Eis o bottom em dourado, com fundo preto. Lançamento de janeiro de 2019
Para início de conversa, um novo modelo de Bottom foi lançado, a exibir o logotipo clássico d'Os Kurandeiros, mas desta feita, em tom dourado sob fundo preto. Muito bonito, haveria por ser um estouro de vendas, pela sua beleza estética, assim acreditamos.
Outra boa ação, foi uma súbita citação que surgiu. Através de um comunicador chamado, José Zinerman Nogueira, que comandava um programa chamado: "Hallucination", a carreira de Kim Kehl foi comentada e certamente a esbarrar n'Os Kurandeiros. Ocorreu em sua edição de número 9, nos primeiros dias de janeiro de 2019.
Eis o Link para assistir tal vídeo, na rede social, Facebook:
https://www.facebook.com/josenogueira.nogueira.5/videos/2017916341632145/
Outra boa nova, uma nova edição do vídeo completo a retratar o recente show que havíamos realizado na Sala Olido (14 de dezembro de 2018), com Edy Star e reforçados pelo ótimo percussionista, Michel Machado (e também com a participação da cantora superb, Renata "Tata" Martinelli), fora providenciada e logo no dia 4 de janeiro de 2019, já estava devidamente lançada no YouTube.
Acima, a propaganda oficial da parte da Webradio "Crazy Rock", em torno de seu programa "Só Brasuca" e a arrolar entre muitos artistas, Os Kurandeiros, representados pela faixa, "Maria Gasolina". Semana de 19 a 25 de janeiro de 2019
A seguir, estávamos novamente relacionados para entrar na programação de uma atração de webradio. Tratou-se mais uma vez do programa: "Só Brasuca", difundido pela Webradio Crazy Rock, com a nossa música, "Maria Gasolina" a representar-nos em sete execuções entre 19 e 25 de janeiro de 2019.
Cartazes lançados nas redes sociais, em janeiro de 2019. No primeiro, uma breve propaganda para os álbuns gravados ao vivo e lançados pelos Kurandeiros, em 2018. No segundo, uma singela homenagem de nossa banda, ao aniversário de nossa cidade, no dia 25 de janeiro de 2019.
E o primeiro show do ano ocorreu, enfim, em meio a uma onda de calor que bateu recordes em todo o Brasil e na cidade de São Paulo, não foi diferente.
Em 31 de janeiro de 2019, fizemos o primeiro show de 2019 e foi muito animado. Estivemos no palco do Santa Sede Rock Bar, de São Paulo. Tocamos praticamente apenas o material autoral e como acréscimo, poucas releituras de outros artistas.
Como rescaldo da recente turnê que
realizáramos em companhia de Edy Star, acrescentamos um número do Raul
Seixas, que estava bem ensaiado pela banda ("Sociedade Alternativa") e
saímos da simpática casa da zona norte, que tão bem sempre acolhera-nos,
satisfeitos pela boa jornada que ali empreendemos.
Tivemos visitas ilustres nessa noite. O fotógrafo, ilustrador e músico, Lincoln "The Uncle" Baraccat e o percussionista da pesada, Marco "Pepito" Soledade, estiveram conosco.
Convidados para lá de especiais em meio ao calor de verão e agravado pelo som que fizemos no palco. Foto 1: Marco "Pepito" Soledade, Carlinhos Machado e Kim Kehl. Foto 2: Eu (Luiz Domingues) e Lincoln "The Uncle" Baraccat. Foto 3: a empresária da noite, sommelier e artesã gastronômica, Cleide Soares e Lara Pap. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 31 de janeiro de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap (exceto, foto 3, click de Kim Kehl)
Quando fevereiro iniciou-se, tivemos boas novas no âmbito midiático e também pelo merchandising da banda.
