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quinta-feira, 9 de junho de 2016

1964 - Minha LIgação Inicial com o Rock na Infância e Começo da Adolescência - 1964: O Rock a Martelar, como Rita Pavone Tanto Falou! - Por Luiz Domingues

Em 1964, a minha consciência se expandia e assim, a noção de mundo já existia. Eu estava mais consciente sobre as diferenças culturais, existência de línguas e costumes diferentes entre os povos ao longo do planeta e isso foi bastante interessante na minha ótica. Concomitante a todos os estímulos culturais que já vinha a apreciar, história e geografia se tornaram matérias queridas, cada vez mais.

Eu, Luiz Domingues, em 1964, no quintal da minha residência e perto de um dos muitos carros da marca Volkswagen que o meu pai teve naquela década.

Mais que isso, aos quatro anos de idade eu já conseguia guardar informações com muito maior precisão, a expandir de uma maneira muito rápida o meu horizonte cultural.  

Além disso tudo, a minha percepção sensorial também já se mostrava outra, ao ter noção in loco da dimensão da cidade, graças às saídas mais constantes de casa em atividades familiares, ao passear no carro e conhecer assim, outros bairros e o centro da cidade. 

Observador, gostava de prestar atenção nos caminhos que o meu pai escolhia fazer na condução do automóvel, ao ponto de decorá-los, assim como o nome de ruas e avenidas. Tal poder de observação me propiciou a condição de decorar o traçado básico da cidade de São Paulo, ao formar assim, a base primordial para que eu me locomovesse nela a partir da adolescência, com segurança.

Claro, a cidade já era mega gigantesca e não parava de se expandir, principalmente nessa época, com um ritmo frenético de crescimento. Não conheço ninguém, nem mesmo motoristas de táxi super experientes que possam afirmar que a conheçam inteiramente, visto que a periferia, pelos quatro cantos é enorme, fora o fato de que existem 39 cidades vizinhas e acopladas literalmente em São Paulo e umas às outras, ao formar uma mancha urbana entre as maiores do planeta (conforme se vê na ilustração do mapa da Grande São Paulo, acima, com a cidade de São Paulo pintada de cor laranja).

Avenida São João, próximo ao cruzamento com a Praça do Correio, no centro de São Paulo, nos anos sessenta.

Portanto, posso dizer que conheço o básico, a contar do centro às quatro zonas primordiais da cidade e atribuo tal conhecimento ao prazer que eu tinha de prestar atenção nos caminhos que o meu pai escolhia percorrer e o mesmo em relação a andar no carro de meu padrinho e outros tios, ocasionalmente.  

Por falar em carro, não posso afirmar que eu seja um apaixonado pelos automóveis, como quase todo brasileiro, mas tenho sim um carinho pelos carros de época, muito mais pela associação afetiva à época do que pelos automóveis em si.

Meu pai teve muitos "fuscas" da Volkswagen na década de sessenta, mas também me lembro de ver outros carros na garagem de casa. Por ali passou um DKW, que o meu pai não gostou e passou para frente, rapidamente. Caso também de um Gordini, menos barulhento e com um design que eu gostava mais, porém era extremamente limitado pela falta de força do motor e tal comentário é fruto do que eu ouvia do meu pai, ao falar na época. Nunca dirigi um Gordini, mas acredito que fosse fraquinho, mesmo.
Não era esse exatamente o Simca do meu pai, mas essa foto ilustrativa que achei na internet retrata do que falo

O carro mais bonito que o meu pai teve nesses primeiros anos de minha vida, foi sem dúvida um Simca, que era branco e tinha detalhes em azul. Gostava muito de vê-lo a trocar as marchas na antiga manopla acoplada ao volante, que remetia aos carros antigos e que eu simpatizava por vê-los nos filmes trintistas e quarentistas principalmente, que passavam em profusão na grade da TV da época.

Citroen 1948, apelidado como: "Prefet" por muitos, mas de maneira informal. Não tenho certeza se foi exatamente esse o modelo e ano do carro que meu pai teve, mas é bem parecido.
 
