Neste meu Blog 3, dedico todo o espaço para cuidar da minha carreira musical. Além de publicar os textos na íntegra, dos meus livros autobiográficos, apresento também material em geral de todas as bandas pelas quais atuei e atuo, sob permanente construção.
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sábado, 17 de setembro de 2016
Língua de Trapo - Shows 1979
Shows de 1979
Arrolo tais apresentações do ano de 1979, com a devida ressalva de que tais espetáculos foram na verdade a representar grupamentos seminais que deram origem ao Língua de Trapo, pois a banda assim constituída e a usar tal nome oficialmente, só começou a atuar mesmo, em 1980. Contudo, tais apresentações iniciais são computadas no currículo e histórico da banda, pois de fato constituem a mais remota semente do que tornar-se-ia de fato, o Língua de Trapo, a seguir.
Foto da primeira apresentação do Grupo de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
1) Grupo de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero - 25 de junho de 1979
Local : Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, de São Paulo
Formação:
Laert Sarrumor: Vocal e Percussão
Paulo Estevam Andrade: Guitarra, Violão e Voz
Saulo: Violão, Percussão e Voz
Guca Domenico: Violão e Voz
Nilma Martins: Vocal e Percussão
Pituco Freitas: Vocal e Percussão
Luiz Domingues: Baixo
Público aproximado: 150 pessoas
Foto da segunda apresentação do Grupo de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero. Acervo de Homero Sergio Moura
2) Grupo de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero - 6 de agosto de 1979
Local : Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, de São Paulo
Formação:
Laert Sarrumor: Vocal e Percussão
Paulo Estavam Andrade: Guitarra, Violão e Voz
Saulo: Violão, Percussão e Voz
Guca Domenico: Violão e Voz
Nilma Martins: Vocal e Percussão
Pituco Freitas: Vocal e Percussão
Luiz Domingues: Baixo
Público aproximado: 200 pessoas
Crachá que eu , Luiz Domingues, usei para atuar no Festival de MPB da Universidade Mackenzie, em 1979
3) Festival Universitário da Universidade Mackenzie - 1ª Eliminatória - 13 de outubro de 1979
Local: Teatro da Universidade Mackenzie de São Paulo
Músicas que defendemos no Festival : "Despedida Sem Adeus" e "Prazer"
Formação desse grupo montado para o Festival:
Pituco Freitas: Voz
Laert Sarrumor: Voz
Paulo Estevam Andrade: Violão Solo
Guca Domenico: Violão Base
Sebastian: Bateria
Luiz Domingues: Baixo
Público aproximado : 400 pessoas
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Língua de Trapo - Portfólio 1979
2) Parte interna do programa, a discriminar autores e intérpretes de cada música executada no recital, exibido em 25 de junho de 1979, nas dependências da Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, de São Paulo.
3) O meu crachá (Luiz Domingues), do Festival do Festival Universitário de MPB da Universidade Mackenzie, no qual defendemos duas músicas: "Prazer" e "Despedida Sem Adeus", como assinala a peça acima. Eliminatória realizada no dia 13 de outubro de 1979, no teatro dessa tradicional universidade paulistana.
sábado, 3 de setembro de 2016
Língua de Trapo - Fotos ao Vivo 1979
Foto da mesma apresentação citada acima. Laert Sarrumor em destaque. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
A declamar, o aluno, Dimas Antonio, em pé, com um papel em mãos, em frente à banda. manhã de 6 de agosto de 1979. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
No primeiro plano, Paulo Estevam Andrade, popular "Tevão" ou também, "Paulo Sustenido". No canto, agachado, Laert Sarrumor. A declamar na frente, o aluno, Donizetti Costa. Manhã de 6 de agosto de 1979. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
Aluno, Gerson Ney França a declamar, com Dimas Antonio ao fundo e atrás, por detalhes, Nilma Martins. Manhã de 6 de agosto de 2020. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
Aluno, Ricardo Soares a declamar, com Luiz Domingues ao fundo e Paulo Andrade, encoberto, ao violão. manhã de 6 de agosto de 2020. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
Aluno, Sergio Galli a declamar, com Guca Domênico ao fundo com o violão. Manhã de 6 de agosto de 2020. Click, acervo e cortesia: Rivaldo NovaesPerspectiva do público presente. Manhã de 6 de agosto de 1979. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes
Segundo Recital de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero. Em outra sala de aulas, desta feita o objetivo seria recepcionar os novos calouros ingressos na Faculdade, no segundo semestre de 1979. Manhã de 6 de agosto de 1979. Da esquerda para a direita: Nilma Martins (encoberta), Luiz Domingues, Guca Domenico, Paulo Estevam Andrade e Laert Sarrumor (em pé). Click, acervo e cortesia: Homero Sergio Moura.
