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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 15 - Não Houve Pandemia que Pudesse Inibir os Sonhos (Nem as Rosquinhas) - Por Luiz Domingues

Em 25 de junho de 2020, o nosso guitarrista, Kim Kehl, participou ao vivo do programa: "Papo de Guitarra", do extraordinário guitarrista e amigo, Milton Medusa, via Rede Social Instagram.

O programa Vitrola Verde, do sensacional, Cesar Gavin, repercutira tanto, que outros convites surgiram em seguida, para que eu pudesse falar sobre a carreira inteira, o meu recém-lançado livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll" e os planos da atualidade, naturalmente a falar sobre os planos d'Os Kurandeiros, a incluir o novo disco, "Sonhos & Rosquinhas Suíte". 

E foi assim que eu concedi uma longa entrevista ao radialista, Julio Cesar Sousa, nos mesmos moldes e a incluir músicas de quase todas as bandas pelas quais atuei, em ordem cronológica e ao final, a retratar o momento presente, com quatro músicas d'Os Kurandeiros nesse cardápio. 

Nesses termos, entre 27 de junho e 3 de julho de 2020, foi ao ar, além da minha entrevista, as músicas d'Os Kurandeiros: "A Noite Inteira", "O Filho do Vodu", "Andando na Praia" e "Faz Frio". 

Em 2 de julho de 2020, foi lançado o último episódio da minha entrevista ao programa, "Vitrola Verde" e neste sétimo capítulo, o enfoque foi para a minha atuação com Os Kurandeiros, desde 2011, a banda derivada, Magnólia Blues Band, rapidamente, o lançamento do meu livro e também os planos atuais da nossa banda, quando já pude citar o novo CD que estava a sai do forno. 

Acima o vídeo da minha entrevista ao programa Vitrola Verde, a falar sobre Os Kurandeiros.
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=ZXCR93w00F4
Em 4 de julho, o radialista, Julio Cesar Souza, lançou em quatro capítulos a versão em vídeo da minha entrevista ao programa "Só Brasuca", para a Webradio Crazy Rock, em seu canal de YouTube. A parte quatro dessa entrevista, foi sobre a minha atuação com Os Kurandeiros!
 
Eis a quarta parte da entrevista concedida ao programa: "Só Brasuca/Webradio Crazy Rock, onde eu pude conversar bastante com o radialista, Julio Cesar Sousa sobre o meu trabalho com Os Kurandeiros.

Eis o Link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=LaXZRex2VOk

Já no dia, 13 de julho de 2020, em menção ao dito, "Dia do Rock", músicas d'Os Kurandeiros foram inclusas na programação da webradio A.S. Brazil.

A pandemia seguiu com um ímpeto assustador, e assim, a perspectiva da normalização da vida tornou-se remota em curto prazo. Entretanto, toda a sociedade esforçou-se para buscar maneiras alternativas para manter as atividades e no ramo artístico, isso não foi diferente. Por sorte, nestes tempos, a internet funcionou a todo vapor e nesses termos, muita atividade ocorreu e eu ouso dizer, com um grau de eficácia muito além do simples sentido do improviso. Entrevistas ao vivo se multiplicaram, ações de divulgação e lançamentos etc.

No caso d'Os Kurandeiros, a oportunidade criou a novidade instantânea. Explico: até alguns dias antes da quarentena ter sido decretada, a nossa planificação seria entramos em estúdio, que já estava reservado, para gravarmos um novo CD. 

Estávamos a ensaiar as músicas novas desde fevereiro, com essa finalidade. Então, tivemos a participação ao vivo em um evento realizado em outro estúdio, quando culminou em gravarmos todas as músicas que iríamos gravar oficialmente em alguns dias. 

Ocorre que essa gravação ao vivo, em tomadas únicas, ficou tão interessante, que o Kim apanhou a cópia master dessa produção e mandou prensar o disco, com tal material a soar orgânico, ao vivo. Essa foi, a grosso modo a história da concepção do álbum: "Sonhos & Rosquinhas Suíte", gravado ao vivo no estúdio V8, em 15 de março de 2020.