Mais para frente, outros carros meu pai teria, mas dificilmente a sair do espectro da Volkswagen/Willys que ele gostava mais. Teria por exemplo, um Citroen, em 1966, um carro francês que eu acredito que devia ser da década de quarenta e que eu gostava muito, porque me fazia recordar dos filmes ambientados na segunda guerra mundial. 

Infelizmente, esse em específico estava bem avariado e deu muita dor de cabeça para o meu pai, que nunca conseguiu conter os seus constantes vazamentos de óleo, sempre à beira de fundir o motor.

Eis um exemplo de Romiseta, um carro com três rodas e claustrofóbico por natureza. Era ótimo para ser estacionado em qualquer vaga, mas assustador para enfrentar o tráfego pesado...
 
Ainda a falar sobre carros, eu tive uma aventura claustrofóbica e assustadora nesse ano de 1964. Passeava com meu pai no centro da cidade, em um dia de semana, a estabelecer aquelas típicas visitas que ele me levava a realizar em seu ambiente de trabalho, quando fortuitamente ele encontrou um conhecido seu que havia acabado de comprar uma Romiseta, um carro com porte de moto, fechado sob uma cúpula minúscula e oval, com design futurista, eu diria, ao lembrar as naves espaciais usadas pela família "Jetson", dos desenhos animados. 

Claro, o rapaz, proprietário do veículo, propôs um passeio em sua nova aquisição e o meu pai aceitou na hora. Eu também gostei, porque achei o carro incrível pelo seu visual. Mas quando começamos a circular e dentro daquele espaço minúsculo, eu via a aproximação dos carros normais e sobretudo dos ônibus e caminhões (e bondes) e fiquei apavorado, diante da fragilidade total do carrinho. Era na verdade uma moto com uma casca de ovo, como carenagem, digamos assim.

Bonde a circular no centro da cidade de São Paulo, nos anos 1960.

Ainda a falar em transportes, eu já usava bastante o serviço público, logicamente acompanhado de meus pais ou parentes próximos. Passear com a vovó paterna em dias úteis após o almoço se tornou um prazer, para acompanhá-la em suas tarefas, a fazer compras etc. Sou um privilegiado, ainda pude usar o serviço dos bondes, que estava na reta final de sua existência na cidade, infelizmente.

Eu já conseguia perceber a tensão política e quando estourou o golpe, em março de 1964, ouvia as opiniões dos adultos, pró e contra, em discussões acaloradas, mas não sentia que houvesse o medo nos semblantes deles, fator que acentuar-se-ia a partir de 1968, em diante. 

Na área cultural, tudo o que já observei nos capítulos anteriores, se acentuou e mesmo sendo criança pequena, deu para perceber nitidamente que a aceleração da efervescência sessentista se mostrara enorme. Aquele clima de euforia foi tão perceptível, mesmo para uma criança ingênua e alheia que eu era, distante do epicentro do furacão, mas que mesmo assim, me contagiava.

Bem, ao descrever os aspectos culturais, toda a carga que já citei em capítulos anteriores prosseguiu e se ampliou. Os noticiários da TV e do rádio ficavam cada dia mais compreensíveis à minha percepção. Gostava de ouvir o noticiário e sempre a considerar tudo importante, pelo tom solene com o qual os jornalistas se pronunciavam.

"The Fugitive"/"O Fugitivo" e o capítulo final que parou o Brasil, quando finalmente o injustiçado Dr. Kimble (interpretado por David Janssen) encontrou o verdadeiro assassino, o famigerado "homem de um braço só"

Em 1964, um seriado me chamou muito a atenção. "O Fugitivo" mostrava a saga angustiante de um médico acusado injustamente por ter assassinado a própria esposa e durante quatro temporadas, fora paralisante ver o rapaz a procurar pelo verdadeiro criminoso e ao mesmo tempo sendo perseguido, foragido da justiça que o era. 

