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terça-feira, 2 de março de 2021

A Chave do Sol - Capítulo 19 - Resgate, Arqueologia & Reinvenção para o III Milênio - Por Luiz Domingues

Que A Chave do Sol foi uma das mais significativas bandas da minha carreira, longeva por si só e marcada por participações em muitas bandas, dessa prerrogativa eu nunca duvidei e pelo contrário, sempre foi motivo de muito orgulho de minha parte.  

A despeito do nosso guitarrista, Rubens Gióia, ter feito várias tentativas para reconstruí-la ao longo de décadas e muitas vezes ter me convidado para fazer parte desses esforços de reunião da nossa querida banda e jamais termos logrado êxito em tais tentativas.

Na realidade nunca fora por conta de orgulho ou mágoa de minha parte que eu recusara tais ofertas de sua parte. O fato, foi que todos os convites surgiram em momentos em que eu estava muito comprometido com outros trabalhos e assim, tirante uma ocasião em 2005, que chegou a promover um ensaio entre eu (Luiz), ele (Rubens) e o nosso baterista, José Luiz Dinola, mas que não culminou em show por um outro detalhe estrutural, essa ideia de uma reunião da formação original, não prosperou jamais com o Power-Trio clássico inteiramente reunido, embora em algumas ocasiões, Dinola & Gióia houvessem promovido algumas apresentações a usarem o nome da nossa banda, com outros baixistas e vocalistas diferentes (em 2000 e 2007, por exemplo) e em 2012, o Rubens fez um show com três músicos convidados e somente ele a representar a formação original do nosso grupo.

Anos depois, eu fui convidado para fazer parte da turnê de despedida da Patrulha do Espaço, com alguns shows realizados entre 2018 & 2019. Em 2019, foi a vez de eu participar de um show reunião do Pedra, ou seja, duas outras bandas importantes em minha trajetória pessoal.  

E foi então que uma ideia germinou em minha imaginação: por que não seguir-se a mesma ideia e reunir a formação original d'A Chave do Sol, nem que fosse para um único espetáculo em caráter nostálgico?  

Respaldado pelo fato de que reviver a minha participação com a Patrulha do Espaço e com o Pedra houvera sido tão prazeroso e produtivo para agregar inúmeros valores, inclusive mais histórias para acrescentar à minha autobiografia e com muita honra, tal ideia sobre A Chave do Sol, também ter essa oportunidade e a considerar ser uma banda pela qual eu fui cofundador e tive uma história tão linda, construída ao lado de companheiros talentosos e valorosos, cresceu em minha imaginação, como uma perspectiva concreta. 

Concomitantemente, eu sempre tive a percepção de que a despeito da nossa banda ter tido um final abrupto ao final de 1987, que foi triste por gerar mágoas em todos nós, por conta de mal-entendidos, por outro lado, tais rancores indevidos já não existiam mais, há muitos anos.  

E um outro fator, a nossa banda marcara profundamente uma geração de fãs, muito fiéis do nosso trabalho e por conseguinte, desde 1988, que eu ouvia manifestações efusivas da parte de pessoas que expressavam claramente que desejariam que nós voltássemos à ativa. Eu nunca duvidei desse potencial do nosso grupo e tampouco da sincera opinião desses fãs e nos últimos anos, tais demonstrações de carinho se tornaram ainda mais frequentes através das Redes Sociais existentes na Internet. Portanto, eu sempre levei em conta tal fator. 

A questão então ganhou uma substância, quando o guitarrista, Geraldo Guimarães, o popular, Gegê, abordou-me por volta de agosto de 2019 e por ser um declarado fã de nossa banda, ele disse-me que estava envolvido com a produção de um teatro municipal, denominado: Cacilda Becker, localizado no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo e que gostaria de produzir um show d'A Chave do Sol em dobradinha com Os Kurandeiros, a minha banda dessa atualidade.  