Nas
fotos acima, os pingentes novos criados pela artesã & artista
plástica, Pat Freire para Os Kurandeiros, e abaixo, o primeiro protótipo
da linha de perfumes, ainda em experiência, alojada em um recipiente
criativo, mas não necessariamente aprovado ainda, nessa ocasião de
fevereiro de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Kim Kehl
Mais
uma linha de pingentes foi lançada em parceria com a artesã e artista
plástica, Pat Freire e outra inusitada novidade foi posta em
experiência, inicialmente, com a possibilidade de uma linha de perfumes
inspirados em canções d'Os Kurandeiros, vir à tona no mercado.
Bem, nesta
altura dos acontecimentos, depois de tudo o que vi em termos de
lançamentos de marketing a envolver a nossa banda, ao ser exposto e
muito bem vendido, tanto na loja ambulante, quanto igualmente através da
venda virtual feita pela internet, eu não duvidei que tal empreitada
mais fora do usual também não lograsse êxito. Aliás, muito pelo
contrário, já projetei o quanto faria sucesso principalmente entre o
público feminino.
No campo midiático, uma outra boa nova veio quando o radialista, Julio Cesar Souza, convidou-me para que eu mesmo elaborasse uma lista com indicações de artistas do Rock nacional da ocasião.
Honrado com tal convite, animei-me a compor tal listagem e a tarefa foi difícil, visto que eu conhecia uma boa quantidade de artistas a militar no patamar underground da música e que possuía muita qualidade artística e nenhuma penetração nos meios de comunicação, nem sequer entre os órgãos nanicos, infelizmente.
Portanto, foi um prazer arrolar diversos artistas de meu apreço; confiança e também poder incluir uma música dos Kurandeiros, no caso, "Faz Frio", do EP "Seja Feliz", de 2016.
Tal programação que eu
criei, foi ao ar entre os dias 9 e 15 de fevereiro de 2019, mediante
repetições diárias. E o sucesso foi tão grande, que motivou o convite
para novas edições. Aconteceu no programa: "Só Brasuca" da Webradio Crazy
Rock.
Ainda no campo midiático, todos os componentes da nossa banda, foram indicados por uma enquete da revista "Roadie Crew" a designar os melhores do ano de 2018, em eleição estabelecida entre os seus leitores.
Logicamente que tivemos consciência de que nesse específico veículo, que notabiliza-se pela cobertura ao Heavy-Metal em predominância, não seria um terreno fértil para a nossa banda em termos de uma votação espontânea.
Tudo bem, a simples nomeação honrou-nos e no resultado final
apurado, o tecladista, Nelson Ferraresso ficou bem colocado, entre os
três melhores. Ficamos contentes pelo resultado, também pela projeção
advinda, e devidamente capitalizada em termos de repercussão pelas redes
sociais.
Duas novidades boas foram anunciadas pelos Kurandeiros, a ocorrer em seu próximo show. Contaríamos com dois convidados, o guitarrista e cantor, Phill Rendeiro, aliás, não exatamente um convidado, mas um membro honorário que já havia sido da formação anteriormente e por conta do nascimento de sua filha, mostrava-se com dificuldade para estar presente em nossos compromissos, com regularidade.
No entanto, o tempo passara e com a sua filha já a chegar à casa dos três anos de idade, tal cenário familiar mudara um pouco, o suficiente para ele arriscar mais participações. E o segundo convidado, foi Lincoln "The Uncle" Baraccat, que dispensa apresentações maiores, pois já falei sobre ele diversas vezes em minha autobiografia, inclusive em capítulo exclusivo a descrever dois shows que eu cumprira em sua banda de apoio, ocorridos em 2018.
Com o Phill, a ideia seria executar o set autoral d'Os
Kurandeiros, acrescidos de novas canções que gravamos nesse ínterim e
das quais ele nunca havia tocado conosco anteriormente. E com o "uncle"
Baraccat, tocaríamos três canções do seu repertório ("Hey, You", "Bolinha de Gude" e a sua versão para "Muito Estranho", a se tratar do
clássico Soul do compositor, Dalto).