Achava insuportável a injustiça pela qual o personagem estava a ser submetido e torcia pelo Dr. Kimble (interpretado pelo ator, David Janssen), lograr êxito e achar o famigerado: "homem de um braço só", meliante contratado pelo verdadeiro mentor do crime. Eu apenas, não... o seriado viralizou de tal forma no Brasil que provocou reação popular no mesmo nível semelhante das novelas.

                    A engraçada série, "The Munsters"/"Os Monstros"

Outras séries sensacionais antigas e modernas que eu descobria. O que dizer de "The Munsters" (não está escrito errado, foi um trocadilho proposital)? Lógico que me tornei fã daquela família mórbida, formada por arquétipos dos filmes de terror, clássicos. Adorava todos os personagens, mas o meu predileto era o "vovô", um vampiro velho, decadente e completamente maluco. 

Defendido pelo grande, Al Lewis, um ator sensacional e que se eu fosse novaiorquino, certamente teria votado nele para prefeito, quando este se candidatou anos depois: Al Lewis for Mayor!

Existia "A Família Adams" sob o mesmo mote de uma família mórbida e por ser mais antiga, pioneira na TV, mas apesar de gostar também, sempre preferi, "Os Monstros". 

Gostava também de Zorro, Hazel, Dennis the Menace, Mr.Ed, Sea Hunt (O Homem Submarino), Hitchcock Presents, Outer Limits ("Quinta Dimensão", bem no estilo de Twilight Zone), e muito outros seriados.
E mais desenhos animados: "Top Cat" ("Manda Chuva"), uma turma de gatos vagabundos que viviam em um beco, sempre às turras com o "Guarda Belo", foi muito querida, com aquela trilha sonora jazzística, sensacional e muito valorizada pela dublagem nacional a imprimir sotaques regionais brasileiros nos personagens. 

"Casper, the Friendly Ghost", ou Gasparzinho como o conheci, também entrou para o rol dos meus desenhos prediletos. A ideia de um fantasma tímido e que não gostava de assustar as pessoas, me soou simpática e claro que era sintomática a ideia de que tal identificação revelava a tendência natural em minha personalidade, em abominar o "Bullying", mesmo sem ter nem ideia do que isso significasse, tecnicamente a falar, todavia, eu achava positiva a atitude do fantasma dele não querer assustar as pessoas. 

Gostava muito de Auddie Doggie e Doggie Daddy (Bibo Pai e Bob Filho), The Huckleberry Hound Show (Don Pixote sempre a cantarolar a canção Folk: "Oh My Darling Clementine")... 

Animações antigas continuavam a serem exibidas em profusão. Produções musicais como eu já mencionei em capítulo anterior, desenhos da Disney e produções cinquentistas como da Looney Tunes (turma do Pernalonga) e Walter Lantz (Pica Pau).

As novelas brasileiras estavam a iniciar o caminho para tomar o gosto popular, portanto, já a começar a dar sinal que ocupariam o horário nobre das emissoras, em breve. 

Impressionava-me também um programa que tinha um tom misterioso, tenso e que na minha ingenuidade infantil, eu o considerava, sério. Chamava-se: "O Homem do Sapato Branco", conduzido por um homem que falava em tom sombrio, chamado: Jacinto Figueira Junior. 

Tratava-se na verdade de um precursor dos programas "mundo cão" que habitam a TV atual, hoje eu sei, por exibir casos a envolver brigas familiares, entre vizinhos ou outras contendas desse nível para que o referido apresentador fizesse as vezes de um juiz, ao mediar as queixas e supostamente encontrarem "soluções" para as rusgas. Quase sempre haviam exacerbações com as vias de fato sendo apartadas por funcionários da TV. 

A música de suspense que usavam como sonoplastia e a iluminação a buscar sombreamento na figura de Jacinto, fora o estratégico close no sapato branco que ele usava para justificar o título do programa, ajudava a aumentar o clima tenso. 

