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sábado, 2 de abril de 2016

Magnólia Blues Band - Capítulo 1 - Um Desafio por Semana - Por Luiz Domingues

Inicio agora essa história recente em minha autobiografia! E foi dessa maneira que ocorreu essa possibilidade:

O Kim Kehl comunicou para todos os companheiros, logo no primeiro show d'Os Kurandeiros, em 2014, que o proprietário do Magnólia Villa Bar, estava a lhe fazer uma proposta nova. 

Então, aconteceu que o Alexandre Rioli sugeriu que a base d'Os Kurandeiros, estabilizada como Power-Trio àquela altura dos acontecimentos, a contar com: Kim Kehl, Carlinhos Machado e eu (Luiz Domingues), nos uníssemos a ele, para que em toda quarta-feira, juntos com ele mesmo a atuar como tecladista, que nos apresentássemos como um novo quarteto, sob a denominação de:  "Magnólia Blues Band". 

A ideia primordial foi para trazermos a cada quarta, um convidado especial da cena do Blues brasileiro para tocar conosco. O Kim ponderou que não haveria nenhum prejuízo à agenda d'Os Kurandeiros em outros shows, a não ser ali mesmo no Magnólia Villa Bar, onde a rotina fora tocar uma quarta por mês, aliás, rotina essa que perdurava bem antes da minha entrada na banda, em 2011. 

Carlinhos Machado em destaque a atuar com Os Kurandeiros no Magnólia Villa Bar. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Kim Kehl

O Carlinhos Machado aceitou de pronto, visto que para ele, que tocava em seis bandas simultaneamente naquela ocasião, acumular uma eventual sétima banda não mudaria muito a sua vida agitada como músico, vivida com shows pela noite, quase diariamente. 

Quem relutou um pouco fui eu mesmo e explico. Argumentei ao Kim e Carlinhos, que um fator positivo foi a paciência e companheirismo que tiveram comigo desde o início de minha entrada n'Os Kurandeiros, ao relevar a minha demora em me adaptar à banda, por algumas razões já explicadas em seu específico capítulo, nesta minha autobiografia. 

Entre tais razões, o fato de eu não ser versado pela escola do Blues e por conta disso, ter demorado a entender esse universo que parece fácil aos ouvidos menos atentos, mas que na verdade contém muitos maneirismos e em cima dessa prerrogativa, talvez os tais convidados aventados, artistas da cena do Blues, estes não tivessem a mesma paciência e pudessem acontecer climas desagradáveis em cima do palco. 

Claro que ambos desqualificaram os meus temores e me incentivaram a não pensar dessa forma derrotista, digamos, e que eu seria capacitado para fazer parte do projeto, etc. 

Enfim, como eu já salientei muitas vezes no capítulo sobre Os Kurandeiros, a tal da "atitude jazzística", de se atuar em shows baseados sob puro improviso, sem ensaios prévios, não era o meu modus operandi habitual, anteriormente. 

Eu, Luiz Domingues, a ensaiar com a Patrulha do Espaço em 1999. Acervo de Luiz Domingues. Click: Rodrigo Hid

Eu não me preparei para agir assim na minha carreira e pelo contrário, a minha história fora centrada quase que em 100%, na atuação com bandas autorais, portanto, a minha orientação pessoal como músico, sempre foi para tocar apenas o que eu mesmo criara. 

Com o respaldo dos companheiros, mas um tanto quanto ressabiado, aceitei participar do projeto, mesmo que em tese, estivesse a acumular mais uma banda na minha vida e de forma simultânea, o que foi algo também pouco provável que pudesse acabar bem, pois um conflito de agenda poderia ocorrer em qualquer instante. 

Naquela altura, janeiro de 2014, eu estava quase a completar trinta e oito anos de carreira e nessas quase quatro décadas de atuação, somente em poucos momentos tivera problemas dessa monta. 

Todavia, mesmo assim, algo semelhante houvera acontecido no início da carreira, e nesse caso, o acúmulo fora composto por situações tão incipientes, que mesmo quando se chocaram, não tiveram a gravidade que pudesse justificar um constrangimento muito grande. 

A pior situação que eu vivera na carreira, ocorrera ao final de 1983, quando aceitei voltar ao Língua de Trapo, mesmo ao estar muito firme com A Chave do Sol, que inclusive, insinuava dar passos importantes em sua trajetória, para começar a deixar o anonimato. 

Fora dessa ocorrência mais drástica, algumas situações anteriores foram realmente bem menos graves. Agora, 2014, eu estava a atuar com Os Kurandeiros, fazia parte do "Nu Descendo a Escada", de Ciro Pessoa e fazia parte do Pedra, que voltara em 2012. 

Nesses termos, acumular o Magnólia Blues Band poderia parecer uma loucura total, mas ao analisar bem, não seria assim tão insano, senão vejamos:

Kim Kehl & Os Kurandeiros em ação no Bierboxx de São Paulo em 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

1) O Magnólia Blues Band foi um desdobramento direto d'Os Kurandeiros, portanto, nunca haveria um choque de agenda entre as duas bandas, só por minha causa, pois de forma curiosa e ao mesmo tempo, lógica, Os Kurandeiros jamais tocariam na mesma data, por uma razão óbvia.

2) O mesmo equivaleria ao Nu Descendo a Escada, pois eu e Kim éramos componentes das duas/três bandas, e em breve, a projetar março de 2014, ficaríamos ainda mais confortáveis, pois o Carlinhos Machado também ingressaria no "Nudes", portanto, as três bandas teriam o mesmo núcleo base com baixo, bateria e guitarra, ou seja, o Power-Trio primordial de uma banda de Rock.

3) Sendo assim, o choque em potencial, poderia ocorrer apenas com o Pedra. Mas no calor dos acontecimentos daquele momento, o Pedra estava empenhado em gravar o novo disco e o "Nudes" estava parado em estado de hibernação, que só quebrar-se-ia em abril. 


Então, o que pareceu em tese uma loucura total, se revelou na prática, algo plausível e dessa forma, com todos a aceitarem o desafio, o primeiro convidado da Magnólia Blues Band, foi o grande: Chico Suman. 

Fiquei ainda mais aliviado, pois o conhecia e sabia que não haveria nenhum problema em tocar com ele, muito pelo contrário. Além de ser um rapaz excepcional, grande guitarrista e vocalista, era um conhecido de bastante tempo e sua banda, "Suman Brothers Band", na qual atuava o seu irmão, Vitor Suman, como baixista, tinha um segundo guitarrista que era o Diogo Oliveira, nosso amigo de muitos anos, e apoiador do Pedra, tendo inclusive feito a capa do CD "Pedra II", além de diversos cartazes de shows, cenários para apresentações ao vivo e havia feito até intervenções ao vivo como artista plástico, além de ter gravado cítara na canção: "Projeções", do mesmo disco em que criou a capa. 

O excepcional guitarrista e vocalista, Chico Suman. Fonte: Internet

Enfim, contar com Chico Suman como primeiro convidado foi uma certeza de que seria uma noite muito prazerosa para todos e uma possibilidade para o projeto deslanchar, de maneira imediata. 

E particularmente, me senti muito mais seguro por saber que não teria nenhuma preocupação para subir ao palco e tocar, pois, se tratava de um amigo sobre quem eu tinha certa liberdade, portanto, não haveria nenhuma possibilidade de ocorrer alguma dificuldade com o convidado. E lá fomos nós: 15 de janeiro de 2014, o início dessa banda.


Na primeira ilustração, o logotipo da banda. Na segunda, cartaz promocional. Criação e lay-out de Kim Kehl

Mais aliviado por saber que o primeiro convidado seria um amigo, eu fui confiante para tal estreia, sem nenhum temor de que poderia haver algum clima desagradável com um bluesman "exigente" e/ou maneirismos de um métier do qual eu não pertencia, necessariamente. 

A dinâmica dessa primeira noite foi igual a de quase todas as noites em que os shows posteriores aconteceriam doravante. O convidado escolhia algumas músicas de seu repertório com alguns dias de antecedência, sendo que a maioria das músicas do set list ficou determinado como repertório fixo da "MBB", baseado no repertório regular d'Os Kurandeiros, no tocante a interpretação de clássicos do Blues, Rock'n' Roll, R'n'B, Gospel, Country-Rock, Folk e Soul Music. Ou seja, o Blues seria o carro chefe, é claro, mas o leque mostrar-se-ia mais abrangente.

Kim Kehl & Chico Suman em ação, no show de estreia da banda/projeto Magnólia Blues Band. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap 

No caso do Chico Suman, quando eu cheguei ao Magnólia Villa Bar, ele já estava presente com a sua clássica guitarra Gibson 335 e seu amplificador. Mesmo sem conhecer esse universo do Blues como o Kim Kehl o dominava, me pus a acompanhá-lo do meu jeito, ao criar as minhas linhas na hora, na base do improviso total e sob a minha visão particular de tal estilo, muito mais centrada pela maneira Rocker de bandas que me influenciaram, do que através das versões originais dos bluesman do passado mais remoto.

 

"Route 66" com a Magnólia Blues Band + Chico Suman

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=ANluF-AOXfY

Quanto ao Chico, não foi novidade baseado no meu conhecimento, detinha um estilo robusto, com várias influências mescladas. Fã de Blues e Rock'n' Roll, ele tinha (tem) também uma forte carga de influência do Folk e Country-Rock norte-americanos, que enriquecia a sua musicalidade.

Chico Suman em destaque na sua participação com a Magnólia Blues Band em 15 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Chico Suman tocou e cantou com grande desenvoltura, a abrilhantar a noitada e a nos oferecer um bom ponto de partida para o projeto, muito além de nossas expectativas, aliás.

"Hootchie Cootchie Man" com a Magnólia Blues Band + Chico Suman

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=PsE3j-Nf01g&nohtml5=False

Quinze pessoas assistiram essa performance inaugural da Magnólia Blues Band com Chico Suman, um número reduzido se analisado sob outras circunstâncias, porém, "alto" para os padrões daquela simpática casa noturna, que dedicava as noites de quarta para o Blues, mas lotava mesmo nos finais de semana quando o samba e a gafieira atraiam multidões, normalmente. 

Confraternização final de pós show. em destaque, o nosso primeiro convidado, Chico Suman. Atrás, da esquerda para a direita: Kim Kehl, Alexandre rioli, Carlinhos Machado e eu (Luiz Domingues). Magnólia Blues Band + Chico Suman. Magnólia Villa Bar de São Paulo em 15 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

"Done Something Wrong" com a Magnólia Blues Band + Chico Suman

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=dwbdUz8Fb0k&nohtml5=False

Foi assim, portanto, a primeira noite do projeto, com o guitarrista, Chico Suman, membro da "The Suman Brothers Band", tendo sido o primeiro convidado. Aconteceu no dia 15 de janeiro de 2014, quarta-feira. 

O próximo convidado seria um outro velho amigo: Carlinhos "Jimi", que eu conhecia desde 2001, como um amigo próximo da Patrulha do Espaço, banda pela qual eu fora componente nessa ocasião citada.

No dia 22 de janeiro de 2014, recebemos o guitarrista Carlinhos "Jimi" Junior, um velho amigo nosso. Eu e Carlinhos Machado o conhecíamos há muito tempo, por vias diferentes.

As guitarras de Kim Kehl e Carlinhos "Jimi", prontas para a ação na segunda noite do projeto: "Quarta Blues" da Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

No meu caso, eu o conhecera em 2001, através do Rolando Castello Junior, baterista da Patrulha do Espaço, que por sua vez lhe fora apresentado pelos irmãos Brandini, estes, músicos e envolvidos com automobilismo, por serem donos de uma bela e sofisticada oficina mecânica, que além dos serviços normais para carros de passeio, preparava carros para competições (Márcio Brandini pilotava e liderava a Scuderia Brandini em provas de "arrancada", no circuito oficial da categoria, embora nos dias atuais, 2016, viva na Austrália). 