Segundo Recital de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero. Em outra sala de aulas, desta feita o objetivo foi recepcionar os novos calouros ingressos na Faculdade, no segundo semestre de 1979. Manhã de 6 de agosto de 1979. Da esquerda para a direita: Fernando Marconi (percussão), Pituco Freitas, Nilma Martins, eu (Luiz Domingues) e Guca Domenico. Click, acervo e cortesia: Homero Sergio Moura.
Pituco Freitas em destaque, com a minha presença (Luiz Domingues), atrás e encoberto, além de Guca Domênico (primeiro violão) e Paulo Estevam Andrade (segundo violão). Segundo Recital de Música e Poesia da Faculdade Cásper Líbero. Em outra sala de aulas, desta feita o objetivo foi recepcionar os novos calouros ingressos na Faculdade, no segundo semestre de 1979. Manhã de 6 de agosto de 1979. Click, acervo e cortesia: Homero Sergio Moura
6 de agosto de 1979. Da esquerda para a direita: eu (Luiz Domingues e não estava a dormir... apenas esperava pela minha vez para tocar), Laert Sarrumor, Guca Domenico e Paulo Estevam Andrade. Se revela como super emblemática a presença de Lizoel Costa (primeiro em pé a esquerda, encostado no batente da porta), que era um calouro a chegar à Faculdade naquele dia, mas em questão de dias já estaria a se incorporar ao grupo, como violonista & guitarrista, e seria no futuro, membro oficial do Língua de Trapo em sua formação clássica. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes.
Fotos a mostrar as atividades culturais para receber os calouros do segundo semestre de 1979. Estou (Luiz Domingues), na segunda foto desse mosaico, a tocar baixo, ao lado do Guca Domenico (violão) e no canto esquerdo, Fernando Marconi toca bongô, enquanto os vocalistas Pituco Freitas e Nilma Martins, se entreolham. Clicks, acervo e cortesia: Homero Sergio MouraFoto da mesma apresentação citada acima e finalmente eu apareço no enquadramento da foto... da esquerda para a direita: eu (Luiz Domingues), Paulo Estevam Andrade, Guca Domenico (semi encoberto), Saulo e Nilma Martins (semi encoberta). O braço do violão no canto inferior direito, provavelmente devia estar a ser tocado por Pituco Freitas. Click, acervo e cortesia: Rivaldo Novaes.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Língua de Trapo - Formações 1979
Língua de Trapo
Formações 1979
1) Grupo de Música e Poesia da Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero - Junho 1979/agosto 1979:
Laert Sarrumor: Voz e Percussão
Pituco Freitas: Voz
Guca Domenico: Voz e Violão
Paulo Estevam Andrade: Violão e Guitarra
Saulo: Voz e Violão
Nilma Martins: Voz e Percussão
Luiz Domingues: Baixo
2) Grupo de apoio a Laert e Guca no Festival de MPB da Universidade Mackenzie - outubro 1979
Laert Sarrumor: Voz
Guca Domenico: Violão e Voz
Paulo Estevam Andrade: Violão
Sebastian: Bateria
Luiz Domingues: Baixo
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Língua de Trapo - Capítulo 6 - A Minha Saída em 1981 - Por Luiz Domingues
E a acrescentar, eu também estava a passar por sérios problemas pessoais, devido às pressões familiares que impeliam-me a ter que autoafirmar-me como músico, e nesse sentido, desde 1979, simultâneo ao Língua de Trapo, estava a cumprir vários trabalhos paralelos, na música.
