnecessário, cumpriria a função, mas eu sinceramente não gostei do anexo proposto, ainda mais: "Festival da Iguinorança", no sentido de que além de achar o mote desnecessário pela sua intenção popularesca, pior ainda foi forçar uma grafia errônea, talvez para tornar ainda mais coloquial a comunicação, bem naquela predisposição equivocada de que ao se falar ou escrever de forma errada, criamos empatia com pessoas simples, dotadas de poucos recursos educacionais e culturais. E assim, para a minha percepção criou-se o inverso, ou seja, com a ortografia assassinada dessa forma, eu antipatizei com certeza.

Duas equipes de reportagem estavam no local a transmitir ao vivo através dos seus respectivos telejornais vespertinos, a representar as duas maiores emissoras de TV do país na ocasião e assim a denotar que a organização da Feira realmente trabalhava bem em diversos outros aspectos, além de deter prestígio e isso foi positivo, eu pensei.

Carlinhos Machado, meu amigo e colega d'Os "Kurandeiros atuou desta feita com a Uncle & Friends". Uncle & Friends no Big Food Festival de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

A formação da banda apresentou uma ligeira mudança em relação ao time que representou o trabalho do nosso Uncle-mor, Lincoln Baraccat, no show anterior (Casa de Cultura Chico Science e já relatado anteriormente), com a presença do meu amigo e companheiro n'Os "Kurandeiros", Carlinhos Machado, ao invés de Dmitri Medeiros que atuara na ocasião citada.  

Bem, o calor se mostrava abrasador e sem uma tenda, gazebo ou barraca com função de camarim, buscamos refúgio na sombra das árvores e nos poucos e disputados bancos de jardim disponíveis naquela circunstância, dada a demanda e sobretudo pela incidência de muitos idosos e crianças pequenas no ambiente. Dessa forma, sem muitas opções, ficamos relativamente perto do palco e consequentemente, expostos ao massacre sonoro proposto pelo "DJ" e sim, infelizmente além de irredutível, esse rapaz se mostrou bastante altivo ao responder que não abaixaria um "DB" sequer, quando foi interpelado pela produtora da ACR, ao argumentar sobre o disparate por ele perpetrado em termos de volume. Paciência, ficamos ali a torrar sob o calor semelhante ao do deserto do Saara e a aguentar uma seleção abominável de música mecânica sem sensibilidade artística alguma e devo ser justo, talvez ele tenha tentado criar um ambiente mais "Rocker" antes de nos apresentarmos, ao propor uma seleção de Pop-Rock dos anos oitenta. Tudo bem, na comparação com o que colocara antes, ficou um pouco mais palatável, mas aquela pasmaceira Techno-Pop oitentista também me aborreceu sobremaneira e só reforçou a minha impressão pessoal negativa sobre tal produção dentro das história do Rock, desde a sua época em voga, devo salientar. 

Bem, finalmente o "DJ" desligou o seu laptop e sob o delicioso som do silêncio, eu pude ver no seu semblante que ele estava incomodado com a "interrupção" da sua atuação em detrimento de uma banda de Rock a ocupar o palco e a fazer uso do PA. Ora, ora, ao que tudo indica, a determinação de haver a realização do nosso show, o incomodou e se me permite o leitor, a recíproca foi verdadeira de minha parte a configurar um empate técnico, digamos assim.

Bem, a contrariar a orientação amadora da parte do rapaz que se apresentara como assessor da Feira e que nos "proibira" terminantemente de preparar o som e que ao contrário, na determinação de sua parte, nós deveríamos subir ao palco e tocar imediatamente, eis que o afrontamos ao gastarmos reles cinco minutos para prover uma arrumação muito básica, algo inconveniente para o nosso padrão de profissionalismo, mas certamente também na inadequada ótica dele, que devia achar que uma banda formada por músicos de carne & osso funcionavam exatamente como o seu DJ que mudava de uma música para outra mediante um click no seu laptop. Em suma, a caracterizar dois padrões de percepção de mundo bem diferentes entre si.

Da esquerda para a direita: Roy Carlini, Caio Durazzo, Carlinhos Machado (atrás, na bateria), Lincoln Baraccat e eu (Luiz Domingues). Uncle & Friends no Big Food Festival de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Clicks, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro   

Ufa, finalmente o Rock and Roll visceral tomou conta do ambiente e devo ressaltar que a técnica de som responsável pelo PA se mostrou muito hábil ao prover uma equalização bastante agradável. Esqueci de perguntar o seu nome para poder nominá-la com louvor neste relato, mas gostei da atuação dela ao se mostrar discreta na sua maneira de agir, competente na sua atribuição como técnica e além do mais, ela não nos falou nada, mas ficou implícito que também estava cansada do massacre proposto pelo DJ que nos antecedera e sim, sob um padrão de volume muito mais ameno que ela imprimiu na equalização do PA sob a sua responsabilidade, o nosso som se mostrou muito agradável para todos ali presentes. 