Enfim, Carlinhos "Jimi" Jr. era (é) amigo pessoal dos Brandini e se tornou nosso amigo também. 

Cartaz a anunciar um dos vários eventos produzidos pela oficina Brandini nos anos 2000

Aliás, desde então, Márcio Brandini tem sido o meu mecânico de confiança, ao ter colecionado várias situações em que me salvou com panes esporádicas ocorridas com o meu carro. Sendo que agora, ao me referir-me a 2016, quando escrevi este capítulo, quem cuida de meu carro é seu irmão, Ricardo Brandini, que assumiu a oficina, sozinho. 

E vale ressaltar que ele atendia e ainda atende muitos músicos amigos, muitos mesmo, e a sua oficina localizada no bairro do Cambuci, tornou-se sem dúvida, a oficina mecânica mais Rock'n' Roll de São Paulo, comandada por ele e seu irmão, Ricardo "Magrão" Brandini, que cuidava da parte financeira do negócio.

Foto da oficina Brandini a restaurar um carro antigo. Fonte: Internet

Só mais um adendo, os Brandini restauram carros vintage, e fazem um trabalho fantástico nesse nicho de colecionadores de carros antigos. 

Enfim, o Carlinhos "Jimi" apareceu na vida da Patrulha do Espaço, sob tais circunstâncias.

Carlinhos "Jimi" em destaque, com Carlinhos Machado, atrás, na bateria. Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Guitarrista da pesada, ele ganhou a alcunha de "Jimi", por sua brutal influência recebida do guitarrista norte-americano, Jimi Hendrix, e de fato, ele executava a obra desse ícone sessentista com muita desenvoltura, mesmo a tocar vários estilos diferentes e por ter feito parte de bandas autorais (incluso a "Trupi", banda de apoio de Gerson Conrad - ex-Secos & Molhados"), Carlinhos culminou em montar a banda Tributo: "Stone Free", com quem se apresentava regularmente a tocar o repertório de Jimi Hendrix.

Carlinhos "Jimi" em ação conosco! Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Ele era (é) também um técnico de informática muito competente e de fato, já me salvara várias vezes por conta de defeitos ocorridos no meu computador e eu sabia que ele já fornecera suporte para vários amigos meus. 

Pelo lado do Carlinhos Machado, havia também uma proximidade muito grande entre ambos, por conta de Carlinhos "Jimi" ter tocado na "Trupi", banda onde Carlinhos Machado atuava também, a acompanharem, Gerson Conrad. Portanto, quem menos o conhecia foi o Kim Kehl e o próprio dono do Magnólia e tecladista da "MBB", Alexandre Rioli.

Carlinhos "Jimi" em destaque, com Kim Kehl ao seu lado e o tecladista, Alexandre Rioli, atrás. Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Fiquei muito contente por saber que ele seria o novo convidado do projeto da "Quarta Blues", pois além da amizade, naturalmente que eu antevi que seria uma noitada quente, com Jimi Hendrix a nos rondar, ao fazer com que os Blues soassem mais ácidos, naquela noite. 

"Little Wing" com a Magnólia Blues Band + Carlinhos "Jimi" Junior

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=lyn4En-dvq0

E não deu outra, foi uma noitada prazerosa ao extremo, quando nos divertimos a tocar o set list básico da Magnólia Blues Band, mas a acrescentar vários temas especiais para a noite e claro, com o som de Jimi Hendrix para tornar a noitada mais Rock do que Blues, pela volúpia ali exercida. 

Aliás, uma versão de "Rock'n' in the Free World", do "Crazy Horse", deve ter batido todos os recordes de longevidade, mesmo ao se considerar que essa banda histórica e liderada por Neil Young, sempre manteve por característica a execução de músicas muito além de sua duração normal... ou seja, acho que ficamos por quase trinta minutos a executá-la, sob um revezamento de solos entre Carlinhos e Kim, além do Alexandre aos teclados. 

"While my Guitar Gently Weeps" de George Harrison, com a Magnólia Blues Band + Carlinhos "Jimi" Junior.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=GeOhSeF3xbc 

Em suma, foi muito divertida a noitada, mesmo que sob baixa frequência de público, infelizmente.

Carlinhos "Jimi" em destaque, com Kim Kehl ao seu lado e Carlinhos Machado, atrás, na bateria. Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

O próximo convidado foi Ivan Marcio, este um desconhecido para todos nós da banda, pessoalmente a falar, mas bastante famoso na cena do Blues brasileiro, como cantor, gaitista e guitarrista.

Confraternização da banda com o guitarrista, Carlinhos "Jimi". Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

O excelente, Ivan Marcio, à gaita, na terceira noitada da "MBB", em 2014. Magnólia Blues Band em 22 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Foi o primeiro contato que tivemos com alguém que era famoso no meio do Blues, mas que não era conhecido nosso pessoalmente (no caso, a se pensar n'Os Kurandeiros, já haviam aparecido grandes figuras da cena blues para tocar conosco, como Marcos Ottaviano e Amleto Barboni, por exemplo). 

Se nas duas primeiras semanas tivemos amigos, e a camaradagem fora natural, com Ivan Marcio, houve um certo zelo inicial, a se mostrar como algo absolutamente normal.  

As gaitas de Ivan Marcio prontas para a ação! Ivan Marcio com a Magnólia Blues Band em 29 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Contudo, simpático, se houve algum comedimento entre nós, o nosso convidado tratou por derretê-lo, com uma atitude amigável no convívio e sobretudo no palco, ainda que sem grandes exageros nas brincadeiras. 

Ao se mostrar detalhista e exigente, a cada música proposta por ele, nos falou sobre o estilo de interpretação a ser imprimido, ao demonstrar então o seu vasto conhecimento sobre os meandros do Blues. Eu e Carlinhos mal entendíamos o que ele estava a nos solicitar e nem mesmo o Kim, que tem bastante conhecimento desse universo, sabia dessas minúcias dignas de um expert no assunto. 

Ivan Marcio a cantar no destaque, com Carlinhos Machado ao fundo na bateria e eu, Luiz Domingues, ao lado. Ivan Marcio com a Magnólia Blues Band em 29 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Foi uma apresentação muito boa e claro que ele executou a sua gaita com bastante desenvoltura, ao trazer o seu arsenal de instrumentos em vários tons, praxe típica dos gaitistas e amplificador e microfone especiais para tal uso. 

O seu vozeirão também nos chamou a atenção, ao demonstrar ser um cantor com muita qualidade. Eu não sabia na ocasião, mas ele também é um bom guitarrista, mediante vídeos que assisti tempos depois, mas nessa noite, Ivan se apresentou apenas como cantor e gaitista.

"Black Night" com a Magnólia Blues Band + Ivan Marcio

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=_UEtJwKrsug 

Na conversa que tivemos no intervalo e ao final da apresentação, ele me contou que visitava com frequência os Estados Unidos e a cena de Blues de Chicago estava debilitada, naquela atualidade, o que me causou espanto, pois inocentemente, eu sempre achei que o Blues fosse um estilo imune aos modismos da música mainstream. Todavia, com essa informação do Ivan Marcio, esse conceito ficou abalado, doravante. 

"Chicken Shack"/"Up and Down the Avenue" com a Magnólia Blues Band + Ivan Marcio

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=5SAeY_qbVUo

Ao ir além, ele me falou que o Hip-Hop estava a minar o Blues e outros estilos clássicos da música norte-americana, e isso teria/terá em um médio/longo prazo, consequências terríveis. Fiquei obviamente consternado com tal afirmativa de sua parte, mas fazer o que, não é mesmo?  

Ivan Marcio a tocar gaita, com Kim Kehl e Alexandre Rioli atrás. Ivan Marcio com a Magnólia Blues Band em 29 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Assim foi a noite de 29 de janeiro de 2014, com baixa frequência na casa, talvez já a se coadunar com a previsão tétrica proferida por Ivan Marcio sobre o futuro do Blues. 

O próximo convidado do projeto, foi Wagner Andrade, um guitarrista e cantor com pegada mais Rocker, talvez no estilo do Carlinhos "Jimi" Junior, para situar o leitor.

Uma panorâmica da MMB a receber o excelente gaitista/guitarrista e vocalista: Ivan Marcio. Ivan Marcio com a Magnólia Blues Band em 29 de janeiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Cartaz promocional do guitarrista, cantor e compositor: Kim Kehl, lançado em algum momento dos anos 2000

Eu diria que a experiência de tocar com Os Kurandeiros de Kim Kehl, há mais de dois anos, nessa altura em que as atividades da Magnólia Blues Band se iniciara, já havia me adicionado uma bagagem extraordinária nessa área do Blues, que nunca foi um estilo de minha predileção, embora também, sempre tenha sido de meu inteiro respeito e admiração. 

Claro que a perspectiva de acompanhar um artista dessa cena a cada quarta, com estilos e bagagens diferentes uns dos outros, me deu um acréscimo muito grande nessa perspectiva para que eu pudesse me aprofundar nesse universo, que é imenso e ultra ramificado por natureza intrínseca. 

Cartaz a anunciar a programação geral do Magnólia Villa Bar, a destacar a "Quarta Blues" de 5 de fevereiro de 2014, com o guitarrista e cantor, Wagner Andrade como convidado

E assim chegou a quarta edição da "Quarta Blues" do Magnólia Villa Bar, quando recebemos o guitarrista e cantor, Wagner Andrade.

O Kim já havia nos alertado para o fato dele ser um guitarrista de orientação mais Rocker, portanto mais próximo de nossas raízes, e que fatalmente seria uma noite mais pesada. 

Kim Kehl & Wagner Andrade em ação, na quarta noitada da Magnólia Blues Band em 2014. 5 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
 
De fato, Wagner Andrade trouxe mais a veia Rocker e a noite foi mais parecida com a que tivéramos com o Carlinhos "Jimi" Junior e em alguns momentos tivemos até picos de euforia, com o ímpeto de um show de Rock. 

"Old Times Rock'n Roll", com Wagner Andrade como nosso convidado

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=g5TnmOzU0kM

Além do repertório base da Magnólia Blues Band, o nosso convidado propôs alguns clássicos do Rock, quando até o som do Led Zeppelin foi lembrado e claro, nos divertimos muito. 

Uma panorâmica da banda com o nosso convidado, Wagner Andrade (a usar roupa escura e tocar com uma guitarra Fender Stratocaster), conosco. Magnólia Blues Band em 2014. 5 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Extremamente simpático, Wagner Andrade tornou a noite agradável para nós, pela camaradagem e também pela sua técnica muito boa à guitarra, a pilotar com desenvoltura, a sua Fender Stratocaster.

"Crossroads" com a Magnólia Blues Band e Wagner Andrade

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=lPSz6OODv5c

Na conversa estabelecida no intervalo, ele nos falou sobre o estúdio que possuía na zona sul de São Paulo e as gravações que ali ocorriam etc. Em suma, foi uma ótima participação, que aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2014.

Na primeira foto, a MBB com Wagner Andrade e na segunda, a confraternização final da banda com ele. Na terceira, a noitada subsequente, com o nosso convidado, guitarrista, Duca Belintani. Da esquerda para a direita: Alexandre Rioli (aos teclados), Kim Kehl & Duca Belintani. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

O próximo convidado da Magnólia Blues Band, foi: Duca Belintani, um ótimo guitarrista da cena do Blues brasileiro.  

Na primeira foto, Duca Belintani em ação, com Carlinhos Machado atrás, na bateria. Na segunda a MBB com Duca Belintani a tocar conosco (terceiro da esquerda para a direita). Magnólia Blues Band em 12 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap 

Aparentemente tímido, Belintani se mostrou bem discreto no início da apresentação, mas ele logo se ambientou, na medida em que notara que nós éramos receptivos e hospitaleiros.

"Going Down", com Duca Belintani a abrilhantar a noite da "Quarta Blues"

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=GFHEcI2MKDQ
 

Portanto, com o gelo quebrado, a performance e a diversão foi garantida. 

"Southbound", na interpretação de Duca Belintani, ao lado da Magnólia Blues Band. 