Não demorou muito para eu finalmente entender porque o meu pai ria tanto e ironizava o programa. Certa vez um rapaz, nitidamente embriagado e que mal conseguia explicar o seu caso em específico que justificara a sua presença ali, foi advertido duramente quando Jacinto lhe deu uma bronca: -"escuta aqui, rapaz, você vem a um programa de TV para resolver um problema seu e se apresenta assim, completamente embriagado, não tem vergonha?" A resposta do sujeito simplório veio de imediato: -"mas Doutor... foi o senhor que pagou as pingas para mim no boteco da esquina"... 

Ainda a falar sobre TV, eram comuns as gincanas, promovidas com apoio de emissoras de rádio em conjunto e sendo pioneiras, apesar das precariedades técnicas da época, tendo transmissões com links ao vivo, em vários pontos da cidade. Eram divertidas e inócuas ao mesmo tempo, pela profusão de tarefas tolas, é bem verdade, mas as pessoas gostavam desse clima de aventura bem prosaica.

Uma outra tradição da época foram as transmissões de desfiles de fanfarras de colégios pela TV. Aconteciam geralmente aos domingos pela manhã, direto do Parque do Ibirapuera ou do Vale do Anhangabaú. 
O herói nacional genuíno, Carlos e o seu ajudante para lá de simpático, um pastor alemão chamado, "Lobo", já estavam a encantar toda a garotada brasileira, através da série: "Vigilante Rodoviário" e claro que eu me incluía nesse séquito.

Na música, achava bem divertida a dança com os braços, proposta pela cantora, Elis Regina, que muita gente apelidou como "helicóptero", por lembrar o movimento das hélices de tal aeronave. 

Também apreciava muito o som irreverente de Jair Rodrigues com a sua música: "Deixa Isso pra Lá", quando o movimento que ele fazia com as suas mãos foi bastante imitado por todo mundo, incluso as crianças. 

Eis acima, um "frame" de uma edição do Programa "Show do Dia 7", com os apresentadores Blota Junior e Branca Ribeiro a interagirem com o elenco do programa humorístico, "A Família Trapo". 
 
Gostava demais do "Show do Dia 7", um programa que misturava música, humor & entrevistas, realizado em todo dia 7 de cada mês, com ar pomposo, na TV Record e que ocupava o canal 7 de São Paulo, daí a menção.
Nunca fui fã do universo circense, mas assisti muitas vezes o "Cirquinho do Arrelia" que era uma atração dominical, por que simpatizava com a figura do palhaço Arrelia em si, e de seu amigo, o também palhaço, Pimentinha. Achava-os simpáticos ao extremo e apesar de não apreciar essa tradição do humor infantil, gostava da atuação de ambos. Mesmo assim, um de seus mais famosos bordões, o do cumprimento, quando não conseguiam sincronizar o aperto de mãos, me irritava profundamente, porque era o tipo de piada que não eu apreciava pelo seu caráter imbecilizante, apesar de eu ter somente quatro anos de idade e convenhamos, nessa idade seria comum gostar disso.

O Rock explodia. A Beatlemania extrapolou as fronteiras do Reino Unido e invadiu a América do Norte. Não dava mais para ignorar a invasão de cabeludos britânicos e se a América estava invadida, o mundo sucumbiu automaticamente. 

Mais que isso, por se tornar febre, decretou uma moda, com adolescentes a correr para as garagens com as suas guitarras em mãos e assim preocupar os pais, por se recusarem a visitar o salão de barbearia, semanalmente. Lembro-me nitidamente de ouvir Beatles e Rolling Stones no rádio, além de diversos outros artistas da mesma vibração, que eu não identificava no momento, mas pude conhecer bem pouco tempo depois. 

 
Fui ao cinema com minha mãe e avó paterna, em uma tarde de um dia útil e assisti uma comédia maluca, norte-americana chamada: "It's a Mad Mad Mad World", que no Brasil recebeu o nome de: "Deu a Louca no Mundo". O fato de eu ser analfabeto na ocasião e não acompanhar as legendas em português, tampouco entender o idioma inglês, não atrapalhou em demasia a minha compreensão da película, dada a sua motivação em torno do pastelão literal e cuja história pouco importava...