Da esquerda para a direita: Roy Carlini, Caio Durazzo e eu (Luiz Domingues). Uncle & Friends no Big Food Festival de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Clicks, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Há de se ressaltar também que a banda, mesmo sem ensaios prévios, e nem ao menos uma combinação de última hora estabelecida entre os músicos, empreendeu de uma forma muito natural um padrão de dinâmica admirável. Lembro-me de haver comentado com o Caio Durazzo sobre esse aspecto, após essa apresentação e ele também havia ficado com tal impressão, o que foi muito agradável para todos nós. Com dinâmica tudo fica mais agradável para todos, é um pressuposto básico para a boa música exercida de uma maneira profissional.

Da esquerda para a direita, vemos Roy Carlini a conversar com Lincoln Barracat. que sentado ao fundo, estava em momento de repouso estratégico, pois o calor esteve abrasador naquele instante. Também no fundo, mas centralizado, Carlinhos Machado. Na frente, Caio Durazzo e eu (Luiz Domingues). Uncle & Friends no Big Food Festival de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Tocamos praticamente o mesmo conteúdo do set list usado na apresentação anterior que cumpríramos na Casa de Cultura Chico Science, dias antes, com os Rocks, baladas e blues do repertório clássico de Lincoln Baraccat e houve um acréscimo de última hora, quando o Lincoln se afastou brevemente do palco para ganhar hidratação, devido ao forte calor ali presente e assim, o ótimo, Caio Durazzo, tomou a iniciativa ao propor Rocks cinquentistas internacionais e também um tema com teor Country-Rock, no caso uma canção do saudoso, Johnny Cash, e de imediato a banda respondeu de improviso com grande desenvoltura para que pudéssemos tocar além do previsto e assim cumprir uma carga maior, solicitada de última hora pela produção.

Muitas pessoas filmaram e publicaram tais materiais colhidos em redes sociais, mas eu só consegui preservar uma filmagem para poder alojar no YouTube, ou seja, talvez no futuro as demais filmagens também saiam do espectro mais restrito de redes como o Instagram e Facebook e atinjam um portal mais aberto nesse sentido. Por enquanto, fique com a filmagem da nossa performance a defender a música, "Comprimido":

"Comprimido" - Uncle & Friends ao vivo no Festival Big Food de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Filmagem cortesia de Vanderlei Bavaro

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=VoVYnGMTWUo 

Naturalmente que ao surgir material adicional, será devidamente alojado em meu Blog 3, que é o meu museu virtual de carreira. 

Bem, para anotar mais um aspecto positivo do festival, acredito que uma escalação com poucas bandas e a se observar bem espaçadas as suas respectivas apresentações, a garantir assim, tranquilidade na transição entre uma e outra, foi algo positivo no sentido de que é muito raro em festivais ao ar livre que haja tal predisposição. Claro, que com a presença de mais bandas, o espaço fica mais generoso para abranger tantos artistas que pleiteiam espaço, mas fica a ressalva de que a "ACR" trabalhava firme para garantir mais bandas em outras edições dessa mesma feira e que inclusive, já estavam sob planejamento adiantado nessa ocasião.

Caio Durazzo, com Carlinhos Machado, atrás na bateria e eu (Luiz Domingues). Uncle & Friends no Big Food Festival de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Muito bem, encerramos em alto astral a nossa apresentação e ao caminhar na companhia do meu amigo, Carlinhos Machado (e da sua namorada, a simpática, Alice), em direção ao seu carro, que estava estacionado na rua lateral (rua José do Patrocínio), lhe contei sobre a minha lembrança pessoal sobre o bairro, o novo parque em si e também sobre o estúdio que ali existia e no qual a Patrulha do Espaço sob a minha formação deu os seus primeiros passos em 1999.

Na primeira foto ainda no palco, a banda agradece os aplausos e abaixo, já de saída do ambiente do festival, posamos novamente. Uncle & Friends no Big Food Festival de São Paulo. 10 de dezembro de 2022. Clicks, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro 

Ficou implícito nessa ocasião que o grupo Uncle & Friends teria uma data a mais para o início de 2023, e a ser cumprido no palco de um novo e sensacional Centro Cultural então recém inaugurado na cidade de São Paulo, portanto, essa minha participação com o agradável grupo liderado pelo artista multi-mídia, Lincoln Baraccat, o grande "Uncle" e nós os músicos convidados como os seus "friends", teria mais uma página a ser acrescentada.

Portanto, possivelmente continua no futuro...

domingo, 23 de abril de 2023

Trabalhos Avulsos - Capítulo 57 - Chuva, copa do mundo e show de Rock bem animado (Uncle & Friends) - Por Luiz Domingues

Bem, nesta altura dos acontecimentos, a minha participação com o grupo, "Uncle & Friends", do simpático Lincoln Baraccat, se tornara tão recorrente (desde 2018), que eu já ficara em dúvida se precisaria mudar a tipificação da categoria na qual eu deveria inserir tais passagens da minha autobiografia, ao sair do campo dos trabalhos avulsos e encaixar tais relatos em um capítulo específico a considerar esse trabalho como o de uma banda fixa na minha carreira, dada a história já com porte bem considerável arrolada em muitos capítulos anteriores. 