Da esquerda para a direita: Phill Rendeiro, Kim Kehl, Carlinhos Machado e eu (Luiz Domingues). Kim
Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 8 de
março de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
Iniciamos
com o repertório autoral e claro que o Phill Rendeiro encorpou o som
sobremaneira, ao facilitar para o Kim, que na condição como guitarrista,
cantor e entertainer, acumulava muitas funções na banda e dessa forma,
com o Phill a harmonizar e eventualmente também a realizar alguns solos,
tudo ficaria mais ameno para o Kurandeiro-Mor.
Fiquei feliz por
verificar que a sonoridade da banda ficou bem preenchida e sobretudo em
temas que nunca havíamos tocado ao vivo anteriormente, com duas
guitarras, foi a primeira vez que em que as executamos como elas soavam
em suas gravações de estúdio, ou seja, mais preenchidas. Tudo bem que
não tivemos o Nelson Ferraresso com os seus teclados, mas mediante duas
guitarras, soou tudo muito bem.
Ao
centro da foto, a usar uma guitarra Gibson Les Paul, modelo Junior, o
convidado especial, Lincoln "The Uncle" Baraccat. Kim Kehl & Os
Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 8 de março de 2019.
Clicks, acervo e cortesia: Pat Freire
Foi
na segunda entrada, que apresentamos o amigo, Lincoln "The Uncle"
Baraccat, e executamos as três canções de seu repertório.
Claro que todos fizeram a lição de casa ao preparar tal set de choque, mas a boa surpresa foi que a apresentação soou muito além da nossa expectativa, ao gerar uma empatia com o público que mostrou-se muito agradável.
Pareceu que éramos a banda de apoio dele, os "Friends", respaldados por ensaios prévios, mas nada disso, apenas agrupamo-nos no palco e sem ensaios, tocamos com bastante desenvoltura e alegria.
Noitada prazerosa, foi mais
do que um encontro musical entre amigos, mas certamente um momento
mágico daqueles que não são premeditados, mas, simplesmente acontecem,
talvez por intercessão direta da parte dos Deuses do Rock.
O link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=DY9snjcSAIo
Painel com fotos d'Os Kurandeiros a acompanhar o convidado especial, Lincoln "The Uncle" Baraccat. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 8 de março de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro
E assim foi a apresentação memorável d'Os Kurandeiros de Kim Kehl, no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 8 de março de 2019, mediante a presença de um bom público e certamente a conter muitos amigos presentes. Dois dias depois, tivemos um novo compromisso, desta feita em um show em praça pública.
Uma honra para Os Kurandeiros, estávamos escalados para apresentarmo-nos em meio às festividades pelo aniversário da cidade de Osasco-SP. Várias atrações estavam escaladas para tal festejo, em vários eventos espalhados pelos bairros desse pujante município, e acredito que tivemos sorte, visto que fomos designados para o evento a ser realizado no pátio do paço municipal da cidade, ou seja, o mais central dos espaços disponibilizados pela prefeitura dessa simpática localidade.
E mais um
aspecto positivo, não seria um contingente muito grande de artistas a
apresentar-se, fator comum em festas populares ao ar livre, geralmente.
Pelo contrário, a programação musical seria bem enxuta, a apresentar um
grupo de Rap, que normalmente são representados por vocalistas que não
usam bandas tradicionais com músicos a tocar verdadeiramente, mas apenas
cantam em cima de sons disparados mecanicamente, e nós, a seguir. A
ênfase da festa estava concentrada na atração de uma exposição de
carros, com automóveis modificados em sua maioria e alguns carros
antigos, também, além da oferta anunciada em termos de Food Trucks.