Fui então para o "Terra no Asfalto", que durou até junho de 1982. Há muitas histórias sobre a trajetória do "Terra no Asfalto", nos capítulos específicos sobre esse trabalho, nesta mesma autobiografia.
Eu havia tido uma briga feia com o meu pai, por firmar posição em querer ser músico profissional. Precisava ganhar dinheiro, e assim, não foi possível continuar no Língua de Trapo, infelizmente, que estava a crescer, certamente mas ainda não proporcionava renda.
Fiquei muito chateado, é lógico. Dividido, também pois sempre odiei tocar covers. Não haveria sentido no meu entendimento, deixar uma banda com som autoral para ir tocar em uma banda de covers, pelos bares pela noite. Se o fiz, foi por extrema necessidade financeira e imediata.
Ao analisar hoje em dia, o meu conceito não muda, pois a realidade daquele momento exigiu tal postura. Não tenho como arrepender-me, pois eu não era vidente para supor que já na metade do ano de 1981, o Língua de Trapo sairia desse estado inicial de um quase amadorismo, para tornar-se uma banda com infraestrutura a ostentar a presença de empresário, mídia, e agenda lotada.
Observei o sucesso meteórico da banda, com dor no coração, a sentir-me uma espécie de “Pete Best” (para quem não conhece a menção, a tratar-se do primeiro baterista do grupo de Rock, The Beatles, que deixou a banda muito pouco tempo antes da consagração dessa banda em larga escala), mas a torcer pelos meus amigos, sem nutrir nada negativo, primeiro por que sou espiritualista por natureza, e diante dessa forma de pensar, inveja não tem cabimento, é fora de cogitação em minha linha de conduta, e segundo, por que os companheiros não quiseram que eu saísse, portanto, foi decisão minha.
Guca Domenico, outro compositor muito inspirado e artista fundamental na estrutura de criação do Língua de Trapo
O Laert ficou muito chateado, é claro. De todos os membros, fora com ele que eu tivera a mais velha ligação artística. Estávamos a lutar juntos desde 1976, e assim, foi como se estivesse a abandoná-lo naquela luta. Por quantas adversidades tínhamos passado juntos desde 1976?
Pois então foi duro sair e isso só aumentou o meu pesar. Claro que ele (Laert), tentou demover-me de minha decisão. O fato pitoresco, foi que todos os seus argumentos por ele expostos bateram exatamente com o que eu pensava, também. Chegou-se em um ponto onde não adiantava mais falar, absolutamente nada, mas só lamentar. Como eu já disse anteriormente, eu saí por necessidade financeira, contudo, embora gostasse e acreditasse que o trabalho vingaria, estava sob pressão familiar, e urgia ganhar dinheiro.
Não foi um show, por isso eu considero aquele show anterior, realizado no bar 790, em novembro de 1980, como o último, nesse formato. Porém, a última subida ao palco, foi a defender duas músicas em um festival Universitário, em janeiro de 1981. O palco em questão foi nobre, o Palácio das Convenções do Anhembi, onde grandes artistas apresentavam-se, regularmente.
Foi o fim dessa minha primeira etapa com o Língua de Trapo, pois a história continuou depois, com a minha volta, em outubro de 1983 e aí, tenho inúmeras histórias, com a banda e sob uma situação completamente diferente, a se revelar, frenética, posso afirmar.
E assim, no dia 19 de janeiro de 1981, eu subi no palco do Palácio das Convenções do Anhembi, uma ribalta histórica e elegante da cidade de São Paulo, por sinal (ali se apresentou: Alice Cooper, Elis Regina, Festival Phono 73, Doces Bárbaros, Festival de Jazz de 1978 e 1980 e muitos outros eventos históricos).
Defendemos as músicas: "Tragédia Gramatical" e "Circular 46", com o Língua de Trapo e alguns músicos convidados. A formação do nosso grupo nessa noite, foi a seguinte:
Continua...
