Ocorre que a ideia seria lançar um CD tradicional com dez ou doze músicas, porém com a absoluta falta de tempo para tocar o projeto, visto que o Rodrigo há anos montara uma agenda de apresentações ao vivo praticamente lotada, de segunda a segunda, ele optou então por lançar as três primeiras músicas que gravara, de uma maneira virtual em princípio, distribuído em prateleiras virtuais como a CD Baby, em voga na ocasião e também em portais de streaming.
https://www.youtube.com/watch?v=yjZ1thI2Lm0
Sobre a canção, eu já elaborei uma farta explicação sobre a sua origem, como parte de um possível material do repertório do Pedra e que fora rejeitado para entrar no seu álbum: "Fuzuê!", lançado em 2015. Posso, no entanto, e devo, na verdade, falar sobre essa canção lançada como single em outubro de 2020, principalmente a comentar sobre o seu áudio.
Em seu início, é magnífico o trabalho com violões sobrepostos, piano e os efeitos dos pratos da bateria. Os timbres ficaram muito bonitos. O baixo só emite a cabeça do compasso, mas já nesse instante é possível sentir o excelente timbre obtido.
Quando entra a melodia, efetivamente, a interpretação do Rodrigo é excepcional e o tratamento da sua voz nos paramétricos é muito bom, com uma limpidez impressionante. É muito rico o arranjo, com os violões e o piano a desenhar em perfeita concatenação. A linha de baixo e bateria é simples, mas impressiona a precisão e os timbres.
Na parte em que se sobressaem o violão e o baixo, o timbre de ambos é muito bom, sobretudo o baixo, que soa com todo o poder de um Rickenbacker modelo 4001, de 1973, este de propriedade do Ricardo Schevano que gentilmente me emprestou e também ajudou-me a capturar o seu timbre incrível (plugado em um amplificador e caixa da marca Ampeg, reedição de um modelo dos anos setenta), absolutamente "Squireano", como manda a cartilha do Rock Progressivo.
A parte final é épica, mediante um coral de vozes, todas gravadas pelo próprio, Rodrigo, e em conjunto com um solo em dueto de guitarras, também pilotadas, ambas, pelo Rodrigo), a se revelar muito melódico (lembra muito o som do guitarrista norte-americano, Steve Hunter, em: "Camellia"), e a bateria do Zé Luiz Dinola a se soltar mais, com o meu baixo a segui-la, mas sem grandes exageros, de minha parte, para respeitar o arranjo concebido pelo Rodrigo. Em suma: uma canção belíssima, ultra melódica a evocar a tradição Folk dentro do Rock Progressivo setentista, que tanto o Rodrigo, quanto eu, mesmo, gostamos, certamente.
E sobre a sua letra, ela é absolutamente inspirada, a se tratar de uma evocação espiritualista & holística, sem ranço religioso, com otimismo e humanismo, certamente.
"Eu sigo o sol dentro de mim", acho que expressa um aforismo bem profundo.
Gravado no Estúdio Orra Meu de São Paulo em abril de 2017
Técnicos de captura: Marcello Schevano e Gustavo Barcellos.
Técnicos de mixagem: Gustavo Barcellos e José Maron
Suporte para o som do baixo: Ricardo Schevano
Selos Orra Meu Records/Baratos Afins
Lançamento como single em outubro de 2020
Músicos:
Rodrigo Hid: Vozes, guitarras, violões e piano
José Luiz Dinola: Bateria
Luiz Domingues: Baixo
Bem,
este foi mais um trabalho avulso que eu fiz com o Rodrigo Hid e a
somar-se com a nossa atuação sob cooperação em três bandas autorais
(Sidharta, Patrulha do Espaço e Pedra), foi óbvio que a nossa parceria
musical ganhou mais uma linda peça e história para me dar orgulho e
muita satisfação. E para reforçar, propiciou mais uma cozinha
Domingues/Dinola para nos orgulharmos também! Além do mais, foi gravado
no estúdio dos irmãos Schevano, com o Marcello a operar e Ricardo a dar
suporte na timbragem do baixo. Obrigado, pelo convite para participar do
seu trabalho, amigo!
Como
uma outra música foi gravada em 2017, com o mesmo time, em seguida,
abre-se mais um capítulo para este trabalho, para comentar sobre o seu
lançamento. Sendo assim, possivelmente...
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