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sábado, 1 de agosto de 2015

Sala de Aulas - Capítulo 9 - Adeus, Mundo Didático! - Por Luiz Domingues

Quando o ano de 1999 iniciou-se, eu ainda mantinha três ou quatro alunos, mas já estava bastante propenso a não prosseguir mais. 

Essa dinâmica de não renovação do meu quadro, vinha desde o segundo semestre de 1996 e assim ficara mais do que claro que tornara-se irreversível, mesmo que eu não quisesse e lutasse contra isso, com vigor. 

Entretanto, apesar de todo o meu entusiasmo pelo desenvolvimento positivo do Sidharta, a seguir, revelava-se ainda muito nebuloso na prática, tal futuro promissor para a banda. Portanto, foi preocupante chegar nesse ponto, com as aulas em declínio. 

                     Ensaio da Patrulha do Espaço, em 1999

Foi só em meados de março, que o Sidharta deu uma reviravolta total e metamorfoseou-se como nova formação da Patrulha do Espaço, revivida. A partir de abril, quando a Patrulha do Espaço estava oficialmente a trabalhar e gerar expectativas reais para entrar rapidamente na estrada, que eu anunciei aos poucos alunos que ainda detinha, a minha decisão de encerrar a minha atividade como professor.

A minha última aula, ocorreu em abril de 1999 e o meu último aluno a deixar a sala de aulas, foi José Eduardo Niglio, também conhecido como "Zé Louco" pelos outros alunos e que mantém laços de amizade comigo e principalmente com o pessoal do "Tomada" até hoje, tendo até participado de vídeo-clipes e trabalhar como Webdesigner dessa banda de meu ex-aluno, Marcelo Bueno.

Não senti o baque emocional por ter encerrado tal fase de minha vida, por que estava mergulhando novamente na música como eu sempre quis fazer, ou seja, com exclusividade total. 

Claro que nesses doze anos nos quais eu ministrei aulas, a prioridade sempre foi a mesma, porém nesse período, entre 1987 e 1999, a carreira artística deixou também um bom espaço para a atividade didática e mesmo por ter entrado nessa atividade pela necessidade e não por vocação ou prazer, foi muito importante para a minha trajetória musical, em vários aspectos. 

Ao encerrar este capítulo e partir para as considerações finais, registro que tive um aluno extra, em caráter gratuito, muitos anos depois, por volta de 2003, quando o filho caçula do Rolando Castello Junior, James Castello, manifestou a sua vontade de aprender a tocar baixo. Mas foram poucas aulas, pois a Patrulha do Espaço vivia na estrada e o próprio James viajou conosco muitas vezes, a trabalhar como roadie da banda. 

Então foi isso, ao encerrar essa trajetória da minha vida na música, tecerei as considerações finais.

Nunca pensei em ser professor, embora tenha uma admiração total por essa profissão, que considero nobre, fundamental e extremamente injustiçada, muitas vezes. 

A primeira vez em que deparei-me com tal atividade, foi na verdade um pedido de um amigo que gravitava na órbita d'A Chave do Sol, a minha banda nos anos oitenta, da parte de um rapaz chamado, Iran Bressan, guitarrista que tocava em uma banda iniciante e chamada: "Archibald's Band", que posteriormente mudou o seu nome para "Fênix". 

Iran queria na verdade algumas dicas sobre teoria musical e nada sobre o seu instrumento, pois na prática, ele já tocava com desenvoltura, nessa época, 1983. Foram poucas aulas, sob caráter gratuito e ministradas na residência do guitarrista d'A Chave do Sol, Rubens Gióia, em nossa sala de ensaios.

Somente em meados de 1987, quando a banda passava por fase difícil em vários aspectos e eu a precisar de um reforço financeiro, que acatei a sugestão do baterista, Zé Luiz Dinola, para abraçar tal atividade em paralelo, como um objetivo concreto, quando passei a dividir o meu tempo com as atividades musicais normais da minha carreira. 

Tal dinâmica, portanto, com a carreira artística a dividir-se com o horário para lecionar, tornar-se-ia a minha rotina daí, julho de 1987, até abril de 1999.

