Desde que eu e Rodrigo Hid anunciamos a nossa saída oficial do Pedra, em uma reunião marcada no antigo QG da banda, no estúdio Overdrive (tal fato tendo ocorrido por volta de maio de 2015), a intenção inicial do Xando Zupo e de Ivan Scartezini, foi no sentido em prosseguir com a banda, quando recrutariam novos componentes.
Dessa forma, um comunicado feito pelo Xando, veio a público para falar sobre a reformulação da banda e a anunciar o simultâneo lançamento do álbum, "Fuzuê", apenas em plataforma virtual.
No entanto, ao ponderar mais detidamente sobre tal decisão,
Zupo & Scartezini anunciaram poucos meses depois, a dissolução
completa da banda e ao mesmo tempo, Zupo anunciou lançamentos em
carreira solo, e a conter Scartezini e outros bons músicos no projeto
dessas gravações e logo a seguir com algumas ações midiáticas e um show.
De
minha parte, bem nessa época em que comuniquei a minha saída em 2015,
eu atravessava uma fase muito difícil no âmbito pessoal, após quase ter
perdido a vida, literalmente, mediante uma grave enfermidade que
enfrentei, a motivar uma longa internação hospitalar, duas cirurgias
delicadas (e emergenciais), e uma recuperação posterior a revelar-se lenta e bastante
incômoda. Enfim, não foi nada fácil.
Um
show de despedida fora ventilado e havia uma data acertada para agosto
de 2015, mas o Rodrigo Hid também enfrentou um problema de saúde com um
ente querido seu e simplesmente não pode assegurar presença em eventuais
ensaios e assim, tal show final foi cancelado e naturalmente deixou um
sabor amargo para todos, pois simplesmente o terceiro álbum, que fora
gravado com tantos percalços, mostrou-se melancólico por não ter sido
lançado em plataforma tradicional e também por não ter tido nem um show
de lançamento, sequer.
Dessa
forma, mesmo com todos envolvidos em outros projetos, incluso o próprio,
Xando Zupo, empenhado em deslanchar a sua carreira solo, houve a
cogitação da parte dele, Xando, reunir a banda para um show sazonal que
fosse ao menos e essa conversa de bastidores ganhou uma certa força
entre 2017 e 2018.
Em dezembro de 2018, eu tive a oportunidade em tocar com o Hid Trio, um combo informal para tocar pela noite paulistana, comandado por Rodrigo Hid e sempre a revezar outros músicos convidados. E nessa ocasião, ele havia convidado também o Ivan Scartezini.
Em conversa que tivemos nessa ocasião, o Rodrigo avisara-nos que o Xando estava quase a confirmar uma data no Sesc Belenzinho e que gostaria de contar conosco para uma reunião do Pedra. Ora, um show após tantos anos, por que não?
Não seria uma "volta" da banda, nada disso, mas uma oportunidade sazonal para matarmos a saudade do trabalho, de nossa própria convivência e sobretudo a atender os admiradores do trabalho que em nada atrapalharia a agenda de nossos respectivos outros trabalhos.
No meu caso e de Hid, estávamos também a fazer uma série de shows nostálgicos com a Patrulha do Espaço, nos mesmos moldes, desde 2018.
Além do mais, seria a tal oportunidade (e antes tarde do que nunca),
para concretizarmos enfim um bom show que deveria ter sido cumprido em
2015, mas que por forças das circunstâncias, não foi possível
realizar-se, naquela ocasião. Assim, um repertório base foi estabelecido
e quatro ensaios marcados, entre março e abril de 2019.
Logo a seguir, antes mesmo de começarmos a ensaiar, em 3 de fevereiro
de 2019, o Xando preparou um vídeo promo com uma coletânea em ritmo de
"pout-pourri" com diversas canções do Pedra e postou com uma enigmática
legenda: "5 de abril" e nada mais.
Certamente que foi imediata a repercussão e a especulação sobre alguma movimentação nas redes sociais a respeito do Pedra, gerou muitos comentários da parte de admiradores do trabalho. Falou-se em show, é claro, mas muitas pessoas cogitaram algum lançamento de material inédito ou ao vivo, talvez um álbum póstumo como coletânea ou até ao vivo, quem sabe?
E alguns mais entusiasmados, falaram em "volta" das
atividades, uma hipótese que não cogitamos internamente, mas claro que
estimulou tal especulação da parte de alguns entusiastas do trabalho.
Eis abaixo, o clip/promo feito para suscitar a especulação livre, como peça publicitária prévia:
https://www.youtube.com/watch?v=F-WaWFwcLKA
Alguns dias antes da realização do primeiro ensaio, um comunicado oficial em nome da banda, redigido e postado por Xando Zupo, anunciou o propósito da reunião para um show.