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=7Mof17yHmrQ 

A noite de 12 de fevereiro de 2014 foi quente como se espera de uma noite de verão, e o show de Blues e Rock'n' Roll, idem.

Kim Kehl e Duca Belintani ao seu lado, com Alexandre Rioli atrás, nos teclados. Magnólia Blues Band em 12 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap 

No repertório e na pegada, Duca se mostrou muito bem versado, exatamente dentro do que se esperava e a sua guitarra bem tocada, foi irrepreensível nessa jam-session. 

"Crossroads" na interpretação de Duca Belintani conosco. Interessante como essa versão da mesma música que tocáramos com Wagner Andrade, na semana anterior, se mostra diferente, com o seu andamento mais lento e mais próximo do Blues tradicional, neste caso.

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=rZlTKa_097k

Com a "ardência" típica da guitarra Fender Stratocaster, Duca Belintani criou uma atmosfera contrastante e complementar ao Kim Kehl que nessa noite usou uma guitarra Gibson SG, e assim, o som ficou mais diversificado com dois timbres tão diferentes e característicos. 

Na foto, a segurar um copo na extrema direita, Fernando Ceah, vocalista e guitarrista da banda Pop Rock, "Vento Motivo", que apareceu para uma participação especial. Ao seu lado, o convidado oficial dessa noite, Duca Belintani e os demais, nós, os membros da Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band em 12 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap 

Ao final, nos confraternizamos com a certeza de termos feito uma grande noitada de Blues e Rock'n' Roll. 

Na semana seguinte, uma dupla participaria conosco: Rui Bueno & Lincoln Mugarte.

Da esquerda para a direita: Rui Bueno & Lincoln Mugarte, os nossos convidados. Magnólia Blues Band em 19 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

A novidade para a noite de 19 de fevereiro de 2014, portanto, foi a presença de uma dupla de convidados, a quebrar a predisposição usual em termos apenas um convidado a cada noite. 

Desta feita, os convidados foram: Lincoln Mugarte & Rui Bueno, respectivamente guitarrista e vocalista de uma banda famosa da cena blues brasileira, o "Mr. Mojo", e que trouxeram, além de seu entrosamento natural como companheiros de banda, opções diferentes de repertório. 

Uma panorâmica da banda a receber a dupla: Lincoln Mugarte e Rui Bueno (respectivamente o segundo e terceiro da esuqerda para a direita). Magnólia Blues Band em 19 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap  

Claro, para o Kim Kehl foi fácil tocar tais canções clássicas do cancioneiro do blues, mas no meu caso em específico, que nunca tive grande familiaridade com o gênero, apesar de serem temas recorrentes desse universo, em sua maioria soavam com caráter inédito para a minha percepção empobrecida de tal repertório e assim, eu tive que observar com atenção os movimentos nos braços das guitarras do Kim e Lincoln, a caçar a harmonia das músicas propostas, mas no cômputo final, não foi nada catastrófico, no entanto.

"Let Me Love You"com Rui Bueno & Lincoln Mugarte, os nossos convidados.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=qNBYZZhOTb0

Tirante um erro ou outro, acho que não comprometi a noitada e foi (como houveram sido as anteriores, aliás), uma jornada muito boa.

"You Don't Love Me", uma proposta do Lincoln Mugarte, ali na hora de improviso. 

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=jzohfRMboPg

Desta feita o público foi um pouco melhor e a explicação, além das presenças dos convidados, se deu pela incidência do forte calor de verão que tradicionalmente estimula as pessoas a saírem mais de casa, apesar de ter sido uma quarta-feira, um dia difícil para a maioria que labuta cedo na quinta-feira etc. e tal.

Na primeira foto, as duas Gibson Les Paul, de Kim Kehl e Lincoln Mugarte, prontas para a noitada de Blues. Na segunda foto, eu, Luiz Domingues em destaque, com o técnico de som do Magnólia Villa Bar. Magnólia Blues Band em 19 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap   

Já bem mais confiante de que independente de qual convidado chegasse, eu não seria surpreendido inteiramente, pois já estava mais ambientado ao mundo do Blues, a Magnólia Blues Band recebeu o guitarrista, Rodrigo Batello, na sua próxima edição. 

Kim Kehl & Rodrigo Batello, em mais uma noitada da Magnólia Blues Band, em 2014. Magnólia Blues Band em 26 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Muito comunicativo, Rodrigo se ambientou natural e tranquilamente, e até protagonizou um momento engraçado quando ficou repetidamente a ironizar o tecladista britânico, Rick Wakeman, sob um contexto no qual a conversa derivara para o assunto sobre tecladistas, e ele enfatizou que gostava de qualquer tipo de música, com exceção do trabalho do Rick Wakeman, que alegou detestar.

 "Tulsa Time" com Rodrigo Batelo e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=x9evcsSMQVY

Bem, não penso igual e claro que como fã do Prog-Rock setentista, gosto do Rick Wakeman, de uma forma ampla, com ressalvas para alguns trabalhos solo menos inspirados, mas aí, é difícil apontar um artista que não tenha cometido deslizes em carreiras longas.

"Worried Life Blues", um blues sensacional com Rodrigo Batello e a Magnólia Blues Band, em ação. Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=hTtvKGtTZoM

Enfim, no que realmente interessa aqui, a performance de Rodrigo Batello foi muito boa, exatamente como esperávamos, para tornar a noite do projeto "Quarta Blues", muito prazerosa.

"Texas Flood" com a participação do amigo, Cris Stuani, na guitarra e voz.

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=nnhZZ9Q5AqU  

Alexandre Rioli em destaque nos teclados, com o nosso convidado especial, Rodrigo Batello, à sua frente e Carlinhos Machado ao fundo. Magnólia Blues Band em 26 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Ainda nessa noite, dois amigos apareceram para participações inesperadas: Edu Dias (voz e gaita) e Cris Stuani (voz e guitarra).
Lógico, com tais presenças, melhorou ainda mais a qualidade da apresentação. 

A confraternização da "MBB" com o nosso convidado, Rodrigo Batello (o quarto da esquerda para a direita). Magnólia Blues Band em 26 de fevereiro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Aconteceu na noite de 26 de fevereiro de 2014 e foi uma bela noitada de Blues e Rock'n' Roll. 

Ao darmos uma pausa para o carnaval, a quarta de cinzas não teve edição do projeto e a posterior, também não ocorreu, por um impedimento operacional da casa, mas na outra semana, voltamos à carga. Foi no dia 12 de março de 2014, que voltamos à carga e desta feita o convidado foi o grande guitarrista: Marceleza "Bottleneck". 

Um dos maiores especialistas em slide guitar do Brasil, o excelente, Marceleza "Bottleneck", em ação com a Magnólia Blues Band, em uma foto do grande fotógrafo internacional, Lincoln Baraccat. 12 de março de 2014

Este foi mais um caso raro em que eu conhecia o músico convidado, pois se tratou de alguém de um outro capo musical no qual eu transitava normalmente, que não o do Blues sob exclusividade, como estava a lidar agora ao fazer parte da formação da magnólia Blues Band.

Marceleza "Bottleneck" em destaque, com Kim Kehl ao fundo. Magnólia Blues Band em 12 de março de 2014. Click, acervo e cortesia: Lincoln Baraccat

Marceleza era (é) guitarrista da banda: "Cracker Blues", que apesar de ser muitas vezes caracterizada como uma banda de Blues, mais transitava pelo mundo do Rock, por ser bastante próxima de uma cena paulistana dos anos 2000, na confraria formada por bandas como o "Tomada", "Baranga", "Carro Bomba" e o "Pedra" (banda essa em que fui componente). Então, eu já conhecia e tinha boa comunicação com ele, certamente.

"Little Red Rooster", com Marceleza a atuar com seu bottleneck tradicional

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=gIjzhnox8Z8 

Como o seu nome artístico sugeria, a sua especialidade era (é) o uso do "bottleneck", ou slide, como queira o leitor, que se trata de um artefato que possibilita para o guitarrista, fazer uso de um recurso muito próprio do Blues, ao deslizar tal pedaço de metal pela s cordas e extrair um som característico.

Além de que através do uso do "bottleneck" se solidificou também tal influência no "Southern Rock", e para ser mais preciso, se é possível escolher uma rotulação para o trabalho da "Cracker Blues", creio que a escola do Southern Rock foi a que mais se encaixara para tal grupo, se analisado sob o viés do Rock.

"Key to the Highway" com Marceleza Bottleneck e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=7py-jHkVUn0

Claro que foi uma noite marcada pela absoluta informalidade, com Marceleza 100% a vontade com todos, e a cativar pelo seu astral leve, sempre brincalhão e com muita irreverência.

Uma panorâmica da banda a receber o grande guitarrista, Marceleza "Bottleneck" (ao lado do Kim Kehl e a usar uma guitarra Fender Stratocaster sunburst com escudo preto). Magnólia Blues Band em 12 de março de 2014. Acervo e cortesia: Lincoln Baraccat

A acompanhá-lo, estava o também músico (guitarrista), fotógrafo e desenhista/webdesigner, Lincoln Baraccat. Ele não teve participação a tocar, mas interagiu bastante, mediante o seu temperamento brincalhão, também. 

Lincoln, para quem não sabe, é fotógrafo profissional e detém trabalhos relevantes nesse campo, principalmente a cobrir shows internacionais. Entretanto, ele mantém igualmente uma participação importante na história do Rock Brasileiro, por ter inclusive assinado fotos promocionais de muitas bandas, caso da Patrulha do Espaço em seus anos iniciais e com direito a fotos que entraram em capas e encartes de discos. 

Quando eu estava a atuar como membro da Patrulha do Espaço o Rolando Castello Junior falava muito dele e em uma certa ocasião, bem no começo de nossas atividades em 1999, cheguei a acompanhá-lo, Junior, até à residência do Lincoln para tratarmos de uma possível sessão de fotos promocionais, mas um empecilho de última hora fez com que tal reunião não ocorresse, e a sessão não aconteceu. Mas já ouvia falar de seu trabalho, há muito tempo. 

Kim Kehl e Marcelo "Bottleneck" em alta ansiedade. Magnólia Blues Band em 12 de março de 2014. Acervo e cortesia: Lincoln Baraccat

Nessa noite em que esteve no Magnólia Villa Bar, Lincoln Baraccat fez vários clicks, naturalmente e todos, muito bonitos.. 

A cantora da voz potente, Anete Santa Lúcia, que apareceu na mesma noite em que o convidado oficial foi Marceleza Bottleneck. Magnólia Blues Band em 12 de março de 2014. Acervo e cortesia: Lincoln Baraccat
 
E mais uma surpresa ocorreu, quando apareceu na casa, a cantora Anete Santa Lúcia, que teve uma participação e mostrou seu potencial com um vozeirão e tanto. Algumas semanas depois, ela seria a convidada oficial, naturalmente.

Confraternização final no momento pós-show. Da esquerda para a direita: Eu (Luiz Domingues), Kim Kehl, Alexandre Rioli, Anete Santa Lúcia, Marceleza Bottleneck, Lincoln Baraccat e Carlinhos Machado. Magnólia Blues Band em 12 de março de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Em click de Lincoln Baraccat, o ótimo cantor, Adriano Segal, na noitada com a Magnólia Blues Band. 19 de março de 2014

Foi no dia 19 de março de 2014, que tivemos mais uma noitada do projeto Quarta Blues com muita qualidade. Desta feita, o convidado especial foi Adriano Segal, um cantor com voz potente, boa presença de palco e uma característica especial: estava habituado a fazer apresentações a homenagear o Rei do Rock, Elvis Presley.

Adriano Segal, vestido todo de preto, no centro do palco, envolto pela Magnólia Blues Band. 19 de março de 2014. Click, acervo e cortesia: Lincoln Baraccat

Com um histórico longo nesse sentido, por fazer shows tributo, claro que ele tinha o cacoete do velho Presley e assim, foi uma noite bastante divertida, quando tocamos vários clássicos do repertório desse grande ícone cinquentista, mas também blues, country e Rock'n' Roll, não necessariamente a ver com o Rei do Rock, mas certamente na mesma seara. 