No entanto, a ponderar com maior atenção, o fato da banda ter sim o seu material autoral, mas não fechar com uma formação para criar coletivamente e a se tratar de um trabalho em termos de criação como da parte apenas do Lincoln, em tese, e também por não ensaiar e somente se agrupar para tocar ao vivo, sazonalmente, pareceu não caracterizar mesmo um trabalho fixo.

Todavia, mesmo sendo um trabalho avulso, creio que na prática se tornou um grupamento contínuo, a se destacar muito de qualquer outro trabalho avulso que cumpri na carreira e além do mais, o aspecto lúdico e por conseguinte muito prazeroso de estar a conviver com tais amigos, tornou tal participação muito querida de minha parte.

Neste caso, o chamado do amigo, Lincoln Baraccat, sinalizou com a participação do seu combo, "Uncle & Friends" em meio ao projeto: "Rock no Rolê", do qual eu já havia participado ao final de outubro desse mesmo ano com a minha banda, Os Kurandeiros. Uma produção da Associação Cultural do Rock (ACR) em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, só pelo fato de conter tal chancela, já foi mais um sinal animador para tal evento.

O projeto estava mesmo a rodar pelo circuito de Casas de Cultura da cidade e isso me deu muita esperança de que tal empreendimento já se mostrava exitoso e haveria de se expandir. 

Bem, o local designado foi a Casa de Cultura Chico Science, outrora denominada "Casa de Cultura do Ipiranga" e na qual eu me apresentara em 1996 com o Pitbulls on Crack e já com o novo nome, em 2018, a defender uma etapa da turnê que Os Kurandeiros fizeram com Edy Star e devidamente relatada nos dois capítulos a ver com tais bandas.

No caso do show do "Uncle & Friends", nós dividimos o palco com a cantora, Heloísa Lucas e sua banda, que eu não conhecia, mas ao pesquisar na internet, gostei muito do teor do trabalho dela ao verificar que ela professava a Black Music com alto teor jazzístico, além de conter brasilidades inclusas no seu trabalho.

No dia do show, um domingo (dia 4 de dezembro de 2022), o céu se mostrou nublado desde que o dia amanheceu e sim, as previsões dos institutos de meteorologia cravaram chuvas intensas no período da tarde. De fato, assim que eu cheguei ao local e fui o primeiro componente da banda a adentrá-lo (a produtora, Gigi Jardim, já se encontrava no local), a anunciada chuva se iniciou e se intensificou a seguir.

Bem, o inevitável ocorreu com a incidência de uma chuva muito forte e particularmente eu fiquei um pouco apreensivo em relação a presença do público e para agravar ainda mais o meu receio, estava em pleno curso a transmissão dos jogos referentes à Copa do Mundo de 2022 e de fato, assim que passara pela entrada do ambiente, os seguranças da Casa estavam absortos em frente a uma tela de TV, a acompanhar um dos jogos em questão.

A chuva diminuiu o seu ímpeto e mesmo com a certeza de que um outro jogo também seria transmitido bem na hora do início do espetáculo, eu fiquei mais animado ao ver a chegada de pessoas, aos poucos, para acompanhar as apresentações.

Bem, eis que me posicionei no auditório e assisti o espetáculo de Heloísa Lucas. Cantora de voz forte e límpida, com uma presença de palco e contundência na interpretação, além da ótima comunicação com o público, me impressionou muito positivamente a sua performance. E sobre a sua banda, igualmente, eu gostei muito, com uma atuação excelente a demonstrar técnica, muito conhecimento teórico e alto poder de improvisação, a se tratar de um quarteto formado por instrumentistas muito talentosos, naturalmente preparados para acompanhar uma artista do calibre de Heloísa Lucas e brilhar como banda ao mesmo tempo, ao interpretar temas com intenção dentro do espectro da Black Music em geral e com acentuado sabor "jazzy".

Na linha de frente, da esquerda para a direita: Lincoln Baraccat e Caio Durazzo. Na linha de trás: Roy Carlini, eu (Luiz Domingues) e Dmitri Medeiros. Uncle & Friends na Casa de Cultura Chico Science de São Paulo. 4 de dezembro de 2022. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Chegou a nossa vez para atuar e desta feita, o time montado pelo "uncle", além dele mesmo no comando da voz e da guitarra base, teve mais uma vez as esfuziantes presenças de Roy Carlini e Caio Durazzo na pilotagem de guitarras solo, Dmitri Medeiros na bateria e eu, Luiz, no baixo.

Com uma leveza muito grande pelo alto astral ali observado, tocamos os Rocks, baladas e Blues do Lincoln, mediante boa receptividade da plateia ali presente e sim, sem chuva e mesmo com Copa do Mundo na TV, um bom contingente apareceu para nos prestigiar.