Alguns ícones sessentistas entre as guloseimas, entraram forte na minha vida, tais como a bala Mentex, balas de goma, o maravilhoso drops Dulcora, Guaraná Antarctica, alardeado como "Champagne" pelo seu fator borbulhante, com a faixa adicional próxima ao gargalo da garrafa, Soda Limonada, Crush, Seven Up & Grapete...
Pedir para a mamãe comprar o achocolatado em pó, Toddy, ao invés de Nescau ou Ovomaltine, por que dentro da lata continham bonecos de indiozinhos de plástico e claro, a ambição seria formar uma tribo imensa de guerreiros Apaches, todos com cheiro de chocolate em pó, por mais que fossem lavados... e o bolo Pullman, para colecionar os talheres de plástico coloridos (que infelizmente eram frágeis ao extremo e quebravam rapidamente). Arroz, somente da marca Brejeiro, para poder colecionar o boneco em formato de grão de arroz, estilizado.
O famoso boneco do Arroz Brejeiro, também colecionável e icônico nos anos sessenta...

Os cobiçados por todas as crianças, bonecos dos gangsters e do detetive Bardhal

Outra promoção que envolvia brinquedos como bonificação para estimular o seu consumo, foi da parte dos lubrificantes para autos, da Bardhal. A famosa gangue de mafiosos que na propaganda trabalhava para fundir o motor do carro do papai, além do detetive Bardhal, seu herói, foram objeto de cobiça por toda a criançada, meninos em predominância quase total, afinal de contas era uma época onde a cultura era bem delimitada sobre os brinquedos e brincadeiras separados pelos gêneros. 

Eu não tive a coleção completa, mas quase, pois cada boneco só era obtido mediante consumo dos produtos e isso não era uma coisa a ser feita com grande rotatividade, a depender de cada troca de óleo do carro.  

Eu, Luiz Domingues, a viver um momento como Índio Apache, que eu tanto gostava de ver nos filmes e seriados, em foto de 1964. 

Apesar de ter muitos carrinhos, o que eu gostava mesmo era dos brinquedos que remetessem à história ou a conflitos bélicos, conquista espacial e velho oeste norte-americano, ou seja, a brutal carga cultural recebida pelos filmes e seriados que assistia
 

Forte Apache, um brinquedo que eu gostei muito, influenciados pelos filmes do estilo western, logicamente

Os indiozinhos que vinham gratuitamente dentro das latas do achocolatado Toddy, somados aos filmes e seriados que eu via na TV, só fomentaram o desejo de obter brinquedos dessa natureza e logo o "Forte Apache" chegaria na minha vida, e muitos outros brinquedos complementares ("Caravana", "Pioneiros", "Velho Oeste" etc), para eu montar um verdadeiro set de filmagem de um filme de Western, todo dia na sala de estar de casa. 

E nas histórias que eu inventava, a contrariar o roteiro dos filmes, os índios sempre ganhavam as batalhas e colocavam a Sétima Cavalaria do exército norte-americano para correr... hilário!

Fender, Gibson, Ludwig, Rickenbacker, Hammond... nada disso fazia sentido concreto em minha percepção pessoal nessa época, mas já estavam a entrar na cabeça, mesmo que eu não soubesse o que tais marcas representavam, exatamente...

Chegáramos na metade da década e foi quando os anos sessenta explodiriam para valer. Embora ainda muito pequeno e longe dessa realidade, lá estava eu a crescer e ficar mais próximo disso tudo. O Rock estava a martelar em minha cabeça, definitivamente, como Rita Pavone tanto falou em 1964! 

Datemi un martello, Rita Pavoni...

Continua...

