Este caso ocorreu no início
de 1991...
Como eu havia tocado com o Chris Skepis a bordo do grupo "Electric Funeral", esta a se revelar como uma banda
tributo ao "Black Sabbath", e nem era tão fã assim do Black Sabbath, o Chris
convidou-me para um outro evento cover, e cujo artista enfocado, eu tinha muito maior
identificação: David Bowie.
Batizamos a banda como: "Diamond Dogs", nome de um álbum do Bowie, logicamente. Bem, não é a minha predileção tocar cover, mas em
1991, após uma série de tentativas frustradas para integrar-me a uma
banda autoral, conforme eu já relatei anteriormente, precisava reforçar o meu
orçamento, e quando surgiu o convite, aceitei-o de pronto.
Franklin Paolillo & Johnny Boy, nas respectivas fotos, acima
O time era excelente, com a presença de Franklin Paolillo (ex-Rita Lee & Tutti-Frutti, Joelho de Porco, O Terço e Made in Brazil), na bateria e Johnny Boy (ex-Camisa de Vênus, e Ex-Nasi & Os Irmãos do Blues), aos teclados.
O time era excelente, com a presença de Franklin Paolillo (ex-Rita Lee & Tutti-Frutti, Joelho de Porco, O Terço e Made in Brazil), na bateria e Johnny Boy (ex-Camisa de Vênus, e Ex-Nasi & Os Irmãos do Blues), aos teclados.
Aliás, foi por essa oportunidade que eu conheci o Johnny Boy, e impressionei-me
com sua versatilidade como multi-instrumentista, pois ele tocava baixo, guitarra e teclados, com grande desenvoltura.
Não havia um guitarrista
definido para esse projeto, contudo, e o Chris Skepis, mesmo sendo guitarrista, não queria tocar, pois pretendia dedicar-se exclusivamente ao vocal, e fazer todo o mise-en-scène semelhante ao David Bowie, nas apresentações.
Então,
eu tive a ideia de apresentar um amigo, que era guitarrista, mas que segundo eu soube, nunca
tocara anteriormente em uma banda mais expressiva, além de ter realizado poucos ensaios com bandas de garagem.
Esse rapaz era
extremamente gentil, solícito e bom camarada, mas o fato é que eu só o
ouvira dizer que tocava, mas nunca havia de fato, constatado isso. Esse foi o meu grande
erro, certamente!
Não revelarei o seu nome, embora talvez não faça diferença, pois
ele jamais tocou em alguma banda significativa, sendo um músico absolutamente diletante, mas o preservarei assim
mesmo pela amizade.
Em duas semanas, cada dos músicos preparou reservadamente em suas respectivas residências, uma série de músicas. Eu decorei toda a minha parte, e mesmo por assumidamente não gostar de tocar covers, confesso que tive prazer e facilidade para tirar o material, pois conhecia tudo e adorava (adoro) aquelas músicas.
Em duas semanas, cada dos músicos preparou reservadamente em suas respectivas residências, uma série de músicas. Eu decorei toda a minha parte, e mesmo por assumidamente não gostar de tocar covers, confesso que tive prazer e facilidade para tirar o material, pois conhecia tudo e adorava (adoro) aquelas músicas.
Então chegou o dia do primeiro ensaio, que realizou-se no
estúdio "864", na Vila Pompeia, zona oeste de São Paulo, que pertencia
ao Chris.
Na
primeira música que fomos tocar, "Suffragete City", o meu amigo guitarrista, "travou". Ele
estava tão inibido em tocar com músicos muito mais experientes, que mal
conseguia executar as partes mais simples da base.
Estabeleceu-se um "clima" constrangedor na sala, e após
várias tentativas, resolvemos partir para uma outra canção. Tentamos: "Five Years", e o meu amigo simplesmente não logrou êxito em executar a base simples, do riff inicial.
Lembro-me que todos
os demais foram compreensíveis. O Johnny Boy chegou a pegar a guitarra, e mostrar-lhe a
sequência da harmonia, mas ele não conseguia passar do segundo
acorde.
Enfim, marcou-se um segundo ensaio, mas ao alegar outros
compromissos, Johnny Boy e Franklin cancelaram as suas participações na
banda, e assim eu e o Chris abortamos a ideia.
Nunca houve uma conversa franca
sobre isso, com esse amigo, guitarrista. Ele ficou constrangido, mas não tocamos mais
no assunto, e a amizade prosseguiu por bastante tempo. Cheguei a
comparecer na cerimônia de casamento dele, mas depois a vida nos dispersou.
Só fui falar com ele muitos anos depois, 2008, mais ou menos,
quando soube que já tinha dois filhos e trabalhava como professor. Infelizmente, a nossa "Aranha de Marte", não saiu de sua teia, na Vila Pompeia...
Continua...
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