Na primeira foto, Roy Carlini e eu (Luiz Domingues) em ação. Na segunda foto, a banda inteira bem agrupada no palco. Uncle & Friends na Casa de Cultura Chico Science de São Paulo. 4 de dezembro de 2022. Clicks, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Apesar da chuva intensa que havia caído, o calor não arrefeceu e ainda mais com a energia Rocker ali gerada, foi o momento no qual realmente a ebulição se mostrou total.

"Muito Estranho" (Dalto)  - Uncle & Friends na Casa de Cultura Chico Science de São Paulo. 4 de dezembro de 2022. Filmagem: Vanderlei Bavaro - Acervo e cortesia: Lincoln Baraccat

Eis o link para assistir no Youtube:

https://youtu.be/Omdt-7m0QaM

Encerramos com um pico de euforia generalizada e felizes, agradecemos não apenas ao público que nos prestigiou, mas ao universo, por mais uma oportunidade que tivemos para exercermos o Rock' n' Roll na sua atribuição mais antiga, ou seja, ao ativar o poder mágico de promover a intuição para que as pessoas colocassem os seus "ya-yas" para fora, como diria Mick Jagger.

A banda em ação por outro ângulo do palco. Uncle & Friends na  Casa de Cultura Chico Science de São Paulo. 4 de dezembro de 2022. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Uma ótima perspectiva se anunciou para esse trabalho, quando fomos todos convidados pelo Lincoln, pois além dessa data a ser cumprida na Casa de Cultura Chico Science, na verdade foi anunciada uma outra apresentação para o dia 10 do mesmo mês em um festival de rua a ser realizado no bairro da Vila Mariana, portanto ficamos animados com mais uma oportunidade e desta feita sem grande lacuna temporal, ou seja, a conferir uma boa proximidade entre uma data e outra e assim assegurar a sensação de continuidade.

Os membros da banda perfilados da esquerda para a direita na concha acústica externa da Casa de Cultura Chico Science de São Paulo: Roy Carlini, Caio Durazzo, eu (Luiz Domingues), Lincoln Baraccat e Dmitri Medeiros.4 de dezembro de 2022. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Trabalhos Avulsos - Capítulo 56 - Áudio de músicas que gravei em discos de terceiros de 2003 a 2021

Depois de resgatar dois vídeos a registrar os shows completos do grupo tributo ao Black Sabbath, "Electric Funeral", do qual eu participei respectivamente em 1991 e 1992, eis que o esforço prosseguiu no sentido de garantir a presença do máximo de trabalhos avulsos nos quais eu estive presente para enriquecer o acervo dos meus canais de YouTube, e por conseguinte do meu grande arquivo de carreira, a se tratar do meu Blog 3.

Nesse sentido, deu para assegurar bastante material e já a contar com o fato de que poucos trabalhos ficariam inacessíveis, ao menos até o médio prazo por questões estruturais, como por exemplo a faixa que eu gravei para o disco do cantor de MPB, Leandro (LP "Canto Livre"), de 1980, cuja digitalização não existia até esse ponto de 2022 e nesse caso, eu não saberia como proceder para tomar tal providência pelos meus recursos tecnológicos próprios (conversão de áudio do vinil para formato MP3), e no caso, eu não cogitava gastar dinheiro ao buscar um serviço profissional nesse sentido, nesse instante, por motivo de economia.

E um outro caso de esforço difícil para se providenciar seria no sentido de reunir as faixas que eu gravei para a demo do guitarrista, Luiz Fernando, quando estive com ele nesse seu empreendimento, ao lado do baterista, Paulo Thomaz, no estúdio Quorum em 1991. Eu até tenho em mãos a fita K7 com tal material registrado e poderia digitalizar esse material, no entanto, simplesmente não existe nenhuma anotação na capa dessa demo-tape e tampouco em algum registro que eu tenha guardado a dar conta sobre quais faixas eu gravei nessa ocasião, haja vista que um outro baixista também participou dessa gravação e assim, não tenho como identificar as faixas que eu gravei. E duvido que o próprio guitarrista, Luiz Fernando se recorde ou tenha anotado tal particularidade, portanto, eu me contentei em não contar com esse material para acrescentar ao meu acervo e isso é uma pena, naturalmente. Claro que lastimo não ter anotado na época, nem é preciso mensurar o quanto. 

Um caso perdido também a ser citado foi o CD que eu e Rodrigo Hid gravamos para uma jovem cantora Pop, chamada Regiane, também em 2003, e que eu nem sei se foi lançado, pois nunca achei nada na internet e tampouco recebi uma cópia sequer do produtor que nos convocou para cumprirmos tal missão.

Todavia, fora esses três casos citados, eu consegui organizar bastante material e logicamente que fiquei feliz com tal possibilidade de arregimentar material para o meu acervo.

