Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 16 - Mais um Disco em Processo de Preparação! - Por Luiz Domingues

Da esquerda para a direita: eu (Luiz Domingues), Kim Kehl e Carlinhos Machado. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Após um difícil ano de 2020, não apenas para Os Kurandeiros, mas para a humanidade, como é bem sabido por quem passou por isso ou estuda a história, se estiver a ler bem depois, eis que nós tivemos uma boa novidade logo no começo de 2021, mesmo com a situação da pandemia a se intensificar ainda mais, infelizmente.

Um evento "on line" pelo qual estávamos programados para participar desde 2020, e que sofrera diversas postergações dada a situação da pandemia mundial por conta do Coronavírus, finalmente foi confirmado para ser realizado entre os dias 8 e 10 de janeiro de 2021. Nós ficamos programados para filmar a nossa participação no dia 8, ao lado de alguns artistas bem mesclados, entre veteranos e novatos, e a filmagem desse espetáculo ficou programada para ser realizada no mini teatro pertencente ao Estúdio Espaço Som, localizado no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Luiz Domingues, o guitarrista e produtor desse evento, Daniel Gerber e Carlinhos Machado. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Fui o primeiro a chegar e no agradável quintal do teatro, ao ar livre e sem aglomerações, pude passar um bom momento de espera pelos colegas a conversar com o grande guitarrista, Daniel Gerber, que foi um produtor associado do festival Rock in SP, nesta versão "on line 2021". 

O cronograma do dia em que filmamos a nossa participação no festival. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021.

Então, já com a presença dos meus amigos e desta vez apresentar-nos-íamos como Power-Trio, nós seguimos o protocolo da organização e o sanitário pela situação da pandemia, logicamente e após a apresentação da banda, "General Sade" (estava marcado o grupo "Trezzy", mas houve uma modificação de última hora na escala), que nos pareceu fazer um Rock no limite do Punk-Rock pela sonoridade, mas a observar um visual "Glam" que remetera ao New York Dolls, principalmente da parte de seu (sua) vocalista a se apresentar montada como "Drag Queen", nós assumimos o palco.

O set list que havíamos preparado desde 2020 para participarmos do festival. Quando ele foi finalmente confirmado, houve uma redução de espaço e assim, em 2021, tocamos apenas as músicas assinaladas com caneta, a caracterizar um show de choque. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021.

Apenas com os técnicos da operação do áudio e da filmagem, além de poucos membros da organização do festival ali presentes no pequeno auditório, a filmagem ocorreu de uma forma bem tranquila. 

A banda sob uma panorâmica no palco. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Daniel Gerber

Tocamos nesse especial as seguintes músicas: "A Noite Inteira", "O Filho do Vodu", "Cidade fantasma", "Bom Rock" e o "Grand Finale" esta última aliás, que é uma vinheta que integrava o então mais recente álbum que lançáramos em 2020, "Sonhos & Rosquinhas Suíte". Foi um show de choque, com uma música seguida da outra, sem interrupções em um auditório vazio com a dinâmica de um especial para a TV, e foi assim que atuamos, portanto.

Os Kurandeiros em ação! Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Alvissareiro, no entanto, pois o simples fato de que cansados pelo longo isolamento sanitário, proposto pela situação periclitante em que vivíamos por conta da pandemia, somente o fato de nos encontrarmos, foi o suficiente para comemoramos o nosso reencontro, pelo aspecto social, a se pensar no aspecto da amizade pela qual sentíamos saudade da convivência mútua. 

Mas também pelo fato de termos tido o prazer de tocarmos ao vivo, fator que não exercíamos desde o já longínquo dia 15 de março de 2020, e curiosamente em condições bem semelhantes a se observar um show gravado e filmado ao vivo nas dependências de um estúdio e ocasião essa em que garantimos a gravação do CD "Sonhos & Rosquinhas Suíte" em regime de gravação com tomadas únicas.

Kim Kehl em destaque! Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Ora, que maravilha então nos sentirmos "Still Alive and Well" como dizia o grande Johnny Winter, portanto, para nós, além da oportunidade concedida pelo festival em si, foi uma autêntica festividade para todos.

Mais uma panorâmica da banda em ação. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Encerrada a gravação, nos despedimos dos muitos amigos ali presentes e entre nós, o trio base d'Os Kurandeiros, combinamos marcar um ensaio para o dia 14 de janeiro e assim retomarmos os esforços para gravarmos o próximo álbum da banda e curioso, sem ao menos termos feito shows de lançamento do anterior, ainda inédito nesses termos, digamos mais convencionais dentro do espectro do show business.

Da esquerda para a direita, o guitarrista e produtor desse evento, Daniel Gerber, Luiz Domingues, Carlinhos Machado e Kim Kehl. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Em suma, ao tomarmos todos os cuidados protocolares no âmbito médico/sanitário, certamente o simples fato de termos iniciado o ano de 2021 com tão boas novidades em contraste diametral à situação tétrica em que o Brasil e o mundo viviam, foi sem dúvida um grande presente que Os Kurandeiros receberam dos Deuses do Rock. 