Em plena pandemia, portanto, tivemos um disco novo a ser lançado e sim, as horas reservadas em outro estúdio, anteriormente, ficaram asseguradas para se gravar um novo lote de músicas e assim, abriu-se a perspectiva de lançar-se mais um álbum com inéditas, para 2021, ou seja, o caos sanitário/biológico/sociopolítico não impedira Os Kurandeiros de gerar novidades, por mais paradoxal que isso pudesse sinalizar.
Em 9 de julho de 2020, foi a minha vez de participar de um programa ao vivo, desta feira a tratar-se do "Papo de Guitarrista", do guitarrista superb, Milton Medusa. 
Almofada com a capa e contracapa do CD Seja Feliz, colocada sobre o sofá da sala de estar da residência de Kim Kehl. Julho de 2020

Ainda em julho, o nosso guitarrista, Kim Kehl, esteve em mais uma conversa ao vivo, via Instagram, desta feita convidado pelo guitarrista, Nição Altino, no dia 17 de julho.

Kim Kehl foi entrevistado pelo radialista, Julio Cesar Sousa, do programa: "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock, quando comentou, faixa-a-faixa, o teor do novo álbum dos Kurandeiros, "Sonhos & Rosquinhas Suíte". Tal entrevista foi lançada no YouTube, em 23 de julho de 2020.

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=3dPrkqNE0II


E ao final do mês, mais uma vez tivemos o prazer em ter uma música nossa relacionada para o mesmo programa: "Só Brasuca" da Webradio Crazy Rock, a revelar-se como: "Último Blues".

Então saiu o novo CD d'Os Kurandeiros, direto do forno! Chegou ao mundo o CD "Sonhos & Rosquinhas Suíte", com aquele conjunto de canções inéditas que o Kim Kehl planejara gravar em 2020 e nos mostrara logo no início do ano. 

Chegamos a gravar uma demo-tape caseira entre janeiro e fevereiro desse mesmo ano e promovemos alguns ensaios a partir do final de fevereiro e início de março, para arranjar e firmar esse novo material.

Então, conforme eu já relatei anteriormente, eis que surgiu o convite do músico e fotógrafo, Lincoln Baraccat, para que participássemos de um evento cuja característica seria forjada em torno de uma apresentação ao vivo, dentro de um estúdio de gravação e logicamente com tal performance a ser gravada, três canções com o áudio e uma em vídeo, na forma de um vídeoclip.
Isso ocorreu em 15 de março, no estúdio V8, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O que não poderíamos antecipar, de forma alguma, foi que no bojo desses acontecimentos todos, uma pandemia mundial nos acompanhasse o tempo todo, a nos ameaçar com muito perigo, sim, e certamente a atrapalhar muito os nossos esforços logísticos, em uma segunda instância. 

E mais surpreendente ainda, foi constatar que apesar do desconforto generalizado por conta da quarentena sanitária, uma solução muito prática tenha resultado em um novo álbum com inéditas, com uma qualidade de áudio, surpreendente pelas circunstâncias todas, pois gravamos ao vivo, com tomadas únicas e sem a devida concentração para uma gravação, mas com clima de show ao vivo.

Eu analisarei o álbum em si, doravante.

Sobre o novo trabalho d'Os Kurandeiros, o CD "Sonhos & Rosquinhas Suíte", trata-se na prática de um conjunto de canções que mantém uma ligação entre si, daí o termo, "suíte", apesar do passeio por estilos variados, do Blues clássico, ao Hard-Rock, a transitar também pelo Rockabilly cinquentista e o Glitter-Rock setentista. 
Mesmo em sendo um grupo de canções inéditas, a gravação desse álbum ocorreu ao vivo, conforme mediante tomada única e sem o recurso do "overdubbing", o trabalho soa orgânico, a apresentar-se com uma atmosfera de ensaio. 
 
Foi gravado no estúdio V8 de São Paulo, com a produção de áudio de Denis Gomes, em 15 de março de 2020, durante o evento gentilmente promovido pelo nosso friend, Lincoln Baraccat, com o apoio de Juliana Parra. Produção visual de Kim Kehl e fotos para a contracapa de autoria de Fausto Lopes.

Faixas:
1) Abertura
2) Só o Terror
3) Bom Rock
4) Último Blues
5) Sonhos & Rosquinhas & Grand Finale
Bônus Tracks:
6) Último Blues (versão do vídeoclip oficial)
7) Andando na Praia (single de 2018, gravado no Estúdio Prismathias, sob áudio de Danilo Gomes Santos)

Os Kurandeiros:
Kim Kehl: Guitarra e Voz
Carlinhos Machado: Bateria e Voz
Nelson Ferraresso: Teclados
Phill Rendeiro: Guitarra e Voz
Luiz Domingues: Baixo

Então, a conclusão sobre os acontecimentos, foi interpretada como um saldo muito positivo, visto que um disco novo com músicas inéditas, gravadas a toque de caixa e com tal resultado sonoro tão bom, e para agravar ainda mais, em meio a uma situação mundial com gravidade sem precedentes na história mais recente pelo menos, foi uma grande vitória para a nossa banda. 