Posta tal explicação inicial, primeiramente eu cito as duas faixas que gravei para o álbum solo do guitarrista, Xando Zupo, "Z-Sides" ao lado dos meus então companheiros da Patrulha do Espaço, em 2003. Tal álbum só existia na sua íntegra disponibilizado no YouTube e assim, se fazia mister providenciar a publicação dessas duas faixas para integrar o meu acervo pessoal de carreira. Falo sobre a música autoral, "Livre Como Você" e a releitura de "Must Be Love" da banda norte-americana, James Gang.

"Livre como Você" (Xando Zupo + Patrulha do Espaço) - CD Z-Sides/Xando Zupo - 2003

Eis o link para ouvir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=s_Dinlwb76A

"Must Be Love" (James Gang) - CD Z-Sides/Xando Zupo - 2003

Eis o link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=qDv72-nGTLM

Outro caso muito interessante, se deu com a minha participação no álbum solo e comemorativo pelo cinquentenário da carreira de Rolando Castello Junior, lançado em 2018. Ora, as três faixas gravadas ao vivo das quais participei, na prática foram feitas com a formação chronophágica da Patrulha do Espaço, portanto a priori, deveria constar nos capítulos correspondentes à minha história com essa banda e tal material estar alojado igualmente nesse mesmo departamento, todavia, o contexto dessa apresentação das nossa formação foi dentro de um show multifacetado a homenagear a carreira do Rolando e assim, se ajusta melhor dentro dessa perspectiva de um trabalho avulso, haja vista ser na realidade, um trabalho inserido no âmbito do disco solo do Rolando, denominado como "50 Anos de bateria e Rock ao Vivo". Há de se registrar que também existe a versão em DVD com as imagens dessa mesma performance nossa no espetáculo.

Nesse caso, eu estive ao lado de meus ex-companheiros da Patrulha do Espaço a registrar no palco do Sesc Belenzinho, em 2016, as músicas: "Ser", "Nave Ave" e "Homem Carbono", três faixas clássicas da nossa formação com a Patrulha do Espaço.

"Ser" - CD 50 Anos de Bateria e Rock ao Vivo/Rolando Castello Junior - 2018

Eis o link para ouvir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=8k-sY976SsY

"Nave Ave" - CD 50 Anos de Bateria e Rock ao Vivo/Rolando Castello Junior - 2018

Eis o link para ouvir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Zks-Pw_cel4

"Homem Carbono" - CD 50 Anos de Bateria e Rock ao Vivo/Rolando Castello Junior - 2018

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=MUl4tAlWeXk

Mais uma faixa que eu gravei para um trabalho solo de um artista que eu admiro muito e com o qual tive parceria em banda autoral de carreira (no caso, foram três bandas a arrolar: "Sidharta", "Patrulha do Espaço" e "Pedra"), foi o single: "Sigo o Sol" de Rodrigo Hid. Nessa mesma faixa, eu tive o prazer de gravar com o Rodrigo e também com José Luiz Dinola, outro velho companheiro, tendo sido este o baterista d'A Chave do Sol e do Sidharta.

"Sigo o Sol" (Rodrigo Hid) - Single - 2020

Eis o link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=iilnL0gTmvA

E para finalizar neste instante de 2022 tal esforço, eu providenciei também o link da faixa "Moby John" que eu gravei para o álbum "Musical Ópera Rock", composto e produzido pelo meu amigo, Claudio Cruz e cuja bateria, coincidentemente também foi gravada pelo José Luiz Dinola e que deveria ter contado com a guitarra de Rubens Gióia, sob a planificação do Claudio de reunir a formação clássica do Power-Trio d'A Chave do Sol, contudo, este não gravou e assim, outro guitarrista foi chamado para suprir.

"Moby John" - CD Musical Ópera Rock/Claudio Cruz

Eis o link para ouvir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=ZEm6QBE3_NI

Organizado esse material, e salvo os casos mais difíceis para se recuperar e que eu citei acima, este esforço ficou a contento para suprir tal lacuna até 2022, e doravante, o caminho ficou aberto para armazenar futuros possíveis trabalhos e/ou resgatar algo antigo e nesse caso, a se constituir de uma conquista absolutamente inesperada. 

Portanto, neste aspecto este capítulo pode apresentar desdobramentos e continuará em algum momento...

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Trabalhos Avulsos - Capítulo 55 - Vídeos do Electric Funeral (Black Sabbath Cover) em 1991/1992. Viva Hélcio Aguirra!

Dentro da mesma dinâmica observada em torno da organização dos meus canais de YouTube ao longo de 2022, e que movimentou positivamente o meu acervo geral de carreira no quesito dos meus trabalhos avulsos, isto é, as participações minhas em diversas filmagens ao vivo ou mesmo as gravações em disco das quais eu estive presente em trabalhos de outros artistas, estas publicações foram incrivelmente reforçadas mediante tal quantidade de material.