Eu, Luiz Domingues, a esperar o pessoal da filmagem dar o sinal verde para começarmos. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/ Versão on line 2021. 8 de janeiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Que o ano de 2021 frutificasse com alentos no campo da saúde a ser preservada para todos e que tivéssemos mais novidades boas para a nossa banda!

Foi confirmada então a nossa participação ao vivo no projeto Rock in SP/ versão on Line 2021 e caiu, coincidentemente para o mesmo dia em que iniciaríamos as sessões de gravação de nosso novo álbum diretamente no estúdio Prismathias de São Paulo. Ora, nesse caso, foi muito feliz para a nossa banda estarmos em evidência virtual ao mesmo tempo em que produzia em estúdio, novidades esfuziantes. 

"A Noite Inteira" (Kim Kehl) em versão ao vivo no Projeto Rock in SP/Versão on Line 2021. Ao vivo em 6 de fevereiro de 2021.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=k0T3cfHWJnA

"Bom Rock" (Kim Kehl) em versão ao vivo no Projeto Rock in SP/Versão on Line 2021. Ao vivo em 6 de fevereiro de 2021.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=CxabNMemcNI

"Cidade Fantasma" (Kim Kehl) em versão ao vivo no Projeto Rock in SP/Versão on Line 2021. Ao vivo em 6 de fevereiro de 2021.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=xHOAd0TpJQk

"O Filho do Vodu" (Kim Kehl) em versão ao vivo no Projeto Rock in SP/Versão on Line 2021. Ao vivo em 6 de fevereiro de 2021.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=B2xTSq5Hv1w

A versão na íntegra da participação d'Os Kurandeiros no Festival Rock in SP/Versão On Line 2021.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=03EcRUpodKQ

Assistimos a nossa apresentação ao vivo sob soslaio, pois realmente estávamos muito empenhados em auxiliar nos preparativos para a gravação da base inicial do nosso novo disco e assim, só nos dias posteriores e com maior calma foi que pudemos assistir, efetivamente.

E dessa forma, animados com a perspectiva de um disco novo, lá fomos nós no dia 6 de fevereiro de 2021 ao simpático estúdio Prismathias, no bairro do Parque São Lucas, na zona leste de São Paulo. Tarde quente de verão, chegamos com tranquilidade e fomos recepcionados com bastante cordialidade pelo seu proprietário e técnico responsável, Danilo Gomes Santos.

A missão que planejamos foi hercúlea, no sentido de que havíamos combinado gravarmos as bases todas em tomadas únicas para cada canção. Não é, como eu já salientei muitas vezes, a minha metodologia predileta de gravação, mas como eu já expliquei isso inúmeras vezes ao longo da minha autobiografia, inclusive a enfocar outros trabalhos, não vou cansar o leitor com a repetição. Entretanto, é preciso acrescentar que ante a menor robustez econômica que uma banda de Rock não alojada no patamar mainstream geralmente ostenta, tal recurso revela-se normalmente como a única solução plausível para se efetuar uma produção fonográfica, portanto, é algo quase sempre inevitável.

Carlinhos Machado a arrumar o seu instrumento logo no início dos trabalhos no estúdio Prismathias. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues 

Tudo bem, Rockers para lá de experientes, com a linha de frente da banda na idade sexagenária, a situação não nos causara nenhuma contrariedade insustentável e pelo contrário, se eu não acho o método mais adequado, ao mesmo tempo estou tão acostumado a lidar com tal metodologia mais simplória que realmente não incomodou-me sobremaneira mais uma vez fazer uso dela.

Phill Rendeiro, também no aguardo do trabalho começar, visto pela "casinha" da bateria. Click e acervo: Luiz Domingues

Bem, a hospitalidade do Danilo em seu estúdio foi total e a animação dele e igualmente a nossa, embalou o bom astral para que pudéssemos mergulhar no trabalho com bastante afinco e vontade de darmos o nosso máximo.

De comum acordo, iniciamos a gravar a canção: "Cidade Fantasma", pois julgamos que pelo fato dela ter estado bem segura, visto que já a havíamos até a tocado ao vivo no evento "Rock in SP/Versão on Line 2021", recentemente, a credenciá-la e além do mais, nós levamos em consideração o fato de que o seu andamento mais ameno também ajudaria a nos fazer usarmos poucas tomadas e assim, ganharíamos confiança para seguir em frente com as outras canções. 

Duas das três guitarras que o Kim Kehl utilizou nesse primeiro dia de gravação no estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Pois muito bem, acertado o metrônomo, o click surgiu em nossos respectivos fones de ouvido e nós gravamos com uma desenvoltura tal que foi muito mais que uma ação produtiva, mas na verdade, um prazer para todos nós gravarmos tão rapidamente e com um balanço natural garantido por todos nos arranjos individuais e que funcionou de forma magnífica no aspecto coletivo.

