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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A Chave/The Key - Portfólio 1988

A Chave/The Key

Portfólio 1988
Nota publicada na revista "Metal", número 46, a anunciar a dissolução da antiga banda: A Chave do Sol e formação de uma nova banda dissidente, denominada doravante, "A Chave", simplesmente. A leitura da imprensa sobre ser simplesmente continuidade d'A Chave do Sol foi errônea, mas dou um desconto gigante à todos, pois a situação em que nos colocamos, caótica e digna de um imbróglio, não deu margens a uma análise mais apurada dos fatos. Portanto, nesse caso, toda vez que essa nova banda foi tratada como a "continuidade" d'A Chave do Sol ou como se convencionou dizer popularmente: "A Chave sem Sol", na base da brincadeira ou da alfinetada via escárnio, foi compreensível, pois nós mesmos criamos tal confusão.
Mais uma nota publicada e a mencionar a confusão gerada para se explicar a situação a respeito de uma nova configuração que deu origem à formação dessa banda, batizada como A Chave/The Key. Intenção excelente, como eu falei na legenda anterior. A revista "Amiga", era uma publicação focada no mundo dos bastidores da TV, e muito provavelmente, talvez para o grande público consumidor dela, tudo isso passasse ao léu, ainda bem. E pelo lado positivo, que bom foi sermos noticiados em um veículo não fechado no mundo do Rock underground. Assinada por Robert Neto, que foi um jornalista batalhador, que costumava cavar espaço para a música underground dentro da imprensa mainstream, vide essa coluna que ele manteve em uma revista popular, como foi a "Amiga".   
Filipeta a anunciar o show de lançamento do LP The Key, d'A Chave do Sol, mas na verdade, feito por uma outra banda com formação e identidade completamente diferentes. O elo de ligação, se deu apenas pelo fato de haver em suas fileiras, dois ex-componentes da velha, A Chave do Sol (eu, Luiz Domingues e Beto Cruz), e principalmente pela extrema necessidade para divulgar o disco da banda extinta, pois as dívidas contraídas pela produção do mesmo, urgiam. E mais um aspecto, foi falsa a afirmativa de que se tratou do show de lançamento de tal LP, pois isso já havia ocorrido em dezembro de 1987 e feito logicamente pela banda que o gravou
Resenha assinada pelo grande, Antonio Carlos Monteiro, para a revista "Metal", número 47, a analisar o show d'A Chave/The Key no Teatro Mambembe, em 18 de abril de 1988. Tratado como um show d'A Chave do Sol em nova fase, renovada, não é nem de longe culpa do jornalista, que reputo ser um dos melhores do país, desde aquela época. Não quero ser repetitivo, pois já expliquei isso exaustivamente na autobiografia e reforcei nas legendas acima, a respeito da confusão gerada pelo imbróglio que foi toda nossa e a mensagem que passamos ao grande público foi bastante difícil para ser compreendida. Entretanto, a despeito dessa crise de identidade, a resenha descreve bem o que esse show, que tratamos de fato como a estreia dessa nova banda, foi e o Tony Monteiro foi preciso em suas observações. E de fato, eu me emocionei nesse dia no palco, pois a ovação recebida pela plateia de um teatro super lotado, com quase o dobro de sua capacidade, inclusive, foi fantástica e de certa forma teve o caráter de uma catarse, a expurgar todo o sofrimento que eu vinha a passar pelo final abrupto e triste d'A Chave do Sol, a rusga gerada com um velho amigo, Rubens Gióia e dificuldades financeiras inerentes ao lançamento do LP "The Key", além da decorrente necessidade de montagem dessa nova banda, às pressas. Como se não bastasse tudo isso, a estética artística dessa nova banda não me agradava em nada, portanto, foi uma situação bem difícil e aquele momento com aplausos e gritos, com direito a um coro a clamar pelo meu nome, foi um bálsamo naquela noite a me dar forças para atravessar essa turbulência 