Contaríamos
com o guitarrista e cantor, Phill Rendeiro a reforçar a nossa banda e
assim como ocorrera dois dias antes no Santa Sede Rock Bar, naturalmente
que isso agregaria valor para o nosso trabalho. Fui para Osasco-SP,
na carona com Carlinhos Machado e foi um prazer viajar em seu carro, a
ouvir uma espetacular seleção formada por Rock Progressivo setentista em
predominância, além da conversa sempre agradabilíssima e que sempre
atinge a memória remota, visto que relembramos muitos fatos sobre os
anos 1960 e 1970, décadas essas em que não conhecíamo-nos pessoalmente,
mas vivemos muitos acontecimentos ocorridos, simultaneamente.
Chegamos bem ao local e verificamos que a tal exposição automobilística havia arregimentado um bom público, com muitas pessoas a filmar e fotografar amplamente os bólidos ali expostos, mas decepcionamo-nos um pouco com o seu teor, visto que em sua maioria esmagadora, os carros ali expostos eram os ditos "modificados", com aquele típico aspecto a mostrar a sua suspensão rebaixada e a exibir equipamento de som a parecer um mini PA ambulante (não é Beethoven, tampouco, King Crimson o que os donos desses bólidos costumam tocar sob volume ensurdecedor, infelizmente...), portanto, não agradou-nos em nada.
Dos poucos carros vintage ali expostos, gostamos apenas de uma Kombi e um Fusca, ambos sessentistas e impecáveis. A Kombi, que devia ser de 1964 ou 1965, arrancou suspiros e reminiscências da parte do Carlinhos, que contou-me sobre ter aprendido a dirigir na Kombi de seu pai etc. e tal.
No meu caso, diante daquele
Fusca 1300, ano 1967 e com cor "bordeaux", impecável, foi inevitável
lembrar-me do tempo bom em que o meu pai teve um exemplar desses,
justamente entre 1967 e 1968, o que trouxe-me lembranças muito boas,
certamente.
Os Kurandeiros em ação no palco. Kim
Kehl & Os Kurandeiros no aniversário de Osasco-SP, em 10 de março
de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
Feita essa
vistoria à exposição, eis que notamos a chegada de Kim Kehl e Lara Pap.
Nesse ínterim, o grupo de Rap já estava a apresentar-se. Bem condizente
com as expectativas criadas pelo tipo de público que estava a admirar
os tais carros "modificados", achei que a apresentação dos rapazes do
Rap, cairia como uma luva e
que o nosso som geraria uma estranheza generalizada, mas curiosamente,
os rapazes gastaram a sua verborragia, não exatamente musical, sem
angariar nenhuma atenção do público, que mostrou-se não frio, mas gelado
em relação ao esforço dos artistas ali em cima do palco.
Constrangedora situação para eles, é
claro, pusemo-nos então a aplaudir a cada final de número deles, a
denotar mais que um sinal de respeito de quem sabe o quanto é duro subir
em um palco e não receber nenhuma reverberação popular, mas para ver se
as nossas parcas palmas geravam um efeito multiplicador, no entanto, o
nosso esforço foi em vão, visto que as pessoas estavam mesmo
interessadas nos carros ou em comer & beber pelos Food Trucks.
Paciência, tentamos ajudar, mas não conseguimos.
A nossa banda em ação, pela percepção do fotógrafo, Marcos Kishi. Kim
Kehl & Os Kurandeiros no aniversário de Osasco-SP, em 10 de março
de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Kishi
Antes de
subirmos ao palco, fomos informados que haveria uma rápida apresentação
de dança "fitness", comandada por professores e assim, ao som de ritmos
baianos carnavalescos, vimos de longe a movimentação, que atraiu um
razoável contingente interessado em aproveitar a aula gratuita, notadamente formada
por mulheres e crianças em sua maioria.
Foi rápido, ainda bem, visto que com todo o respeito aos seus admiradores, mas após uma apresentação de Rap, seguida de uma seleção versada pela "Axé Music", a nossa ambientação lounge para fazer um show de Rock, estava devidamente arruinada. Ossos de ofício, fomos enfim, ao palco e surpreendi-me com a atuação do técnico responsável pelo PA. Não recordo-me de seu nome, para citá-lo, infelizmente.