Kim Kehl em um momento de descontração nas dependências do estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues  

Confiantes, fomos para a segunda canção, "Gasolina", que se trata de uma balada com forte apelo Country-Rock, portanto, eu permaneci com o mesmo baixo que usei na canção anterior, o Fender Jazz Bass e novamente creio que acertei na escolha, dada a constatação de que o som grave, encorpado e brilhante que veio das caixas de monitoração da técnica do estúdio, quando da nossa audição posterior, gerou-me (e aos demais), uma impressão super positiva.

Eu, Luiz Domingues, a usar o Fender Jazz Bass com o seu timbre sempre robusto e brilhante. Estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Click, acervo e cortesia de Kim Kehl.

Foi mais uma gravação tranquila, no beat correto do click, com todos soltos e assim, creio que a base tenha ficado ótima.

Veio a seguir para gravarmos, um tema versado pelo Blues-Rock mais acelerado, mas aqui cabe uma ressalva. Quando fizemos ensaios prévios para a pré-produção desse disco novo, tal canção conhecida como "Noite de Sábado", o andamento que usávamos para ela era mais rápido. No entanto, quando fomos usar o mesmo parâmetro para acertar o metrônomo, percebemos que mais lento um pouco talvez soasse melhor, apesar da volúpia sugerida pelo riff primordial que sugere o som do Johnny Winter, possivelmente. Bem, ajustamos para baixo e assim gravamos tal versão mais lenta do que a prevíamos, mas eu penso que tenha ficado muito bom.

Phill Rendeiro também flagrado em uma momento de descontração no estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo de Luiz Domingues 

Poucas tomadas para cada canção, timbres sensacionais dos instrumentos, alto astral e animação generalizada, em suma, esteve tudo perfeito nessa primeira sessão e como se não bastasse esse clima todo favorável, ainda por cima estávamos ligados em nossa participação no evento "Rock in SP/Versão on Line 2021", que estava a ser transmitido ao vivo, portanto, tudo somou para que o ambiente ficasse permeado pelo bom astral.

Na primeira foto, Kim Kehl e Phill Rendeiro observam o técnico/proprietário do estúdio Prismathias, Danilo Gomes Santos a trabalhar. Na segunda foto, Kim Kehl e eu, Luiz Domingues, sinalizamos, enquanto o Danilo trabalhava. E na terceira, Carlinhos Machado também ouve e observa o Danilo a trabalhar. Estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Clicks e acervo: Luiz Domingues

Resolvemos gravar mais uma faixa, dada a constatação de que a primeira sessão transcorria de uma maneira extraordinária e assim optamos pela canção psicodélica/"zepelliniana", "Viagem Muito Louca" e nesse caso, eu já havia programado fazer uso de um outro baixo que soaria melhor, por isso, peguei o Rickenbacker em mãos e fui confiante para a gravação do tema.

Kim Kehl a preparar o som da sua guitarra Fender Telecaster, visto da sala da técnica do estúdio Prismathias. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Tema muito bonito e com a clara intenção de homenagear o nosso amigo, Ciro Pessoa, que nos deixara no ano de 2020, eis que gravamos com tranquilidade e com a devida emoção necessária, dada a carga emocional proposta pela canção. 

Eu, Luiz Domingues a usar o baixo Rickenbacker, pronto para buscar o elemento psicodélico a homenagear o amigo Ciro Pessoa. Estúdio Prismathias. 6 de fevereiro de 2021. Click, acervo e cortesia de Carlinhos Machado

A sessão estava por encerrar-se, mas o Danilo nos sinalizou que se quiséssemos tentar uma tomada da quinta faixa a ser gravada, poderíamos tentar. E assim fomos gravar a canção: "São Paulo", um tema com forte apelo Pop/Aor. 

Visto da sala de gravação e com o meu próprio reflexo no vidro, Danilo Gomes Santos trabalha na técnica. Estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Nós fizemos algumas tomadas, mas nessa altura, o cansaço já se fazia proeminente. Chegamos a guardar duas tomadas no arquivo da máquina, consideradas satisfatórias, mas o combinado foi encerrarmos e assim que voltássemos no dia posterior, iniciássemos a sessão com novas tentativas para gravarmos a faixa: "São Paulo", talvez com um outro ânimo, pois as tomadas que fizéramos ainda no sábado, dia 6, estavam bem razoáveis, mas gravação é assim mesmo e quando se percebe que a energia criativa acabou, mesmo que a gravação esteja correta, pode ficar melhor sob uma nova tentativa com uma interpretação mais arejada.

Carlinhos Machado em momento de descontração nas dependências do estúdio Prismathias de São Paulo. 6 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

E assim nós encerramos a primeira sessão de gravação do novo disco, até então sem um título definido nesse momento. No dia seguinte, prosseguiríamos então com mais uma gravação de base para a canção "São Paulo" e o nosso tecladista, Nelson Ferraresso estaria presente para dar início à sua participação, ao gravar os teclados das cinco canções.

No dia seguinte, 7 de fevereiro de 2021, voltamos ao estúdio Prismathias de São Paulo, para darmos prosseguimento aos trabalhos iniciais de gravação das bases do novo disco. Se no dia anterior o trabalho fora muito proveitoso, desta feita, chegamos as dependências do estúdio com a incumbência apenas de tentarmos novas tomadas para a música: "São Paulo" e mesmo assim, com a certeza de que houveram duas tomadas gravadas na noite anterior, com qualidade e das quais poderíamos dispor. 