Flagrantes
do 1º ensaio do Pedra a visar o show especial de 2019. Foto 1: Rodrigo
Hid, agachado, na frente, com Ivan Scartezini, eu (Luiz Domingues) e Xando
Zupo ao fundo. Foto 2, todos perfilados atrás da bateria: Scartezini,
eu (Domingues), Hid e Zupo. Estúdio Orra Meu de São Paulo, em 12 de março de
2019; Acervo e cortesia: Xando Zupo. Clicks: Diogo Barreto
Assim
que realizamos o primeiro ensaio, em 12 de março de 2019, no dia 15,
posterior, o radialista, Osmar Santos "Osmi" Junior, manifestou-se
através
de seu site, chamado: "Um Pouco Mais de Rock", através de um bonito
texto em apoio. Eis
o Link para acessar a matéria:
http://umpoucomaisderock.com/index.php/2019/03/15/10-anos-do-album-pedra-ii/
Foi no
primeiro ensaio realizado, em 12 de março de 2019, que uma mudança foi
proposta, visto que já sabíamos que o grande artista plástico, Diogo
Oliveira participaria do espetáculo, a pintar ao vivo (desta feita de
forma digital, bem entendido), portanto, foi sugerido pelo Xando que
deveríamos incluir a canção, "Jefferson Messias" do CD Pedra II,
justamente por ter sido um personagem marcante, criado pelo Diogo,
especialmente para a ilustração HQ que compôs a capa desse disco, nos
idos de 2008.
Bem, claro que fez todo o sentido tal inclusão. E também foi proposto que incluíssemos mais uma canção, a tratar-se de "O Dito Popular", também uma música muito marcante do repertório da banda, visto que fora objeto do primeiro vídeoclip produzido para a divulgação do trabalho, com a assinatura do grande diretor, Eduardo Xocante, em 2005.
De fato, ambas precisavam figurar no repertório desse show, certamente. No entanto, a pensar-se no cômputo geral, chegaríamos a uma marca extensa, a registrar-se vinte e uma canções, o que soou-me demasiado.
Propus aos demais que fosse efetuada ao menos um corte, e no caso, optou-se pela música: "Segunda-Feira", que embora seja uma boa composição e que detinha o apreço total da parte do Xando, enfim foi sacrificada por uma questão sensata em torno do excesso.
Fechados então em dezenove músicas para tocar e uma canção para um eventual "bis", realizamos o segundo ensaio, no dia 19 de março, e tivemos um visitante ilustre, na figura de Osmar Santos Junior, o popular "Osmi", radialista ultra experiente e um personagem importantíssimo na história do Pedra.
Basta ler ou reler os capítulos anteriores sobre a a minha história com essa banda, para o leitor tomar ciência desse fato. A viver um momento fora do ambiente radiofônico, desde a desmontagem da emissora Brasil 2000 FM, onde ele trabalhou por quase trinta anos, Osmar agora comandava um bom Site a focar na cena do Rock, chamado: "Um Pouco mais de Rock".
Em nome de seu site, ele acompanhou o ensaio com muita atenção e tirou fotos para compor uma matéria a retratar tal experiência.
Entretanto, dias antes dessa visita que fez-nos pessoalmente enquanto ensaiávamos no estúdio Orra Meu, pertencente aos irmãos Schevano, Osmar já havia publicado uma matéria inicial a repercutir o show nostálgico que faríamos no Sesc Belenzinho, em abril.
Dessa forma, em 15 de março de 2019, saiu publicado uma nota com um
texto bastante significativo, preparado por ele. Leia no site, "Um Pouco
mais de Rock", através do link disponível abaixo:
http://umpoucomaisderock.com/index.php/2019/03/15/10-anos-do-album-pedra-ii/
Voltamos a encontrarmo-nos em 27 de março e 2 de abril, para os últimos
ensaios, mas na verdade, desde o primeiro, quando ao final de sua realização,
nós havíamos comentado que a suposta "ferrugem" acumulada em mais de
quatro anos de inatividade dessa banda, pareceu-nos não ter sido prejudicial e
assim sentimo-nos seguros e já no segundo ensaio, estávamos com o show bem
polido, com uma forma bem próxima de uma banda em plena atividade.
Que fator animador para os quatro ex-componentes, portanto. Recebemos mais visitas nos ensaios vindouros, tais como a do saxofonista superb, André Knobl, que gravara duas faixas no álbum "Fuzuê" de 2015, e que também foi meu companheiro de palcos, n'Os Kurandeiros, assim que eu ingressei nessa banda em 2011.
Ele estava presente ali
no complexo Orra Meu, para ensaiar com o seu "Neurozen" em outra sala e foi um
prazer recebê-lo. Já no terceiro ensaio, encontrei-me com o grande, Pedrão
Baldanza, o mítico baixista/cantor e compositor do "Som Nosso de Cada Dia" e
ele estava a carregar o Pen Drive com o material que gravara no estúdio Orra
Meu e levava tal artefato para providenciar a mixagem em outro estúdio, no caso,
a sala do técnico, Renato Coppolli, que curiosamente, embora eu não o conhecesse na
ocasião, ainda, estava contratado pelo Xando Zupo, para operar o nosso show, no
Sesc Belenzinho.