Tratava-se de um equipamento modesto e com o rapaz a trabalhar sozinho. Pasmem, ele controlava o PA, a monitoração e atuava como roadie, tudo ao mesmo tempo. Pois foi assim, aos trancos e barrancos em lidar com um equipamento precário e principalmente por atuar sozinho, que esse rapaz mostrou o seu valor, ao ser solícito e na medida do possível, proporcionar-nos um som bastante aceitável.
Nesta
altura dos acontecimentos, com quase quarenta e três anos de carreira,
foi mais uma comprovação que eu tive em torno do valor anônimo de certos
profissionais humildes, caso desse rapaz, em contraste diametralmente
oposto com muitos outros que atuavam com tecnologia de ponta;
arvoravam-se em ser super técnicos preparados por cursos feitos no
exterior, mas que na prática, desapontavam e pior ainda, destilavam
soberba desmedida, a agir como estrelas temperamentais e afetadas.
Mais flagrantes da banda em ação! Kim
Kehl & Os Kurandeiros no aniversário de Osasco-SP, em 10 de março
de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
Começamos
enfim o nosso show e o contingente presente a prestar atenção, melhorou
consideravelmente. Alguns Rockers surgiram a prestigiar-nos, caso do bom
guitarrista osasquense, Marcio Pignatari, com alguns amigos; o
fotógrafo superb, Marcos Kishi e o guitarrista, Nição Altino,
acompanhado de sua bela namorada, Tili Roxy Andreotti.
O show começou bem animado, colocamo-nos a tocar muitas canções, baseados em nosso repertório autoral e estávamos satisfeitos com o som, na medida em que vimos ser o melhor possível diante das circunstâncias. Mas uma intempérie anunciou a sua chegada, visto que enquanto tocávamos, víamos nuvens negras a formar-se no horizonte.
Pelo posicionamento do palco, foi possível deduzir que alguns bairros da zona oeste de São Paulo, que fazem divisa com Osasco, já estavam a ser castigados por um temporal e que em uma questão de minutos, a chuva alcançar-nos-ia. Já passava da metade do nosso show, quando os primeiros pingos começaram e o técnico ficou desesperado ao dizer-nos que começaria a cobrir algumas peças do PA, com lona impermeável e que seria prudente tocarmos a música em curso e anunciarmos o encerramento.
De fato, os pingos intensificaram a sua
força e em poucos segundos, caracterizou-se então uma forte chuva. Bem,
diante das circunstâncias, encerramos, mas sem lamentar muito o corrido,
visto ter sido uma imposição pela força da natureza e além do mais, o
público evadira-se a buscar abrigo, aos primeiros pingos, portanto, em
nossa concepção, a missão foi cumprida.
O
guitarrista e amigo, Nição Altino, a posar com Kim Kehl (foto 1) e
comigo (Luiz Domingues), na foto 2. Kim Kehl & Os Kurandeiros no
aniversário de Osasco-SP, em 10 de março de 2019. Acervo e cortesia:
Nição Altino. Clicks: Tili Roxy Andreotti
Começamos a
recolher os nossos instrumentos e acessórios, quando o improvável
ocorreu: a chuva cessou completamente. Estranho fenômeno, foi tão
súbito que pareceu-nos um ato premeditado miraculosamente a determinar o
encerramento precoce, porém sem prejuízo algum à imagem da banda.
Enquanto
víamos o palco ser desmontado pelo seu abnegado técnico solitário, e com
o pátio esvaziado, apenas com a presença dos funcionários dos Food
Trucks a desmontar os seus empreendimentos ambulantes, igualmente,
tivemos tempo para uma conversa agradável com os amigos que ali foram a
prestigiar-nos e saímos posteriormente de Osasco-SP, com uma sensação
boa de dever cumprido.
Foi assim, então, aniversário de Osasco-SP, em
10 de março de 2019, show d'Os Kurandeiros no Paço Municipal dessa
agradável localidade, com um público não exatamente numeroso, mas
significativo e com direito a uma interrupção imposta pelos desígnios de
São Pedro.