Como pessoa, Segal se mostrou extremamente simpático e cordial.

"Trouble", com Adriano Segal e a Magnólia Blues Band
 

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=eOpyEZzPG8g

Digno de nota, houve a presença de um fã-clube do cantor, que se tratou de uma boa turma que o acompanhava normalmente em suas apresentações pela noite paulistana. Predominantemente feminino, para a sua sorte, tal pessoal vibrou com a aparição de Segal ao microfone. 

"Reconsider Baby", na interpretação de Adriano Segal e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=hEEuTa2QPNA

A sua postura de palco foi bem interessante e mesmo ao se esforçar para não exagerar em imitar os trejeitos do Elvis, pois ali não seria um show tributo, propriamente dito, é claro que o mise-en-scène do Rei do Rock já estava impregnado em sua performance pessoal e assim, mesmo ao ser mais discreto nessa noite, deu para perceber tal gestual, em algumas passagens. 

Magnólia Blues Band em 19 de março de 2014. Click, acervo e cortesia: Lincoln Baraccat

Edu Dias apareceu para uma participação sempre bem-vinda, a trazer a sua gaita e performance divertida na comunicação com o público. 

Na semana subsequente, o convidado foi Xando Zupo. 

O grande Xando Zupo a interagir com Kim Kehl, em uma noitada da Magnólia Blues Band. 26 de março de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Xando Zupo era (é) meu amigo e companheiro do "Pedra", portanto, claro que foi um prazer ter a sua presença ali e eu esperava que tal participação movimentasse um certo público do Pedra, pelo caráter inusitado de dois membros dessa banda estarem a atuar sob uma circunstância diferente, contudo, não foi o que ocorreu, uma pena. 

Todavia, isso em nada prejudicou a performance da banda e do Xando, portanto, nos divertimos muito, naturalmente.

"Train Kept a Rollin", com a Magnólia Blues Band e Xando Zupo

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=fvev2btw5Ew

O Blues não é um campo em que o Xando estava acostumado a atuar, mas claro que a banda era também flexível e formada por Rockers, essencialmente, sendo assim, fomos a improvisar muito mais Rocks no set list, a tornar tudo familiar para todos. 

Com calça branca e a usar uma guitarra Fender Stratocaster, Xando Zupo. Magnólia Blues Band. 26 de março de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Sobre o Xando, acho que estou dispensado de tecer comentários sobre a sua pessoa e como guitarrista, pela obviedade dele ser grande nos dois quesitos e quem quiser saber mais sobre tal artista, basta ler os capítulos a respeito do Pedra, banda pela qual atuamos juntos, por muitos anos.

"Smoke on the Water", clássico do Deep Purple, com Xando Zupo e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=OIyQNaBUpkk

Então foi isso, Magnólia Blues Band e Xando Zupo atuaram juntos na noite de 26 de março de 2014. 

Com Xando Zupo a usar uma guitarra Gibson Les Paul desta feita. Magnólia Blues Band. 26 de março de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

A se registrar um curioso fato posterior, eis que alguns dias depois, através das redes sociais da Internet, notadamente o "Facebook", nós observamos muitos comentários oriundos de fãs do Pedra a lamentarem terem perdido essa apresentação e tais manifestações geraram a constatação bem frustrante para nós músicos, que o "oba-oba" das redes sociais era (é) inversamente contrário à presença física dessas mesmas pessoas nos eventos. É para se lamentar, portanto, a lamúria virtual, essa praga do novo século e que ganhava contornos de um quase deboche por parte de muitos que assim se manifestavam. 

Na mesma configuração da foto anterior. Magnólia Blues Band. 26 de março de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

E outro fato, ligado ao que mencionei acima, algumas brincadeiras surgiram igualmente, pois o Xando se apresentou a trajar uma calça branca e em tom de pilhéria, foi comentado que ele pareceu um "pai-de-santo"... ora, só faltava essa!

Confraternização da Magnólia Blues Band com Xando Zupo, e na linha de frente, ao ser abraçado, Paulo Krüger, o baixista da banda "Cracker Blues", e amigo em comum de todos os presentes na da foto. Magnólia Blues Band. 26 de março de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap 

As guitarras de Kim Kehl e Fabio Brum. Magnólia Blues Band. 2 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Em 2 de abril de 2014, o convidado da Magnólia Blues Band foi o músico, Fabio Brum. Guitarrista com orientação Rocker, predominantemente, mas versado em outras escolas, ele teve uma performance energética, conosco sem dúvida alguma. 

Na primeira foto, Kim Kehl e Fabio Brum em ação! Na segunda foto, Fábio Brum a usar uma guitarra Fender Telecaster em meio á MBB. Magnólia Blues Band. 2 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Muito conhecido no meio teatral, por conta de sua participação na banda: "Saco de Ratos", na qual o dramaturgo/ator e diretor, Mário Bortolotto, mantinha forte influência, Brum também atuava em outras produções musicais perpetradas por esse artista inquieto do meio teatral underground, com farta repercussão nesse universo. 

Fabio se portou como uma pessoa de poucas palavras, mas mesmo assim foi simpático, atuou com muita desenvoltura e deu o seu bom recado.

"The Thrill is Gone", com Fabio Brum e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Z2IPm_MqJ8s

"Rocking All Over the World" com Fabio Brum e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=1s7kRDwL9Ao

Na confraternização final, a Magnólia Blues Band com Fabio Brum, quarto da esquerda para a direita a usar uma camiseta preta. Magnólia Blues Band. 2 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
 
A acompanhá-lo, esteve presente a sua esposa que era atriz e também gravitava na órbita das produções de Mário Bortolotto.

Na semana posterior, dia 9 de abril de 2014, não tivemos convidados, mas recebemos novamente a visita do Edu Dias, com sua gaita, vocal e performance comunicativa, sempre. 

O versátil e divertido Edu Dias é o último da esquerda para a direita, e na sua frente, o menino é seu filho, Ryu Dias, músico precoce, por ser guitarrista e baterista, desde a tenra infância. Magnólia Blues Band. 9 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

É praticamente impossível não se divertir com a presença do Edu no palco, dada a sua capacidade de expressão fácil para lidar com o público, a mostrar bastante extroversão e carisma. Já na outra semana, dia 16 de abril de 2014, tivemos a volta da rotina da "MBB", a apresentar uma convidada, desta feita, a cantora, Anette Santa Lucia.

Enquanto a convidada especial não chegava, o Power-Trio iniciou a noitada da "Quarta Blues". Magnólia Blues Band. 16 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Dona de um belo vozeirão, Anete detinha nítida influência das cantoras Divas do Blues e do Jazz, e acrescento, também do mundo da música Gospel norte-americana. 

O bumbo da bateria de Carlinhos Machado com o logotipo da nossa outra banda em comum: "Os Kurandeiros" e ao fundo, as guitarras de Kim Magnólia Blues Band. 16 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

A se registrar a presença bem maior de público, em relação às três edições anteriores do projeto, para uma noite agradável e ainda quente, embora já estivéssemos na metade do outono, praticamente.

Na primeira foto, a presença do gaitista e cantor, Alex Dupas e Anete Santa Lucia se mostra ao seu lado. Na segunda foto, em destaque a presença da cantora, Maria Cristina Magliocca e Alex Dupas ao seu lado, com Kim Kehl ao fundo. Magnólia Blues Band. 16 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Duas participações especiais também devem ser mencionadas. Convidados de Anete, o gaitista/cantor, Alex Dupas e a cantora, Maria Cristina Magliocca, também estiveram presentes. 

Para fechar o mês de abril, nós tivemos a presença do ótimo guitarrista, Adriano Deep (em 23 de abril de 2014), que abrilhantou a edição do "Quarta Blues". 

Da esquerda para a direita: Kim Kehl, Alexandre Rioli ao fundo nos teclados, o nosso convidado, Adriano Deep, Carlinhos Machado na bateria (encoberto) e eu, Luiz Domingues. Magnólia Blues Band. 23 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
 
Adriano chegou bastante comedido na casa, ao me lembrar um pouco a postura do guitarrista, Duca Belintani, em uma edição anterior, mas assim como Duca, logo que percebeu que éramos receptivos por natureza, ele se descontraiu e melhor ambientado, tocou muito agradavelmente conosco.

"I Got my Mojo Working", com Adriano Deep e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=kTcsHTrSxac

Com trânsito no meio do Rock, Blues e Jazz, Adriano fora guitarrista da banda, "Los Mocambos", tempos atrás.

"Foxy Lady" do Jimi Hendrix, em uma versão mais lenta, mais "bluesy", com Adriano Deep e a Magnólia Blues Band

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=X0Q8OjEZsoU

E uma boa nova, a casa apresentou um público ainda maior que o da semana anterior, ao nos dar a nítida impressão de que o evento permanente, "Quarta Blues" estava a se consolidar.

Na primeira foto, as guitarras de Kim Kehl e Adriano Deep. Magnólia Blues Band. 23 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap, Na segunda foto, Hellison "Baby" Labarba, bluesman da pesada, em destaque e Kim Kehl ao seu lado. Magnólia Blues Band. 30 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Em 30 de abril de 2014, recebemos a presença de Hellison "Baby" Labarba, um gaitista &cantor da pesada, no cenário do Blues brasileiro.

Na primeira foto, Hellison "Baby" Labarba a tocar gaita com Kim Kehl ao seu lado. Na segunda foto, a confraternização após o show e o nosso convidado é o quarto da esquerda para a direita. Magnólia Blues Band. 30 de abril de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Figura extrovertida, Hellison "Baby" Labarba se ambientou conosco de forma imediata, a tornar a noite bastante agradável, não só pelo convívio cordial, mas musicalmente, pela contribuição muito boa dele, na performance. 

Um Blues lento na tonalidade de Fá, na interpretação de Baby Labarba, acompanhado da Magnólia Blues Band

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=QW0QZrNP2DU

Bastante "swingada" versão de Honk Tonk Women, dos Rolling Stones, com Baby Labarba a comandar o vocal e a gaita

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=6ChEmbHqtqc

Com um público bom, a noite foi animada, sem dúvida alguma.

Na semana seguinte, em 7 de maio de 2014, o convidado foi "Big" Chico, uma tremenda figura na cena do Blues, também. 

A tocar a sua gaita nervosa, Big Chico com a Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band. 7 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Versátil, Big Chico se notabilizara por ser um cantor com um vozeirão de bluesman de Chicago, gaitista muito bom e um guitarrista da pesada, também. 

 

Uma panorâmica da banda a atuar com Big Chico na primeira foto (ele a tocar gaita) e na segunda foto: Big Chico em destaque com Kim Kehl ao seu lado. Magnólia Blues Band. 7 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

"Hey Guy", na interpretação de Big Chico, acompanhado da Magnólia Blues Band

Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=syB0FrEvOvU

Nessa noite, ele atuou nas suas três especialidades e nos impressionou pelo seu estilo vigoroso no Blues e até nos surpreendeu quando propôs uma incursão à Soul Music, ao evocar Tim Maia, no animado fim de noite.

"I Love You Baby", com Big Chico e Magnólia Blues Band

O link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=riCvTomxWIc

Em alguns momentos mais pesados e quase no espectro do Rock, me senti a tocar com Freddie King nos anos setenta, impressionado com a performance dele à guitarra.

Edu Dias apareceu e também deu a sua contribuição sempre bem-vinda. 

Já em 14 de maio de 2014, o convidado foi Thomas T. Love Jensen.

Thomas T. Love Jensen, um bom músico europeu. Magnólia Blues Band. 14 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Dinamarquês de nascimento, Thomas era (é) um gaitista & cantor ligado ao Blues, que havia se radicado no Brasil há pouco tempo e detinha muita dificuldade para se comunicar em português, idioma difícil para estrangeiros, naturalmente e que da parte dele, naquela ocasião, ele só sabia pronunciar meia dúzia de palavras bem básicas.