Em
31 de março de 2019, por uma incrível coincidência, o jornalista,
Antonio Carlos Monteiro, anunciou que executaria em seu programa
radiofônico ("Rock'n' Roll Brasil", da webradio MKK), uma música do
Pedra. Assim foi ouvido o tema instrumental, "Megalópole", oriundo do CD
"Pedra II". No mesmo programa, Tony ainda programara para tocar uma
música de uma outra querida ex-banda minha, igualmente, a tratar-se d'A
Chave do Sol, através da canção: "A Chave é o Show".
No
último ensaio, em 2 de abril de 2019, recebemos então de forma oficial a
visita do técnico, Renato Coppolli. Eu já ouvira falar bastante sobre a
sua atuação como técnico de PA e também por sua atuação como técnico de gravação em estúdio.
Todavia, foi a primeira vez em que conversamos efetivamente, e após tal conversa, eu fiquei seguro sobre a sua atuação no show, mediante a sua explanação bem respaldada, ao demonstrar possuir conhecimentos teóricos avantajados e também a conter muito experiência pregressa.
Nesse mesmo dia 2 de abril, recebemos a notícia de que o nosso show fora muito bem recomendado no site do exigente crítico musical, Régis Tadeu, através de seu site, na seção : "É Quente ou Fria?"
Os seus leitores
bem sabem que Régis não faz nenhuma cerimônia para criticar com acidez
os artistas que não recomenda e assim, ser bem cotado ali foi um sinal
de status que todo artista almejava alcançar para alavancar-se na
carreira. Eis abaixo o link para ler tal recomendação da parte dele:
https://registadeu.com.br/e-show-ou-e-fria-2-a-11-4/?fbclid=IwAR3xmMK5i7JWqy7ii27_JLYwKQN38BXv0-1sawNslWoeVCnpIxWQxFcVf0Q
E no dia 5 de abril, fomos citados na página da Webradio Stay Rock Brazil:
http://www.stayrockbrazil.com.br/single-post/2019/03/21/Banda-Pedra-anuncia-%C3%BAnico-show-no-Sesc-Belenzinho-em-S%C3%A3o-Paulo?fbclid=IwAR1tg_uXnYCz_YcpTtsCT0HSlDyNdjyb2b1l-ZW3aBkCXw572iff0JiCV2w
Chegara
a hora, dia 5 de abril, um show nostálgico para o Pedra, enfim para
demarcar a despedida que essa banda não tivera, por força das
circunstâncias, em 2015.
Fui o primeiro a chegar à unidade do Sesc Belenzinho de São Paulo, por volta de 13:30 horas do dia 5 de abril de 2019. Adentrei o auditório e deparei-me com o seu interior inteiramente deserto. O backline não estava montado ainda, mas eu sabia que os técnicos do P.A. e da iluminação chegariam em qualquer instante.
Mas quem eu vi primeiro surgir, foi o nosso técnico de PA, Renato Coppolli. Foi quando esclareceu-se que na verdade ele fora o primeiro a chegar e que ao comprovar a ausência da equipe técnica do Sesc, resolvera ir tomar um café.
Dali em diante, durante cerca de trinta minutos em que ficamos a conversar, foi um diálogo muito agradável sobre música; operação de áudio e a sua atuação como músico, quando fora membro de uma banda de Blues que atuou bastante nos anos 1990, além do fato dele de ser igualmente um baixista, portanto, gerou espaço para falar-me sobre os baixos que possuía na ocasião e já possuiu em épocas passadas, e somente a tratar-se de instrumentos de um alto quilate, vintage, diga-se de passagem.
Aos poucos, os técnicos chegaram e a montagem do backline mostrou-se muito eficiente. Observei os primeiros trabalhos de afinação do PA, por parte do Renato, auxiliado prontamente e com muita simpatia, pelo técnico de monitor, um rapaz chamado, Leandro, que também mostrou-se muito competente, além de solícito. Rodrigo Hid chegou acompanhado pelo amigo, Daniel "Kid" Ribeiro, que mais uma vez trabalharia conosco, como roadie. Ivan Scartezini chegou a seguir.
Flagrantes
do soundcheck vespertino do Pedra. Pedra no Sesc Belenzinho de São
Paulo, em 5 de abril de 2019. Clicks; acervo e cortesia : Daniel "Kid"
Ribeiro
Xando
Zupo veio acompanhado de dois novos roadies que arregimentara
recentemente, no caso, os jovens: Luiz Henrique e Mateus.
Sobre o Luiz, ele o conhecera a trabalhar em uma oficina de Luthieria, onde costumava levar as suas guitarras para fazer a manutenção, portanto, Luiz também tinha/tem essa formação como Luthier e tocava guitarra, igualmente.