E nessa circunstância, a ausência imediata de perspectivas para se realizar shows ao vivo e assim lançar convenientemente o álbum, nem foi cogitada e tampouco nos angustiou. A prioridade foi nos mantermos vivos, com a saúde preservada, e assim, o simples fato de ternos um novo disco para repercuti-lo virtualmente, já nos alegrou nesses dias difíceis de 2020.

Comento sobre o teor das faixas, a seguir.

Em sua constituição de repertório, o CD Sonhos & Rosquinhas Suíte apresenta uma certa diversidade musical, entretanto, absolutamente dentro do espectro natural dos Kurandeiros e cabe uma explicação, para tal fenômeno. Pois aos que consideram o trabalho dos Kurandeiros como fechados no Rock mais básico, da estrutura primordial cinquentista e o Blues, há de entender que outras correntes se fazem presentes por extensão lógica. Por exemplo, vem no bojo do Rock mais tradicional, o Rockabilly e o Country-Rock e por conseguinte, o Soft-Rock e o Folk-Rock, por uma questão de proximidade direta com a raiz country. 

Pelo lado do Blues mais puro, vem uma gama de outras vertentes, de onde o próprio Rock básico veio, mas também daí, em correlata caminhada com o R'n'B, Soul Music, Gospel e Funk. E da explosão que gerou a fusão do Country com o Blues, o Blues-Rock, que abriu espaço para a psicodelia, Acid Rock e daí derivou o Prog-Rock, Jazz-Rock, Space-Rock, Glitter Rock etc.

Em suma, aos que pensam que a nossa banda é fechada em duas correntes básicas a conferir: Rock & Blues, não está equivocado, em tese, mas eu ressalto que em torno desses dois pilares, há muitas variantes e nesse aspecto, todo esse preâmbulo que eu fiz, ao estilo de uma explanação sobre a musicologia, tem a sua razão de ser, pois esse disco dos Kurandeiros representou toda essa diversidade em torno dos dois pilares básicos do estilo da nossa banda.

Kim Kehl em destaque. Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click, acervo e cortesia: Fausto Lopes

A primeira faixa, é na verdade uma vinheta e atende pelo nome de "Abertura", e literalmente, justifica o seu título, por justamente ser um tema criado com tal intenção de uma abertura, no sentido operístico do termo. 

Esse tema, em tese, foi uma composição que o Kim criou especialmente para servir como abertura do nosso show em parceria com o astro, Edy Star, durante a turnê que fizemos em conjunto com ele, entre 2018 e 2019. 

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Aum5Kl9PSsg

Para tal ocasião, enquanto a banda segurava a base harmônica, Kim Kehl fazia na voz solada da guitarra, diversas insinuações sobre canções compostas pelo Raul Seixas, pois este fora o mote do espetáculo. No caso dessa adaptação para o repertório d'Os Kurandeiros, o Kim usou do mesmo expediente, mas obviamente a usar as demais canções contidas nesse mesmo disco, para pontuar à guitarra.

Gosto bastante da vibração da banda na condução da base. Soa bem a guitarra do Phill Rendeiro a cimentar a harmonia, junto ao órgão Hammond pilotado pelo Nelson Ferraresso, este inclusive, a imprimir um peso bem considerável, que garante o elemento Hard-Rock ao tema e no caso da cozinha, a vibração, agrada-me muito. Entramos com firmeza e no meu caso, mesmo a usar um baixo teoricamente mais "aveludado", o Fender Jazz Bass e no caso, o Fender Precison teria sido mais adequado, em tese. No entanto, eu gostei do timbre alcançado e do peso.

Kim Kehl em ação! Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click, acervo e cortesia: Fausto Lopes

A segunda faixa, "Só o Terror", tem um apelo Hard-Rock setentista, muito grande, e com forte sotaque norte-americano, eu diria. Em essência, é muito influenciada pelo som do Alice Cooper em seus melhores dias entre os LP's "Love it to Death" e "Muscle of Love", nos anos setenta.

Eis o Link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=wFSaBrCsL9k

Gosto muito do Riff central que segue a melodia central da voz e isso é um maneirismo típico de Blues-Rock pesado, a lembrar o som do Mountain, de certa forma. A volta à base com peso, impressiona e na letra, é curiosa a abordagem do Kim sobre a questão da desesperança. Ele escreveu essa letra ainda em 2019, mas caiu como uma luva para o momento do terror instaurado pela pandemia de 2020, e ainda sob a ótica ao estilo do Alice Cooper, melhor ainda.