A primeira aula que eu ministrei oficialmente, foi em julho de 1987, portanto, e no escritório onde por anos, as atividades do fã-clube d'A Chave do Sol foram desenvolvidas. 

Tal estabelecimento pertencia ao pai do Zé Luiz Dinola. O meu primeiro aluno chamava-se, Zé Roberto e não era adolescente, mas já adulto e tinha um bom nível ao instrumento, portanto este rapaz ficou pouco, ao sair ainda no mesmo ano.

Não pude ficar muito tempo ali, pois tinha que dividir o espaço com o próprio Dinola, que também ministrava aulas de bateria. Mudei as minhas aulas então para a residência do Beto Cruz, vocalista d'A Chave do Sol na ocasião e que também abrigava os ensaios da banda, em 1987. 

Nessa fase, de agosto de 1987, até março de 1989, marcou uma ascensão com o aumento do número de alunos e o esboço do que seria o método que eu mesmo inventei para trabalhar. 

Tal metodologia mostrava-se simples ao extremo, com o uso e o abuso de exemplos oriundos do Rock clássico dos anos 1960 & 1970, ou seja, a minha base afetiva e natural. 

Mas nesse primeiro instante, a clientela ainda foi formada por um grosso de adeptos do Heavy-Metal oitentista. Foi um pouco sofrido no meu caso, pois muitos queriam que eu ensinasse-lhes músicas que eu mal conhecia, pois tal gênero (e seus muitos derivados), nunca foi de meu agrado.

Eu, Luiz Domingues, a tocar saxofone, ao ler partitura de um songbook do "Yes"... concepção bizarra do amigo, Carlos Muniz Ventura, em seu estúdio fotográfico. Foto de 1989 

Em março de 1989, quando mudei a sede das minhas aulas para a minha própria residência, finalmente aí, começou uma escalada vertiginosa em termos de quadro de alunos. 

Daí até 1996, eu teria os anos de pico, com média alta de alunos, ao atingir um grau de praticidade muito grande. Estive talhado à função, como jamais pensei que fosse estar, em algum dia.

De 1989 em diante, o perfil dos alunos pôs-se a mudar, quando os "metaleiros" escassearam e uma nova safra surgiu. Adeptos de novas sonoridades noventistas, surgiram, notadamente seguidores do "Guns n' Roses", mas também entusiastas do "Grunge" de Seattle, seguidores do Indie Rock "pós" Pós-Punk e os primeiros sinais de apreciadores de som vintage.
No ano de 1990, mudei novamente de endereço, mas sem prejuízo algum ao enorme fluxo de alunos que eu tinha.
Tive uma nova mudança residencial, em setembro de 1991 e dali em diante, tal nova morada (e sobretudo a sua sala de aulas), transformar-se-ia no símbolo máximo da minha atividade como professor.
A velha sala da Rua Castro Alves, na Aclimação marcou época e de 1992, em diante, mitificou-se como o grande QG de uma turma que vibrou como nunca a "good vibe woodstockeana", que cala-me fundo

Uma turma notável, onde muitos tornaram-se amigos eternos, companheiros de ideais e até sócios em empreendimentos artísticos, casos de Rodrigo Hid e Marcello Schevano.

Nem a súbita e inexplicável queda de movimento, a partir do segundo semestre de 1996, extraiu esse brilho. 

E assim, eu encerrei minha atividade como professor, em abril de 1999, ciente de que se nunca foi o meu objetivo de vida ser um professor, enquanto "estive" professor, dei o meu melhor. Alguns aspectos que preciso enumerar, agora:
 

1) Sobre o método - Baseei-me nos meus influenciadores naturais, para criar exercícios e propor o desenvolvimento da percepção do aluno. Foi um curso sob uma proporção a se revelar 90% prático, em essência, com teoria básica e imprescindível para iniciar o entendimento, mas sobretudo, ao apostar na capacidade inventiva do próprio aluno. Com a prática didática, eu aprendi que o aluno precisava apenas confiar na sua própria capacidade instintiva. Quem embarcou sem medo nessa sutileza proposta em minhas aulas, deu-se bem.

2) Abordagem - Principalmente no início, quando a maioria esmagadora dos que procuraram-me, foram fãs d'A Chave do Sol, o meu primeiro desafio foi sempre quebrar o gelo. A inibição para tocar na minha frente, mesmo que o aluno já tivesse uma boa noção do instrumento, foi total, portanto, eu aprendi a quebrar qualquer barreira que pudesse existir entre nós e ao ganhar a confiança do aluno, tudo ficava mais fácil, para ambos.

3) Paciência e incentivo - No aspecto psicológico, as minhas aulas baseavam-se nesses dois pilares. Quem foi meu aluno sabe que minha paciência para esperar o lento progresso de cada aluno ocorrer, veio da minha compreensão sobre os limites de cada um, naquele instante. 

Por outro lado, abomino professores que usam de tática de "bullying" para estimular alunos. Conheço professor que desdenha, debocha, provoca, no intuito de fazer com que o aluno sinta raiva e desse sentimento, busque estudar muito para "provar" ao professor que não é incapaz. Trata-se de uma metodologia, eu entendo, mas eu apostei na contramão disso. Ao relevar erros com naturalidade, respeitar as limitações e incentivar com elogios a cada pequeno progresso, mínimo que fosse, o meu lado espiritualizado ficava muito mais confortável comigo mesmo e o aluno seguro de si, ao acreditar nele mesmo.

4) Rebeldia e insubordinação - Tive poucas ocorrências com aborrecimentos por conta de alunos mal-educados que destrataram-me por algum motivo. Relatei-os em capítulos correspondentes à sua cronologia, portanto, é desnecessário repetir.

5) A bagunça como elemento didático - Falei isso e reforço: desde o início, percebi que um ambiente descontraído detinha dupla função. Primeiro por ficar mais leve para todos. Segundo, pela percepção do aluno. Se o aluno conseguia absorver o que ensinava-lhe, com outras pessoas a falarem e rirem em sua volta, foi um benefício e tanto à sua capacidade de percepção musical. Isso foi uma experimentação empírica, e eu diria, um achado na minha metodologia.

6) O cansaço - Não nego, muitas aulas seguidas esgotava-me completamente. Apesar de ser prazeroso o convívio, na maioria das vezes e como tanto destaquei, principalmente de 1992 em diante, cansava-me. Principalmente nas maratonas dos sábados, quando por anos, eu ministrei aulas das 8:00 horas da manhã, até as 20:00 horas, sem interrupção para almoço e jantar. De 1989, até meados de 1993, tal dinâmica foi muito extenuante e muitas vezes agravou-se pelo fato de eu ter tocado na sexta a noite/madrugada, ou ter compromisso no sábado a noite.

7) O psicólogo - Não foram poucas as vezes em que alunos ao afeiçoarem-se à minha pessoa, buscaram aconselhamento em questões pessoais, inclusive fora do horário de aulas. Por muitas vezes eu tive que passar horas ao telefone para acalmar aluno que havia indisposto-se com a namorada, familiares, colegas de trabalho, escola e bandas. Foi desgastante, mas nunca deixei de ser amigo no âmbito do extra-aula, sempre que pude. Hoje em dia eu não faria o mesmo, pois isso não é saudável para ninguém.

8) Polo de agitação cultural - Sempre, desde o começo, incentivei os meus alunos a respeito dos seus anseios musicais, mesmo que fossem ainda insípidos, com bandas muito iniciantes. Durante os capítulos, eu contei muitas histórias nesse sentido.

9) Política, cidadania, cultura & cotidiano - Nunca deixei que as minhas aulas ficassem centradas somente na música. Ao propor conversa, sempre fiz questão de diversificar os assuntos, para não deixar o ambiente mumificado em uma área apenas. Na época de eleições, discussões acaloradas aconteceram sobre a política, mas nunca houve extrapolação. Sempre ocorreu sob nível bom com ideias e respeito à divergência da visão de cada um.

10) Ludopédio - O futebol teve sempre espaço nas minhas aulas. O assunto era amplamente discutido, constantemente. Muitas vezes eu fui a estádios acompanhado de alunos e os dois campeonatos de futebol que eu organizei na minha garagem, foram loucuras mais do que prazerosas que ficarão para sempre na minha lembrança.

11) A Chave do Sol - Quando eu comecei a ministrar aulas, infelizmente, a minha banda passava por momento de forte turbulência. O grande contingente de alunos que procurava-me com desejo de aprender comigo, eram formado por fãs dessa banda, mas ela estava na verdade, por encerrar atividades. Uma grande pena, portanto, mas os alunos nada puderam fazer para ajudar-me a evitar esse triste desfecho.

12) A Chave/The Key - A dissidência d'A Chave do Sol que montou essa banda e que teve dois nomes, teve participação mais ativa, portanto, na história de minhas aulas. Eles (alunos), costumavam frequentar os shows e houve participação efetiva, caso de César Cardoso, aluno de 1988, que foi roadie dessa banda.

13) Fase híbrida - Entre 1990 e 1991, eu fiquei sem banda, mas tive muitas participações em projetos que não vingaram ou que foram efêmeros. Portanto, muitos alunos acompanharam tais ações, caso de José Reis, que ofereceu-se para ser meu roadie em apresentações de uma banda tributo ao Black Sabbath ("Electric Funeral") e outros trabalhos dessa natureza.

14) Pitbulls on Crack - Essa foi, sem dúvida alguma, a banda em que atuei, e pela qual os meus alunos melhor interagiram, ao ajudarem-me imensamente. Ao longo dos capítulos, contei com muitos detalhes o quanto eles ajudaram-me direta ou indiretamente, a fomentar tal trabalho e mais uma vez eu cito o José Reis, como exemplo de dedicação, tendo sido roadie da banda, por anos, além de Luiz Gustavo, Toni Peres Rodrigues e Ricardo Schevano, também, ainda que em tempo menor de permanência, cada um.

15) Sidharta - Sem dúvida que tal banda foi o coroamento de todo um esforço que fizemos para resgatar valores perdidos no Rock e teve tudo a ver com os ideais que foram reverenciados na minha sala de aulas, em seu período áureo.

16) Patrulha do Espaço - Praticamente o início da banda coincidiu com o término de minhas atividades como professor, mas o grosso do meu "exército Neo-Hippie", acompanhou a banda, com força total, nos anos seguintes. E nos primeiros tempos da banda, em 1999 e 2000, ao ajudarem efetivamente na produção, sob vários aspectos.

17) Pais ou Responsáveis - Eu nunca tive problemas com os pais ou responsáveis dos alunos, que recorde-me. Pequenas indisposições completamente irrelevantes para a autobiografia, nem mereceram destaque. Pelo contrário, tive bom relacionamento com a maioria esmagadora. E até há a incidência de casos surpreendentes, como um pai que abordou-me certa vez, só para dizer-me que seu filho era problemático e que ele estava admirado como as aulas o haviam acalmado e que o adolescente admirava-me e respeitava-me. Incrível, eu não era um psicólogo, mas se indiretamente consegui tal feito, que maravilha para o garoto e sua família!

18) Vizinhança - Sempre tomei cuidado para não incomodar a vizinhança. Primeiro que tenho essa postura na vida, normalmente: não incomodar para não ser incomodado. Mas também para nunca colocar em risco o meu local de trabalho, pois ter que mudar-se por alguma indisposição, seria um transtorno.

Tenho muito orgulho de todos os que passaram pela minha sala de aulas e seguiram na música, ao construírem carreiras e a realizarem obras. Também enaltece-me os que citam essa fase de suas vidas com saudade. É recíproco.

Caricaturas de alguns alunos e agregados, feitas pelo aluno, Alexandre "Leco" Peres Rodrigues, em 1995

Infelizmente e já falei isso várias vezes ao longo deste capítulo, perdi o meu caderno de notas, onde tinha anotado todos os nomes de alunos. Adoraria encerrar este capítulo a citar nominalmente, todos, sem exceção. Não vai ser possível, pois minha memória é geralmente boa, mas não é prodigiosa nesse nível. 