Nelson Ferraresso nas dependências do estúdio a gravar a sua participação para o novo álbum d'Os Kurandeiros. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Claro, sabíamos que poderia ficar muito melhor com uma abordagem mais arejada e foi o que fizemos ao investirmos diretamente nessa nova tomada. Bem, demorou um pouco para retomarmos o astral do dia anterior, mas eis que engrenamos e fechamos a base da canção.

Luiz Domingues (encoberto) e Kim Kehl em ação. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Então, fechada a canção: "São Paulo", o nosso tecladista, Nelson Ferraresso começou a gravar na mesma sessão, os seus teclados. Com timbres magníficos, ele foi a colocar as suas bases, solos e contra-solos e assim, adiantou bastante o trabalho.

Nelson Ferraresso em ação. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

E assim, muito satisfeitos com a o resultado inicial, eis que ouvimos atentamente a captura inicial ali mesmo no estúdio e ficamos bastante contentes com os timbres iniciais. Tudo a soar com brilho, com peso e robustez, foi de fato uma constatação agradável que muito nos animou.

Luiz Domingues e Phill Rendeiro a escutar o resultado do áudio obtido pela banda. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Então, o combinado nesse dia 7 de fevereiro de 2021, foi chegarmos em casa e aguardarmos o trabalho de "bounce" da parte do Danilo Gomes Santos, para escutarmos o áudio obtido nessa sessão inicial e aguardarmos para marcarmos enfim a terceira sessão, certamente já a conter os overdubbings de guitarras e violões.

Carlinhos Machado em um momento de descontração. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click acervo e cortesia: Kim Kehl

A semana passou, ouvimos com atenção o material e ficamos felizes pelo resultado geral. No entanto, com a atenção mais apurada, detectamos detalhes que poderiam melhorar e assim, ficou previamente acertado que antes mesmo de mergulharmos nos overdubbings, correções se faziam mister.

Da esquerda para a direita: Luiz Domingues, Nelson Ferraresso, Carlinhos Machado, Phill Rendeiro e Danilo Gomes Santos. Na frente a comandar a selfie: Kim Kehl. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click (selfie) acervo e cortesia: Kim Kehl

A próxima etapa ficou para o final de fevereiro de 2021. E estivemos muito contentes por um começo tão promissor!

Sem a minha presença, motivado por um problema de saúde que eu tive, os companheiros se reuniram novamente nas dependências do Estúdio Prismathias de São Paulo para mais uma sessão de gravação. Desta feita, o objetivo foi estabelecer correções em algumas guitarras e teclados anteriormente gravados e a acrescentar detalhes com violões.

Kim Kehl em ação a gravar a sua guitarra Fender Telecaster. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Carlinhos Machado 

E assim, mediante uma sessão muito produtiva, eis que as correções propostas foram efetuadas e com todos a se mostrarem satisfeitos pelos resultados obtidos.

Phill Rendeiro em dois momentos da sessão: a gravar violão e guitarra.
Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Já no dia seguinte a essa terceira sessão ocorrida no dia 21 de fevereiro de 2021, nós pudemos ouvir o resultado atualizado da captura até então e ficamos muito felizes pelos timbres dos instrumentos, obtidos através desse trabalho inicial.

Kim Kehl a gravar a base da música: "Gasolina" no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. 

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=r-VtrWQbhzA

Na primeira foto, Carlinhos Machado e Phill Rendeiro em um momento de descontração. Na segunda, Danilo Gomes Santos e Kim Kehl, próximos à mesa de operação de áudio. Na terceira, Nelson Ferraresso a gravar os seus teclados. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Clicks (selfie na segunda), acervo e cortesia: Kim Kehl

Nessa semana, um programa de rádio on line também nos agraciou com uma mega reportagem a descrever a carreira d'Os Kurandeiros no geral e naturalmente a executar diversas canções provenientes dos nossos discos. Tratou-se do programa: "Black Sunday" da webradio Retrô Pop, comandado pelo comunicador Sandro Neiva. Ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2021.

O próximo passo previsto em estúdio seria no sentido dos últimos detalhes de guitarras em termos de "overdubbings" e o início da gravação das vozes.

E entre 27 de fevereiro e 5 de março, nós tivemos uma música do nosso repertório na programação do "Só Brasuca", atração da Webradio Crazy Rock, sob a locução e produção de Julio Cesar Souza. "Meu Mundo Caiu", um blues muito bonito, que soou por sete vezes ao longo daquela semana.

Carlinhos Machado comanda a selfie ao mostrar atrás de si, Danilo Gomes santos na mesa, Kim Kehl e Phill Rendeiro. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Em abril, a nossa banda teve a boa nova de uma resenha publicada na revista Roadie Crew, a analisar o nosso mais recente álbum gravado, "Sonhos & Rosquinhas Suíte". E nesta altura, 2021 em curso e com pandemia mundial em alto grau de periculosidade, o inevitável chegou também para tal publicação, ou seja, a sua versão tradicional, impressa, não era mais distribuída normalmente nas bancas.