Phill Rendeiro em destaque! Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click, acervo e cortesia: Fausto Lopes

A terceira faixa, "Bom Rock" é a única entre as inéditas, que nós já tocávamos ao vivo há um certo tempo. No entanto, essa canção sofreu uma série de adaptações em sua letra, para finalmente ser gravada. Acho bastante curioso o seu tema, que versa sobre a questão de certos setores do público consumidor de Rock no Brasil, que não prestigia o Rock brasileiro, normalmente e dessa forma, torna-se até cômica a situação desse cidadão que prefere apoiar bandas cover a cantar clássicos internacionais, do que prestigiar artistas autorais. 

Eis o Link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=4EKJEw91EJs

É controversa no sentido que poderia gerar má interpretação e por conseguinte melindrar quem não a interpretasse corretamente, mas o recado é bom e até divertido, no sentido que contém uma boa dose de humor, que de certa forma, traz a lembrança do Joelho de Porco à tona, pela ironia fina com sarcasmo e deboche, tudo misturado.

Kim Kehl em destaque. Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click, acervo e cortesia: Fausto Lopes

Em sua estrutura musical, trata-se de um Rockabilly acelerado, ao estilo de Gene Vincent, por isso, apesar da estrutura harmônica quadrada dos três acordes básicos, deu margem por outro lado, para que todos os instrumentistas colocassem elementos coloridos em seus arranjos individuais e assim, a canção ficou rica e ao se considerar que foi gravada em tomada única, ao vivo, surpreende por esse balanço todo e cheio de pequenos detalhes pontuais.

Bem, a quarta faixa se chama "Ultimo Blues". Um tema clássico, um pouco mais acelerado que um slow blues propriamente dito, mas não muito, lembra-me, particularmente, o som do Ten Years After. Gosto muito da condução geral da banda, todos a atuar com a devida parcimônia para não poluir a pureza do Blues, mas com classe, eu diria. O solo do Kim é muito, bom, e ele usou uma guitarra Epiphone ao estilo, Gibson 335, daí reforçar a minha impressão de que o som de Alvin Lee se fez presente, fortemente.

Na questão da letra, eu penso que a abordagem é bem melancólica e cabe a reflexão. Eu, particularmente, sou um otimista por natureza, e sempre rejeitarei uma visão negativa e/ou derrotista, mas também entendo perfeitamente a visão de quem compôs e acho perfeitamente válido, pelo ponto de vista artístico, que a visão melancólica tem a sua beleza artística, sem dúvida alguma. 

Eis o Link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=TYMbiXiRReU

E neste caso, a poesia escrita e interpretada pelo Kim, a descrever a sua desesperança com o panorama artístico, a situação da sociedade atual e tudo mais. E mais uma vez, essa linha de criação para a letra, precedeu a questão da pandemia e as suas consequências sociais terríveis etc. Ele começou a esboçar essa canção nos idos de 2017, e neste relato eu cheguei a comentar sobre tal, muitos capítulos atrás. Então, no cômputo geral, eu creio que por se tratar de um blues bem clássico, essa letra é bastante compatível com a sua estrutura musical.

Nelson Ferraresso em ação, com a presença de Juliana Parra, uma das proprietárias do estúdio V8, ao seu lado, por detalhe. Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click, acervo e cortesia: Fausto Lopes

A quinta faixa, "Sonhos & Rosquinhas", é a mais vibrante faixa do disco, pelo aspecto mais festivo. Lembra bastante o som do Mott the Hoople, a evocar o Glitter-Rock britânico e setentista, mas ao mesmo tempo, contém bastante identidade AOR, com sabor norte-americano. Por ter sido gravada ao vivo, os backing vocals não acertaram a afinação e a métrica em todas as voltas do módulo em que atuam e neste caso, eu creio que poderia ter sido pilotada a mixagem a coibir, mas como foi uma gravação com tomada única e a mixagem feita bem rapidamente, passou dessa forma. Por outro lado, pode-se afirmar que é uma gravação ao vivo, em ritmo de bootleg e assim, soa orgânico, verdadeiro etc. e tal, ou seja, é válido se analisado com esse sentido.

Eu (Luiz Domingues), com Carlinhos Machado ao fundo, na bateria. Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click; acervo e cortesia: Fausto Lopes

Sobre a letra, a questão da expressão "sonhos & rosquinhas", que dá título à canção e ao disco, tem a sua razão de ser. Se lido a esmo, parece uma ideia exótica, mas a explicação da parte do Kim que a compôs, deu-se pelo fato de que ele ouvira o saudoso crítico musical, Ezequiel Neves, cunhar a expressão: -" o sonho acabou, então eu vou comer rosquinhas". 

Eis o Link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=uI_pqF55n68

Claro que a intenção foi brincar com a frase de efeito usada como jargão paradigmática e geralmente com má intenção em gerar dolo, para vilipendiar a derrocada do movimento Hippie; a contracultura e o Rock sob a égide, 1960 & 1970, de uma forma geral. Polêmico por natureza, Ezequiel criou esse jargão cínico para debochar mesmo, disso eu não tenho dúvida, porém, não posso deixar de observar que maledicência a parte, a expressão é engraçada. Portanto, o Kim a usou para brincar com o tema e na letra, ele pelo contrário, traça um paralelo interessante a anotar que o sonho acabou de fato, mas o que adveio foi muito pior, o que, por esse aspecto, eu tendo a concordar e lastimar, sem dúvida. Anotado como se fosse uma parte "B" dessa canção, vem a parte final, denominada: "Grand Finale", que vem a ser o fechamento clássico da dita "Suíte". De fato, há uma reinserção ao tema inicial "abertura", mas com nuances diferentes, a acrescentar um tema que nós costumávamos usar ao vivo como fechamento dos nossos shows, principalmente entre 2014 e 2019. 

Sobre a parte musical em si, dessas duas últimas canções, eu gosto muito também da vibração e do sentido de balanço, principalmente em "Sonhos & Rosquinhas", quando nas partes mais a ver com o Glitter Rock, o sentido mais dançante ficou muito realçado e ouso dizer que nesse sentido, tal canção tornou-se doravante uma espécie de nova "A Noite Inteira", para levantar a plateia em nossos shows, assim esperávamos. E o encerramento com "Grand Finale", tem uma eloquência que eu sempre apreciei em tocar ao vivo e portanto, fiquei feliz que tenha sido gravada para imortalizar-se.

Foto com a banda a posar após o término da apresentação & gravação. Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click: Lara Pap. Acervo e cortesia: Kim Kehl

E como bônus tracks, eis que se acrescentou mais uma versão de "Ultimo Blues", desta feita proveniente do áudio do vídeoclip que foi filmado na mesma ocasião e também o single que lançáramos em 2018, "Andando na Chuva", agora devidamente alojado em um CD.

Eis o Link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=mDV_zmY9PYY

Sobre a capa, a sua estrutura básica é bonita a usar o fundo preto com dois selos sobrepostos, um a conter as palavras "Rock" e "Blues" em círculo e o logotipo d'Os Kurandeiros por cima, com realce e a se colocar de uma forma muito bonita. Predominam as cores amarela, dourada e vermelho em tom "bordeaux", portanto, com muito bom gosto nessa composição. A inserção de uma ilustração com a rosquinha cor-de-rosa, trouxe o elemento mais divertido à concepção da ilustração.
A contracapa ficou igualmente bem sóbria. O logotipo d'Os Kurandeiros em versão branca ao fundo, com as fotos dos cinco componentes da banda em sentido horário, sob clicks de Fausto Lopes, a presença de mais uma ilustração da rosquinha temática desse álbum e a ficha técnica bem simples, com os caracteres centrados em letras brancas.
E a imagem para selo do disco em si, a rosquinha rosada e os seus complementos granulados em azul e branco, com o nome do disco e da banda. Toda a concepção e produção da capa e o seu lay-out, ficaram a cargo de Kim Kehl, além da produção geral do álbum.
O disco foi lançado em julho de 2020, com bastante repercussão inicial em termos de internet.
Carlinhos Machado em ação! Os Kurandeiros durante a gravação ao vivo do CD Sonhos & Rosquinhas Suíte". Estúdio V8 de São Paulo. 15 de março de 2020. Click, acervo e cortesia: Fausto Lopes

A primeira resenha oficial foi publicada em 2 de agosto de 2020. Assinada por Cesar Gavin, através do site rockbrasileiro.net com muitos elogios ao trabalho.