Nesse aspecto, eu praticamente garanti a representação de todas as faixas que gravei com trabalhos dessa natureza, com exceção da faixa que gravei no LP "Canto Livre" do cantor de MPB, Leandro em 1980, pois esse disco não foi digitalizado, no entanto, já aviso de antemão que pretendo tomar tal providência, assim que for possível.

E não apenas as faixas que gravei nos discos de outros artistas, mas também eu tive a possibilidade de providenciar a publicação completa de dois vídeos a registrar dois shows que realizei com a banda cover, tributo ao Black Sabbath, "Electric Funeral", respectivamente de 1991 e 1992, com todas as músicas individualizadas e uma versão na íntegra de cada espetáculo. Além disso, em relação ao show de 1991, havia uma filmagem parcial de uma segunda câmera com o claro intuito de prover uma edição, contudo, essa produção mais requintada nunca ocorreu, infelizmente. Portanto, eu também publiquei as faixas disponíveis dessa filmagem alternativa.

"Killing Yourself to Live" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=ERTd480sEm0

"Snowblind" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xox - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=geaMzPe6EXg

"Never Say Die" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=JCUigyz6VUc

"War Pigs" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=WfykNN6kmXE

"Intro" + "Symptom of the Universe" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=o2ALqi-j9q8

"Iron Man" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=tZehXIQNQq4

"Black Sabbath" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=6i9wdo_juqM

"N.I.B." (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=4Qu-1soxP5Q

"Rat Salad" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=BZh7uEpbdFc

"Paranoid" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=gNFdHkQ6V5I

"Children of the Sea" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=ZzvtMTfMii4

"Lady Evil" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=XdJ_zSghM9s

Solo de Hélcio Aguirra - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=rPuu7HZmvkI

Cenas de Camarim - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=hLA5scPsNUU

Electric Funeral (Black Sabbath Tribute) - Show na íntegra - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=0GmQQHD-JH0&t=1814s

"Black Sabbath" (Black Sabbath) - Câmera 2 - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no Tube:

https://www.youtube.com/watch?v=p09FpFbM4Pw

"Never Say Die" (Black Sabbath) - Câmera 2 - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no You Tube:

https://www.youtube.com/watch?v=LceuuoxstAw

"Lady Evil" (Black Sabbath) - Câmera 2 - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=zVTwhrOa8SE

"Iron Man" (Black Sabbath) - Câmera 2 - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=MC-uWaQM1qw

Solo de bateria de Vitão Bonesso ("Rat Salad" - Black Sabbath) - Câmera 2 - Electric Funeral - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=8SvYxw3kV70&t=73s

Solo de guitarra de Hélcio Aguirra - Electric Funeral - Câmera 2 - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Z9_RqnGMEi4

"N.I.B." (Black Sabbath) - Electric Funeral - Câmera 2 - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=w1GG6ih8kIA

"Paranoid" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Câmera 2 - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=bV-w0t_eUeE

Electric Funeral - Show quase na íntegra - Câmera 2 - Dama Xoc - São Paulo - 7/4/1991

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=HmLJUmPAgAo

"Symptom of the Universe" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 19/7/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=gwxIOBRyJO4

"Killing Yourself to Live" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 19/7/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=i8Ba-D1xdXI

"War Pigs" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 7/4/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=qk0kbVUxLWY

"War Pigs" (Black Sabbath) - Segunda câmera/final abreviado - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 7/4/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=gO5jGiQLibc

"Snowblind" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 7/4/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=QlffhVqRAbg

"Heaven and Hell" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 7/4/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=OqL2vT887nk

"Rock'n' Roll Doctor + "Black Sabbath" (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 7/4/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=azVe7Gjve84

"Never Say Die"  (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 7/4/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=9jbPP-UClYQ

"N.I.B." (Black Sabbath) - Electric Funeral - Aeroanta - São Paulo - 19/7/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=IfFNOOJ0kro

"Heaven and Hell" + "Neon Knights" (Black Sabbath) - Aeroanta - São Paulo - 19/7/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=13bvfPgNL_4

Electric Funeral (Black Sabbath Tribute) - Show na íntegra - Aeroanta - São Paulo - 19/7/1992

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=LFopzirfwcs

Publicados todos esses vídeos a conter duas apresentações com a banda tributo ao Black Sabbath, "Electric Funeral", eu apresento na sequência os vídeos correspondentes às faixas que gravei para trabalhos de outros artistas, fora das minhas bandas autorais.

sábado, 15 de abril de 2023

Trabalhos Avulsos - Capítulo 54 - A celebrar os Kavernistas novamente (Edy Star & convidados) - Por Luiz Domingues

Após o espetáculo no qual Os Kurandeiros participaram como banda base de Edy Star e seus convidados, especialmente encenado no palco do Teatro Sergio Cardoso de São Paulo em forma de "live" transmitido em agosto de 2021, via Internet, eis que uma nova solicitação foi feita da parte desse mesmo artista para que a nossa banda novamente o auxiliasse, além de contar com alguns músicos de apoio suplementares e cantores convidados para um show a ser realizado na unidade do Sesc Belenzinho, na zona leste de São Paulo, com a data de 10 de junho como base.