Língua de Trapo - Capítulo 5 - Língua de Trapo é o nome dessa Banda - Por Luiz Domingues
Além do mais, como nesses primeiros tempos, nós raramente tocávamos com equipamento minimamente profissional, o grande trunfo de nosso trabalho estava na realidade, mal explorado, isto é, as letras com forte apelo satírico, duplo sentido e com uma dose generosa de sarcasmo, não eram inteligíveis o suficiente para o público, no decorrer das apresentações, por conta da precariedade técnica com a qual lidávamos normalmente para nos apresentarmos.
O paradigma no meio artístico da ocasião, formatara-se no sentido que qualquer artista ou era contratado de uma gravadora, ou era considerado um artista "amador", por não possuir um contrato formal com uma companhia sedimentada no mercado fonográfico.
E assim, gerou grande polêmica no meio, pois até ameaça de processo judicial tais artistas independentes sofreram, sob a estapafúrdia alegação de que estes "violariam os direitos exclusivos da áudio-difusão da indústria fonográfica". Equivaleu a dizer que em 1888, os escravos violaram o direito dos fazendeiros explorar as suas terras sem o ônus de ter que pagar salários aos trabalhadores, portanto, a tornar a libertação, um ato "antieconômico"...
Esse estúdio cresceu muito a posteriori, e desde o seu início, era de propriedade do tecladista, De Boni, que tocou com “O Terço” nos anos 1990, e que tocava no "Cia. Iltda", naquela época. Foram gravadas dezoito músicas, sob um esquema ao vivo, com pequenos overdubs realizados, apenas.
Tratou-se de uma demo-tape sem muito requinte de qualidade sonora, mas que serviu aos propósitos, e sobretudo, coube no modesto bolso da banda. Feito isso, pensamos em criar uma embalagem criativa, que foi barata, e batizamos essa fita com o nome: "Sutil Como um Cassetete".
E ela foi usada como vinheta na turnê do primeiro disco do Língua de Trapo, entre 1982 & 1983.
Antecipo neste instante um pouco a cronologia, para explicar que quando eu voltei ao Língua de Trapo, em outubro de 1983, e ainda participei do final dessa turnê ("Obscenas Brasileiras"), eu cheguei a estar em cena com ela a ser usada como fundo sonoro, pois era a hora da apresentação da banda, onde a música servia como “background” para um texto satírico, onde cada componente era apresentado, todos a se exibir perfilados em fila indiana.
A manufatura desse material foi lenta. A reprodução das fitas foi caseira, feita na casa do Carlos Melo (Castelo), que tinha em sua posse um equipamento de som duplo deck para tal providência ser adotada.
Já a confecção das capas, foi realizada ao estilo xerox e com o acréscimo de uma de uma gravata recortada com retalho, em forma de língua. Literalmente uma língua de trapo...
Nesse ínterim, para encerrar aquela série de shows com caráter solo de cada componente do grupo, desta vez foi o vocalista, Pituco, que resolveu apresentar-se. A banda que o acompanhou foi mais elétrica desta feita, com a minha presença (Luiz), no baixo, o seu irmão, Pitico Freitas na guitarra (ele tinha uma bela guitarra, Gibson Les Paul, preta), Celso Mojola ao piano e um baterista, chamado, Edson "Kiko".
O show foi batizado como: "Solitário", e foi realizado no Teatro Gazeta, em 8 de novembro de 1980, com um surpreendente público presente em torno de cem pessoas, aproximadamente.
Foi então o programa "Dárcio Campos", da TV Bandeirantes e gravado no próprio Teatro Bandeirantes. Esse rapaz se tratava de um comunicador popularesco, que mantinha um bordão ridículo, como marca pessoal: "Geração Shanti", com a mão a gesticular a saudação “vulcana” exibida pelo personagem do Sr. Spock, do seriado de TV, "Star Trek" ("Jornada nas Estrelas"), ou seja, algo inusitado, no mínimo.