Resistente, tal revista ainda não havia se rendido inteiramente às evidências e assim, se dispunha a ser vendida em sua versão impressa, conforme a demanda e também em versão pdf de computador, mas na prática, pelas bancas não circulava mais.

E que prazer eu tive, no alto da vida sexagenária, e com quase quarenta e cinco anos de carreira, contar com mais uma resenha de disco assinada pelo grande jornalista, Antonio Carlos Monteiro, o popular: Tony Monteiro. Mais que isso, foi uma honra, sem dúvida. 

Eis abaixo o teor da resenha do Antonio Carlos Monteiro:

"Se acabar o sonho, a gente come rosquinhas, era uma das tiradas que o saudoso crítico e produtor Ezequiel Neves costumava repetir. O guitarrista, vocalista, compositor e produtor, Kim Kehl aproveitou essa grande sacada e batizou seu mais novo disco de "Sonhos & Rosquinhas Suíte". 

Na verdade é um disco ao vivo, já que Kim, Luiz Domingues (baixo) e Carlinhos Machado (bateria), reforçados por Phill Rendeiro (guitarra) e Nelson Ferraresso (teclados), aproveitaram o convite para participar do projeto Estúdio V8 convida e resolveram registrar esse material. 

Assim, as seis faixas são envoltas naquele clima orgânico que só as gravações ao vivo proporcionam, fazendo jus ao som totalmente cravado nos anos 70 desenvolvido há tempos pelos Kurandeiros.

O Rockão "Só o Terror", a divertida "Bom Rock" com letra bem sacada falando sobre a eterna "rivalidade" entre bandas covers e autorais, e o desfecho com a exótica faixa-título são destaques num disco homogêneo e que, como toda produção de Kim Kehl & Os Kurandeiros, sempre entrega o que promete.

Nota 8,5

Antonio Carlos Monteiro

Ora, que crítica positiva ao dissecar de forma precisa e bem sucinta o que esse álbum representa em termos artísticos e ao mesmo tempo a situar sob o aspecto da sua produção, de uma forma surpreendente antes as condições que a banda teve a vivenciar em 2020, aliás não apenas a nossa banda, mas toda a humanidade, por motivos óbvios.

Portanto, eu fiquei muito feliz por essa resenha, pelo seu teor e por mais uma vez contar com a análise de um disco meu, assinada por um jornalista competente e que sabia o que estava a falar, sobretudo.

No avançar para o mês de maio, recebemos a notícia de que uma plataforma de música que também trabalhava com textos, a exibir boas matérias sobre música, havia colocado em sua grade o CD "Sonhos & Rosquinhas Suíte", mais o EP "Seja Feliz!" e também o single "Andando na Praia". Fiquei feliz ao ver que usaram a matéria assinada pelo Cesar Gavin para ilustrar o assunto sobre o primeiro disco citado neste parágrafo. 

Na mesma plataforma, eu notei igualmente a presença de textos a falarem sobre a produção musical dos anos 1980 e neste caso, usaram para ilustrar uma foto extraída do meu Blog 2 (e republicada no Blog 3, também), sobre o estúdio Mosh, aonde A Chave do Sol gravou o seu primeiro álbum.

Tratou-se da plataforma Mubrin.com (Música brasileira para ouvintes independentes).  

A pandemia mundial em decorrência do Coronavírus, estava longe de terminar ainda, mas eis que a nossa banda foi convidada a participar de uma versão bem reduzida da famosa Feira da Vila Pompeia. Se por um lado as pessoas estavam fatigadas pelo confinamento tão longínquo, os comerciantes estavam desesperados para trabalharem e o artistas, idem, tudo isso muito compreensível.

Nesses termos, a verdade foi que em maio de 2021, a situação sanitária não sinalizara com a possibilidade de uma retomada das atividades, mas mesmo assim, a barra foi forçada e quando o convite chegou, aparentemente eu fui o único componente da nossa banda que não considerei conveniente participar.

No entanto, ante a animação dos demais, eu não poderia recusar e assim, frustrar os planos dos companheiros que se mostraram sequiosos pela oportunidade e lá fui eu participar, mesmo imbuído da minha norma pessoal de usar duas máscaras, a higienizar as mãos com álcool em gel o tempo todo e a me prontificar de fugir da aglomeração, mesmo cônscio de que nos bastidores, isso seria praticamente impossível, dada a obviedade que os amigos que eu ali encontraria e estes não evitariam a oportunidade de se cumprimentarem com entusiasmo, após tantos meses sem o convívio social.

Eu, Luiz Domingues, a me apresentar devidamente mascarado em tempos de pandemia, em ação. Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi 

Bem, temeroso sim pelo evento inoportuno em minha ótica, não posso negar que é claro que eu também estava com saudade de tocar ao vivo, rever os companheiros da banda, colegas músicos de outras bandas e amigos em geral que transitam pelo meio, portanto, é claro que gostei de participar. 