Resenha assinada pelo baixista do grupo Heavy-Metal "Vodu" na época e futuro empresário e ativista cultural, André "Pomba" Cagni, sobre o show no Teatro Mambembe em 18 de abril de 1988, para a revista Rock Brigade. Na mesma edição, uma nota a citar a participação d'A Chave em um outro evento a se realizar, no projeto: "Estação Jovem", no boulevard da estação Brás do metrô de São Paulo
Esse depoimento foi publicado na revista "Wanted", no avançar de 1988. Certamente o baixista Maurício, do Ultraje a Rigor ao citar a nossa banda como recomendação sua, pessoal, deve ter se referido à antiga, A Chave do Sol, mas eu coloco essa peça de portfólio como material desta banda, A Chave/The Key, pois não obstante o fato de ter sido publicada em 1988, em tese, o Maurício foi assistir um show d'A Chave neste ano de 1988, acompanhado de seus amigos norte-americanos com os quais formara uma banda orientada pelo Hard-Rock oitentista, daí eu considerar que tem mais a ver com a história desta banda do que com a velha, A Chave do Sol  
Na edição de número 27, da revista Rock Brigade, eu (Luiz Domingues), fui convidado a escrever uma matéria sobre o universo do baixo/baixistas etc. Tal assunto não é e nunca foi a minha paixão na vida, é bem sabido, pois me tornei baixista por acaso e a minha visão da música é muito diferente. A própria palavra: "instrumento" que pouca gente leva em consideração pelo seu valor semiótico, na minha percepção, diz tudo, ou seja, encaro o baixo como um instrumento e dessa forma, eu não sou nenhum entusiasta da ferramenta e tampouco de adestramento do usuário à ferramenta, que é a mentalidade da maioria dos músicos. Gosto de música e não de técnica, gosto de viajar na abstração de uma tela pintada pelo artista e não me importa quais tintas ele usou e qual técnica de pinceladas utilizou. Gosto do resultado artístico, simples assim. Portanto, quando fui convidado pela revista, relutei bastante, pois entre outras atribuições, eu não queria e jamais quis ter a imagem pública atrelada a de um sujeito que pensava/pensa 24 horas por dia em instrumentos, amplificadores, efeitos & acessórios e muito menos preocupado em estudar alucinadamente para adquirir técnica sobre-humana de adestramento ao instrumento. Entretanto, eu não pude declinar do convite, pois a equipe da revista foi gentil comigo, naturalmente, e assim, o escrevi. Segundo ponto, por não ser nenhum expert no assunto, e aliás, muito pelo contrário, ter parcos conhecimentos, tive que fazer um esforço para redigir um texto minimamente interessante e ao ir além, ainda houve a questão de ter que fazer citações a respeito de artistas contemporâneos (para satisfazer o leitor padrão daquela publicação (leia-se nicho do Hard-Rock/Heavy Metal oitentista), ou seja, seara na qual eu não detinha familiaridade alguma e muito menos simpatia. Portanto, foi um desafio escrever e não desapontar os leitores e a própria equipe de redação da revista, mas creio que consegui chegar em um resultado razoável, em que eu não desapontasse ninguém em demasia. 
Entrevista que eu (Luiz Domingues), concedi ao jornal interiorano: "O Diário", de Ribeirão Preto-SP, publicada em 1º de maio de 1988. Apesar da conversa ter sido boa na redação, in loco, o jornalista não deve ter usado as suas anotações de apoio e na hora de editar a matéria, se valeu apenas do release do LP "The Key" e aí, misturou as informações ao ignorar o meu esforço para tecer explicações, ao redigir o seu texto, e assim a nos tratar como: "A Chave do Sol". Bem, paciência... a confusão estava armada e ainda por se tratar de um veículo não especializado, a tendência seria não entender que estávamos a divulgar um disco de uma banda extinta, mas éramos outra, em realidade...  fora que o sujeito me adjetivou como: "baixinho"... de fato, tenho apenas 1.65 m e não tenho vergonha dessa baixa estatura, mas para que citar tal característica anatômica de minha pessoa? Como diz a famosa, Sandra Annenberg: "que deselegante"...
Nota publicada no Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, a anunciar show d'A Chave, na casa de espetáculos: "Caverna II". 12 de junho de 1988. E que valor de ingresso exorbitante, hein? Quanto será que esse valor corresponde na moeda atual, tal quantia de "350 cruzados?"