Thomas T. Love Jensen a tocar gaita, envolto pela MBB. Magnólia Blues Band. 14 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

A se comunicar, portanto, em inglês, Thomas se mostrou bem discreto no convívio e na performance, talvez um pouco inibido pela situação de não se sentir ambientado ao nosso país, mas creio que principalmente por se tratar de sua personalidade e cultura, como europeu e nórdico. 

Na confraternização final do pós-show, Thomas T. Love Jensen é o segundo da esquerda para a direita. Magnólia Blues Band. 14 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Na semana seguinte, o convidado foi um verdadeiro showman!

Cartaz a promover as atrações do Magnólia Villa Bar e a conter o anúncio da nossa "Quarta Blues" e consequentemente do nosso próximo convidado, o músico, publicitário, radialista e homem de TV: Ricardo Corte Real

Um ótimo guitarrista, com ligação direta com o Rock e o Blues, é bem verdade, mas muito mais conhecido por uma longa carreira como ator & comediante da TV, Ricardo Corte Real abrilhantou a Quarta Blues de 21 de maio de 2014. 

Da esquerda para a direita: O tecladista Alexandre Rioli, Kim Kehl, o nosso convidado especial, Ricardo Corte Real, Carlinhos Machado na bateria e eu, Luiz Domingues, encoberto. Magnólia Blues Band. 21 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

De fato, a performance dele fugiu da normalidade dos artistas convidados anteriores, exatamente por conter esse lado como showman, muito forte na sua personalidade. Portanto, foi divertido tocar com ele, que atuou como se estivéssemos a nos apresentarmos em um cassino de Las Vegas, na maior tradição de um "entertainer".

"Rock me Baby" com Ricardo Corte Real

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=cYIlLBqiwMw

Tocamos muitos clássicos do Blues e do Rock, é claro, mas também algumas surpresas como uma versão de "Eleanor Rigby", dos Beatles, sob um arranjo ao estilo da Soul Music, que era uma marca registrada de Ricardo, em seus shows pela noite.

"Magnolia", com Ricardo Corte Real conosco. 

Eis o Link para assistir no YouTube:
 
https://www.youtube.com/watch?v=I8rNNOflR4U

"O Mundo é Cruel", com Ricardo Corte Real e a Magnólia Blues Band + Edu Dias

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=jWlXo8_vj34 

Da esquerda para a direita: o gaitista, Alex Dupas, Kim Kehl, Ricardo Corte Real, Carlinhos Machado e eu, Luiz Domingues. Magnólia Blues Band. 21 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Extremamente simpático e bem-humorado, Ricardo comandou a noite com piadas e brincadeiras, a descontrair bastante a noitada.


Na primeira ilustração, Ricardo a fazer uma brincadeira com uma torneira e ao lado, foto promocional da sitcom da TV Record nos anos sessenta: "Família Trapo" em que Ricardo atuara como componente fixo do elenco e a se mostrar adolescente na ocasião. Na foto abaixo, o ator norte-americano, Billy Mumy, a interpretar o garoto, Will Robinson do seriado sessentista, "Lost in Space" ("Perdidos no Espaço") 

Bem, foi prazeroso demais tocar com um artista que eu admirava desde os anos sessenta, quando de sua atuação como ator na sitcom brasileira: "A Família Trapo". Na época, e digo mesmo que até hoje, eu considerava o personagem dele nessa atração, um garoto chamado: "Sócrates", um similar brasileiro do personagem de Billy Mumy, na série, "Lost in Space" ("Perdidos no Espaço"), "Will Robinson". 

Não obstante ele ser ator /comediante e músico, Ricardo também era (é) publicitário e um radialista com muita experiência. Geralmente no comando de programas de Blues e Rock em emissoras de porte no dial paulistano, ele também já fora diretor da Kiss FM, em um momento inicial dessa emissora que se dedica ao Rock, exclusivamente. 

Jam-session super movimentada! Fora do palco, o gaitista Edu Dias e seu filho, além de um soxofonista chamado: Marcelo. No palco, da esquerda para direita: Alex Dupas, Kim Kehl, Ricardo Corte Real, Carlinhos Machado na bateria (encoberto), eu (Luiz Domingues) e o técnico de som da casa, Edson Silva. Magnólia Blues Band. 21 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Em 1999, eu cheguei a visitar o seu gabinete na emissora Kiss FM, para lhe entregar o material da Patrulha do Espaço, mas ele não mencionou se lembrar dessa passagem na noite em que tocou conosco no Magnólia Villa Bar e eu me mantive discreto, em não relembrá-lo sobre tal acontecimento. 

Como última menção dessa participação dele com a Magnólia Blues Band, relaciono o fato de que o gaitista & cantor, Edu Dias apareceu para uma participação. 

Da esquerda para a direita: Marcelo no saxofone, Alexandre Rioli aos teclados no fundo (encoberto), Alex Dupas, Kim Kehl, Ricardo Corte Real e eu, Luiz Domingues. Magnólia Blues Band. 21 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

E também tivemos a participação de um outro gaitista & cantor, na persona de Alex Dupas, que estava relacionado para ser o convidado da semana posterior, no entanto, ele surgiu inesperadamente para uma participação repentina nesta noite. 

Na mesma configuração da foto anterior. Magnólia Blues Band. 21 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Mais uma surpresa de última hora, eis que uma pessoa que estava no público a assistir a performance da Magnólia Blues Band de seus convidados, nos abordou no intervalo e disse que era músico e estava com seu instrumento a postos para atuar se permitíssemos.  

 Confraternização final do pós-show. Na turma de trás: Kim Kehl, eu (Luiz Domingues), Alexandre Rioli e Carlinhos Machado. Na comissão de frente: Edu Dias, Ricardo Corte Real, o garoto Ryu Dias, Alex Dupas e Marcelo. Magnólia Blues Band. 21 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Claro que o chamamos e então esse rapaz chamado, Marcelo, cujo sobrenome eu não anotei, também contribuiu com a noitada, a tocar o seu saxofone. 

Cartaz a anunciar o convidado especial, gaitista e cantor, Alex Dupas, para o dia 28 de maio de 2014

Na semana seguinte, dia 28 de maio de 2014, o nosso convidado foi Alex Dupas, gaitista e cantor já citado acima.


Alex Dupas, o gaitista/cantor e compositor e que lançava nessa época, o seu CD, "Assalariado", a atuar conosco e a usar camisa cor de laranja. Magnólia Blues Band em 28 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Gaitista, cantor e compositor, Dupas estava a pleno vapor na divulgação do seu CD solo, que tinha como título: "Assalariado", cuja música homônima, com letra bem-humorada, remetia ao Joelho de Porco de certa forma em termos de sátira social e a tocamos nessa noite, naturalmente. 

 

Flagrantes da apresentação de Alex Dupas, mediante a presença surpresa de Ciro Pessoa e Isabela Johansen. Foto 1: Ciro Pessoa a atuar com a MBB. Foto 2: Confraternização total no pós-show, com Ciro Pessoa & Isabela Johansen incluídos. Foto 3: A MBB com o seu convidado especial, Alex Dupas (segundo da esquerda para a direita. Magnólia Blues Band em 28 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Surpresa agradável, o casal Ciro Pessoa e Isabela Johansen apareceu para nos ofertar sua boa contribuição e claro que foi uma autêntica reunião do "Nudes", pois eu (Luiz Domingues), Kim Kehl e Carlinhos Machado, éramos também membros da mesma banda, simultaneamente. 

A MBB em ação com o seu convidado especial, Alex Dupas, a tocar gaita. Magnólia Blues Band em 28 de maio de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Na semana seguinte, eu tive que me ausentar da apresentação da Magnólia Blues Band, pois o inevitável ocorreu! Ao tocar com muitas bandas, teria sido inacreditável que um conflito de agendas não ocorresse um dia e eis que chegou tal conflito.

Com show marcado para o "Pedra" na mesma noite e curiosamente em uma casa rival do próprio, Magnólia Villa Bar, no quesito da ambientação em torno do Blues, no caso, o Bourbon Street. 

Cartaz a conter a divulgação de uma "Quarta Blues" em que não atuei com a magnólia Blues Band, mas cujo convidado foi o extraordinário baixista, Rodolfo Braga!

Baixista histórico do Rock Brasileiro sessenta-setentista, Rodolfo Braga foi convidado e estrategicamente, foi o meu substituto ao mesmo tempo na Magnólia Blues Band para tal edição do projeto "Quarta Blues". Magnólia Blues Band em 4 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap
 
Então, a solução encontrada pelo Kim para suprir a minha falta foi a mais criativa possível, ao convidar um baixista e aliás, um nome histórico da cena Rocker do Brasil. No caso, Rodolfo Braga, um baixista com longa carreira e história no Rock brasileiro, apresentou-se como convidado da noite de 4 de junho de 2014. 

Cartaz a anunciar uma nova edição da "Quarta Blues", desta feita, com a presença de Edu Dias como convidado especial

De volta ao meu posto na banda, na noite de 11 de junho de 2014, o convidado foi o nosso amigo, Edu Dias. 

Figura recorrente e carismática, estava acostumado a atuar conosco em muitas participações da Magnólia Blues Band, sob aparições improvisadas, além de participações nos shows d'Os Kurandeiros, em outras casas noturnas, mas finalmente, ele seria o convidado especial e oficial da noite. Claro que foi bastante divertido, dentro da normalidade de sua participação conosco, em tantas ocasiões. 

Eu, Luiz Domingues em destaque. Magnólia Blues Band em 11 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

A se mencionar o fato de que o público presente foi muito bom na casa e a coincidir com a performance sempre carismática de Edu Dias, este fez com que a interação com a audiência fosse excelente. 

E também é algo mencionável o fato de que após a nossa apresentação normal, uma orquestra de gafieira assumiu o palco e um público inteiramente diferente ocupou as dependências do Magnólia Villa Bar, para varar a madrugada a dançar. No mínimo, foi exótica tal dobradinha tão improvável. 

Nas semanas posteriores, outras feras do Blues brasileiro estiveram agendadas.

Edu Dias a atuar com a MBB! Magnólia Blues Band em 11 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks Lara Pap

Em 11 de junho de 2014, Edu Dias, que sempre aparecia e empreendia apresentações improvisadas conosco, foi o convidado oficial, mais do que merecidamente.

Extremamente simpático, brincalhão e versátil na comunicação com o público, Edu sempre foi na verdade um "entertainer" a moda antiga, dentro das tradições do Show Business norte-americano de outrora, e que ainda existe por lá, notado pelas casas noturnas acopladas aos Cassinos de Las Vegas, principalmente. 

 

Edua Dias em alta performance com a MBB! Magnólia Blues Band em 11 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

E claro, houve o lado empreendedor dele, como um micro produtor de shows que era. Não foi à toa que o Kim costumava brincar com ele, ao apresentá-lo ao microfone, como: -"Edu Dias o Blues Entrepreneur", em uma alusão clara a esse fato de sua personalidade multifacetada que abraçava esse lado empresarial na música, também. 

Edu Dias a atuar com a MBB na primeira foto e na segunda, a confraternização final do pós-show. Edu Dias é o segundo da esquerda para a direita. Magnólia Blues Band em 11 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Foi super divertida a noite, como sempre nas em que ele aparecia fortuitamente e desta feita como atração principal, ainda mais. Uma semana depois, dia 18 de junho de 2014, recebemos a figura carismática de Marcio Pignatari, um guitarrista versado pelo Blues-Rock. 

Ótimo guitarrista e uma figura super bem-humorada, Marcião Pignatari, é o terceiro à esquerda, a tocar com uma guitarra Fender Stratocaster. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Muito engraçado no trato pessoal, ele se enturmou conosco de uma forma instantânea e me fez lembrar dos meus tempos a atuar com o Pitbulls on Crack, tamanha a semelhança que o seu jeito leve de ser, teve com os meus companheiros naquela banda, em termos de bom humor.

"Right I Got the Blues" com Magnólia Blues Band + Marcio Pignatari

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=Wu1GD8l9bTU

Mas evidentemente que não era só bom pelas piadas para provocar gargalhadas nas rodinhas de amigos, por que na hora em que fomos tocar, mostrou um tremendo poder de fogo, a pilotar a sua guitarra, Fender Stratocaster. 

Da esquerda para a direita: Alexandre Rioli nos teclados, Kim Kehl, Marcião Pignatri, Carlinhos Machado na bateria, Eu (Luiz Domingues), na bateria e o gaitista e cantor, Edu Dias. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Tocamos com bastante desenvoltura, a passear entre os Blues clássicos e temas mais pesados, do Blues-Rock, também.

"Southbound"com Magnólia Blues Band + Marcio Pignatari

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=qvJmK_iGUMo 

Da esquerda para a direita: Kim Kehl, eu (Luiz Domingues), Alexandre Rioli, o nosso convidado especial, Marcião Pignatari, Carlinhos Machado e o gaitista/cantor, Edu Dias. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Oriundo da cidade de Osasco-SP, era (é) muito amigo de Edu Dias também, e assim, claro que nosso amigo em comum apareceu e também tocou a sua gaita e cantou nessa apresentação da Magnólia Blue Band em 18 de junho de 2014. 

Muito bom guitarrista, o professor Paulo Toth, ao lado de Kim Kehl, pronto para a noitada com a Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band em 25 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Com um público melhor do que o da semana anterior, foi também mais um fator de ânimo para todos. 

Para fechar o mês de junho, o nosso convidado foi, Paulo Toth. 

Da esquerda para a direita: Kim Kehl, o nosso convidado especial, Paulo Toth e ao fundo, eu mesmo (Luiz Domingues). Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Muito educado, mas nem de longe a se revelar um piadista como Edu Dias e Marcio Pignatari, Paulo chegou com seriedade, a nos trazer um outro tom mais sóbrio para a noite do Quarta Blues.

"I'ain't an Superstitious" com Magnólia Blues Band + Paulo Toth & Edu Dias

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=75kQQEdHNY4

Ao atuar com uma guitarra Fender Telecaster, tal escolha poderia sugerir que traria a vertente mais caipira do Blues à tona, mas não, a sua apresentação foi versada pelo estilo mais elétrico e urbano do Blues de Chicago e também passeou pelo Rock'n' Roll, sem problemas. Um professor de guitarra, experiente, ele nos falou sobre seus projetos didáticos etc. e tal. 

Entre a Gibson Les Paul do Kim, e a Fender Stratocaster, a Fender Telecaster também do Paulo Toth, com a estilização que comentei, no seu braço. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Uma curiosidade, a sua guitarra Fender Telecaster estava estilizada com seu nome pintado no braço do instrumento, uma prática não muito usual entre a maioria dos guitarristas que eu conheço. 

"Can't Be Satisfied" com Magnólia Blues Band + Paulo Toth + Edu Dias

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=VgAQw6inRqU

A nossa apresentação com Paulo Toth, como convidado, ocorreu em 25 de junho de 2014. 

A confraternização final. Da esquerda para a direita: Kim Kehl, o nosso convidado, Paulo Toth, Alexandre Rioli, o gaitista & cantor, Edu Dias, eu (Luiz Domingues) e Carlinhos Machado. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Um fato engraçado ocorreu nos dias posteriores à sua participação conosco no Quarta Blues: demorou para ele perceber que eu tocara n'A Chave do Sol nos anos oitenta, uma banda que ele conhecia da época. Através do Facebook, conversamos sobre isso a posteriori e foi engraçado ele só ter percebido que eu fora o mesmo baixista daquela banda, alguns dias depois. 

Flagrante da edição com o guitarrista, Paulo Toth como convidado. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Mas se dá o desconto de que eu envelhecera mais de trinta anos em relação àquela época em que atuei nessa banda e principalmente, por que aboli o apelido pelo qual fora conhecido, nesse tempo, portanto, a gerar alguma confusão para muitas pessoas que me acompanhavam naquela fase e ao perderam o contato comigo, não sabem o rumo que a minha carreira tomou doravante, ao ignorarem muitos trabalhos que fiz depois dessa citada banda ter encerrado as suas atividades em 1987. Vicissitudes da vida, tudo dentro da normalidade!
 

O próximo convidado da Magnólia Blues Band foi um grande "ás" da cena do Blues brasileiro, e de fato, toda a expectativa gerada antecipadamente se cumpriu e sem exagero, foi superada, na minha ótica. 

Cartaz a anunciar uma nova edição do projeto "Quarta Blues", desta feita a destacar o convidado especial: Amleto Barboni, grande guitarrista do blues brasileiro

O nosso próximo convidado do projeto, "Quarta Blues", com a Magnólia Blues Band, foi um dos nomes mais prestigiados da cena do Blues brasileiro. Eu já havia tocado em uma jam-session com ele, em 2011, sob uma noitada com muitos convidados no mesmo Magnólia Villa Bar, mas desta feita através de um show de Kim Kehl & Os Kurandeiros. 

Um super guitarrista e gentil ao extremo, Amleto Barboni é o segundo da esquerda para a direita, a tocar com uma guitarra Gibson 335. Magnólia Blues Band em 2 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Claro que a minha impressão houvera sido a melhor possível, a apresentar um músico desse alto gabarito técnico. Contaram-me que ele tinha o nível de muitos guitarristas virtuoses que geralmente militam no campo do Jazz-Fusion ou do Metal Melódico pesado, com muita instrução teórica e dotes de virtuosismo.

"Mud Story", com Magnólia Blues Band + Amleto Barboni

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=9apUhAyzB0Q

Todavia, ao fugir desses dois estereótipos citados acima, ele enveredara pelo caminho do Blues e dedicado, o estudara com afinco, ao se tornar não só um exímio praticante desse estilo, mas na verdade, um dos melhores em atividade e especialista pelo conhecimento adquirido. Estou a falar sobre: Amleto Barboni. 

A usar uma guitarra Fender Stratocaster nessa foto acima, o nosso convidado especial, Amleto Barboni. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

O nosso convidado do dia 2 de julho de 2014, não nos desapontou em nenhum quesito citado acima e ainda nos deu uma ótima impressão pessoal, a se mostrar muito humilde, apesar de sua fama adquirida no meio e assim ele se portou de uma forma solícita, com muita educação e simpatia.

"Rock me Baby", com a Magnólia Blues Band + Amleto Barboni

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=yc8ba056EqI

Além de tornar a noite muito agradável sob o ponto de vista musical, com a sua participação brilhante, o convívio conosco foi tão amistoso que ele pareceu ser nosso amigo próximo, há anos.

Amleto Barboni e a MBB em ação! Magnólia Blues Band em 2 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Somente o Kim o conhecia melhor, mas mesmo assim, não em demasia, portanto, foi uma grata surpresa constatar que a sua companhia se estabelecera como uma das mais simpáticas desde que o projeto se iniciara em janeiro de 2014. 

E ao final da apresentação, ele nos surpreendeu, pois, ao fugir do protocolo do Blues, iniciou a sequência de acordes do tema, "Würm", trecho final da música "Starship Trooper", do "Yes", portanto, a noite acabou com Rock Progressivo, ao causar até uma certa euforia, eu diria. 

"Würm/Starhip Trooper" com Magnólia Blues Band + Amleto Barboni

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=688KYLivQTo

A se registrar também, que acompanhara o Amleto e seus familiares, a cantora, Maria Alvim, que igualmente subiu ao palco e cantou conosco, além de espalhar simpatia, em uma noite em que definitivamente, fizemos uma noitada de blues entre amigos.

Maria Alvim + Amleto Barboni a atuarem com a MBB. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Bem, assim foi a excelente participação de Amleto Barboni com a Magnólia Blues Band, na noite de 2 de julho de 2014.

A confraternização final do pós-show com o nosso convidado especial, Amleto Barboni (terceiro da esquerda para a direita), e Maria Avim (última da esquerda para a direita). Magnólia Blues Band em 2 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Cartaz a anunciar a edição que teve Claudio "Casão" Veiga como convidado em 9 de julho de 2014

Na semana subsequente, recebemos a figura de Claudio "Casão" Veiga, tecladista/vocalista e gaitista, que era figura conhecida por nós, por ter participado de várias apresentações dos Kurandeiros e até em duas passagens obscuras d'Os "Koveiros", um combo secreto no qual participei e cujas histórias curiosas já foram contadas nos capítulos dos "Trabalhos Avulsos". 

Claudio "Casão" Veiga a atuar como o nosso convidado especial e no tradicional uso de um teclado ao estilo Moog Liberation. Magnólia Blues Band em 2 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Um bom músico, mas que direcionava as suas atividades musicais exclusivamente para o mundo dos covers, Claudio não detinha um currículo a mostrar trabalhos autorais, nessa ocasião. 

Mais um flagrante da participação de Claudio "Casão" Veiga com a MBB. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

A nossa apresentação foi divertida com a sua presença e privilegiou mais Rocks do que Blues, notadamente músicas dos Rolling Stones e Creedence Clearwater Revival.

"Suzy Q" coma Magnólia Blues Band + Claudio "Casão" Veiga :

Eis o Link para assistir no YouTube: 

https://www.youtube.com/watch?v=hJiLnYR4b4o

"Heard it Throught the Grapevine", com a Magnólia Blues Band + Claudio "Casão" Veiga:

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=w58AjPqDeIo  

Confraternização final da MBB com o nosso convidado especial, o tecladista, gaitista e cantor, Claudio "Casão" Veiga. Magnólia Blues Band em 18 de junho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Enfim, foi uma noite em que nos divertimos mais com um repertório com teor mais Rocker, digamos assim. Aconteceu em 9 de julho de 2014. 

Posteriormente, o projeto estabeleceu uma pausa de uma semana, mas foi coberto pelos próprios Kurandeiros que tocaram no dia 16. 


Kim Kehl & Dino Linardi em ação, em uma noitada da Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band em 23 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap


Como Magnólia Blues Band, voltamos a atuar no dia 23 de julho de 2014, desta feita a recepcionar o vocalista & guitarrista, Dino Linardi. Ex-vocalista do "Johnny Brechó", uma banda assumidamente retrô, Dino se destacara no cenário do Rock underground paulistano por conta desse trabalho e chamou a atenção do guitarrista do Pedra, Xando Zupo, que o indicou a Nelson Brito e Hélcio Aguirra, que estavam a reformular o "Golpe de Estado" nessa época, após a saída do vocalista Kiko Müller e do baterista original da banda, Paulo Zinner. 

Dino a usar uma guitarra Gibson SG, em meio à MBB. Magnólia Blues Band em 23 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Com a morte repentina e prematura de Hélcio Aguirra em janeiro de 2014, Dino estava abalado, naturalmente e o Golpe de Estado vivia em momento de suspensão para reavaliar se prosseguiria a carreira com a inserção de um novo guitarrista. 

Independente disso, Dino também tocava guitarra e aceitou o convite para participar da Quarta Blues conosco. Neste caso, a sua atuação trouxe um élan Rock para a apresentação.

"The Sky is Crying", com Magnólia Blues Band + Dino Linardi:

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=tls-d4dyoYE

Com postura de frontman, ele cantou, também, é claro.

"Dino's Groove", com a Magnólia Blues Band + Dino Linardi

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=n_dcWdnGcBc

Há por se destacar que tivemos duas presenças ilustres na plateia, nesta mesma noite: o vocalista & guitarrista do grupo Pop-Rock, "Vento Motivo": Fernando Ceah e o jovem guitarrista, Gulherme Spilack. 

Fernando era da casa, mas Guilherme apareceu como convidado de Dino e também participou como convidado de última hora, como Ceah. 