No caso de Mateus, esse rapaz lembrou-me bastante o meu amigo, Nição Altino, que eu conhecera nos idos de 2017, por conta de seu visual a la "Glam-Rock" dos anos oitenta, e também a lembrar os personagens dos filmes da franquia, "Piratas do Caribe".
Este rapaz, além de auxiliar
como carrier, seria o vendedor oficial na loja ambulante que venderia
produtos do Pedra, e no caso, além dos discos disponíveis, Pedra e Pedra
II, camisetas foram confeccionadas especialmente para a ocasião.
Detalhe
da estampa da camiseta que foi produzida pela produção comandada por
Xando Zupo, especialmente para esse show comemorativo. Pedra no Sesc
Belenzinho de São Paulo em 5 de abril de 2019. Acervo : Luiz Domingues
O
soundcheck comandado pelo Renato Coppolli foi positivo, embora extenso e
essa sempre foi uma queixa minha sobre o comportamento dessa banda no
passado, mas eu relevei, visto ser um show comemorativo e nada poderia
destituir-me da leveza pela qual encarei tal reunião, naturalmente.
Em
meio ao soundcheck, eis que o grande artista plástico, Diogo Oliveira,
chegou às dependências do teatro. Munido com o equipamento que acoplaria
ao equipamento de iluminação, ele executaria durante o show, uma intermitente atuação a desenhar simultaneamente, desta feita a usar de
tecnologia digital.
Ivan
Scartezini & Xando Zupo na primeira foto. Abaixo, a banda a fazer o
soundcheck coletivo. Click; acervo e cortesia: Luiz Fernando
Nascimento (foto1) e Daniel "Kid" Ribeiro (foto 2)
Assim
que encerrou-se o trabalho do soundcheck, avistei chegar ao ambiente, o amigo, Cesar
Gavin, que veio cedo para poder gravar uma entrevista exclusiva com o
Rodrigo Hid. Assisti grande parte da entrevista, do mezanino que dá
acesso ao camarim.
Cida Cunha foi a produtora do show e esteve presente
sob sacrifício, visto que justamente naquela semana, tivera um problema
de saúde bastante incômodo, entretanto, ela não esmoreceu e cumpriu a sua
função ali. Michel Téer Comporeze e Fausto Oliveira trouxeram as suas
máquinas e mesmo com as restrições impostas pelo Sesc, prontificaram-se a
filmar o show.
Tudo pronto, ouvimos o primeiro sinal do teatro; depois o segundo e quando soou o terceiro, já estávamos atrás na coxia, a ouvir o áudio disparado pela produção, a ventilar as normas de segurança observadas pelos bombeiros, mediante a apresentação formal da parte de uma locutora oficial do Sesc, a anunciar... com vocês: "Pedra"...
Pedra no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Click, acervo e cortesia: Tony Estrella
Entramos
no palco e iniciamos o show com o tema: "Furos nos Sapatos", com
bastante energia. O som do monitor estava muito bom, mas em meu caso, o
timbre do meu baixo esteve muito aquém do que eu estava acostumado.
Isso por que no afã para preservar a minha saúde, eu anunciei aos companheiros que não levaria o meu equipamento pessoal e dessa forma, usaria o aparelho disponibilizado pela produção do Sesc.
Portanto, com um triste amplificador da marca, Hartkle, projetado para atender o gosto desses rapazes que dizem ser baixistas, mas tocam com aquelas monstruosidades dotadas de cinco e pasmem, seis cordas, verdadeiros simulacros de baixos, é óbvio que um baixo de fato, ali não tem como soar bem.
No soundcheck, eu
extraí o máximo da equalização desse triste aparelho e alcancei um
resultado apenas razoável, portanto, soube de antemão que durante o
show, eu teria que conviver com tal limitação sonora inevitável, em
relação ao som do meu instrumento.
Flagrantes do show do Pedra pela ótica do grande Cesar Gavin. Pedra no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Clicks; acervo e cortesia : Cesar Gavin
A segunda canção da noite foi, "Estrada" e eu fiquei feliz por constatar que a banda conseguiu domar a adrenalina imposta pela música anterior, a revelar-se um Hard-Rock mais vigoroso e adentrar posteriormente em um andamento mais comedido, sem acelerar e ainda mais ao levar-se em conta que também poderíamos contaminarmo-nos mais com o fator da adrenalina em ebulição, decorrente do início de show, fator esse que sempre ocorre.
Seguimos em frente com "Queimada das Larvas nos Campos Sem Fim", com
bastante entusiasmo, devidamente respaldados pelo bom público presente,
que havia aplaudido bastante as duas primeiras músicas do show. Fiquei
feliz em notar na plateia a presença de muitos rostos amigos, entre
músicos; produtores musicais; jornalistas e fotógrafos &
film-makers.