Uma filipeta realmente nada profissional, mas foi assim que divulgaram o nosso show realizadono Caverna II, no Rio de Janeiro, em 12 de junho de 1988. Valeu pela intenção e claro que entendo a falta de recursos da produção para providenciar um material decente
Eis um programa recortado da programação do Teatro Mambembe, com a indicação da data na qual A Chave tocou em 12 de julho de 1988, ao ter a banda, "Naja", como abertura. A se lastimar o erro de digitação que não separou corretamente o nome da outra banda
Uma filipeta a anunciar os shows d"A Chave/The Key no Teatro Mambembe e Centro Cultural São Paulo, em julho de 1988, também a aproveitar para anunciar aulas ministradas por alguns componentes da banda.
Resenha sobre o show d'A Chave no projeto: "Estação Jovem" no Boulevard da estação Brás do Metrô de São Paulo, realizado em abril de 1988, e assinada pelo jornalista, Antonio Carlos Monteiro. Na mesma edição, houve uma citação em uma nota a falar sobre a cena pesada brasileira e a nos citar. Revista "Metal", número 48

Filipeta sobre o show d'A Chave no Dunny's Club, no dia 28 de julho de 1988 
Filipeta do show d'A Chave no Projeto Leste I, em meio ao Festival
"Roque no Projeto". 30 de julho de 1988. "Roque" escrito com essa ortografia, realmente os seus responsáveis forçaram... isso sem contar que o patrocinador foi bizarro: uma empresa especializada em organizar festas de formaturas...
Show d'A Chave no festival Megafestival, no dia 17 de setembro de 1988, no Clube dos Aeroviários, em São Paulo.
Ingresso do show d'A Chave e outras bandas da cena pesada brasileira dos anos oitenta, no Clube dos Aeroviários, em 17 de setembro de 1988
Resenha sobre o show d'A Chave na casa de espetáculos, Caverna II, no Rio de Janeiro, realizado em 12 de junho de 1988. Revista "Metal", número 49. Assinada por Sergio Martorelli
Entrevista da nossa banda, muito boa, conduzida por João Cucci Neto, para a revista "Rock Brigade", embora eu seja obrigado a fazer uma ressalva em forma de mea culpa. Certas colocações que eu mesmo fiz, ao colocar mais confusão no imaginário do público, foram muito inoportunas. Não foi à toa que o editor-chefe deve ter proposto esse título capcioso para a matéria, pois pareceu mesmo que "atirávamos para qualquer lado", em pleno ato de desespero. Essa banda não representou a continuação d'A Chave do Sol, a se tratar de uma nova banda, com outro nome e proposta artística diferente, simples assim...
Programa recortado da programação do Teatro Mambembe para o mês de outubro de 1988. Nota bem redigida, não nego, porém lastimo os erros ortográficos nos nomes dos componentes. Tudo bem trocar o "Z" pelo "S" em Luiz, confusão comum e tudo bem também que o segundo nome a me designar fora o apelido que aboli anos depois, mas nessa época ninguém sabia que eu tinha dissabores por conta de seu uso, portanto, entre tantas grafias errôneas desse apelido, realmente...´"Tiguels", parece um sobrenome estrangeiro, a grosso modo. Mas o pior mesmo, foi o erro com o sobrenome do baterista, José Luiz Rapolli..."Ramolle" parece nome de um prato de massa italiana, convenhamos...
Resenha sobre o show d'A Chave no Clube dos Aeroviários, em 17 de setembro de 1988, publicado na revista "Rock Brigade", edição número 32, assinada por André Cagni. Infelizmente ele não gostou dos exageros perpetrados pelo nosso guitarrista, em uma rara manifestação nesse sentido, visto que o seu virtuosismo era geralmente enaltecido pelos críticos dessa mesma época. 
Infelizmente essa resenha sobre o show d'A Chave na casa de espetáculos, Dama Xoc, em 27 de novembro de 1988, chegou em minhas mãos a faltar um pedaço. Mas pelo pouco que se preservou, dá para notar que o resenhista falava bem da nossa performance nessa noite. Revista "Rock Brigade", edição de número 33
Na mesma edição de número 33, da revista "Rock Brigade", foi publicada uma propaganda paga da Luthieria Tajima com a banda retratada e eu (Luiz Domingues) e Eduardo Ardanuy a posarmos com os respectivos, baixo e guitarra, feitos por tal fabricante. Não fiquei com esse baixo, infelizmente e aceitá-lo-ia de bom grado, pois se tratou de uma réplica de um baixo Fender Jazz Bass, bem feita... Cerca de dezembro de 1988. Foto de Carlos Muniz Ventura  

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