Nas três fotos, da esquerda para a direita: Kim Kehl, Carlinhos Machado, ao fundo na bateria e eu (Luiz Domingues). Kim Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 19 de abril de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
Recebemos a visita de muitos amigos e a noite encerrou-se em alto astral.
Mais flagrantes da apresentação! Kim
Kehl & Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 19 de
abril de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Pat Freire
Ao
final do mês de abril, eu, Luiz Domingues, recebi novamente o convite
formulado pelo radialista, Julio Cesar Souza para elaborar uma lista com
indicações minhas a compor quinze músicas provenientes do repertório de
artistas nacionais que eu indiquei com prazer e também uma canção d'Os
Kurandeiros.
Nesse caso, eu optei pela faixa gravada ao vivo, "Má
Noite", oriunda do CD "Rádio Pirata ao Vivo", lançado em 2018 (mas a
canção fora gravada em outubro de 2015). Então, assim, entre 27 de abril
e 3 de maio de 2019, Os Kurandeiros foram agraciados com tal execução,
em edições diárias.
Agendada para atuar mais uma vez na Feira de Artes da Vila Pompeia, a nossa banda desta feita compareceu com uma novidade, pois o nosso guitarrista, Kim Kehl, propôs que fizéssemos uma apresentação a conter um repertório diferenciado. A ideia foi tocar algumas baladas municiadas com forte teor Pop, que tínhamos à nossa disposição regular em nosso repertório extenso para tocar em casas noturnas. Por que, não?
Eu logo imaginei que seria interessante tocar tais canções inusitadas que costumavam gerar suspiros para pessoas da faixa etária sexagenária, por envolver músicas que tocaram em emissoras de rádio, nos idos de 1969 a 1972, basicamente.
Portanto, acostumado com tal tipo de reação efusiva que despertávamos entre os mais veteranos, em nossas aparições em casas noturnas, eu imaginei que perante a costumeira grande massa que teríamos no ambiente da Feira, haveríamos por causar a mesma reação, ao menos entre os mais veteranos.
Por ser uma feira bem familiar, a presença de
um público híbrido seria garantida, a conter bastante público na meia e
terceira idade, portanto, fui confiante em imaginar que ao tocarmos
canções com o apelo de "Rock'n Roll Lullaby", "Without You", "Tell me
Once Again" e "Reflections of my Life", entre outras, a surpresa seria
seguida de uma ótima reação acalorada da parte das pessoas mais velhas e
certamente a conter bons laços afetivos com o final dos anos sessenta e
início dos setenta.
E nesta 32ª edição da Feira, eu (Luiz Domingues) e Carlinhos Machado, teríamos uma missão extra, pois havíamos aceito o convite do guitarrista, Lincoln "The Uncle" Baraccat para estarmos em sua banda de apoio, "Uncle & Friends" para atuar em outro palco, no último horário do dia.
No caso do
Carlinhos Machado, a sua jornada fora tripla, pois antes do show d'Os
Kurandeiros, ele já havia apresentado-se com uma banda cover, chamada
"Santanaz", um grupo especializado em reproduzir o som do grande,
"Santana", e que mediante a inclusão de uma letra "Z", deveras capciosa ao
final da sua grafia, e justamente por conta desse trocadilho, passou a
brincar com a confusão e certamente enganar os adeptos do Heavy-Metal ao
induzi-los ao erro, por possivelmente considerá-la como uma representante
de sua seara demoníaca. Hilário pela ironia, com certeza.