Eu (Luiz
Domingues), Rodrigo Hid, Ivan Scartezini e Xando Zupo. Pedra no Sesc
Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Click, acervo e cortesia: Cátia "Bolívia"
Entre
tantos fotógrafos ali presentes, comoveu-me a presença de Cátia
"Bolívia", viúva do saudoso, Edgar Franz, o popular "Bolívia". Casal
famoso no meio musical paulistano por fotografar os mais variados shows
do circuito, do mainstream ao limbo do underground, em uma questão de
pouco mais de dois meses anteriormente, o grande Edgar "Bolívia" partira
para uma outra dimensão, ao causar uma grande comoção no meio.
Portanto, quando eu a vi ali sentada bem na frente a fotografar, além da
comoção que senti, também tive uma sensação de orgulho por ver que ela
estava ali motivada por uma grande dose de coragem em manter o legado do
casal e dessa forma, não há meio da presença do Edgar ser apagada de
nossa percepção. Bravo, Cátia "Bolívia""!
Uma
visão lateral do show. Show do Pedra no Sesc Belenzinho de São Paulo,
em 5 de abril de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Daniel "Kid" Ribeiro
Chegamos
em "Os Teus Olhos" e a dinâmica estabelecida foi muito boa, com a
canção a soar límpida, leve e bastante melódica. Rodrigo Hid foi para os
teclados, enfim e ali tocamos, "Só", "Luz da Nova Canção" e "Madalena
do Rock'n' Roll".
Nas duas primeiras, a doçura de ambas manteve-nos sob uma dinâmica intensa, o que foi bem agradável. Em "Madalena do Rock'n' Roll", a temperatura subiu, naturalmente. Veio a seguir, "Tô Indo a Mil", "Letras Miúdas" e "Jefferson Messias".
A primeira soou com bastante balanço, a honrar as tradições da boa R'n'B, e no caso de "Letras Miúdas", creio ter sido um momento mais Hard-Rock, com vigor, porém, sem perder a ternura jamais, visto que a dinâmica estabelecida para realçar a vocalização da melodia foi bem observada pela banda.
E
com o Rodrigo de volta aos teclados, "Jefferson Messias" arrancou uivos
da plateia, principalmente na sua parte mais experimental, a insinuar a
psicodelia sessentista e note-se que nesta banda, houve sempre uma
histórica rejeição por tal escola (por conta da opinião de outros
colegas, não a minha, naturalmente), portanto, essa canção é um ponto da
curva do rio, como até sugere a sua letra, escrita pelo magnífico,
Cézar de Mercês.
Momento
semi-acústico do show. Pedra no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de
abril de 2019. Clicks, acervo e cortesia: Tony Estrella
Três
músicas com sentido semi-acústico advieram na sequência: "Projeções",
"Meu Mundo é Seu" e "Nossos Dias". Lembro-me bem, o som do violão de
doze cordas, soou excepcional no meu monitor, um capricho da parte do
técnico de monitor do show e da equipe fixa do Sesc (sobre o técnico,
tratou-se de uma rapaz chamado, Evandro).
E também o violão de cordas de
nylon, quando o Rodrigo arrancou suspiros das meninas ao cantar a
balada sob teor MPB, "Meu Mundo é Seu". Já sobre a canção, "Nossos
Dias", Rodrigo optou por tocá-la a usar a guitarra, mas com a devida
leveza que um típico "Soft-Rock" merece ser tratado.
Voltamos a esquentar o show com temas mais fortes e "Filme de Terror" dignificou a memória do grande, Sérgio Sampaio, e a do Pedra, igualmente, por tudo o que essa releitura representou em nossa trajetória. "Longe do Chão", outra canção emblemática, foi interpretada com desenvoltura, certamente e Xando Zupo foi muito aplaudido pelo seu solo grandiloquente.
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=4sNUJXWadyg
Assista acima a performance do Pedra para "Meu Mundo é Seu". Pedra no Sesc Belenzinho
de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Filmagem de Cátia Bolívia
Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=jRmnVdNkwjM&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3P8QJCunvf_Yhkmknn1_PYrgwSJMyDM7TNghjvn-mHCejPvS1RM29tHMM
Pessoas
gritavam diversos nomes de músicas do repertório do Pedra em cada intervalo, que
fazíamos entre uma e outra execução. Isso é muito normal, não ocorre
somente com o Pedra, mas em qualquer show de qualquer banda e não apenas
no mundo do Rock. No entanto, neste caso, houve a comoção em torno de uma banda que não reunia-se há muitos anos.
Algumas músicas que pediam, eu sabia de antemão que não tocaríamos, mas eis que ouvimos um grito forte a destacar-se na multidão: -"O Dito Popular"... e seguiu-se a isso, a revelação, feita pelo próprio autor do grito, que tratara-se de Carlos Zoffo, o extrovertido ex-vocalista da banda, "Irmandade do Som", que apresentava o programa: "Clip Independente", na Rede NGT, e cuja ajuda valiosa que prestara ao Pedra nos idos de 2006, jamais esquecemo-nos.