De minha parte, me esforcei ao máximo para não quebrar o protocolo de segurança, mas foi inevitável me deparar com amigos menos cautelosos ou mesmo nada preocupados com as medidas sanitárias mais básicas e o contraste ficou estabelecido, isso eu já esperava e foi uma pena nesse aspecto.

Kim Kehl em destaque! Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi  

Bem, mesmo reduzida ao extremo, ao ocupar apenas um quarteirão das ruas do bairro, a Feira da Vila Pompeia de 2021, atraiu um contingente de pessoas sedentas pela convivência social, a beberem, comerem e se confraternizarem e claro, prontas para ouvirem o som dos artistas ali escalados que atuariam. Como é bom um show ao ar livre, não é mesmo? Eu também acho, naturalmente.

O tecladista, Nelson Ferrraresso em foto bem climática! Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi  

Enfim, quando chegamos ao quadrante do bairro, a se situar na Rua Padre Chico entre os quarteirões das Ruas Caraíbas e Cotoxó, o ótimo guitarrista, Márcio Pignatari se apresentava com a sua banda: "Os Takeus" e o público estava a apreciar muito a seleção de clássicos do Blues-Rock que ele tocava com os seus companheiros. 

Revi muitos amigos e fiquei feliz certamente, apesar de não ter havido muito cuidado da parte de muitos ali presentes, em relação aos cuidados básicos em termos de protocolo sanitário. Paciência, eu já antevira que isso ocorreria no decorrer da Feira.

Eu, Luiz Domingues em destaque. Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi  

Entramos em cena enfim, com o quarteto, visto que o guitarrista, Phill Rendeiro acusara um problema familiar de última hora e não pode estar conosco na apresentação. Nós tocamos com o equipamento um tanto quanto caótico na monitoração, mesmo que estivéssemos ali assessorados por técnicos competentes e que nós conhecíamos há tempos, por eles terem nos auxiliado em edições anteriores da Feira e também em feiras menores em que participamos nos anos anteriores. 

Kim Kehl em ação! Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi  

E assim, apesar dos pesares, fizemos uma apresentação boa e que se leve em consideração o fato de que estávamos há um ano e dois meses sem tocarmos ao vivo, tirante uma apresentação feita para a gravação de uma "live" ocorrida em janeiro. Mas um show nos moldes tracionais, fazia muito tempo.

Eu, Luiz Domingues em atuação! Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi  

Então, tocamos um set com músicas bem tradicionais do repertório, com apenas a inclusão de uma música nova, a se revelar: "Só o Terror", oriunda do último álbum lançado, "Sonhos & Rosquinhas Suite", não promovido ao vivo até então, por conta da pandemia, portanto, praticamente inédito para o público ali presente.

O grande fotógrafo e nosso amigo, Marcos Kishi, teve a felicidade de obter um efeito psicodélico nessa foto que tirou do Kim Kehl. Kim Kehl & os Kurandeiros na Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 16 de maio de 2021. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi  

Bem, o resultado em termos de receptividade foi ótimo, houve um pedido de bis da parte da plateia, mesmo com o avançar do horário e protocolo sanitário em voga, a deixar claro que a feira deveria ser mais curta e assim, voltamos para tocar: "Sou Duro" e "Rabo de Saia". Enfim, pelo aspecto do calor humano e vontade de todos para voltarmos a recuperar a vida social e cultural plena, é claro que foi gratificante.

Nós já sabíamos, uma outra feira já estava marcada para a semana subsequente e novamente com Os Kurandeiros foram convidados para fazer parte, em outro quadrante do bairro, desta feita a caracterizar o "Festival Miúdo". 

Teria sido adequado marcar mais uma feira tão próxima e com a pandemia em curso? Bem, na minha ótica, eu creio que não, portanto, eu não daria o meu aval, mas para não frustrar os planos dos companheiros, eu aceitei e eis que ficou fechada a nossa participação para tal Feira/Festival marcado para a outra semana.

Desta feita, nós tocamos na versão reduzida da Feira da Vila Pompeia em 16 de maio de 2021, com cerca de duzentas pessoas na audiência.

Na terça-feira subsequente, o nosso guitarrista, Kim Kehl, participou de uma "live" para o pessoal do "Stage Studio", entrevistado pelo baixista Grecco e também pelo guitarrista, Frank Hoenen. Aconteceu no dia 18 de maio de 2021.

Entre os dias 22 e 28 de maio, a música: "Bom Rock", canção oriunda do CD "Sonhos & Rosquinhas Suíte", foi programada para ser executada no programa "Só Brasuca" da Webradio Crazy Rock. 

Uma semana depois da nossa participação na versão reduzida da Feira da Vila Pompeia de 2021, estivemos escalados para mais uma participação em uma Feira de rua, desta feita denominada como: "Festival Muído". 

A ideia foi novamente se usar as ruas do bairro da Vila Pompeia, desta feita no cruzamento entre as Ruas Padre Chico e Raul Pompeia, certamente com a redução de expositores e Food Trucks e na presença de apenas um palco, para tentar se cumprir de forma precária que fosse, a ideia do protocolo sanitário em decorrência da pandemia mundial em pleno curso.