Sobre Os Kurandeiros, que maravilha essa oferta, seria apenas definir a data, mas a respeito d'A Chave do Sol, uma banda inativa há anos, haveria de ser feita uma costura prévia, primeiro a consultar os companheiros Rubens e José Luiz, verificar se aceitariam, pensar em um vocalista convidado ou mesmo nos aventurarmos para executarmos o repertório mais instrumental, uma faceta que marcara uma fase da nossa própria banda, inclusive. 

Bem, o importante foi que a semente de um show a ser realizado em 2020, foi lançada ao ar, eu a enterrei no solo com vívido interesse, reguei e pareceu-me a grosso modo, que poderia germinar bem.

Eis que após a proposta feita pelo amigo, Geraldo "Gegê" Guimarães, a ideia passou por um processo forte de amadurecimento. Então, diante dessa prerrogativa, eu fui impelido a materializar tal sentimento.  

Por uma feliz coincidência, ao final de julho de 2019, eu recebi o recado do José Luiz Dinola, que ele houvera sido convidado por um velho amigo nosso em comum, o ex-roadie d'A Chave do Sol, Edgard Puccinelli Filho, para comparecer a um evento, a tratar-se do lançamento de um vídeoclip da banda, "Power Blues", cujos membros eu conhecia de longa data, inclusive. 

Ora, rapidamente eu também recebi o mesmo convite da parte do Edgard e assim, ficou certo de que nós dois, eu e Dinola, nos veríamos no ambiente da casa de shows, Madame Satã, onde realizar-se-ia o show do Power Blues, para lançar o seu vídeoclip da música: "Mentes Criminosas", a ser realizado em 17 de agosto de 2019. 

Durante o evento das bandas Power Blues e Santa Gang, em 17 de agosto de 2019, na casa de espetáculos, Madame Satã. Da esquerda para a direita: Edgard Pucinelli Filho a usar a sua famosa fantasia de "El Diablo", eu (Luiz Domingues), Dalam Junior (ex-Anthro e Madame Buitterfly, além de ser um dos coordenadores do evento, "Praça do Rock", nos anos oitenta, José Luiz Dinola e Lucio Zaparolli, vocalista do grupo, Santa Gang. Acervo: Dalam Junior
  
Então, nesse referido dia de agosto, eis que eu encontrei o Dinola nas dependências do Madame Satã, e em meio a uma série de reencontros muito prazerosos, pois a casa estava abarrotada com músicos amigos nossos em comum, inclusive, muitos egressos da cena oitentista, portanto, contemporâneos d'A Chave do Sol. 

Mais uma foto de bastidores, do evento no Madame Satã, onde eu estive cercado por muitos amigos. Da esquerda para a direita: José Luiz Dinola, Kim Kehl, eu (Luiz Domingues) e o extraordinário guitarrista, Milton Medusa. Click, acervo e cortesia: Jani Santana Morales

Então, eu pude passar a ideia para o Dinola, que aceitou e surpreendeu-me muito positivamente, visto que além de concordar, ele demonstrou um grau de entusiasmo muito além do que eu imaginaria, pois ficou nas entrelinhas que ele interpretara a proposta de um show comemorativo de reunião da nossa banda, como uma oportunidade de resgate do trabalho. 

Ora, não foi essa a intenção primordial, mas se ele interpretou dessa forma e tal perspectiva o animara, por que não usar tal fagulha como um fator motivacional para o projeto, mesmo que no calor dos acontecimentos, não se tratasse exatamente do caso, mas assim como houvera ocorrido comigo, pessoalmente em relação aos trabalhos recentes que eu fizera com a Patrulha do Espaço e o Pedra, em termos de reunião comemorativa, como algo apenas a ser demarcado pela nostalgia, sem intenção de retomada das atividades. No entanto, eu considerei a animação dele com a ideia, muito positiva.

Dinola perguntou-me o que tocaríamos e sinceramente, eu não havia pensado em nada até então, pois do momento em que o Gegê lançara a proposta, até ali, a minha determinação foi apenas consultar os amigos, para depois pensarmos em repertório. 