Tanto foi verdade, que o seu famoso bordão, que usava fartamente no programa, tornou-se a sua marca registrada e motivou até o título de um dos capítulos do meu livro autobiográfico, em seu primeiro volume. "Sabe o que é isso, banda" (?) era o que ele dizia repetidamente naquela ocasião e diante disso, eu não contive-me, pois fui ao microfone para proferir tal frase, com a intenção deliberada em saudar a sua presença, no teatro.
Entre tantos
amigos fraternais que acompanharam o Pedra em sua história, ali
presentes, Carlos Zoffo foi uma surpresa agradável a mais nessa noite.
Mais
flagrantes do espetáculo. Na terceira foto, uma ilustração que Diogo
estava a criar simultaneamente no telão. Pedra no Sesc Belenzinho
de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Clicks, acervo e cortesia:
Marcos Kishi
Reta final
do espetáculo, foi a hora para tocar a canção, "Sou Mais Feliz", a
música do Pedra que mais tocou pelas ondas radiofônicas.
Depois veio, "Cuide-se Bem", outro grande êxito, como releitura da composição criada pelo extraordinário, Guilherme Arantes e celebrado pelo clip genial perpetrado pelo artista plástico, Diogo Oliveira, em parceria com Dedé Kanashiro.
Aliás, Diogo atuou o tempo todo a pintar virtualmente através
de um "tablet", cuja projeção foi diretamente inserida no telão para o
público.
Rodrigo Hid e Ivan Scartezini em ação! Pedra no Sesc Belenzinho
de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Click, acervo e cortesia: Washington Santos
Encerramos
o show com duas músicas mais eletrizantes: "Pra Não Voltar" e "O Galo
Já Cantou". Desta feita, o público saiu de suas cadeiras e concentrou-se
em pé, bem próximo ao palco ao atender uma solicitação feita pelo
Xando, visto que o Sesc não permitia que as pessoas ficassem em pé
durante o espetáculo e só tolerava uma manifestação mais acalorada ao
seu término.
E também cerceava bastante o trabalho de fotógrafos, que
praticamente só podiam clicar e filmar a permanecer estáticos, em suas
respectivas poltronas. Enfim, as famosas normas estapafúrdias e
engessadas... o ponto fraco do Sesc.
Uma foto bastante experimental. Pedra no Sesc Belenzinho
de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Click; acervo e cortesia : Leandro Almeida
O público
pediu e finalmente o anseio do amigo, Carlos Zoffo cumprir-se-ia:
voltamos para executar, "O Dito Popular", com direito à menção de "Papa
Was a Rolling Stone", para reeditar o arranjo em adendo que costumávamos
fazer nos idos de 2009 e 2010.
Bem, foi isso, um encerramento apoteótico, com o público sob frenesi e a banda alimentada pelo sentimento bom do dever cumprido.
E foi isso, ficamos todos contentes pelo show em si; também pela euforia do público e por mais algumas questões. Ainda no decorrer do espetáculo, o Xando, quando foi agradecer ao iluminador (falha nossa/minha, não anotamos o seu nome), fez uma dedicatória ao grande, Wagner Molina, saudoso, infelizmente e que tantas vezes, iluminara os nossos shows, principalmente no período entre 2007 e 2014.
Fiquei feliz por ouvir do iluminador, um rapaz jovem e aliás,
bastante competente, que ele também emocionara-se quando ouvira a
citação ao Molina, pois este fora seu amigo, também.
Muitos amigos aguardaram no saguão para cumprimentar-nos após o término do espetáculo. Foi bastante prazeroso também por esse aspecto.
Show emocionante, certamente, por todos os aspectos que estiveram em pauta e devidamente reverberado pela efusiva reação da plateia. Em meio a muitos gritos a proferir a frase: "Volta Pedra", eis que a luz de serviço acendeu-se no teatro e funcionários educados, mas obsessivos em apressar as pessoas, puseram-se a convidar os participantes a evadir-se do recinto.
Contudo, fica a ressalva de que foi permitida a permanência
de quem assim o desejasse, no saguão de entrada do teatro, para
cumprimentar-nos e assim procedeu-se em cerca de vinte minutos, após
recompormo-nos devidamente no camarim.
Na foto 1, Cesar Gavin e Ivan Scartezini. Foto 2: Daniel "Kid" Ribeiro e Cesar Gavin. Pedra
no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Acervo e cortesia: Cesar Gavin. Clicks: Grace Lagôa.
Muitos
amigos estiveram ali, com a possibilidade de externar o seu entusiasmo
pela apresentação. Pessoas diretamente ligadas à história do Pedra,
entre músicos, produtores, jornalistas, fotógrafos, film-makers; fãs do
trabalho ou simplesmente os amigos pessoais de cada componente ou mesmo
da banda como um todo, além de familiares, logicamente.