Atrás do palco, da esquerda para a direita: Carlinhos Machado, eu (Luiz Domingues), Nelson Ferraresso, Phill Rendeiro e Kim Kehl. Kim Kehl & Os Kurandeiros no "Festival Muído" de São Paulo, em 23 de maio de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Kim Kehl   

Inadequado na minha ótica, exatamente como eu houvera comentado sobre a outra feira pela qual participamos na semana anterior, certamente, é claro que não mudei repentinamente de opinião, no entanto, eu devo admitir que é óbvio que também sentia saudade do contato com os amigos da banda e outros que ali revi. 

Também nutria saudade da atuação com a banda, dos aplausos e carinho do público, enfim, é óbvio que também ansiava pelo restabelecimento da vida social e cultural plena, entretanto, a pandemia estava ainda sob um grau de altíssima periculosidade e diametralmente oposta ao processo de vacinação completamente caótico que transcorria a passo de tartaruga sob efeito de soníferos e assim, não foi a hora correta para se promoverem quaisquer formas de aglomerações, logicamente.

Portanto, dividido entre a consciência sobre a situação sanitária e a vontade de atuar com a banda, eu fui, em respeito à banda, certamente e como profilaxia mínima, fiz o que pude para me manter ao máximo possível isolado de uma aglomeração mais incisiva, usei duas máscaras e estive preparado com máscaras reservas à disposição para a troca periódica, além de que a cada cumprimento de um amigo que ali encontrei, mesmo que fosse com o toque leve de punhos para demarcar um sinal de higiene e respeito mútuo, tratei por lavar as minhas mãos sempre com álcool em gel.

A Feira do Festival Muído de fato esteve reduzida, no entanto, na minha avaliação se apresentou maior que a Feira da Pompeia, realizada sete dias antes, portanto, apesar de estar alegre e visivelmente tal bom astral fora motivado pela euforia das pessoas em deixarem o isolamento social por conta da pandemia, mesmo assim, a imprudência da parte das pessoas para afrouxarem as medidas de segurança, me desapontou.

Independente de tal questão de saúde pública, o nosso show foi muito bom, apesar da precariedade toda do equipamento ali presente no improvisado palco (na verdade, se tratou de uma reles barraca montada no chão, no meio da rua, pois tocamos em cima da faixa de pedestres), ao se ouvir o áudio do vídeo disponibilizado dias depois, se verifica que a performance foi boa.

Então foi assim, tocamos no Festival Muído, no cruzamento das Ruas Padre Chico e Raul Pompeia, no bairro da Vila Pompeia, na zona oeste de São Paulo, durante a tarde de 23 de maio de 2021, perante cerca de trezentas pessoas. 

Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Muído de São Paulo. Dia 23 de maio de 2021. Filmagem: Lara Pap 

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=M4JWn-gusfc

Já sabíamos que mais duas feiras estavam marcadas para breve (uma para o bairro da Água Branca e a outra, na Lapa), e com a nossa escalação assegurada. Arriscado, certamente, o correto teria sido ficarmos em casa nesses dias difíceis

Mas o próximo compromisso se deu em outro campo. No domingo posterior, dia 30 de maio, tivemos uma sessão de gravação do nosso novo álbum, no estúdio Prismathias.

No dia 30 de maio de 2021, fomos novamente ao estúdio Prismathias de São Paulo, para gravarmos a voz solo do Kim Kehl em todas as músicas e também os backing vocals das cinco canções.

Flagrantes da sessão de gravação de vozes, backing vocals e percussão. Foto1: Kim Kehl em pé, com Danilo Gomes Santos na mesa e encoberto, Phill Rendeiro no lado direito do enquadramento. Foto 2: Carlinhos Machado sentado a escutar a abertura do trabalho. Foto 3: Phill Rendeiro a aguardar a preparação para a gravação dos Backing vocals. Foto 4: Carlinhos Machado a se preparar para gravar percussão. Foto 5: Kim Kehl a gravar o vocal solo. Foto 6: Kim Kehl também colaborou com a gravação da percussão. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 30 de maio de 2021. Clicks e acervo: Luiz Domingues

Com todos os cuidados possíveis ante o perigo que a pandemia em curso ainda nos assolara, eis que foi uma sessão produtiva, com o Kim Kehl a gravar com muita tranquilidade a voz solo e os backing vocals, igualmente, foram gravados com extrema rapidez, portanto, ficamos felizes com a eficácia.

E deu tempo para que gravássemos percussão em algumas faixas, a se revelar como o último complemento instrumental que nos faltara para encerrar o processo de captura.

A gravarmos os backing vocals. Foto 1: eu (Luiz Domingues) a gravar. Foto 2: Carlinhos Machado a cantar a sua participação vocal no álbum. Foto 3: Phil Rendeiro em destaque a cantar, com eu (Luiz Domingues) e Carlinhos Machado ao seu lado. Foto 4: "Os três tenores" d'Os Kurandeiros a gravarem backing vocals.
Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 30 de maio de 2021. Clicks, acervo e cortesia: Kim Kehl

Com um ótimo clima de camaradagem entre a banda e o técnico e proprietário do estúdio Prismathias, Danilo Gomes Santos, o trabalho fluiu de uma forma muito rápida. 