4 comentários:

  1. Entrando no tunel do Tempo digo Time , simplesmente uma grande viagem a sua Historia é de nós todos Roqueiros que amopsmos o Rockroll....Cada um na sua , na sua forma de ver ( digo ver a TV , que era para os Ricos como se dizia na epoca )..Via TV os seriados que voce fala nao aqui mas pra frente nos anos 60 ....na casa de Vizinho ...Adoro bastante dessa epoca , mas os de Hoje é uma grande Briga para mim ficar vendo de dia em dia , não tenho mais paciencia , para tal ...meu filho que adora sempre fala para eu assitir , colocou ate o netflix para mim na TV ,...estou adorando .,mas as series ....r.sssss....tento mas não consigo ver nenhuma ....mas filme é comigo mesmo ..como vc disse setima arte entrou com tudo na minha cabeça e em Minas Gerais , em Alfenas onde morava enasci tinha o Cine Alfenas e passava todos esses filmes bem ais atrasados que Sampa , logico ..mas chegava la , Beatles, Elvis, e outros ...a musica para assistir o Tal Jovem Guarda do RC tinha que ir como disse no vizinho que o pai era Medico .Como vc disse , tudo passou e mudou e hoje mais mopderno, mas na minha cabeça continua ....tinha tb uma radio em Alfenas e mesmo nao tendo radio e ir ouvir na casa dos outros , eu sempre pedia a musica da Rita do Martelo ......kkkkkkkkk...era nossa vida na epoca da infancia ..em 64 tinha 9 anos ..eta tempo que passou ara nos hein Grande Mestre Luiz .Abraços e como sempre to aqui lendo o que escreve .Muito legal ...Espero que qunado falar dos anos 72,73 possa lembrar do programa que o grande BIG BOY tinha excelsior nos domingos a tarde na hora de passar os filmes epicos tipo Hercules, Sansao , Maciste etc e tal ( mitologia que tb adoro em filmes ate hoje ...rsss), tinha ao vivo no teatro da rua Augusta e sempre que podia ia la para ver oa vivo ...o Made in Brazil eu adorava ver o Cornelius dar os gritos dele e os pulos dele ...remember this Rockrollllllll.....e lembro da musica da banda Light Refeltions ...''tel once again '''' antes de estourar nas radios e fazer sucesso ( sei que sumiram e virou uma banda pop com diusco e que chamvam Tobruk se nao me engano....é isso ...a Hisotira é sua e nao minha kkkkkkkkkk...é de voce que quero ler ....abraços Roquianos de Oscar Gomes

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    1. Que sensacional que esses relatos que estou publicando sobre os primeiros ano da minha vida estão não só agradando os leitores do meu Blog, como despertando neles a nostalgia de suas próprias vidas.

      Você não é o primeiro que aborda-me para falar das próprias lembranças pessoais, motivados pelo meu texto. Excelente, fico muito contente por saber disso.

      De fato, gostei bastante de saber de fatos que relatou-me sobre sua infância em Alfenas/MG.

      Temos lembranças parecidas, embora você seja mais velho e obviamente tem visão diferente da época, pois já era um menino grande.

      Pode deixar, vou lançar mais capítulos, até 1975, um ano antes de formar a minha primeira banda e assim fecho um ciclo, pois de 1976 para frente, está tudo documentado na autobio, mas focando na música, é claro.

      Muito grato por trazer-me suas lembranças pessoais, também !!

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  2. Hoje com 66 anos, me lembrei de toneladas de coisas da minha infância com o teu blog. Parabéns e muito obrigado por desenterrar tanta coisa legal!!!!! (gíria da época)
    Abraços e novamente parabéns pelo blog.

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    1. Sensacional, Paulo!

      Fico muito contente por saber que a minha reminiscência trouxe a oportunidade de você buscar as suas próprias memórias pessoais. Essa foi também uma intenção subliminar que eu tive, ou seja, despertar nas pessoas a vontade de estabelecer tal mergulho e buscar assim as suas memórias igualmente.

      Grato pela visita ao meu blog e postagem de comentário tão simpático.

      Abraço, visite sempre o blog!

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