Eis o link para ler a matéria no site citado: 
https://www.rockbrasileiro.net/2020/08/os-kurandeiros-lancam-novo-album-ao.html
Na primeira foto, Carlinhos Machado & Kim Kehl, em encontro ocorrido no dia 6 de agosto de 2020. Na segunda foto, Nelson Ferraresso e Kim Kehl, em encontro realizado em 12 de agosto de 2020. Clicks (selfies), acervo e cortesia: Kim Kehl

Em 6 de agosto de 2020, Carlinhos Machado visitou, Kim Kehl, em seu QG, o estúdio "Mandioka", e a rigor, foi a primeira vez em que se reencontraram, desde 15 de março, quando da gravação do disco ao vivo, "Sonhos & Rosquinhas Suíte", ou seja, a pandemia gerou muitos estragos para Os Kurandeiros, e para todos, eu sei bem disso.
E o mês de agosto avançou, sem que a questão da pandemia nos desse sinal de que estaria para ser erradicada. Longe disso, vivemos um platô técnico da situação, porém não muito bem delineado. Saúde e protocolo sanitário em primeiro lugar, certamente, mas o fato foi que a perspectiva para a volta segura do ambiente social para que pudéssemos atuar ao vivo, esteve longe de ser visualizada.
Portanto, a ação virtual continuou a pautar a nossa atividade e nesses termos, mais produtos foram anunciados. Uma nova linha de bottoms, com o logotipo estilizado d'Os Kurandeiros foi anunciado.

Já no dia 28 de agosto, eis que o site: "Dica do Rock" elaborou uma playlist em suas plataformas digitais e incluiu o novo CD d'Os Kurandeiros, "Sonhos & Rosquinhas Suíte" em seu bojo. E também fez uma pequena resenha sobre o nosso mais recente álbum lançado. 

Em abril de 2020, direto do estúdio Mandioka's, Kim Kehl fez uma live a tocar sozinho, diversas canções d'Os Kurandeiros, em um evento que ele denominou como "40tena Sessions" para brincar com a quarentena que assolara o planeta inteiro. Em 28 de agosto, finalmente uma edição gravada foi colocada no YouTube. Juja Kehl, seu irmão, organizou a filmagem.

Eis o link para assistir no You Tube:
https://www.youtube.com/watch?v=BpY3_Xyp8b8 

Outra boa novidade ocorreu com uma entrevista anunciada a enfocar a carreira inteira de Kim Kehl, nos mesmos moldes em que houvera ocorrido comigo mesmo, anteriormente, no mesmo programa: "Só Brasuca" da Webradio Crazy Rock. Com pauta, produção e condução do radialista, Julio Cesar Sousa, eis que uma longa entrevista, com direito a uma farta seleção de músicas de Kim Kehl, a relacionar diversas bandas pelas quais atuou e com ênfase n'Os Kurandeiros, ocorreu entre os dias 5 e 11 de setembro de 2020.

Eis que em 6 de setembro de 2020, foi a vez de Kim Kehl ter sido enfocado para uma longa entrevista conduzida pelo radialista, Julio Cesar Sousa, através do seu programa: "Só Brasuca", pela Webradio Crazy Rock, e foi nos mesmos moldes em que eu fora entrevistado algum tempo antes (em 27 de junho, com repetições até 3 de julho de 2020), ou seja, a conter uma boa entrevista a falar sobre a sua carreira inteira e a se intercalar com músicas provenientes de diversas bandas em que ele atuou e também a conter o foco final e óbvio para o trabalho d'Os Kurandeiros.
No ar entre 5 e 11 de setembro, como experiência de áudio inicialmente pelas ondas da Webradio Crazy Rock, eis que alguns dias depois, a partir de 14 de setembro, foram liberadas as imagens da entrevista, postadas no YouTube.

Entrevista de Kim Kehl ao radialista, Julio Cesar Sousa, através do programa "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock. Parte 1

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=YewpZZaV2Cg

Entrevista de Kim Kehl ao radialista, Julio Cesar Sousa, através do programa "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock. Parte 2

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=QZ7blCCvveY&t=6s

Entrevista de Kim Kehl ao radialista, Julio Cesar Sousa, através do programa "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock. Parte 3

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=NSdkBiFwBzM 

Bem, ficamos todos contentes com a entrevista do nosso guitarrista a narrar fatos pitorescos de sua carreira inteira e certamente a revelar particularidades interessantes sobre a nossa banda.

No dia 26 de setembro, a música: "Deixe Tudo" d'Os Kurandeiros, entrou em execução na grade do programa, "Só Brasuca" através da Webradio Crazy Rock. E assim permaneceu até o dia 2 de outubro de 2020.

Eis que a parceria com a artesã/artista plástica, Amanda Fuccia, prosperou e assim ela anunciou que preparara a linha de almofadas com capas de discos d'Os Kurandeiros. 