Dessa forma, definido um repertório definitivo para o evento, a ideia foi dividir o espetáculo em duas partes, isto é, a conter a íntegra do LP "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez" e uma segunda parte a conter algumas músicas do Raul e artistas contemporâneos dele, portanto a se constituir de uma versão mais robusta do que a "live" promovida pela Secretária de Cultura do Estado de São Paulo em 2021. Contudo, desta feita houve uma diferenciação básica em termos de adequação para a minha autobiografia na música.

Primeiro, por conta de que ao contrário do show por nós cumprido em 2021, o papel d'Os Kurandeiros foi minimizado neste espetáculo, portanto, sem o mesmo destaque para a nossa banda, este trabalho entrou em outro setor da minha autobiografia, a se tratar de um trabalho avulso, apenas a lidar com a presença de dois companheiros da minha banda unidos neste mesmo trabalho, como algo meramente ocasional.  

E outro ponto se deu no fato de que uma segunda parte do show foi acrescentada, a apresentar diversas músicas do Raul Seixas, Sérgio Sampaio e até uma peça da MPB antiga, tema regravado por muitos artistas, mas a prevalecer a versão de Gal Costa para o samba, "Teco-Teco" (de autoria de Pereira Costa e Milton Vilela).

Sobre os músicos convidados, estes foram velhos conhecidos nossos, a se tratar de Michel Machado e Mateus Schanoski e no caso dos cantores, Jonnata Doll, um jovem ligado à cena do Indie-Rock/Nova MPB (ele era então líder do grupo Indie-Rock: "Jonnata Doll & Os Insolventes") e Marcia Castro, também oriunda da cena moderna da MPB de 2022. 

Três ensaios foram marcados para o início de junho de 2022, sendo que no penúltimo deles, uma enfermeira designada pelo Sesc foi ao estúdio alugado pela produção para efetuar o teste de infecto pela Covid com todos os artistas envolvidos e naturalmente que se alguém fosse detectado de forma positiva, teria a sua participação vetada sumariamente. Ao se tratar dos músicos, subentendeu-se que a produção deveria ter músicos substitutos sob a ação de sobreaviso estratégico, no entanto, isso não nos foi revelado formalmente. O mesmo deve ter ocorrido em relação aos cantores convidados, portanto, a única possibilidade do show não acontecer se daria acaso a estrela máxima, Edy Star, fosse o contemplado com tal má notícia, pela razão óbvia do seu caráter insubstituível nessa circunstância.

No ensaio de 8 de junho de 2022 no estúdio Mad do bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, Carlinhos Machado comanda a selfie nas duas fotos Na segunda, além dele, o percussionista Michel Machado e eu, Luiz Domingues, acenamos para a lente. Click (selfie), acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Entretanto, foi exatamente o que ocorreu nesse dia, com todos os músicos e cantores convidados a testar negativo para a incidência do coronavírus, com exceção de Edy, que testou positivo, o que gerou muita apreensão sobre a saúde dele naquele instante.

Bem, o produtor do show, Rodrigo, ligou imediatamente para o Sesc e por decisão sumária dessa entidade, o show foi cancelado e considerado como adiado, mas sem previsão de nova data agendada para aquele instante. Em questão de minutos a entidade já postou um cartaz em seu site a demarcar o cancelamento por motivo de contaminação da Covid e deixou o esclarecimento aos que haviam comprado ingresso, de que poderiam buscar o ressarcimento do ingresso ou guardá-lo para a próxima data, mesmo ainda não havendo tal definição naquele instante.

Em agosto, Edy convidou Os Kurandeiros (menos o tecladista, Nelson Ferraresso), os mesmos músicos avulsos convidados e a exuberante, Renata "Tata" Martinelli, para participar do show realizado na Praça da Sé, no centro de São Paulo, cuja história já foi contada em capítulo anterior. 

Foi então que veio a confirmação enfim da nova data para este show no Sesc, para o dia 14 de outubro de 2022. Um ensaio apenas foi marcado para cumprir tal data, no caso, na véspera, dia 13. 

Nessa altura dos acontecimentos com a pandemia decorrente da Covid aparentemente encerrada, o Sesc abolira as medidas de segurança e assim, não houve teste prévio de contaminação e tampouco alguma exigência básica como a apresentação do comprovante de vacinação e uso de máscara em suas dependências, portanto, o ensaio foi realizado sem tais apreensões de ordem sanitária.

Ainda bem que todos estavam familiarizados com as músicas, pois o ensaio se mostrou insuficiente em termos de tempo hábil para cobrir a execução de todas as canções. Mas isso não gerou uma preocupação exacerbada no sentido de que mesmo não sendo possível executar todas as peças, deu para sentir que tudo daria certo no dia do show.