Na minha ideia preliminar, eu adoraria tocar apenas o repertório mais antigo, de nossos primórdios de 1982 & 1983 e a privilegiar a fase do nosso Power-Trio clássico. Entretanto, ao ponderar melhor, um show comemorativo, com a reunião da formação clássica da nossa banda, não poderia ficar sem executar músicas tais como: "Um Minuto Além e "Sun City", por exemplo e aliás, de forma alguma, por uma questão de lógica e respeito à nossa própria história. 

Claro tais canções não poderiam faltar de forma alguma essa é uma questão inquestionável, não há contra-argumentação. Ali mesmo no cocktail do Power Blues (houve a abertura do grupo, Santa Gang, que coincidentemente também anunciava show de volta às atividades artísticas e com a sua formação quase clássica, mas também reforçada por vários velhos amigos nossos em comum e acrescento, o Rubens Gióia teve participação em uma formação dessa banda, ao início de 1981, como é bem sabido pelos fãs d'A Chave do Sol), eis que o Dinola, questionou quem seria o cantor para esse show, visto que nenhum de nós três apresentava grandes dotes vocais, por natureza.
Ora, esse houvera sido um ponto nevrálgico em nossa organização como banda nos anos oitenta. Por considerarmos que sempre precisávamos de um vocalista, ficamos errantes a buscar essa resolução durante toda a carreira da banda, quando na realidade, o Rubens cantava afinado, ainda que não tivesse uma grande emissão e o Zé Luiz apresentava um grande potencial e de fato, ele melhorou muito com o decorrer do tempo e eu também melhorei muito nesse quesito, no meu momento pós-Sidharta e ao longo da minha longa estada na formação da Patrulha do Espaço, quando eu pude aprimorar ao menos o backing vocals, afinado.
Portanto, a nossa busca incessante por um vocalista, nos anos oitenta, foi de certa forma precipitada e certamente obsessiva, hoje em dia eu tenho essa convicção. Por outro lado, ao buscarmos e termos tido tantos vocalistas de ofício na formação, eis que o material criado com tal perspectiva, ficou difícil para ser vocalizado por nós três do Power-Trio original, e assim, uma reunião da nossa banda, teria que contar com um convidado especial, isso tornou-se patente, para ocupar tal lacuna.

Foi então que eu sugeri um nome que supriria com bastante naturalidade a nossa necessidade de uma voz principal potente e com um potencial gigantesco para atuar como guitarrista e tecladista, igualmente, ou seja, quem mais a não ser, Rodrigo Hid? 

Preciso explicar ao leitor da minha autobiografia quem ele é, ou sobre a ligação que nós temos como amigos e parceiros na música? Pois é, ao citar a minha ligação de amizade com ele que remonta ao meu tempo como professor e expresso no capítulo "Sala de Aulas" da minha autobiografia, ele nessa época como um adolescente e agregado das minhas aulas por tocar em uma banda de um aluno meu, o Alexandre Peres "Leco" Rodrigues. 

Depois com o o Rodrigo já a tornar-se colega de banda no Sidharta, e o desdobramento desse projeto que nos levou juntos a tocarmos com Patrulha do Espaço por quase seis anos e como se não bastasse tudo isso, o fato de termos tocado por quase dez anos em uma outra banda, o Pedra, fez dele, um personagem recorrente em meu texto autobiográfico.

Rodrigo Hid durante as sessões de gravação do CD Chronophagia da Patrulha do Espaço. Estúdio Camerati de Santo André-SP, em janeiro de 2000. Acervo: Luiz Domingues. Click: Eduardo Donato. Revelação e digitalização em 2020: Vinicius Troyan 

E houve mais, pois, o Zé Luiz Dinola também esteve junto conosco no Sidharta e ambos tiveram uma banda que tocou na noite por um tempo a tocar covers de Classic Rock, o "Tarantula", Em paralelo, e eu e Dinola tocamos algumas vezes com o "Hid Trio" outra banda cover a atuar pela noite, com membros flutuantes e mais um dado: graváramos duas músicas em 2017, para compor o seu ainda não lançado disco solo, portanto, Dinola conhecia muito o Hid e claro que adorou a ideia. 