Dessa forma, foi
prazeroso ter esse contato pós-show e sentir a temperatura, a fazer-nos
crer que valeu o esforço por tal empreitada, tantos anos após a
dissolução do trabalho.
Foto
1: o fã inveterado da banda, Michel Camporeze Téer, a exibir a
camiseta especialmente confeccionada para esse show. Foto 2, com a minha presença (Luiz
Domingues), Cesar Gavin, Rodrigo Hid, Ivan Scartezini e Xando Zupo, ainda
no palco do teatro, imediatamente após o término do espetáculo e
retirada do público. Foto 3: encontro de baixistas: Cesar Gavin, eu (Luiz
Domingues), Marcião Gonçalves, Marcelo "Pepe" Bueno e Gabriel Costa.
Pedra no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Foto 1:
Click (selfie), acervo e cortesia: Michel Camporeze Téer. Foto 2:
Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa. Foto 3: Click, acervo e
cortesia: Marcos Kishi
Já
a partir do dia posterior, como tornara-se uma praxe nas redes sociais
da Internet, fotos; filmagens & comentários abundaram. Ficamos muito
contentes pela manifestação positiva de tantas pessoas, incluso uma
infinidade de pessoas que não foram ao show, por morar em outras cidades
e/ou estados, mas que entusiasmaram-se pelo material exposto.
Até houve
um princípio de comoção ao criar-se uma "hashtag" "#voltapedra", que
logicamente sensibilizou a todos nós componentes, no entanto, não seria o
caso, apesar do sucesso da investida e do clamor sincero da parte
dessas pessoas. Abaixo, algumas manifestações em termos de depoimentos e/ou resenhas e coberturas fotográficas do show :
O jornalista, Sérgio Martins, da Revista Veja, postou na rede social Facebook, esse bonito depoimento, transcrito abaixo:
Site rockbrasileiro.net Resenha do show 9 4 2019
Resenha Site Vitrine da Música – Washington Santos
https://www.pedra--sesc-bele-1.vitrinedamusica.com/?fbclid=IwAR3EC1QvuaRi5dG9Y8RQeR2QWotWOKW8DZcgjr0qSiJpZ5fzfrQqko4wE_Q
Pedra
no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Foto 1: Click,
acervo e cortesia: Grace Lagôa. Foto 2: Click, acervo e cortesia:
Marcos Kish. Sensacional a presença de velhos amigos da banda! Foto 1:
Juliana Andrade, Carlos Zoffo ("Sabe o que é isso, Banda" (?), Cris
"Boka de Morango" Escudeiro e Xando Zupo. Foto 2: Cris Escudeiro, eu (Luiz
Domingues), Carlos Zoffo e Juliana Andrade. Foto 3: Cris Escudeiro e
Rodrigo Hid. Acervo e cortesia: Cris Escudeiro. Click: desconhecido.
Abordado
pelo amigo, Rogério Utrila, eu fui comunicado por ele, que o Pedra havia
sido convidado formalmente a participar do programa: "Live on the
Rocks", da Webradio Stay Rock Brazil.
De minha parte, o convite estava aceito com muito prazer, no entanto, só roguei-lhe que se possível agendasse-nos para a data mais próxima possível, visto que a banda não havia voltado às atividades regulares e para aproveitar a boa forma que adquirimos para apresentar esse show nostálgico, fazia-se mister que fosse aproveitado tal fato, ao não deixar que enferrujássemos novamente para obrigar-nos a promover um ou mais ensaios apenas para cumprir tal apontamento.
De acordo, o que eu disse-lhe foi repetido ipsis litteris
pelo Xando Zupo, ou seja, a comunhão de ideias esteve perfeita. E assim,
após uma troca de mensagens via rede social, Whatsapp, fechou-se a data
em 25 de abril de 2019.
Transcorreram
mais alguns dias após o show, e algumas manifestações ainda estavam a
ocorrer. Comentários em redes sociais, fotos e filmagens feitas por
pessoas que estiveram presentes no espetáculo, trataram por alimentar a
repercussão positiva, nesse sentido.
Site
Vitrine da Música - Cobertura do Show do Pedra no Sesc Belenzinho de
São Paulo, em 5 de abril de 2019. Fotógrafo: Leandro Almeida
https://musicavitrine.wixsite.com/pedra--sesc-bele-2/p-gina?fbclid=IwAR3M-WzBlQB56YdN0areBuzLeofKv-mbrVALTIQRBbgcl6yKuLoRG_oNBto
E
além de estar confirmada a participação da banda no programa : "Live on
the Rocks", da Webradio Stay Rock Brazil, para o dia 25 de maio do
mesmo ano, antes mesmo do mês de abril finalizar-se, eis que o Xando
Zupo foi abordado pelo magnífico guitarrista, Luiz Carlini e este
formulou o convite ao Pedra, para que a banda participasse do palco
Rock, que ele tradicionalmente produzia por ocasião da Feira de Artes da
Vila Pompeia e assim, ventilou-se que a banda fizesse uma apresentação
no dia 19 de maio de 2019, por ocasião da edição de número 32, dessa
tradicional feira de rua em São Paulo.