Com o meu ex-aluno, Wildmarc Matherson, em um show do "Pedra" em Santo André-SP, no ano de 2009. Foto de seu acervo pessoal

Farei um esforço hercúleo para nominar todos os que lembrar-me neste instante, nem que seja pelo nome incompleto ou uso de algum apelido. Como no Blog eu posso editar em qualquer momento, fica a ressalva de que poderei corrigir e acrescentar sempre que minha memória refrescar-se espontaneamente, ou pela abordagem de ex-alunos pelas redes sociais da internet. Isso vale também para a inclusão de materiais e fotos. Sobre fotos, aliás, tenho poucas, infelizmente. Gostaria muito de ilustrar com a foto de todos e na época de suas respectivas etapas em meu quadro de alunos. Ao surgirem novidades nesse sentido, posto no Blog, imediatamente.

Alunos:

Zé Roberto, Roberto Garcia Morrone, Jameson Trezena, Cristina, Marcelo "Carioca" Dias, Renato Kermentz, Roberto Oliveira, César Cardoso, Cesar Talarico, Glauco Teixeira, Daniel Faria, Wagner, Dney Di Courel, Marco Antonio Rossi, Marcos Pessoto Lira, Fernando Vaz, Carlota Brito, Brito (irmão de Carlota Brito), José Reis Gonçalves de Oliveira, Daniela, Marcelo Gonzalez, Milton Feitas, Nando Machado, Marcelo Sanches, Nelson Binatti, Peloso, Junior Peloso, Gisele, Tomás Grimas, José Carlos Ferreira, Hermeson Milani, Magá, Wagner Guerra, Lincoln, Simone Zerbinato, Anderson de França, Flavio Sozigam, Alcione Sana, Christian Du Voisin, Monica Maia, Luiz Gustavo, Carlos Keller Rodrigues (Cali), Marcos Martines, Rodrigo Garcia, Alexandre "Leco" Peres Rodrigues, Thiago Fratuce, Marcelo Bueno, Sergio Frugis, Artoni, Ricardo Schevano, Jamé, Jamézinho, Mendes, Edvaldo "Prik", Wildmarc Matheson, Ronaldo Alexandre Barbuy, Ediane dos Santos Oliveira, Cristiane Leonardo Piovesan, Edilberto (Edil) Postól, Luiz Nannini, Marina Yoshie, Paola Pelosini, Carolina, Emmanuel Barretto, Anelise Barretto, James Castello, Cris Billivier, Rogério Zolin, Titão, Fernando Moracci, Paulo de Tharso, Branchini, Flavio, Nishimoto, Roberto Takahashi, Flavio Amaya, Puppo, Eduardo Niglio, Marcos Mesquita, Marcello Garbine, Adriano Diaz e muitos outros, cujos nomes não recordo-me.

Fica o meu muito obrigado à todos eles e estendido aos que não mencionei por puro esquecimento. Foram mais de duzentos no cômputo geral, mas eu somente citei oitenta e um, acima. Peço perdão aos demais pela omissão de seus nomes. 

Agradeço sobretudo pela oportunidade de ter tido um aprendizado enorme, através desse contato humano, direto. Os meus alunos ensinaram-me muito mais do que eu pude ensinar-lhes, mediante os meus parcos recursos didáticos. Deixo registrada aqui, a frase lapidar de minha sala de aulas: "Dúvidas, perguntas" (?), que eu sempre proferia ao final de cada aula, ao indagar a todo aluno, diretamente.

Está encerrado este capítulo da minha trajetória na música. Daqui em diante, o leitor segue com a história dramática da banda dissidente da velha, A Chave do Sol, que eu tive que formar às pressas e a contragosto: A Chave/The Key.

Muito obrigado por ler, amigo leitor!

2 comentários:

  1. Legal mesmo, gostaria de ter tido umas aulas''não sei tocar nada rs'' mas com certeza seria muito bacana e inesquecivél, abraço!

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    1. Uma coisa eu te garanto, Kim, as aulas eram super divertidas na maior parte do tempo, nunca fui um professor sisudo...

      Legal por ter lido este capítulo, grande abraço !!

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