Na foto acima, Dino a cantar fora do palco e Guilherme Spilack a assumir a guitarra, ao lado do Kim. Magnólia Blues Band em 23 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Alguns meses depois, eu tive o prazer de publicar uma resenha sobre o lançamento do trabalho de Guilherme Spilack, através de seu CD debut, com música instrumental, cuja audição muito me agradou, por apresentar um som sob influências setentistas muito boas e com bastante qualidade técnica.

Leia a resenha do trabalho da banda Stringbreakers and the Stuffbreakers, no meu Blog 1:
http://luiz-domingues.blogspot.com.br/search?q=Stuffbreakers

Assim foi a Quarta Blues de 23 de julho de 2014, com Dino Linardi, um Rocker assumido, como nosso convidado especial.

Eu, Luiz Domingues em destaque, Com Kim Kehl, o nosso convidado Dino Linardi e Carlinhos Machado, atrás. Magnólia Blues Band em 23 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Cartaz a anunciar a presença do guitarrista, tecladista, cantor e compositor, Rodrigo Hid como a atração convidada da magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014

No dia 30 de julho de 2014, eu tive o prazer de tocar com um amigo de longa data e companheiro de três jornadas da minha carreira, o guitarrista, vocalista, tecladista e compositor, Rodrigo Hid, meu colega de três bandas: "Sidharta", "Patrulha do Espaço" e "Pedra".

O que dizer sobre um artista desse quilate e que eu tive a honra de tê-lo conhecido há muitos anos, quando ele fora ainda um adolescente imberbe? 

Rodrigo Hid ao centro, a atuar com a Magnólia Blues Band e brilhando, como de costume. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Sobre o seu talento e criatividade, creio que nem preciso comentar aqui neste capítulo em específico, pois nos capítulos sobre o "Sidharta", "Patrulha do Espaço" e "Pedra", isso é contado em prosa e verso. E ele também é bastante citado nos capítulos sobre a "Sala de Aulas" e um pouco no do "Pitbulls on Crack".

"Sweet Home Chicago" com Magnólia Blues Band + Rodrigo Hid:

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=S-avAamwpgA 

"From the Beginning" do ELP, na interpretação da Magnólia Blues Band + Rodrigo Hid aos teclados:

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=kv3xkmt4zp0

Bem, o Rodrigo não era uma celebridade do mundo do Blues, que fora em tese, o enfoque dos convidados habituais da Magnólia Blues Band, mas eu o conhecia e sabedor de sua versatilidade, não temi nem por um segundo sequer, que ele não tocasse qualquer blues e com enorme naturalidade e desenvoltura. 

Rodrigo Hid aos teclados na foto acima, a se apresentar como convidado especial da MBB. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Alvissareira também foi a possibilidade dele tocar teclados, graças à sua versatilidade como multi-instrumentista e claro, isso enriqueceu a Quarta Blues de uma forma contundente. 

Rodrigo Hid a tocar guitarra com a MBB. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Fiquei muito feliz com a sua participação, assim como houvera apreciado a do Xando Zupo, o outro companheiro de Pedra, em março do mesmo ano. 

Na mesma sequência da foto anterior. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Nessa noite, Rodrigo atuou com extrema simpatia como de costume e deu um show como guitarrista, vocalista e tecladista, para abrilhantar a apresentação da Magnólia Blues Band.

"Stormy Monday", com a Magnólia Blues Band + Rodrigo Hid:

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=lkv9F3J7Ox0

E assim foi a noite de 30 de julho de 2014, quando computei mais um show feito na companhia de Rodrigo Hid, desta feita com a Magnólia Blues Band, para ser somado aos muitos realizados com a Patrulha do Espaço e o Pedra, em que atuamos juntos (o Sidharta nunca se apresentou ao vivo, apenas ensaiou e compôs muitas músicas)!

A confraternização final com o nosso convidado dessa edição, Rodrigo Hid, que é o terceiro da esquerda para a direita. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Cartaz a anunciar o convidado especial da MBB na próxima edição: Marcos Mamuth, guitarrista, cantor e compositor em 6 de agosto de 2014

O próximo convidado do projeto Quarta Blues foi o guitarrista Marcos Mamuth. Professor experiente, excelente guitarrista, cantor e compositor, Marcos Mamuth tornou a noite de 6 de agosto de 2014, super agradável, não só pela sua participação musical muito boa, mas também pela simpatia e camaradagem, que foi enorme. 

O ótimo, Marcos Mamuth ao centro, a usar uma bela guitarra Fender Stratocaster, a atuar com a Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band em 6 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap 

Acompanhado de sua filha, que era uma estudante de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero e de seu (meu também) velho amigo, o jornalista & baixista, Ayrton Mugnaini Junior, amigo em comum dele, Mamuth e do Kim, igualmente, fiquei a pensar por quantas vezes tive a minha trajetória musical permeada por jornalistas oriundos dessa faculdade, sob uma espécie de "sina", só que das mais agradáveis, é claro. 

Persona espetacular, a se mostrar como uma verdadeira enciclopédia humana, Ayrton certamente participou também, a usar o meu baixo, e foi um tremendo prazer revê-lo nessa noite. 

Depois dessa participação, ele salientou que este momento fora histórico, por que nos conhecíamos desde 1980, e jamais havíamos tocado juntos no mesmo palco, pelo fato de sermos ambos baixistas e com passagens pelo Língua de Trapo. Ele foi de fato o meu substituto imediato, quando deixei essa banda pela primeira vez, em janeiro de 1981 e mesmo ao ter permanecido por pouco tempo na banda, Ayrton logo foi substituído por Luiz Lucas. 

No entanto, a permanecer eternamente a gravitar na órbita do Língua de Trapo, inclusive a fornecer textos e ideias para os shows, ele se tornou um elemento sempre próximo dessa banda. 

Por se considerar que nessa noite de Quarta Blues ele participou não apenas a tocar com o meu baixo, mas também a cantar enquanto eu mesmo tocava baixo, foi de fato, a primeira vez em que atuamos juntos. E mais uma vez a sua prodigiosa memória tratou por marcar esse encontro de 2014, como histórico, e o foi mesmo!

"Rebel Dog Blues", com Magnólia Blues Band + Marcos Mamuth + Ayrton Mugnaini Jr.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=IaBTzKzYIjM

Marcos Mamuth a atuar conosco (com roupa clara). Magnólia Blues Band em 6 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Mais uma vez o "The Blues Entrepreneur", Edu Dias apareceu, e participou com a sua gaita, vocalização e espírito de entertainer, na noite do Quarta Blues.

"Hootchie Coothie Man", com Magnólia Blues Band + Marcos Mamuth

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=NWs_zUImOm4


Na primeira foto, com Marcos Mamuth e Ayrton Mugnaini Junior (a usar camisa vermelha), a cantarem no mesmo microfone. Nas fotos 2 e 3, eis a confraternização final da banda com o seu convidado especial e agregados. Da esquerda para a direita: Kim Kehl, eu (Luiz Domingues), Alexandre Rioli, Marcos Mamuth, Carlinhos Machado e Ayrton Mugnaini Junior. Na foto 3: Kim Kehl com a produtora d'Os Kurandeiros, Lara Pap à sua frente, eu (Luiz Domingues), Alexandre Rioli, Marcos Mamuth (com a sua filha, Amanda Cipullo, à sua frente), Carlinhos Machado e Ayrton Mugnaini Junior. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks (menos da foto 3, de Edson Santos): Lara Pap

O próximo convidado do projeto, foi um velho companheiro de jornada, meu. E de fato, eu não tocava com ele, desde 1987!

Capa do compacto lançado pela nossa banda em comum (Eu e Rubens): A Chave do Sol em 1984

Cartaz a anunciar a participação do meu velho amigo, o guitarrista Rubens Gióia em noitada com a Magnólia Blues Band em 13 de agosto de 2014

Uma grande nova, particularmente em meu caso, esteve reservada para a noite de 13 de agosto de 2014. 

 Foto Promocional d'A Chave do Sol, de julho de 1984

Com a sua histórica Fender Stratocaster, eis o meu velho amigo, Rubens Gióia (camisa verde), a atuar no palco conosco e foi muito prazeroso ter a sua presença! Magnólia Blues Band em 13 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

O convidado dessa noite foi Rubens Gióia, meu ex-companheiro d'A Chave do Sol, uma das bandas mais significativas da minha carreira, e com a qual construímos, juntos, uma sólida obra que teve a felicidade de escrever uma bela página na história do Rock Brasileiro. 

Rubens Gióia a atuar com a MBB. Magnólia Blues Band em 13 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Fiquei feliz quando eu soube da notícia, pois a rigor, tirante a participação rápida que eu e ele estabelecemos em fevereiro desse mesmo ano, por ocasião de um show tributo com vários artistas em memória do nosso amigo em comum (e infelizmente recém-falecido, Hélcio Aguirra), nós não tocávamos juntos de fato, desde 1987, por ocasião do último show d'A Chave do Sol, no Teatro Mambembe.

Rubens Gióia a atuar com a MBB. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Claro que eu fiquei muito contente, pois muitos fatos ocorreram nesses anos todos. Todavia, a confirmação do show não chegou a ser uma surpresa inteiramente, visto que em ocasião próxima passada, Rubens havia assistido um show d'Os Kurandeiros em uma casa noturna da zona norte de São Paulo e o convite verbal havia sido formulado da parte do Kim.

"Rock me Baby", com Magnólia Blues Band + Rubens Gióia

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=p2eereYiLY8

Foi um grande encontro, com Rubens a se mostrar alegre e simpático por ser o convidado da Quarta Blues e nós também por recepcioná-lo. 

"The Thrill is Gone"com Magnólia Blues Band + Rubens Gióia

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Dnermvd_lnw

Evidentemente que no meu caso, foi ainda mais marcante tocar com o velho companheiro de tantas batalhas gloriosas do passado. Arriscamos até uma menção a uma música da nossa velha banda: "18 Horas", mas evidentemente circunscrito a um pequeno trecho executado dessa clássica música d'A Chave do Sol. 

A confraternização final, com Kim Kehl (terceiro da esquerda para a direita). Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Enfim, um enorme prazer ter um velho companheiro como convidado desse projeto da Magnólia Blues Band. Noite de 13 de agosto de 2014.

A MBB com o nosso convidado especial, Rubens Gióia (de camisa verde). Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Com a cantora, Maria Cristina Magliocca. Magnólia Blues Band em 20 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

A próxima edição do "Quarta Blues" trouxe uma cantora como convidada: Maria Cristina Magliocca. Cantora experiente, tinha no seu repertório habitual, muitas releituras de clássicos do Blues, mas também standards de Jazz e o cancioneiro pop norte-americano das décadas iniciais do século XX.  

A cantora, Maria Cristina Magliocca, em ação com a MBB. Magnólia Blues Band em 20 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Eu não diria que se tratava de uma cantora da "Velha Guarda", mas muito do seu espectro musical fora baseado em um som vintage, o que foi bastante agradável, eu diria.

"That's All Right" com Magnólia Blues Band + Maria Christina Magliocca

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=__KQJzl1d5Q

Por ser cantora, ela nos obrigou a preparar algumas canções que não estávamos acostumados a tocar em edições anteriores, além de mudanças repentinas de tonalidade pedidas no calor da apresentação, um fato comum quando se acompanha cantores e estes, tem suas necessidades vocais diferentes uns dos outros em termos de alcance de oitavas. Personalidade simpática, ela trouxe uma turma de amigos e parentes animados para prestigiá-la na noite. 

A confraternização final com a cantora, Maria Cristina Magliocca entre nós. Magnólia Blues Band em 30 de julho de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

E assim aconteceu na noite de 20 de agosto de 2014, com um repertório a agregar vários blues mais alternativos a insinuar o Jazz, que não costumávamos tocar, na realidade.

Cartaz a anunciar a edição com o convidado especial, Paulo Morgado, um guitarrista fortemente influenciado pelo Acid-Rock dos anos sessenta 

Na semana subsequente o convidado foi: Paulo Morgado, um guitarrista da pesada, sob forte orientação Rocker e melhor ainda, a centrar o seu estilo no Acid-Rock e no Blues-Rock sessentistas, predominantemente. Fartamente influenciado por Jimi Hendrix, sobretudo, ele nos proporcionou uma noite mais Rocker do que o padrão habitual do projeto, que elegera o Blues como a sua essência.