Como estávamos ensaiados e já marcados para fazer o programa de rádio, em 25 de maio, essa ideia ganhou uma certa proporção, mesmo com o Xando a esclarecer para o Carlini, que a banda não havia voltado às suas atividades de uma maneira formal, e que o show realizado recentemente no Sesc Belenzinho, fora apenas uma reunião sazonal e nostálgica.
Mesmo assim, Carlini insistiu e isso só não foi concretizado por conta de que eu, mesmo, Luiz Domingues, já estava comprometido a tocar nessa mesma edição da Feira, desta feita a realizar um show com o combo "Uncle & Friends", do guitarrista, Lincoln Baraccat e de fato, este convite houvera sido formulado e aceito de minha parte, em janeiro, bem antes inclusive dos primeiros ensaios empreendidos pelo Pedra.
E no calor dos acontecimentos, uma apresentação d'Os Kurandeiros também estava para ser acertada no mesmo palco, portanto, ficou inviabilizada a minha participação com o Pedra e isso ainda reforçou-se quando eu soube da confirmação do show d'Os Kurandeiros, logo a seguir, portanto, a caracterizar a completa impossibilidade da minha participação com o Pedra. Rodrigo e Xando, principalmente, chatearam-se, pois estavam muito propensos a participar e assim, o cancelamento do Pedra no mesmo evento, criou uma situação desconfortável, eu sei e lamento, mas não pude fazer nada para afastar tal possibilidade gerada por conta de uma agenda conflituosa.
Para amenizar tal desavença que surgira em meio às
mensagens, via rede social Whatsapp, no dia seguinte ao acontecimento,
um vídeo a conter duas músicas que tocamos no show do Sesc Belenzinho,
em 5 de abril, foi postado no YouTube, pelo fotógrafo, Washington
Santos, A conter as canções, "Só" e "Luz da Nova Canção", eis abaixo,
tal vídeo:
Eis abaixo, o link para assistir no YouTube:
Eis abaixo, o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=3LPJ0yN0Awc
Sucederam-se
mais alguns dias e um comunicado oficial da banda, deu conta que o
compromisso agendado com a rádio fora cancelado, pois ele ponderou que
se não haveria o show extra na Feira da Vila Pompeia, automaticamente a
apresentação no referido programa, não faria sentido.
Obviamente que eu
respeitei o sentimento de quem assim refletiu a situação, mas particularmente, eu não enxerguei tal
correlação entre os fatos e na prática, se a banda não anunciara uma
volta às atividades, pelo fato do show realizado recentemente no Sesc
não haver caracterizado tal objetivo, portanto, por conseguinte, não
haveria problema algum em cumprir o referido programa radiofônico e
no caso, teria sido uma oportunidade para angariar mais um material, para
somar-se ao legado da banda, inclusive com canções gravadas ao vivo,
portanto, algo a agraciar os fãs do trabalho, certamente. Entretanto,
entendi o ponto de vista dos demais, e respeitei a opinião.
Pedra ao vivo no Sesc Belenzinho de São Paulo, em 5 de abril de 2019. Click, acervo e cortesia: Cesar Gavin
Cabe,
para encerrar esse capítulo extra que a banda motivou-me a escrever, em
pleno 2019, agradecer ao Xando, principalmente, por todo o empenho que
ele teve em produzir esse show, tantos anos depois do término das atividades
da banda.
Foi bom conviver com os velhos companheiros por quatro
ensaios, além do dia do espetáculo propriamente dito, tocar esse
conjunto de canções a representar a obra construída pela banda; obter o
contato direto com muitos fãs confessos do trabalho e como eu mencionei ao
Xando, ainda no calor do pós-show, ao caminharmos pela coxia do teatro,
foi uma oportunidade rara para cumprirmos o show de despedida que
ficara a faltar em 2015, e assim, portanto, eu agradeci-lhe por tal convite e
empreendimento dessa produção, cujo mérito foi todo dele.
A
banda, apesar de extinta oficialmente, gerou esse show sazonal e assim
escreveu mais um pouco de conteúdo em sua trajetória, naturalmente.
Sendo assim, eu não posso afirmar que nunca mais haverá outra
oportunidade semelhante, dessa forma, não digo que seja o final definitivo
dessa minha trajetória com o Pedra, no entanto, pelas circunstâncias do
momento em que escrevo este trecho (maio de 2019), fechou-se um ciclo,
enfim com um belo desfecho, à altura da qualidade de tal banda.
Grato
ao Xando Zupo, Rodrigo Hid e Ivan Scartezini, com os meus votos que
eles sejam muito felizes e prósperos na continuidade das suas
respectivas carreiras na música!
Viva o Pedra!
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