Bem, assim que eu e Kim chegamos próximo ao palco, verificamos que aquele quadrante da Feira estava super lotado e com as barracas montadas pelos expositores, a todo vapor. Dia com temperatura amena, mediante céu aberto sem nuvens e com a presença do sol, foi a típica tarde de outono paulistana. Enfim, o cenário excelente para que tocássemos com muita tranquilidade. Uma banda, cujo nome não guardei, tocou antes de nós e com proposta semelhante em executar música Pop, no entanto a observar-se duas questões :
1) Eles eram especialistas, assumidamente em tocar covers pela noite e nós, ao contrário, caracterizávamo-nos por sermos autorais e abrirmos espaço esporádico para as releituras em nossas apresentações regulares e;
2) A nossa proposta para aquele dia, fora tocar alguns covers do cancioneiro Pop, a abranger o período entre 1969 e 1972, e no caso dessa banda, observamos que tocaram muitas canções Pop dos anos 1980.
Portanto, a despeito de nutrirmos muitas restrições ao espectro oitentista, eu em específico, mais ainda, ficou patente que a nossa proposta fora dificultada pela concorrência, visto que o cancioneiro oitentista estaria em tese muito mais próximo da memória afetiva da maioria ali presente, mesmo os mais jovens, por osmose. Bem, preocupação meramente pueril, visto que tocaríamos o nosso repertório escolhido e ponto final, sem temores.
Flagrantes do show! Kim Kehl & Os Kurandeiros na 32ª Feira de Artes da Vila Pompeia em São Paulo. 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: João Pirovic
E foi o que ocorreu, quando entramos em cena e tocamos os temas propostos. Claro que muita gente não reconheceu tal repertório por nós escolhido, mas os mais velhos vibraram, pelo inusitado das opções que ali executamos, pois poder-se-ia esperar de nós um repertório baseado em Rock Clássico, Blues-Rock, Soul Music & R'n'B, Folk-Rock, Country-Rock, Psicodelia, Hard-Rock e até Prog-Rock, estilos que estávamos acostumados a utilizar, porém a Pop Music mais comercial, pode ter surpreendido muita gente ali presente, certamente.
O Power-Trio básico d'Os Kurandeiros em ação! Kim Kehl & Os Kurandeiros na 32ª Feira de Artes da Vila Pompeia em São Paulo. 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Rogério Utrila
Enfim, não tocamos somente releituras e é claro que incluímos algumas canções autorais, entre as quais, "Oh Rita" e "Andando na Praia", o nosso então mais recente "single", e eu fiquei muito feliz que esta última, que encerrou a nossa apresentação, arrancou aplausos muito entusiasmados e até o sincero pedido de bis que veio diretamente da multidão! Missão cumprida em mais uma aparição dos Kurandeiros na Feira da Pompeia. Ocorreu no dia 19 de maio de 2019, e o meu olho clínico contabilizou cerca de trezentas pessoas a prestar atenção em nosso som, enquanto estivemos no palco.
Nos bastidores do Pré-Show, uma confraria formada por barbudos, encontrou-se! Da esquerda para a direita: Nilton Cesar "Cachorrão" Zanelli (vocalista do Centúrias), Kim Kehl (agachado), eu (Luiz Domingues), Carlinhos Machado e José Ruy Trez Rios no comando selfie. Kehl & Os Kurandeiros na 32ª Feira de Artes da Vila Pompeia em São Paulo. 19 de maio de 2019. Click (selfie), acervo e cortesia: José Ruy Trez Rios
Alguns dias depois, novamente uma música da nossa banda foi relacionada para ser executada no programa: "Só Brasuca", da Webradio Crazy Rock. Entre 25 e 31 de maio de 2019, fomos contemplados com essa oportunidade em ouvir a nossa música, "O Filho do Vodu", nas ondas radiofônicas.
E logo no início de junho, o Blog 2112, lançou uma espécie de manifesto em torno do Hard Rock brasileiro e incluiu a nossa banda nesse seleto rol e curiosamente a envolver também duas ex-bandas minhas, a tratar-se da Patrulha do Espaço e d'A Chave do Sol.
Dessa forma, essa manifestação agraciou-nos em 6 de junho de 2019, em diversas Redes Sociais, tais como o Instagram, Twitter, Facebook e Tumblr.
Continua...
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