Saídos dali satisfeitos com o trabalho efetuado e o próximo passo da gravação foi o começo do trabalho da mixagem, que segundo o Danilo, iniciar-se-ia ainda no decorrer da semana subsequente.

Confraternização total na sessão de gravação! Na frente, no comando da "selfie", Kim Kehl. Atrás, Carlinhos Machado, Luiz Domingues, Phill Rendeiro e Danilo Gomes Santos. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 30 de maio de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Kim Kehl

Eis que no começo de julho de 2021, finalmente nós concluímos o trabalho de preparação do novo álbum. Foi um dia feliz esse 4 de julho, um domingo em que nos reunimos no Estúdio Prismathias de São Paulo, para ouvirmos o trabalho de masterização do nosso novo álbum. 

Feliz pela conclusão, mas também pela constatação de que o áudio ficou muito bom, a conter timbres muito felizes, execução de ótimo padrão e acabamento de áudio muito bom, proporcionado pelo engenheiro de áudio e proprietário do estúdio, Danilo Gomes Santos. 

Danilo Gomes Santos, o técnico de áudio e proprietário do Estúdio Prismathias de São Paulo, a trabalhar na masterização do nosso disco em 4 de julho de 2021. Kim Kehl & Os Kurandeiros a masterizar o novo álbum no estúdio Prismathias de São Paulo em 4 de julho de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Estivemos em peso para acompanhar essa última etapa, menos o tecladista Nelson Ferraresso, que não teve condições pessoais para estar presente conosco nessa etapa. 

Na primeira foto, Carlinhos Machado (sentado) e Phill Rendeiro (em pé). Na segunda foto, Kim Kehl. Kim Kehl & Os Kurandeiros a masterizar o novo álbum no estúdio Prismathias de São Paulo em 4 de julho de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues 

Mediante pequenas observações pontuais, a abrir a mixagem rapidamente, tais melhoramentos sugeridos por nós foram rapidamente sanados pelo Danilo Gomes Santos. Feito isso, faixa a faixa, fechamos a masterização do material e muito satisfeitos pelo resultado do trabalho, graças à ótima atuação do Danilo na operação do áudio em todas as etapas da gravação desse disco.

Gravamos as músicas: "Cidade Fantasma", "Gasolina", "Noite de Sábado", "São Paulo" e "Viagem Muito Louca". Aliás, nesse mesmo dia, ali no estúdio, nós conversamos sobre a questão da arte de capa e contracapa e certamente sobre o título do álbum e o Kim sugeriu: "Cidade Fantasma", nome de uma das músicas e ideia simbólica para fazer alusão à pandemia mundial da Covid-19 que enfrentamos, com direito à paralisação das atividades, com quarentena. 

A letra dessa canção, não trata desse aspecto, pelo contrário, é uma brincadeira sobre fantasmagorias, em tom de realismo fantástico, mas no campo subliminar, a alusão à cidade vazia, com as pessoas recolhidas em seus lares, nos pareceu interessante. Portanto, nesse dia, ficou pré-estabelecido que esse seria o nome do disco, oficialmente.

Carlinhos Machado e eu (Luiz Domingues), a escutarmos o trabalho de masterização. Kim Kehl & Os Kurandeiros a masterizar o novo álbum no estúdio Prismathias de São Paulo em 4 de julho de 2021. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

E em meio a essa alegria pelo trabalho finalizado no estúdio e sobretudo pela constatação da sua qualidade em termos de resultado final de áudio, nós ficamos contentes com o fato desse disco ter sido planejado desde o início de 2020, todavia brutalmente paralisado pela pandemia mundial do Coronavírus/Covid-19. 

Só conseguimos marcar ensaios no final do ano de 2020 e início de 2021, com muitos protocolos e medo, sim, pela idade que já tínhamos (nós, os membros mais velhos) e sem perspectiva de vacinação naquele momento, foi um risco que corremos, mesmo ao usarmos máscaras, mantermos o distanciamento estratégico entre nós e a constante lavagem de mãos com álcool em gel. 

Só conseguimos entrar em estúdio para gravar o disco, enfim, no mês de fevereiro e somente em maio concluímos as gravações das vozes e backing vocals. 

Em junho, fizemos muitas audições das mixagens, cada um de nós, os membros, em nossas respectivas residências, a ouvirmos as provas que o Danilo nos enviara e a lhe respondermos com relatórios a conter observações, correções pontuais e tudo mais.

Portanto, em 4 de julho de 2021, ficamos muito felizes por termos concluído esse trabalho, também pelo aspecto da superação que ele representou para nós.

Da esquerda para a direita: Danilo Gomes Santos, eu (Luiz Domingues), Kim Kehl, Phill Rendeiro e Carlinhos Machado. Kim Kehl & Os Kurandeiros a masterizar o novo álbum no estúdio Prismathias de São Paulo em 4 de julho de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Luiz Domingues

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário