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segunda-feira, 9 de março de 2015

Trabalhos Avulsos - Capítulo 31 - Tributo à Keith Moon: Quatro Bateristas Alucinados - Por Luiz Domingues

Em 2003, o Rolando Castello Júnior quis fazer um novo tributo ao Keith Moon, o sensacional baterista do "The Who", um evento fora das atividades da Patrulha do Espaço. 
 
Em princípio, eu não queria fazer parte dessa atividade, pela natural aversão que tenho ao mundo dos covers, mas nesse caso, seria diferente, pois manteria a carga de um tributo mais específico. Em 2001, ele, Rolando, fizera um evento desses, e apenas o Marcello Schevano participara, na condição de membro nossa banda.
Keith Moon, o baterista do The Who e uma das personalidades mais incríveis da história do Rock  

Então, eu coloquei-me em uma posição neutra, sobre participar a tocar ou não, e o Rolando pediu-me para ajudar ao menos no esforço de divulgação. Claro, não custava-me nada, e eu tinha experiência com esse tipo de trabalho, pois desde 1999, eu fazia esse esforço para a banda, e costumava liderar equipe com filipetadores, e colocação de cartazes pela cidade.
    O excelente baixista (e infelizmente, saudoso), Renê Seabra
Outra fera das quatro cordas, Nelson Brito é um dos melhores baixistas do Rock brasileiro, e um grande especialista na arte imortal de John Entwistle, o baixista impressionante do The Who

Em princípio, o baixista para o evento seria o Renê Seabra, mas em um dado momento, ele convidou também o Nelson Brito, e pediu-me para tocar em pelo menos duas músicas. 
 
E desta vez, o evento seria realizado no Centro Cultural São Paulo, portanto um local bem melhor para um evento dessa magnitude e haveria a participação de quatro bateristas muito famosos na história do Rock brasileiro: Rolando Castello Júnior, Paulo Zinner, Franklin Paolillo e Marinho Thomaz. 
Na ordem, os bateristas: Rolando Castello Junior (Patrulha do Espaço), Franklin Paolillo (Rita Lee & Tutti-Frutti), Marinho Thomaz (Casa das Máquinas) e Paulo Zinner (Golpe de Estado e Rita Lee)
 
Ou seja, grandes feras da bateria do Rock Brasileiro dos anos 1970, com o Paulo Zinner a representar a geração posterior dos anos 1980 & 1990. Ensaiamos em um estúdio no bairro da Saúde, na zona sul de São Paulo e a minha participação foi com apenas dois ensaios. Eu tocaria: "Won't Get Fooled Again" e "Baba O'Riley", do repertório clássico do The Who.
Na primeira foto, Paolillo nos bons tempos de Rita Lee & Tutti-Frutti e abaixo, Junior Muelas, do ótimo grupo Vintage Rock: "A Estação da Luz" 
 
A minha lembrança desse ensaio foi a de uma longa conversa entre Paulo Zinner, Franklin Paolillo, eu (Luiz Domingues) e Juninho Muelas, baterista da banda, "A Estação da Luz", quando muitas lembranças do Franklin, sobre o seu tempo com Rita Lee & Tutti-Frutti, incluso a gravação do LP "Fruto Proibido", em 1975 e os shows dessa turnê, foram contados para nós, em detalhes. O show ocorreu no dia 5 de outubro de 2003, e contou com um bom público.
Cinco bateristas da pesada: destacado na frente, Junior Muelas. Atrás encostados na porta: Marinho Thomaz, Rolando Castello Junior, Paulo Zinner e Franklin Paolillo. Ensaio prévio realizado poucos dias antes do evento. Acervo e cortesia: Junior Muelas. Click: Ana Fuccia 
Foi um bom Show/Tributo, e visualmente, foi bonita a ideia de se exibir os 4 kits de bateria, um em cada canto do palco.
Franklin Paolillo, Rolando Castello Junior, Paulo Zinner e Marinho Thomaz, quatro feras da bateria no Rock brasileiro, a tocarem juntos e homenagear o grande, Keith Moon. Foto Pós-Show de 2003. Autor do click: desconhecido  
 
Um mês depois do evento, saiu publicada a resenha desse espetáculo na Revista "Rock Brigade", nº 208/novembro de 2003  

Compareceu um bom contingente, com trezentas e cinquenta pessoas a passarem pela bilheteria e apreciarem bastante a performance.
Carla Viana, incrível vocalista do "Senhor X"
Robson Rocco, um dos melhores vocalistas do Hard-Rock paulistano, na ocasião

E as guitarras e teclados ficaram a cargo de Rodrigo Hid e Marcello Schevano, mais as vocalizações de Robson Rocco ("Paulo Zinner Rockestra") e Carla Viana ("Senhor X").
Marcello Schevano e Rodrigo Hid, guitarristas, tecladistas e vocalistas da Patrulha do Espaço, na ocasião 

No baixo, eu (Luiz Domingues), Renê Seabra, e Nelson Brito.
 