E para celebrar essa associação, Amanda costurou (com o perdão pelo trocadilho que juro, não foi proposital para gerar graça), uma campanha para lançar tais produtos no mercado e assim, com apoio da Webradio Stay Rock Brazil, tal promoção foi concebida para sortear algumas almofadas e no cômputo final, agregou-se também com discos, bottons e camisetas da nossa banda, a encorpar esse bojo de presentes oferecidos.

Entrou no ar a campanha no dia 29 de setembro, com o sorteio aos contemplados marcado para o dia 6 de outubro de 2020.

Em 30 de setembro, a nossa música, "P'ro Raul", foi executada no programa: "Guitarras & Rock'n' Roll", uma produção e locução do guitarrista, Milton Medusa, através da Webradio "A Música Venceu", emissora que operava direto da paradisíaca Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

E novamente através do programa: "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock, tivemos mais uma música programada para a execução, desta feita com "P'ro Raul" em playlist montada pelos artistas, Milton Medusa e Zé Brasil. No ar entre 3 e 9 de outubro de 2020.

Ainda em outubro, foi anunciada a criação de mais um imã de geladeira e um pequeno flyer d'Os Kurandeiros

Avançamos por outubro e novembro com a pandemia motivada pela expansão da Covid-19, a não permitir que nos víssemos com regularidade com a qual nos acostumáramos nos anos anteriores, mediante a agenda boa e diante das circunstâncias de 2020, nem mesmo para promovermos encontros sociais entre nós, a não ser vistas esporádicas ao quartel general d'Os Kurandeiros, famoso "Basement" de Kim Kehl e carinhosamente batizado como: "Mandioka Studio". 

No dia 14 de outubro, a artista plástica e artesã, Amanda Fuccia visitou o estúdio Mandioka's e pegou com o Kim Kehl o Kit para entregar ao vencedor da promoção das almofadas d'Os Kurandeiros através da Webradio Stay Rock Brazil.

Nesses termos, o Kim anunciou-nos que havia fechado cinco músicas novas e então, nos mobilizamos para colaborar no sentido de gravarmos uma demo-tape em ritmo de pré-produção para mais um álbum com inéditas.

Kim Kehl e eu (Luiz Domingues), no dia em que fui gravar os baixos das músicas novas em mais uma demo-tape que gravamos, esta em outubro de 2020. Click (selfie), acervo e cortesia: Kim Kehl

E lá fui eu gravar os baixos para as cinco canções novas e foi muito rápido, eficaz e prazeroso. Fiquei muito surpreendido pela qualidade da gravação, mesmo tendo sido feita tecnicamente em linha e no uso de um baixo disponível do estúdio, um "SL" a imitar um Fender Jazz Bass, portanto, para uma demo-tape com objetivo de pré-produção, acho que ficou excelente.

Nelson Ferraresso, no dia em que esteve no Mandioka's Studio para gravar os teclados da novas músicas para a segunda demo-tape que gravamos em outubro de 2020. Clicks, acervo e cortesia: Kim Kehl

A seguir, Nelson Ferraresso compareceu à sede d'Os Kurandeiros para gravar a sua parte e com os teclados, a demo-tape ficou incrível, também acrescida pelas guitarras do Kim e assim, se mapeou bem o material com o qual nós trabalharíamos assim que o isolamento social se tornasse seguro, a visar mais um álbum com inéditas.

Ao final de outubro, o Kim Kehl recuperou o arquivo de um show que fizéramos em 2016, na casa de espetáculos, Santa Sede Rock Bar de São Paulo, quando nos apresentamos na festa do 8º aniversário da Webradio Stay Rock Brazil, em 30 de outubro de 2016. A qualidade de áudio e imagem deixa a desejar, mas é um registro válido.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=oFrtJ9nhVqw

No início de novembro de 2020, o Kim Kehl lançou um clip da música: "Só o Terror", canção oriunda do nosso então recém-lançado álbum: "Sonhos & Rosquinhas Suíte". A concepção dessa peça foi absolutamente minimalista em termos de produção, mas creio que foi uma proposta interessante, ao mostrar o Kim, sozinho a cantar e tocar a canção praticamente com tomada única e com uma irritante luz estroboscópica diretamente aplicada ao seu rosto, a gerar a sensação tenebrosa, proposta pela letra da canção. Ora, como essa música tem uma proximidade muito grande com o som do Alice Cooper, eu creio que tal predisposição foi bastante interessante.