Paulo Morgado a atuar com uma guitarra Fender Stratocaster preta e a usar camisa azul escura. Na bateria, o nosso amigo, Binho "Batera", que gentilmente substituiu o titular, Carlinhos Machado nesta edição. Magnólia Blues Band em 27 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Um acontecimento desagradável ocorreu, pois, o nosso baterista, Carlinhos Machado, teve um mal súbito estomacal e por ter passado horas em um pronto-socorro a fazer exames, não reuniu condições físicas para comparecer e tocar conosco.  

Paulo Morgado ao centro da foto, a comandar a sua guitarra Fender Stratocaster e o baterista Binho "Batera", que nos socorreu na ausência súbita de Carlinhos Machado. Magnólia Blues Band em 27 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
 
Rapidamente o Kim contatou o Binho "Batera", músico do grupo Pop-Rock, "Vento Motivo", e que solicito ao extremo, veio suprir a lacuna deixada pelo nosso amigo, Carlinhos.  

Versátil, Binho não deixou a noite cair, e eu já conhecia essa sua capacidade, por ele ter tocado com Os Kurandeiros algumas vezes em circunstâncias semelhantes de ausência do Carlinhos. 

Dessa forma, mesmo quando ele não conhecia o repertório completamente, não havia problema algum para atrapalhar a sua performance e quando eu cheguei ao Magnólia Villa Bar e verifiquei que ele assumiria as baquetas, me tranquilizei completamente.

"Hey Joe" na interpretação da Magnólia Blues Band + Paulo Morgado

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=GtshpXicT9I 

"Sunshine of You Love" com a Magnólia Blues Band + Paulo Morgado

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=qvbnxGEc7Zw

Sobre Paulo Morgado, foi ótimo tocar com ele. Eu já o conhecia de vista, mas nunca havia tocado com ele anteriormente e foi um prazer atuar com um guitarrista marcado por fortes características sessentistas, e como é sabido do leitor que acompanha esta minha autobiografia desde o seu início, tal escola estética se trata da minha predileção. Noite de 27 de agosto de 2014, com muita evocação dos ecos "Woodstockeanos" no ar...

A banda se confraterniza com o convidado especial, Paulo Morgado, terceiro da esquerda para a direita a empunhar a guitarra. Magnólia Blues Band em 27 de agosto de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Nesta nova edição do projeto "Quarta Blues", a MBB recebeu o grande guitarrista e cantor, Wilson Ricoy, na foto acima, a se colocar no cento do palco (a usar camisa escura). Magnólia Blues Band em 3 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Depois da noite "Hendrixeana" que ocorrera anteriormente, a próxima edição da "Quarta Blues" foi também das mais agradáveis, pois recebemos um grande guitarrista, e acima de tudo, um dos artistas mais gentis do métier Blues & Rock de São Paulo. Tratou-se de Wilson Ricoy, um dos amigos mais virtuosos que já conheci nesses meus quarenta anos de música (1976-2016).  

Wilson Ricoy a tocar com a MBB! Magnólia Blues Band em 3 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Versado no Blues, Rock e outras vertentes, Ricoy era (é) também professor de guitarra & teoria musical e nessa época mantinha uma vida dupla, a trabalhar com música, mas em paralelo com um emprego formal no mundo corporativo, como diretor de uma empresa de grande porte em sua cidade, São José dos Campos-SP, no interior de São Paulo. 

"Damn Right I Got the Blues" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=MXKLuu8BqhQ

"Rambling on My Mind" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=mitwo19oqD8

"Crossroads" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=V76ZWBZ6-B0

"Southbound" com a magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=HsnWhugirzI 

Algum tempo depois dessa primeira apresentação (ele voltaria ao projeto "Quarta Blues" ainda em 2014), Ricoy tomou uma decisão corajosa, mas muito positiva ao mergulhar na música, e assim abrir um estúdio de gravação e ensaios, acoplado a uma escola de música, o que o obrigou a abandonar a vida corporativa e assim assumir a música como seu ganha-pão, e eu fiquei muito feliz por ver que seu empreendimento lá em São José dos Campos-SP, foi muito bem montado e se revelou um sucesso, logo a seguir.

"Hootchie Cookie Man" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=I8wqYi9lIaE

"Going Down" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=aopUukwCauc

"Stand by Me" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=WOUq2DM1AgY

"Suzie Q" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistrir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=o909njQ1W7c

"Money", com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=U0RcbzPsC4g

"The Thrill is Gone", com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=EEeo3hMW6Vw

I Got my Mojo Working" com a Magnólia Blues Band + Wilson Ricoy

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=x3eGoAbXqzo 

Sobre essa apresentação dele conosco, foi ótima, com muita interatividade, improviso e um clima sob camaradagem enorme.

Wilson Ricoy, grande guitarrista, gentleman e amigo valoroso! Ele é o segundo, da esquerda para a direita, na foto de confraternização após a apresentação com a MBB. Magnólia Blues Band em 3 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap 

Ocorreu em 3 de setembro de 2014 e seguramente foi uma das mais prazerosas noitadas do projeto "Quarta Blues". 

O quarteto básico da MBB a atuar em uma noite sem um convidado em específico. Magnólia Blues Band em 10 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

A próxima edição do "Quarta Blues" foi realizada sem a participação de algum artista a nos acompanhar. Nessa altura, arregimentar um convidado por semana esbarrara em uma dificuldade extra, pois nem todo convidado aceitava o convite, exatamente por não querer sair de casa sem a garantia de um cachê fixo e muitos, cujos nomes não revelarei, recusaram o convite por conta dessa prerrogativa e neste caso, não cabe crítica de minha parte por se considerar ser um direito inquestionável de cada artista, adotar tal tipo de postura rígida no gerenciamento da sua carreira. 

A MBB a atuar sem convidados especiais nesta edição do projeto "Quarta Blues". Magnólia Blues Band em 10 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Mas, quando acontecia de ficarmos sem um convidado formal, nos apresentávamos da mesma forma, sem prejuízo algum para a noite em si e muitas vezes, convidados inesperados e não anunciados previamente apareciam e de certa forma supriam a ausência eventual de um convidado oficial. 

A Magnólia Blues Band não teve convidados a atuar nessa noite, mas recebemos com prazer a visita da produtora musical, Christine Funke, vista acima, no centro da foto. Magnólia Blues Band em 10 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

E assim foi na noite de 10 de setembro de 2014, sem um convidado formal, mas com uma apresentação muito boa. 

Cartaz a anunciar o convidado especial de 17 de setembro de 2017, o guitarrista e compositor, Roger Bacelli 

Posteriormente, no dia 17, recebemos outra persona sensacional, um guitarrista eclético que a despeito de militar mais no mundo do Heavy-Metal, era na verdade um professor experiente, já havia passado por várias bandas sob vertentes diferentes e naquela época, tocava em uma banda de Heavy-Metal moderna, ao estilo anos 2000, a misturar o Heavy-Metal extremo com vertentes do Rap/Hip Hop, ou seja, sob aquele tipo de formação com dois vocalistas a dialogarem de forma verborrágica ao estilo do Rap, mas com uma massa sonora metálica por trás. Tal banda se chamava: "Nacionarquia". 

A capa do CD do grupo Heavy-Metal, Nacionarquia, lançado na ocasião

A sua banda, apesar de atuar em um campo onde eu não nutria simpatia alguma, o Heavy-Metal e ainda mais por ser algo "modernoso", continha, no entanto, grandes méritos, eu admito e não só por ter esse nosso ótimo amigo em suas fileiras, mas pelos outros componentes, todos bons músicos e principalmente pela orientação temática de seu trabalho, bem calcada na crítica sociopolítica, com letras ácidas, mas bem embasadas a denunciar a falência completa do sistema. 

Nas duas fotos acima, Roger Bacelli (a usar óculos), a atuar com a Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band em 17 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap
 
Tal amigo se chamava: Roger Bacelli, um ótimo guitarrista e amigo extremamente solidário, namorado de uma produtora musical muito amiga nossa, a querida Sandra Marques, esta, a se mostrar como uma pessoa dinâmica, com excelentes propósitos nos bastidores da produção musical, muito solícita e disposta a ajudar o Magnólia Blues Band e também Os Kurandeiros em diversas produções, contudo, a se considerar que os seus contatos e conhecimento eram mais do mundo do Heavy-Metal, ela pouco pode nos ajudar doravante como eu sei que gostaria de haver nos ajudado.

"Dead Flowers" com a Magnólia Blues band + Roger Bacelli

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=EYy4u4ZkQWQ 

"Rock me Baby" com a Magnólia Blues Band + Roger Bacelli

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=LYYCpxkrvHY

"Black cat Moan" com a Magnólia Blues Band + Roger Bacelli

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=AhA2X3JSetw

"Beber até Cair" com a Magnólia Blues Band + Roger Bacelli

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=v-YLezsUYpk

"Train Kept a Rollin" com a Magnólia Blues Band + Roger Bacelli

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=S5p4VUDWeiw

A noitada com Roger Bacelli foi boa, sem dúvida e assim como acontecera naquela noite em que Wilson Ricoy abrilhantou a performance com a sua presença, o clima de camaradagem com Bacelli foi igualmente, total. Noite de 17 de setembro de 2014. 

Da esquerda para a direita: Kim Kehl, a produtora musical Christine Funke, Alexandre Rioli, a produtora musical, Sandra Marques, eu (Luiz Domingues), Carlinhos Machado e Roger Bacelli. Magnólia Blues Band em 17 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Cartaz a anunciar a participação do guitarrista e cantor, Cris Stuani com a Magnólia Blues Band, em 24 de setembro de 2014 

Ao final de setembro de 2014, a nossa banda recebeu a visita de um guitarrista e vocalista oriundo da cidade de Osasco-SP, chamado: Cris Stuani. Guitarrista sob forte influência de Blues-Rock e com um vozeirão potente, Stuani teve uma atuação ótima nessa noite e assim ele abriu caminho para várias novas participações no futuro, não só através do projeto, "Quarta Blues", da Magnólia Blues Band, como em vários shows d'Os Kurandeiros. 

Cris Stuani a usar camisa xadrez azul, a atuar com a Magnólia Blues Band. Magnólia Blues Band em 24 de setembro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Simpático ao extremo, Cris Stuani entrou para aquele rol de participantes do projeto que se tornaram amigos posteriormente, sem dúvida. 

"Mustang Sally" com a Magnólia Blues Band + Cris Stuani

Eis o Link Para assistir o YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=tdnEeXqVibk 

"Mean Town Blues" com a Magnólia Blues Band + Cris Stuani

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=YgKbW9fMCxo

Edu Dias, o "The Blues Entrepreneur", amigo em comum de Stuani, compareceu com a sua gaita e ajudou a fazer a noite brilhar, como sempre. 

"Little Wing" com a Magnólia Blues Band + Cris Stuani

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=DGP4eFISxHo

"Mean Town Blues" com a Magnólia Blues Band + Cris Stuani

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=YgKbW9fMCxo

Essa ótima noitada da Magnólia Blues Band com o convidado, Cris Stuani, aconteceu em 24 de setembro de 2014. 

Magnólia Blues Band sem convidados em 1º de outubro de 2014. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Na semana seguinte, não tivemos convidado especial e assim fizemos a "Quarta Blues" funcionar sem problemas, bem naquela dinâmica em que estávamos acostumados a atuar com a nossa outra identidade como: Os Kurandeiros. 

Magnólia Blues Band em 1º de outubro de 2014, novamente sem convidado especial. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Aconteceu em 1º de outubro de 2014 e foi uma noitada muito boa, mesmo sem a presença de um convidado formal e ainda por cima desfalcados do tecladista, Alexandre Rioli, que não esteve conosco.

Continua...

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