Íamos ser submetidos a um júri ao defendermos a música: "Tragédia Gramatical" em uma espécie de disputa entre calouros. Ao final, vencemos o outro concorrente pelo placar de três a dois e o voto de minerva foi da cantora, Elizabeth “Tibet” Queiroz. O seu comentário foi hilário: -"vou votar no Língua de Trapo, por que a letra deles é incrível, embora não diga absolutamente nada"...
Fora dessa improvável hipótese, só ficou na memória, mesmo. Bem, na minha com certeza, muito provavelmente na do Laert, que tem excelente memória, e sempre foi minucioso com a preservação de tudo a respeito de sua carreira, igualmente, mas quanto aos demais membros dessa formação, eu não posso garantir nada, mas torço para que contribuam com as suas respectivas lembranças.
Após essa primeira aparição em um programa de TV (com a devida ressalva que havíamos tido uma reportagem televisiva de um show ao vivo na estação São Bento do Metrô, e já relatada anteriormente), a preocupação agora, seria lançar a fita demo-tape recém gravada por nós, com um show bem feito.
Mas antes mesmo de pensar nesse show, já começamos a vender a fita com aquele acabamento caseiro, do qual eu expliquei em capítulo anterior. E foi um estouro de vendas. Praticamente a nossa Faculdade inteira comprou, e muita gente oriunda de outras faculdades, amigos, parentes e conhecidos.
Lançamos a fita no início de dezembro de 1980. Eu saí da banda ao final de janeiro de 1981, e até quando permaneci, havíamos vendido mais de mil e trezentas fitas. Ou seja, tal número foi um estouro total, se levarmos em conta que foi uma produção amadora, sem divulgação, e sem respaldo profissional, algum. De forma artesanal, e vendida no tète-a-tête, esse número pode ser considerado fabuloso.
Sobre a quantidade de músicas contidas nessa fita, foi de fato, enorme. Gravamos dezoito músicas, o que tornou a missão, cansativa. O resultado final, ao considerar-se que fora uma gravação ao vivo, e com ambiente sem separações (a não ser alguns biombos, e portanto não evitou-se assim os vazamentos em cem por cento), ficou bem razoável o resultado final.
Apesar disso tudo, a qualidade do áudio agradou-nos e o sucesso de vendas comprovou a aprovação do trabalho. A base do repertório foi usada posteriormente na gravação do primeiro LP oficial do Língua. Isso ocorreu em 1982, mas eu não estaria mais na banda nessa ocasião. Mas o que eu não poderia imaginar nessa ocasião, foi que eu voltaria em 1983. O último show do Língua de Trapo em que atuei nessa minha primeira passagem, foi exatamente o do lançamento da fita demo: "Sutil Como um Cassetete".
Ainda haveria uma participação em Festival, a concorrer, mas show mesmo, esse foi o último, dessa primeira passagem que eu tive pela banda.
Então, nesse show, que ocorreu no dia 19 de novembro de 1980, eu já havia comunicado à banda que havia tomado a decisão de sair e no caso, o músico & jornalista (na época, ainda estudante como todos nós, da mesma Faculdade Cásper Líbero), Ayrton Mugnaini Jr. esteve presente, já a demonstrar ter preparado todas as músicas, para entrar na banda, ao substituir-me.
Ele é um gênio, de fato, sendo o músico & jornalista com conhecimentos mais enciclopédicos que eu conheci na vida, tanto que tornou-se um grande crítico musical, logo que formou-se, ao escrever em jornais de grande circulação, revistas especializadas, participante ativo de programas de rádio e nos dias atuais, 2015, também pela Internet através de blogs, sites e plataformas virtuais as mais diversas.
O show foi realizado em uma casa noturna chamada: “790”, que todo mundo chamava como: "Sete nove zero", assim, a se pronunciar separadamente, localizada no bairro do Itaim-Bibi, zona sul de São Paulo. Nessa ocasião, houve um público pequeno para nos assistir, com apenas trinta pessoas presentes, mas há a ressalva de que foi realizado em um dia útil, e além do mais, estava fora do circuito normal que o Língua de Trapo frequentava, no ambiente universitário.
Continua...