"Só o Terror" (Kim Kehl) - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Filmagem: Juja Kehl. Produção: Kim Kehl e Juja Kehl. Lançado em  4 de novembro de 2020

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=JmcGA6BksiE

Foi bem emocionante nos reencontrarmos para um ensaio em 17 de novembro para um ensaio. Não tocávamos juntos desde 15 de março, quando a quarentena foi decretada em virtude da pandemia mundial da Covid-19. Um vídeo, filmado por Lara Pap, registrou tal ensaio que serviu como primeiro preparativo para entrarmos em breve em estúdio para gravarmos um novo álbum.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=LHybDHNDR0o

Chegamos enfim ao mês de dezembro de um ano muito difícil e quero crer, não apenas para a nossa banda, mas para o planeta inteiro, vide a catástrofe de uma pandemia de escala mundial, violenta e virulenta. 

Termos tido conquistas em um ano tão difícil, pode ser tranquilamente computado como uma grande vitória, portanto, em meio ao caos sanitário em que a ordem do dia foi lutar para nos mantermos vivos e compute-se como dado o fato de com exceção do guitarrista, Phill Rendeiro, todos os demais componentes já eram sexagenários (com o tecladista, Nelson Ferraresso, ainda na faixa cinquentenária). Portanto, encontros presenciais, ensaios e que tais estiveram proibidos até segunda ordem.

Mesmo assim, convites para shows virtuais ou semipresenciais com protocolo de segurança assegurado, surgiram, mas por uma questão de mudança de faixas de quarentena de uma forma constante da parte dos governos estadual e municipal, tais eventos foram todos cancelados. Sei que todos estavam ansiosos para retomarmos as atividades culturais em geral, mas particularmente eu nunca achei prudente forçar a barra nesse sentido e o ideal em minha opinião, sempre foi melhor aguardar com paciência a resolução definitiva da pandemia e retomar a produção cultural a posteriori.

Bem, conforme eu já salientei, tivemos uma grande conquista ao lançarmos um álbum com músicas inéditas em plena pandemia e esse feito foi extraordinário, não tenho nenhuma dúvida. "Sonhos & Rosquinhas Suíte" foi mais que um sonho, mas uma concretização para um ano tão improvável.

Ficamos prejudicados naturalmente por não termos feito shows para promovê-lo adequadamente, mas dentro do possível, tivemos uma repercussão razoável pelos meios virtuais. Em termos individuais, Kim Kehl, eu (Luiz) e Carlinhos Machado, tivemos ações em termos de entrevistas, participações em "lives", curadoria para elaborar playlists de webradios e assim, essa movimentação também colaborou para nos manter em boa evidência midiática.

Carlinhos Machado, Kim Kehl e Luiz Domingues no estúdio "Mad", localizado no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo em 10 de dezembro de 2020, a última e na verdade, uma das poucas atividades presenciais que nós tivemos nesse ano tão problemático. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Eis que mediante todos os cuidados sanitários possíveis, nós marcamos um ensaio, pois houve a perspectiva de um espetáculo virtual ao final do ano, mas o governo endureceu novamente as medidas de segurança e o evento foi cancelado. Paciência, ao menos tivemos o privilégio de nos vermos e tocarmos para extrair um pouco da ferrugem que o indefectível "Coronavírus" nos obrigou a acumular.

Surpresa boa no estertor do ano, a Webradio Stay Rock Brasil anunciou o lançamento virtual de uma gigantesca coletânea virtual, com quatro volumes e Os Kurandeiros foram inseridos nessa obra com a música: "Bom Rock", esta, recentemente lançada no álbum: "Sonhos & Rosquinhas Suíte", portanto, uma canção nova em folha. 

Chamada como: "Coletânea 2020", tal obra quádrupla premiou uma centena de bandas e artistas solo que bravamente passaram o ano de 2020 sob perplexidade e penúria, dado o fechamento da vida cultural, com shows e eventos ao vivo cancelados e a dificultar até a produção de ensaios e gravação de novos álbuns, demo-tape & afins.

E assim, eu creio que em face ao que a humanidade passou, o saldo do ano de 2020 foi ótimo para Os Kurandeiros. Com a perspectiva de uma novo disco com inéditas para 2021, a se mostrar garantida, inclusive mediante estúdio reservado para tal finalidade, a esperança foi renovada. 

Na virada do ano, a torcida mais fervorosa foi para que a solução científica nos tirasse do perigo maior do contágio e aos poucos, pudesse tornar possível a retomada da vida normal e em nosso caso, da plena atividade de uma banda de Rock que sempre foi estar a atuar ao vivo. Como dizia o saudoso baixista do The Who, John Entwistle: -"banda que não toca ao vivo, não é uma banda". Claro que não foi por nossa culpa, mas ficamos muito tempo afastados dos palcos e em 2021, ansiamos por tal retomada!

Continua...

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