Após homenagear o grande, Keith Moon e celebrar o The Who, banda emblemática em minha formação Rocker, o próximo capítulo faz um balanço de uma série de convites que eu recebi para realizar trabalhos avulsos, mas que não aceitei, ou que não deram certo, alheios à minha vontade, entre 2006 e 2013

Continua...   

domingo, 1 de março de 2015

Trabalhos Avulsos - Capítulo 13 - A Chave do Estado ou Golpe do Sol? Entre amigos, a Tocar o Som do UFO - Por Luiz Domingues

Muitos anos se passaram para eu voltar a ter uma atividade paralela musical, fora de uma banda oficial. Então, foi apenas em dezembro de 1988, que eu fui realizar um trabalho paralelo, mas nesse caso foi algo programado para ser um tributo à duas bandas do Rock internacional, e ocorreria sob uma apresentação única. 
 
O que aconteceu, foi que o guitarrista, Hélcio Aguirra, do Golpe de Estado, e o vocalista Beto Cruz, d'A Chave (apelidada na época como: "A Chave sem Sol", por ter sido uma dissidência nessa fase), resolveram prestar um tributo à banda britânica, "UFO", e o seu guitarrista mais famoso, o alemão, Michael Schenker. 

Uma montagem que achei na Internet, com as personas de Beto Cruz e do astro britânico, David Coverdale, lado a lado, a se insinuar que Beto o imitava como cantor e no estilo visual 
 
Para tanto, foi marcada uma data no Black Jack Bar e providenciada uma fusão divertida de nossas respectivas bandas. Sendo assim, eu e Paulo Zinner fomos convidados e assumimos baixo e bateria respectivamente, para completar o time. 

O grande Paulo Zinner, um baterista de altíssimo nível na cena do Rock Brasileiro, desde os anos oitenta 

Ensaiamos alguns clássicos do repertório do UFO e da carreira solo de Michael Schenker, para tocarmos no Black Jack Bar. Eu contei, inclusive, uma curiosa história ocorrida durante esses ensaios, no capítulo: "Sala de Aulas", pertinente àquele contexto.
Tocamos no dia 22 de dezembro de 1988, no Black Jack Bar, que ficava localizado na Av. Adolfo Pinheiro, no bairro do Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo. 
 
Cerca de trezentas e oitenta pessoas assistiram esse show-tributo, e de última hora o guitarrista & tecladista, Fernando Costa (bem conhecido no meio Rocker de São Paulo, pelo apelido: "The Crow"), apareceu de súbito, e tocou teclados, a enriquecer essa apresentação.
Eu gosto do UFO, e acho a carreira solo do Michael Schenker, interessante, mas ambos não representam nem de longe, trabalhos que eu idolatre. Porém, admito que foi divertido tocar, principalmente com tantos amigos envolvidos, e mesmo não sendo eu, um especialista nesse quesito, como o Hélcio e o Beto, que adoravam o som do UFO e também do Michael Schenker Group, digo que diverti-me em participar. 
 
Notícia boa, a casa abarrotou com fãs dessas duas bandas, que deliraram com as músicas deles, que tocamos. Lembro-me do Hélcio ter usado uma guitarra Gibson Flying V, modelo mais usado pelo Michael Schenker, a tornar o tributo, muito fidedigno nesse sentido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Bem, ficou só por essa apresentação, embora boatos sobre outras oportunidades para reviver tal espetáculo, foram aventados. UFO e Michael Schenker Group são boas bandas do espectro do Hard-Rock, mas muito longe de minhas predileções. Apesar disso, claro que foi divertido tocar entre amigos.  

O meu próximo trabalho avulso ocorreu sob uma fase quando eu tive um raro hiato na minha carreira, sem estar a trabalhar com uma banda autoral, firmemente, embora algumas tentativas para tal houvessem sido efetuadas e também contabilizadas como trabalhos avulsos no cômputo final. 

Para falar do próximo capítulo em específico, eis que eu fui novamente fazer parte de uma banda "tributo" e mais uma vez focada em uma banda que admiro, mas que considero longe das minhas predileções dentro do universo do Rock.

Continua...