Rubens também aprovou a sugestão, pois mesmo sendo o único entre nós do Power-Trio clássico d'A Chave do Sol que nunca tocara com o Rodrigo Hid em alguma banda, por outro lado, conhecia bem a sua carreira e portanto, soube de imediato que fora uma boa escolha.

Rodrigo Hid em destaque (com Ivan Scartezini ao fundo), durante o show "Reunion" do Pedra em 5 de abril de 2019, no Teatro do Sesc Belenzinho, em São Paulo. Click, acervo e cortesia: Cesar Gavin

Feito o convite, Rodrigo Hid mostrou-se feliz pela lembrança e aceitou o convite para participar do nosso show "reunion", marcado para 15 de julho de 2020, a ser realizado no Teatro Cacilda Becker, no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo.

A ideia inicial foi formular então um repertório base para os quatro músicos se concentrarem em trabalhar e assim marcarem-se ensaios entre maio e junho de 2020. No caso do Rodrigo, seria vital definir o quanto antes o que tocaríamos, pois ele precisava mais dos que os membros originais da banda, familiarizar-se com as canções e fazer as suas escolhas sobre qual instrumento tocar em cada, uma, se a guitarra ou a suprir com teclados. 

Eu antecipei-me e lhe disse que gostaria que ele tocasse mais teclados nessa missão, justamente para encorpar o som da nossa banda com uma orientação mais setentista e assim a resgatar a raiz mais primordial d'A Chave do Sol que nasceu assim em 1982, sob forte orientação setentista em seu rol de influências, então, eu mal poderia esperar para ensaiar e ter em músicas como "18 Horas" e "Átila", por exemplo, um som vigoroso de órgão Hammond com a caixa Leslie a rodar rápida, o piano ao estilo Honk Tonk em "Luz" etc.

Então, sob uma votação simples, entre eu (Luiz), José Luiz Dinola e Rubens Gióia, fechamos com as seguintes músicas para compor o set list do show:
1) Luz
2) 18 Horas
3) Anjo Rebelde
4) Crisis (Maya)
5) Intenções
6) Um Minuto Além
7) Átila
8) Sun City
9) Saudade

Dessa forma a revelar-se como um set curto, definimos que a canção: "Luz" seria cantada pelo Rubens para demarcar bem a sua gravação original do Compacto de 1984 e tirante as instrumentais (18 Horas, Crisis/Maya e Átila), as demais ficariam sob a responsabilidade vocal do Rodrigo.

Zé Luiz Dinola em destaque no show realizado em 21 de maio de 1984, na Faap em São Paulo. Acervo: Luiz Domingues. Click: Seizi Ogawa 

Uma segunda frente foi iniciada, pois se iríamos fazer esse show, a oportunidade de estarmos ensaiados novamente abriu essa chance e uma tratativa de bastidores foi feita de imediato, mas eis que em meados de fevereiro a pandemia chegou com força devastadora ao Brasil e a quarentena foi imposta como medida sanitária acertada e mesmo que tudo tenha sido assustador, nessa época e até meados de março, houve a vã esperança de que se atingisse o platô da doença por volta de maio e assim, em julho a nossa data já agendada não sofresse nenhum dano. Mas à medida que o tempo avançou, percebemos que essa possibilidade não seria plausível.

Rubens Gióia em um dos shows de lançamento feitos no Teatro Lira Paulistana, de São Paulo, em 30 e 31 de julho de 1984. Acervo: Luiz Domingues. Click: Carlos Muniz Ventura

Tudo bem, a pandemia atrapalhou os nossos planos, no entanto, não arrefeceu a nossa animação. Montamos o grupo de Whatsapp interno para falarmos sobre os nossos planos e eu fiquei contente por saber que o nosso convidado especial, Rodrigo Hid se integrou com muita alegria, ali também. 