Edy Star em destaque, mediante a presença dos cantores convidados, Jonnata Doll e Marcia Castro a rodeá-lo, com a banda postada na retaguarda. Show  50 Anos Cantando Raul - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Click, acervo e cortesia: Carlos Eduardo Sabbag Pereira

Chegamos no horário combinado para o soundcheck, mas ali no ambiente do show houve um impasse básico e que não nos dizia respeito. Ocorreu que a produção do espetáculo (que havia contratado o Edy e vendera o projeto ao Sesc), contratara o serviço de um técnico para operar o P.A. do show, e esse profissional quando chegou ao local, constatou que a mesa de som que havia ali disponível não foi a mesma que estava prevista para ser usada mediante o "rider técnico" enviado previamente dentro da burocracia toda que envolve uma produção de show musical. 

Resultado: o técnico do equipamento terceirizado só poderia operar em seu lugar se houvesse um acordo de adequação financeira para tal serviço e assim, duas horas foram gastas com telefonemas sendo feitos para a empresa, dona do equipamento, quando até que enfim saiu a autorização e assim, o técnico da empresa ficou de operar ao lado do técnico contratado a parte.   

Carlinhos Machado através da sua selfie, registrou o momento imediatamente anterior ao início do trabalho de soundcheck. Show 50 Anos Cantando Raul. Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Click (selfie), acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Em suma, tal impasse apenas serviu para reduzir dramaticamente o tempo para se fazer um soundcheck mais categorizado, porém, apesar dessa limitação, nós conseguimos chegar a um resultado bem razoável no palco e pasmem, com a possibilidade de "passar" algumas músicas que não foram ensaiadas no dia anterior. 

Um breve vídeo a ilustrar o momento do soundcheck, com o Carlinhos Machado a "passar" o som da bateria e todos os demais músicos, eu Luiz Domingues incluso, no aguardo para cumprir o mesmo ritual inicial de equalização do som. Show 50 Anos Cantando Raul - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Kim Kehl

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=5BteAT1eDMI

Chegada a hora, quando fomos ao palco para a realização do show, iniciamos com um pequena tema instrumental criado pelo Kim Kehl a fazer alusões a algumas canções do Raul, e após uma vinheta a conter a voz do próprio Raul a falar sobre o Edy (cujo teor os fãs dele sabem de cor e salteado, por ser um depoimento famoso que ele prestara nos anos setenta), nós fizemos a execução do álbum d'Os Kavernistas em sua íntegra. 

A banda em ação com os cantores convidados e Edy Star no protagonismo. Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho - 14/10/2022. Clicks, acervo e cortesia: Lara Pap

Nessa segunda parte, além de algumas músicas do Raul mais óbvias, tocamos uma peça como, "Sapato 36", que não pode ser considerada exatamente como uma canção muito famosa no repertório mais usual desse artista, além do samba, "Teco Teco" (Pereira da Costa/Milton Vilela), e a bela canção clássica do Sérgio Sampaio, "Quero Botar meu Bloco na Rua", com cada canção defendida pelo Edy e os cantores convidados.

O show foi cumprido com muita leveza e recebido com um entusiasmo enorme da parte do bom público que compareceu ao enorme salão da dita "comedoria" do Sesc Belenzinho. Quando encerramos o espetáculo com a clássica canção-manifesto, "Sociedade Alternativa", percebemos que o dever foi mais do que cumprido, mas sobretudo exercido com felicidade e prazer por termos feito uma grande celebração desse artista e de quem gravitou em órbita, caso do Edy Star.

Dois flagrantes de parte da banda em ação. Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Clicks, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Bem, não foi a primeira vez em que eu estive a acompanhar o Edy Star. Algumas apresentações foram feitas nessa mesma dinâmica, ou seja, como um trabalho avulso e outras foram computadas como uma atividade d'Os Kurandeiros pelo fato da nossa banda ter sido coprotagonista declarada do espetáculo. E posso afirmar que apesar deste show ter sido enorme em sua constituição, pelo repertório avantajado sob o ponto de vista numérico, foi um dos melhores pela performance em si e também pelo astral e interação com a plateia.

"Eu Fiz Pior" (Lula Côrtes), na interpretação de Jonnata Doll. Show  50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=8b8PR5TRziU

"Eu Quero Botar meu Bloco na Rua" (Sérgio Sampaio) - Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=WCij_Ws3G0M

"Intro" + Êta Vida (Raul Seixas) - Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=zV_-0lZf2p0

"Sociedade Alternativa" (Raul Seixas) - Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Autoria desconhecida  - Acervo: Kim Kehl 

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=_wNnCbOkcCQ

Edy Star em destaque. Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Click, acervo e cortesia: Carlos Eduardo Sabbag Pereira

Houve a presença maciça de muitos fãs do Raul Seixas no ambiente e claro que estes responderam com muito entusiasmo ao repertório todo apresentado.

Foi dessa forma que apesar de demorar para acontecer de fato, vide o cancelamento da data original por conta da pandemia da Covid, que o apontamento se cumpriu e com galhardia.