Então, mesmo sem perspectivas concretas para se pensar em remarcar oficialmente a data prevista anteriormente para o Teatro Cacilda Becker e muito menos seguir nas tratativas para um segundo show em um outro teatro famoso da cidade, ao menos a nossa banda seguiu a gerar novidades sensacionais no campo do marketing e melhor ainda, com lançamentos há muito tempo sonhados e somente nesse momento a se concretizarem efetivamente!

Eis que já a visar contar com novidades para oferecermos aos fãs como objetos de merchandising durante o show que faríamos em julho de 2020, uma boa perspectiva abriu-se quando eu tomei ciência de que uma velha amiga estava a produzir uma linha de produtos de decoração com as capas de discos de diversos artistas e que por ter feito almofadas com toda a discografia de um ex-aluno meu, Marcelo "Pepe" Bueno, motivou-me inicialmente a produzir tais peças como promoção para os três volumes do meu livro recém-lançado. 

E por terem ficado tão bons os produtos, passou algum tempo, eu encomendei também a feitura de mais produtos, desde feita a conter as capas de todos os discos que eu lancei na minha carreira, até este momento de 2020.

E afinal, de que produto eu falo? Pois é, Amanda Fuccia era (é) uma artesã e artista plástica muito habilidosa, habituada a criar muitas alternativas interessantes, normalmente, mas neste caso, eu falo sobre uma linha de almofadas para uso decorativo e para o conforto de assentos em geral, como linha para sofá, poltrona, cadeira e cama de uma forma geral e assim, no bojo do meu pedido, ela providenciou-me as capas dos discos d'A Chave do Sol e claro, além de eu colecionar tais peças, particularmente, se abriu a mesma possibilidade aos meus companheiros de banda e evidentemente que eu pretendi colocar à disposição dos fãs, a serem vendidas durante o show que ocorreria em julho de 2020. 

Feitas com um ótimo tecido, com costura caprichada e a presença de zíper para facilitar as lavagens periódicas, se apresentavam sob o tamanho padrão em torno da medida 40x40. 

Com bonita impressão, eu gostei muito do resultado e certamente que animei-me muito com a perspectiva de que tais produtos haveriam por agradar muito os fãs do nosso trabalho e que seria um prêmio a mais para quem se dispusesse a ir nos ver tocar ao vivo, após longos trinta e três anos de hiato gerado pelo final das atividades oficiais da nossa banda, desde o longínquo ano de 1987.

E assim, mesmo com a pandemia de 2020 a aumentar a sua agressividade e a postergar a possibilidade da quarentena abrandar-se, ficamos preparados com essa boa opção para oferecer aos fãs da nossa banda, assim que possível, em relação à concretização do show anteriormente marcado para julho e adiado sine die. 
Foi sensacional contar com o apoio de Amanda Fuccia, uma artista que eu conheço há muitos anos, pelo fato dela ser filha de Ana Fuccia, e esta, a revelar-se como uma grande fotógrafa, que fez fotos promocionais e para capas de discos, além de cobrir fotograficamente muitos shows ao vivo da Patrulha do Espaço, quando eu fui componente dessa banda.

Mas a surpresa aos fãs, programada para ser divulgada a partir do show, apenas, não ficaria concentrada nas almofadas. Pelo contrário, uma outra novidade, que na verdade foi um sonho acalentado por muito anos, também entrou em franca produção logo no início de 2020, portanto antes da pandemia chegar oficialmente ao Brasil e curiosamente demarcada pelo breve instante de 2020, onde nem cogitávamos que a vida social seria duramente prejudicada e a cultural, praticamente circunscrita ao mundo virtual.  

Falo sobre essa outra novidade a seguir e mesmo que o plano inicial para tornar pública a sua produção, houvesse sido planejado para ser uma surpresa a ser revelada apenas por ocasião do show de julho, foi óbvio que a quarentena apenas mudou a planificação inicial, mas não coibiu a sua preparação durante esses meses em que só trabalhamos de forma virtual.

Continua...

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